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A macaxeira entrando nos lares brasileiros

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Este artigo eu fiz a mais de 10 anos, atualizei em 2009, depois foi publicado no jornal escrito, “oaltoacre”, em abril de 2011 publiquei no meu Blog. O artigo continua atual, diz Portela.

Brasil, que Brasil é esse que está assustadoramente mudando e poucos estão percebendo.

O Brasil que temos em nossas mentes pouco a pouco está mudando, aquele Brasil democrático, que mesmo no Regime de Ditadura Militar parecia democracia, já não está existindo mais. A nova política esquerdista de pactos mundial, implantada no Brasil, faz parte de uma organização internacional de esquerda que a cada dia que passa esta mudando o nosso sistema de governo.

Carlos Portela é vereador de Epitaciolândia e Patrulheiro Rodoviário Federal - PRF / Foto: Alexandre Lima/Arquivo

Carlos Portela é vereador de Epitaciolândia e Patrulheiro Rodoviário Federal – PRF / Foto: Alexandre Lima/Arquivo

O Brasil que detestava comunismo, terrorismo, ditadura, que não se aliava a países com essas características, agora é outro. Um Brasil que se organizou através de movimentos sociais e Ongs, que aliados a outros países e movimentos alheios a nossos costumes, conseguiram eleger um presidente sem o perfil e formação cultural tradicionais, que a partir daí iniciou-se um processo de mudança bem mais concreto.

Aliados a países de esquerda, tendo como objetivo maior o domínio do poder, que para isso o dinheiro é quase tudo, por isso os altos impostos e a arrecadação de todas as formas como criação de várias indústrias da multa etc. O domínio estratégicos de regiões e estados são prioridades para o seu sistema, como o Estado da Bahia, região do Juruá aqui no Acre e outras mais. Bem como a não reeleição daqueles políticos que não condizem com a forma de poder imposta por eles. Um sistema que escolhem e formam seus candidatos e pessoas para assumirem cargos políticos, públicos, estatais, federais, sociais, judiciais, assim como seus laranjas, etc, a seus interesses.

Já viu com quem anda o Brasil? É com Iram, Cuba, Honduras, Chaves, Evo Morales, Cadaf, é Brasil devolvendo a pedido de Cuba, seu aliado, um atleta que fugiu para o Brasil e queria ficar aqui, o mesmo Brasil não devolveu um Italiano fugitivo acusado de terrorismo, o terrorista italiano Cesare Battisti. Condenado por homicídios cometidos quando integrava a organização extremista Proletários Armados pelo Comunismo, ele teve sua extradição requerida pela Itália, mas negada pelo ex-presidente Lula nas últimas horas do seu governo, Battisti é ligado ao comunismo; O primeiro fugindo do comunismo, os brasileiros queriam que ficasse, no segundo os brasileiros e a justiça queriam a expulsão do pais, mas  foi apoiado e ficou o terrorista. Tem uma parte bíblica que diz “Diga-me com quem andas que eu te direi quem tu és”

É Brasil financiando e construindo obras, como estradas, em países vizinhos ligados ao narcotráfico,

é Brasil financiando a retirada de acreanos que convivem, nasceram e se criaram na faixa de fronteira boliviana, que é de 50 km e que lá viviam em plena comunhão com os bolivianos amazônicos, até mesmo porque pairam dúvidas e polêmicas sobre de quem é essa região entre Acre e Pando, talvez por isso a boa convivência.

É de se estranhar a forma de como queriam e estão tirando os brasileiros desta região de fronteira Pando com o Acre. Primeiro foi o Governo de Evo insistentemente tentar dominar pando a qualquer custo neutralizando em suas várias formas a quem imporia resistência ao seu projeto de poder, e em seguida veio a expulsão dos brasileiros causando um transtorno para acreanos e pandinos. O interessante é que com esse plano de poder, pandino está se tornando um povo em extinção. Tanto na cidade como na zona rural, é grande a quantidade de bolivianos de outras regiões, como colhas, sendo trazidos e instalados na cidade e, na floresta em margens de estradas estratégicas recém construídas e em seringais. Sabemos que os mesmos não tem a cultura de agricultura, castanha e borracha, e sim a cultura do cultivo da folha de coca para o fabrico de cocaína. Quartéis estão sendo criados na fronteira, militares continuam sendo trazidos, empresários brasileiros estão perdendo suas terras, e o povo pandino ficando de segundo plano.

É assustador o incentivo do plantio da coca na Bolívia nesse governo, onde a folha de coca para abastecer a cultura dos povos, como o de mascar e chás medicinais, seria suficiente em umas 500 hectares e não em 40.000 hectares plantadas, como está sendo anunciado na mídia. O que se vê é o risco da nossa fronteira, Acre Pando, se tornar dominada pelos narco/terrorismo mundiais, haja vista as tantas facilidades e incentivos por parte do governo de Evo Morales e aliados, até sendo colocado em suspeição a utilização do estratégico aeroporto de Cobija.

Bolívia tem se tornado o celeiro da cocaína, o envolvimento das autoridades policiais, ministeriais e outros aliados ao governo, tem sido constante. A expulsão da DEA, o domínio de Pando com a expulção de Acreanos da fronteira tem se tornado uma preocupação, querem um país e o departamento de Pando livre para quê, se o que está crescendo na Bolívia é o narcotráfico. E o governo brasileiro aliado e apoiando atitudes de governantes com outras culturas alheias a nossa, como foi o recente caso apoiando o governo aliado e ditatorial de KADAFI.

As fronteiras brasileiras precisam serem mais vigiadas e de policias com autonomias militares, principalmente a fronteira acreana, estruturar as Forças armadas, polícias federais e estaduais voltadas para o combate as entradas de drogas e outros ilícitos no pais, seria uma das soluções para manter o sistema de governo que ainda temos em nossas mente.

É notório o apoio dos países de esquerda aliados ao Brasil, a indicar pessoas para cargos mundiais em entidades e instituições, na construção de fortalecimento do bloco. Acredito que a visita do Presidente dos EUA, seja mais para tentar alertar o Brasil do rumo que o mesmo está tomando e tentar reafirmar aliança com o mesmo, antes que se torne um regime ditatorial.

As pessoas ficaram chocadas com as afirmações do colunista Reinaldo Azevedo, da Revista Veja, sobre o aumento do tráfico de cocaína da Bolívia para o Brasil e da ligação entre os presidentes Lula e Evo Morales. Infelizmente, Azevedo não está longe da verdade (seu texto está reproduzido abaixo).

Cerca de 90% da cocaína consumida no Brasil vem da Bolívia – a droga colombiana só passa pelo nosso país para ser exportada para os Estados Unidos e para a Europa. Sempre que a produção boliviana aumenta, a venda no Brasil segue o mesmo caminho. E não é segredo para ninguém que a cocaína boliviana está em expansão, totalmente fora de controle.

Temos também a anistia para todos os estrangeiros no Brasil e o abrimento das portas para estrangeiros virem para o Brasil, que além de ganhar nome lá fora, cada estrangeiro que entra será um eterno cabo eleitoral do sistema político.

Tem acontecido alguns casos muito estranhos na Bolívia ,como o atentado terrorista contra o cardeal primaz da Bolívia, Julio Terrazaso e o caso Rozsas no Hotel Las Américas, que aos pouco estão vindo à tona o que realmente aconteceu. A mudança da Constituição, como no Brasil, são demonstrações de um plano ditatorial, onde principalmente os meios de comunicações são impedidos de divulgarem atitudes erradas relacionadas ao sistema de governo.

A prisão do narco general pela DEA, a principal autoridade contra o narcotráfico boliviano, sendo o principal protetor de grandes carregamentos de cocaína para o exterior, está desvendando uma grande cadeia formada por autoridades policiais, políticas e governamentais.

Não quis aqui dizer qual o sistema de governo é o bom, mais sim, falar da mudança que está acontecendo.Carlos Portela
http://cportela.blogspot.com

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TJAC entrega novas instalações do Centro de Justiça e Cidadania à população do Jordão

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Como parte da programação pelo aniversário da cidade, Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) entregou nesta sexta-feira, 26, novas instalações reformadas para população da cidade que passará a poder ter atendimento diário com juízes, defensores e promotores, por videochamadas

Jordão é um dos quatro municípios isolados do Acre. Para chegar à cidade é uma hora e meia de avião pequeno, saindo de Rio Branco, normalmente mono ou bimotor, ou de três a cinco dias de barco saindo de Tarauacá, dependendo do tamanho da canoa e do nível das águas do rio. Mas, mesmo isolado, Jordão é um município com população de 9.222 habitantes, conforme o Censo de 2022, que tem direitos e para atender as moradoras e moradores, o Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) entregou nesta sexta-feira, 26, as novas instalações do Centro de Justiça e Cidadania (Cejuc) e do Ponto de Inclusão Digital do Judiciário (PIDjus) na cidade.

A entrega do Cejuc com o PIDJus significa atendimentos diários para as jordaoenses e os jordaoenses. Afinal, o município não tem a quantidade de pessoas para ter Comarca instalada, então, o juiz, a juíza precisavam sair de Tarauacá e vir até a cidade para resolver os conflitos, a recomendação era que as visitas fossem pelo menos uma vez por semestre. Mas, agora, as pessoas poderão conversar com magistradas e magistrados por videochamada todos os dias. Inclusive, poderão acessar os serviços das instituições parcerias no PIDjus: Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AC), Defensoria Pública (DPE/AC), Ministério Público (MPAC) e Tribunal Regional do Trabalho da 14° Região (TRT 14).

A cerimônia de inauguração faz parte da programação de aniversário da cidade e contou com a presença da própria presidente do TJAC, Regina Ferrari, da desembargadora Eva Evangelista, das juízas Rosilene Santana, que tem a competência para atender o Jordão, e Bruna Perrazo, do promotor Efraim Mendivil, do defensor público, Rodrigo Lobão, do prefeito Naudo Ribeiro, do presidente da Câmara de Vereadores, Guedes Oliveira, e de outros vereadores, servidores e da população local. 

A presidente do TJAC, desembargadora Regina Ferrari, falou sobre a aproximação do Judiciário com as pessoas e enfatizou que ninguém mais precisaria esperar a vinda de magistrados, promotor ou defensor para ser atendido.

“Agora não precisa mais esperar que o juiz venha, defensor, promotor venha. Agora todos os dias as pessoas podem vir aqui, que serão atendidos, poderão falar com servidores para saber a posição do seu processo ou fazer uma videochamadas, abrir uma demanda que necessite. Esse momento representa um marco significativo em nossa trajetória, pois simboliza nosso compromisso contínuo com a melhoria do acesso à justiça em nossa sociedade”. 

Na obra foram investidos 228 mil de recursos próprios do TJAC, para a disponibilização de um ambiente mais adequado para atender a população, como comentou a juíza Rosilene Santana. “Este momento é muito importante para vocês e para nós do Poder Judiciário, vermos esta unidade hoje, pronta. Antes os atendimentos eram feitos em um local menor. Estamos entregando hoje um ambiente adequado e com alto padrão, para trazer mais conforto para a população. Isso aqui é para nós e para vocês cidadãos”.

Para o prefeito do Jordão, o Cejuc com o PIDJus representa direitos e cuidado com a população. “O Poder Judiciário tem um papel importante na nossa sociedade que é trazer os atendimentos que as pessoas precisam. Isso aqui é importante para população, temos 70% das pessoas morando na zona rural, 40% indígena, sabemos o tamanho da procura pelos atendimentos do Poder Judiciário. Muitas vezes as pessoas tinham que ir à Tarauacá resolver um problema simples e agora vão poder resolver aqui. Isso nos deixa muito feliz. Isso demonstra seu compromisso, presidente, com a população do Acre”. 

O prefeito ainda lembrou quando a juíza Bruna Perazzo iniciou as tratativas para que a Justiça tivesse um local maior na cidade e falou da importância do PIDJus que além dos serviços dará oportunidade para estudantes que trabalharão como monitores, auxiliando as pessoas a utilizarem os atendimentos digitais.

“Estou muito feliz com as novas instalações, tenho certeza que vamos dar mais comodidade para população e não tenho dúvida que foi um acerto muito bom esse legado que vai atender muito bem a população. Fico feliz por dar oportunidade para dois jovens do ensino médio da nossa cidade, que serão estagiários nessas instalações onde despertarão a curiosidade de serem advogados, juiz, promotor por que vão começar a trabalhar dentro do Judiciário”. 

Fonte: Tribunal de Justiça – AC

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Wanderley Andrade revela agenda com mais três shows no Acre, dia 19 de maio em Assis Brasil

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Wanderley Andrade revela agenda com mais três shows no Acre, encerrando dia 19, fora época da tríplice fronteira CarnaVassis 2024, em Assis Brasil

Wanderley Andrade estará presente na festa alusiva ao aniversário dos 48 anos de emancipação política de Assis Brasil, no carnaval fora de época da tríplice fronteira.

Com Edinho Levi

Um dos mais importantes representantes do pop calypso paraense, temperado com o swing caribenho, originado a partir de guitarradas históricas de Chuck Barry, Little Richard, Jerry Lew Lewis, Wanderley Andrade esteve com seu show na última quinta-feira (25), no Bistrô e Sushi Bar, Paris Garden, em Rio Branco.

“Só agradeço a Deus, só gratidão a Deus e a vocês, que são muito carinhosos comigo”, disse Wanderley.

O cantor que tem como principal característica desmistificar os problemas sociais do Brasil através de suas canções como: ladrão de coração, detento apaixonado, a rebelião, psicopata, terrorista e traficante, também falou da sua agenda no Acre para o ano de 2024.

Wanderley Andrade agitou a Praça da Revolução com um show histórico durante o Carnaval da Prefeitura de Rio Branco. Uma multidão de todas as idades lotou o centro da cidade à época – Foto: Sérgio Vale

“No dia 12 de maio estarei em Feijó, dia 19 no CarnaVassis 2024, em Assis Brasil, no dia 06 de junho estarei em Sena Madureira comemorando meus 60 anos na casa do meu amigo Mazinho Serafim, e o prefeito Tião Bocalom pediu para eu reservar a data do réveillon”, disse o cantor.

Entre outras novidades, Wanderley Andrade falou da sua turnê internacional. O cantor deverá se apresentar em cinco países: Austrália, Japão, Canadá, Estados Unidos e França, com o tributo a Raul Seixas.

 

O prefeito Jerry Correia, anunciou na última quarta-feira, 23, a programação oficial dos festejos. A reunião com as instituições foi para apresentar a estrutura do evento e tratar principalmente sobre a segurança.

No gabinete, o gestor recebeu representantes da Polícia Civil, Polícia Militar, Detran, Conselho Tutelar, Associação de Vendedores de Alimentação e Bebidas, além da Comissão Municipal de Organização de Eventos Públicos. A reunião das instituições foi para apresentar a estrutura do evento e tratar principalmente sobre a segurança durante os dias de festejos.

A programação do aniversário de Assis Brasil, prevê a realização de diversas atividades esportivas, Marcha Pra Jesus com show nacional, desfile cívico e o já conhecido CarnaVassis, o carnaval fora de época da tríplice fronteira.

As atividades alusivas ao aniversário da cidade já começam no dia 1º de maio, com a abertura oficial do mês de Assis Brasil e a Semana Evangélica. No dia 3 de maio acontece o 2º Festival da Canção Gospel e no dia 4 a Marcha Pra Jesus com o show nacional do cantor Juliano Son.

A reunião com as instituições foi para apresentar a estrutura do evento e tratar principalmente sobre a segurança durante os dias de festejos – Foto Assessoria

Entre os dias 6 e 11 de maio serão realizadas diversas atividades esportivas no estádio municipal e ginásio Sidney Nascimento.

Já nos dias 17, 18 e 19 de maio acontece o CarnaVassis 2024 com diversas atrações locais, regionais e o show nacional com Wanderley Andrade .

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Cacique agradece ida de magistrados à aldeia para conhecerem cultura indígena

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Visita teve a finalidade de troca de conhecimento, compartilhamento da cultura e a história para promover a maior compreensão e respeito

Magistradas e magistrados que estão em aula prática, pela Escola do Poder Judiciário (Esjud), para conhecer a cultura indígena e aprimorar o conhecimento sobre os direitos dos povos originários, fizeram visita a segunda aldeia na última quarta-feira, 24. Situada no município de Mâncio Lima, foi a primeira vez que a Aldeia Puyanawa recebeu uma delegação do judiciário.

Recebidos pelo cacique Joel Ferreira, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer o local e ouvir a história, contada pelo próprio cacique, de luta, resistência e outros desafios que os indígenas enfrentaram e enfrentam até hoje para preservação da identidade cultural.

“Como cacique vejo, nesse primeiro momento, a sociedade vir por respeito a conhecer um pouco da história e nossa cultura. É bom para eles fazerem um pouco de reflexão do nosso direito constitucional. Para nós, apresentar nossa aldeia, é falar com muita consciência e muita tranquilidade do modo de vida que nós trabalhamos e como vivemos em comunidade”, disse.

O cacique disse ainda ser uma grande satisfação ter recebido a equipe do Poder Judiciário para poder transmitir a mensagem, conhecimento, cultura, história para que a equipe se sensibilize de como o povo indígena vive, trabalha, como se desenvolve e defende a sua terra e seu direito.

“Falamos disso tudo, como uma forma de linha do tempo, para todos terem um pouco mais de conhecimento É uma oportunidade de falar sobre a situação do nosso passado, do presente e do futuro. Hoje a gente passa por alguns problemas e sentido muita dificuldade por algumas instituições não conhecerem bem a nossa luta. Foi um intercâmbio de conhecimento. Um marco histórico da nossa vida até porque foi a primeira vez que recebemos uma delegação do judiciário em nossa comunidade”, acrescentou.

Em seu pronunciamento, o diretor da Escola do Poder Judiciário, desembargador Elcio Mendes agradeceu a todos magistrados e servidores que ajudaram a construir o momento de conhecimento.

“A lição mais sábia é aprender em momento como este. É onde se coloca a educação e cultura em primeiro lugar, onde sabe colocar os valores de sua origem e de suas raízes”, ressaltou.

O desembargador destacou que todos saíram com a missão de vida de como a forma simples de convivência é importante para os ensinamentos.

“Parabéns ao cacique pela condução, pelo respeito e mais ainda pela valorização da educação. As escolas têm um papel preponderante e estamos trabalhando isso na Esjud. Discutimos e levamos experiência de fora para também contribuir com conhecimento interno”, completou o desembargador.

O vice-presidente, desembargador Luís Camolez disse ter ficado feliz em poder participar desses dias de aprendizado com os indígenas. Para ele foi realmente inspirador.

“Foi um momento de compartilhar a cultura, história e desafios enfrentados pelo povo indígena. É crucial que mais pessoas tenham a oportunidade de compreender a realidade e os direitos indígenas. Fiquei feliz com as palavras do cacique. É exemplo de liderança. Líder não vive isolado. Ele tem que pregar pelo seu povo, delegar missão e cobrar resultado. Isso servem para os juízes que estão chegando agora”, ressaltou.

A presidente do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), desembargadora Regina Ferrari garantiu que o Poder Judiciário está à disposição para qualquer necessidade da comunidade. Ela agradeceu pela recepção e disse que o coração se alegrou pela forma como a equipe foi recebida.

“Estou muito honrada. Parabéns a toda a comunidade que luta pela preservação da identidade indígena. Que essa etnia cresça e se solidifique de geração em geração. Certamente nossas juízas e nossos juízes estão mais preparados para as audiências, ações judicias que tiverem situação envolvendo indígenas”, finalizou.

Na oportunidade, a desembargadora-presidente também anunciou projetos do Poder Judiciário do Acre, que serão executados em curto prazo, em benefícios à comunidade indígena.

Aldeia Puyanawa

No início do século 20, os Puyanawa habitavam as cabeceiras dos afluentes do baixo rio Moa. Os Puyanawa vivem em duas aldeias, Barão do Rio Branco e Ipiranga, situadas no município de Mâncio Lima no Acre. A principal via de acesso é a estrada que é trafegável durante todo o ano. A outra opção de acesso à terra é através do rio Moa. A distância entre a sede da Colocação Ipiranga e a cidade de Mâncio Lima é de 28 quilômetros.

Somente com o início do processo de demarcação de seu território, a cultura puyanawa voltou a ser valorizada pelos próprios índios que têm se esforçado para retomar sua língua nativa, tarefa que realizam com dificuldade, tendo em vista o reduzido número de falantes.

Vivência

O coordenador do curso de mestrado da Esjud, Társis Barreto explicou que o mestrado profissional é interdisciplinar em prestação jurisdicional e direitos humanos e envolve ações acadêmicas e profissionais, seja de ensino, pesquisa ou intenção ou extensão que tenham profundo impacto sobre o âmbito da jurisdição, aperfeiçoamento da jurisdição como a concretização dos direitos humanos.

“Trazendo aqui para a turma Norte, nós estamos observando, coletando, aperfeiçoando essas ações que são voltadas a concretização dos direitos humanos no cenário local. E esta iniciativa de visita institucional, que é feita atraindo o poder judiciário, sobre ponto de vista da proteção dos povos indígenas, representa a materialização de uma ação concreta extremamente relevante e de profundo impacto social no Estado do Acre”, explicou.

A doutora Patrícia Medina, do mestrado da UFT/Esjud, docente de uma universidade federal no estado do Tocantins, acompanhou a agenda e compartilhou a experiência enfatizando ter se surpreendido com o nível de organização e que a visita ajuda os alunos, que são os magistrados, no processo de formação.

O juiz de Direito substituto, Robson Shelton disse ter sido uma experiência enriquecedora. “Essa vivência aqui no dia a dia, vendo como eles convivem, se organizam, como valorizam a natureza, como eles valorizam a questão cultural, a identidade deles é muito importante pra que nosso Poder Judiciário possa, na análise das demandas, compreender a necessidade deles, compreender como eles enxergam o mundo, como eles se enxergam nas relações sociais deles. É extremamente enriquecedora pra atuação do Poder Judiciário”, compartilhou.

O professor Tiago Gagliano enfatizou ser espetacular ver o judiciário com uma inserção no campo do destinatário da prestação judicial.

“É algo espetacular, ainda mais considerando uma barreira aparente cultural que pode haver entre a comunidade indígena, os povos originários e o poder judiciário, quer dizer, é a quebra desse paradigma é algo que favorece a todos, favorece ao Poder Judiciário, favorece a sociedade, favorece aos povos originários e favorecem o último grau a própria democracia, ou seja, da maneira como está sendo conduzida essa inserção e essa quebra de barreiras me parece que todos têm a ganhar”, enfatizou.

Na terça-feira, os magistrados visitaram a Aldeia indígena Kamanawa, na cidade de Cruzeiro do Sul. A agenda tem a missão de  reconhecer e valorizar a importância das culturas indígenas na sociedade.

Leia mais: Magistrados do Poder Judiciário do Acre visitam aldeias para interação com indígenas

Fonte: Tribunal de Justiça – AC

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