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74 centímetros: Brasiléia, Epitaciolândia e Cobija enfrenta seca recorde após enchente histórica no início de 2024

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A seca prolongada tem causado a redução drástica da umidade do ar e a má qualidade do ar devido às queimadas, afetando diretamente a saúde da população, especialmente crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças respiratórias e cardiovasculares

O nível iniciando desta semana começou e continua em 74 centímetros e se mantendo até está última sexta-feira (13 de setembro).

No último dia 22 de agosto, o nível do Rio Acre, que abrange os municípios de Brasiléia e Epitaciolândia no Brasil e Cobija na Bolívia, registrou 73 centímetros, o menor índice já observado na região. Desde então, a medição tem permanecido estável, com o nível iniciando a semana de 74 centímetros e se mantendo até está última sexta-feira (13 de setembro).

A situação atual, acompanhada de perto pela Defesa Civil Municipal e reportada pelo jornal O Alto Acre, vem gerando preocupações significativas entre as autoridades locais. O principal receio é o possível desabastecimento na fronteira, situação vivida pelos moradores de Epitaciolândia nos últimos dias, uma situação que contrasta fortemente com o cenário vivido pelos moradores em fevereiro deste ano. Naquela ocasião, o Rio Acre alcançou a impressionante marca de 15,58 metros, resultando em inundações que afetaram cerca de 80% do município.

As autoridades seguem monitorando a situação de perto, e a comunidade permanece atenta às possíveis consequências de um nível tão baixo do manancial que corta a região.

Brasiléia, um dos municípios impactados pelo Rio Acre, enfrenta agora uma seca recorde, após ter sofrido uma enchente histórica no início deste ano. No dia 28 de fevereiro de 2024, o nível do manancial alcançou 15,56 metros, iniciando o dia e, ao longo das horas, subiu mais dois centímetros, totalizando 15,58 metros. Esse índice não apenas superou o recorde anterior de 15,55 metros, registrado em 2015, mas também marcou o maior nível já registrado em Brasiléia.

No dia 28 de fevereiro de 2024, o nível do manancial alcançou 15,56 metros, ao longo das horas, subiu mais dois centímetros, totalizando 15,58 metros. Esse índice não apenas superou o recorde anterior de 15,55 metros, registrado em 2015

A enchente de 2024 ultrapassou a conhecida como a pior cheia da história da cidade, ocorrida em 2015, quando as águas do Rio Acre cobriram 100% da área central de Brasiléia e se estenderam para diversas áreas urbanas e rurais no município. Atualmente, a seca recorde que se segue aquela enchente histórica tem gerado novas preocupações, com o nível do rio caindo drasticamente, afetando a disponibilidade de água e o abastecimento na região. As autoridades locais estão monitorando a situação com atenção, buscando estratégias para mitigar os impactos desta variação extrema no nível do rio.

Pela situação que se encontra o manancial o prefeito de Assis Brasil Jerry Correia (Progressistas) oficializou nesta quinta-feira (12) um decreto que suspende atividades em espaços públicos e proíbe queimadas no município. A medida é uma resposta à estiagem severa que assola a região desde abril e visa mitigar os impactos à saúde pública e ao meio ambiente.

A seca prolongada tem causado a redução drástica da umidade do ar e a má qualidade do ar devido às queimadas, afetando diretamente a saúde da população, especialmente crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças respiratórias e cardiovasculares.

O prefeito de Assis Brasil Jerry Correia (Progressistas) oficializou nesta quinta-feira (12) um decreto que suspende atividades em espaços públicos e proíbe queimadas no município. Foto: cedida

Entre as principais determinações do decreto, está a suspensão de todas as atividades em espaços públicos, como jogos no ginásio e no campo de futebol, além da proibição de queimadas em áreas urbanas, quintais e locais públicos. As medidas seguem orientações da Defesa Civil Municipal e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que alertaram para o aumento das partículas poluentes no ar.

Em resposta à grave seca que afeta o estado, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) declarou situação de emergência em todos os 22 municípios do Acre. A decisão foi oficializada no Diário Oficial da União (DOU) em 24 de julho, com assinatura do secretário nacional de Defesa Civil, Wolnei Wolff Barreiros.

O reconhecimento da situação de emergência possibilita que os municípios solicitem recursos federais para ações emergenciais, incluindo a compra de cestas básicas, água mineral e outros itens essenciais. A medida visa mitigar os impactos da seca severa que atinge a região.

Toda a Bacia do Rio Acre encontra-se em alerta máximo devido à prolongada falta de chuvas, situação que se arrasta há quase três meses. O agravamento das condições climáticas tem intensificado a crise hídrica, afetando não apenas o abastecimento de água, mas também a segurança alimentar e a vida cotidiana dos residentes da região. As autoridades locais e federais continuam trabalhando para enfrentar os desafios impostos por essa seca extrema no estado.

O principal receio é o possível desabastecimento na fronteira, uma situação que contrasta fortemente com o cenário vivido pelos moradores em fevereiro deste ano. Foto: Marcus José

A cidade de Rio Branco foi atingida por um forte temporal na tarde desta quinta-feira (12), que causou danos significativos em diversas áreas. O intenso vento e as chuvas fortes resultaram em telhados de casas sendo arrancados e árvores derrubadas, provocando considerável transtorno para os residentes.

O Corpo de Bombeiros do Acre informou que os bairros mais afetados foram:

  • Bairro Mocinha Magalhães
  • Bairro Rui Lino
  • Loteamento Vila Maria

A tempestade vem após uma previsão do Centro Gestor do Sistema de Proteção da Amazônia, que indicou um enfraquecimento da massa de ar seco e quente predominante no Sul da Amazônia, aumentando as chances de chuvas na região.

A cidade de Rio Branco foi atingida por um forte temporal na tarde desta quinta-feira (12), que causou danos significativos em diversas áreas. Foto: captada

Equipes de emergência e autoridades locais estão trabalhando para lidar com os estragos e oferecer suporte às comunidades afetadas. A previsão de mais chuvas pode continuar a impactar a área, enquanto as condições meteorológicas permanecem instáveis.

Até o início da noite, os bombeiros foram chamados para seis ocorrências com queda de árvores e de três casas destelhadas na capital acreana. Contudo, os números devem aumentar no decorrer da noite desta quinta-feira (12).

Veja vídeo do manancial na fronteira:

Confira a previsão completa:

Alto Acre

Em Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia, Xapuri e Capixaba as temperaturas oscilam entre a mínima de 22°C e a máxima de 36ºC.

Baixo Acre

Mínima de 23°C e máxima de 36ºC são as temperaturas registradas em Acrelândia, Bujari, Plácido de Castro, Porto Acre, Senador Guiomard e Rio Branco.

Vale do Juruá

Já em Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Rodrigues Alves os termômetros ficam entre 21ºC e 34ºC.

Vale do Purus

Em Manoel Urbano, Santa Rosa do Purus e Sena Madureira faz entre 23ºC e 35ºC.

Vale do Tarauacá/Envira

Por fim, em Feijó, Tarauacá e Jordão as temperaturas variam entre 22ºC e 34ºC.

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Defesa Civil do Acre entra em alerta por elevação do Rio Acre e risco de alagamentos na capital

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Rio Acre na fronteira já deu sinal de estabilidade e poderá dar sinais de vazantes nas próximas horas – Foto: Eldson Júnior

A Defesa Civil do Acre colocou suas equipes em estado de alerta em razão das fortes chuvas que atingiram o estado nas últimas horas e elevaram o nível do Rio Acre, com possibilidade de alagamentos e famílias desabrigadas, principalmente em Rio Branco.

De acordo com dados do sistema de hidrotelemetria, a chuva ultrapassou 100 milímetros em cerca de 12 horas, especialmente na região das Aldeias dos Patos, acima de Assis Brasil. Apesar do volume elevado, o nível do rio apresenta tendência de estabilização e leve recuo. Nas últimas quatro horas, a medição indicou nível abaixo dos 4 metros nos pontos mais altos do curso do rio.

Ponte metálica Dr José Augusto, que liga os municípios de Brasiléia e Epitaciolândia – Foto: Eldson Júnior

Na régua de medição instalada na ponte que liga Brasiléia e Epitaciolândia, o Rio Acre chegou próximo dos 9 metros por volta das 10h (horário local), mas também apresenta sinal de estabilização.

O coordenador da Defesa Civil na região de fronteira, major do Corpo de Bombeiros Sandro, divulgou vídeo tranquilizando a população, ao mesmo tempo em que reforçou que as equipes seguem em prontidão, com apoio das prefeituras de Brasiléia e Epitaciolândia.

Em Rio Branco, no entanto, a situação exige mais atenção. Nas próximas 48 horas, o cenário pode demandar maior atuação das autoridades estaduais e municipais, já que foram registrados alagamentos em áreas mais baixas próximas ao Rio Acre, além de bairros e igarapés atingidos pelas águas da chuva.

Em Rio Branco, regiões como o Bairro da Base já foi alcançados pelas águas em alguns pontos deixando a dEfesa Civil em alerta – Foto ac24horas

Diante do quadro, o governador Gladson Cameli e a vice-governadora Mailza Assis se reuniram com secretários e técnicos para definir estratégias, alinhar ações e colocar em prática o Plano de Contingência, com foco em reduzir impactos e prestar assistência às famílias afetadas.

A reunião do Gabinete de Crise ocorreu na Secretaria de Estado da Casa Civil e contou com a participação de órgãos estaduais e instituições envolvidas direta ou indiretamente na gestão ambiental e de riscos, reforçando a articulação para enfrentar o período de chuvas intensas no Acre.

Governo do Acre reuniu pastas comprometidas com o plano de contigência para antecipar ações emergenciais. Foto: José Caminha/Secom

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Apenas Brasiléia e Rio Branco estão aptas a receber recursos do governo federal por estarem adimplentes no CAUC

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Dos 22 municípios do Acre, 20 estão impossibilitados de receberem recursos do governo federal por não cumprirem recomendações do Sistema de Informações sobre Requisitos Fiscais (CAUC).

Apenas Brasiléia e Rio Branco estão adimplentes com esse sistema, atendendo a todas as exigências legais para a celebração de convênios e o recebimento de transferências voluntárias de recursos da União.

Fruto de um trabalho técnico e bem elaborado, Brasiléia voltou a adimplência, depois de anos nessa batalha, o que deixou o prefeito Carlinhos do Pelado bastante animado. “Fechar o ano com o município totalmente regular no CAUC, além de conquistar o Selo Ouro de Transparência e uma certificação nacional em governança, demonstra que estamos no caminho certo. Isso é fruto de muito trabalho, organização e compromisso da nossa equipe com o dinheiro público e com a população de Brasiléia”, afirmou o gestor.

O CAUC é um sistema informatizado, de acesso público e atualização diária, que reúne informações sobre o cumprimento de requisitos fiscais necessários para que estados e municípios possam receber transferências voluntárias da União. Ele consolida dados financeiros, contábeis e fiscais em um único documento, facilitando a verificação da regularidade dos entes federativos.

Entre os pontos avaliados estão o cumprimento dos limites constitucionais e legais, as obrigações de transparência, o adimplemento na prestação de contas de convênios e a regularidade financeira, regularidade no pagamento de precatórios, transparência da execução orçamentária, adoção do SIAFIC, aplicação correta dos recursos do Fundeb do município, dentre outros.

A regularidade no CAUC garante que os municípios continuem aptos a captar recursos, firmar parcerias e investir em áreas essenciais como saúde, educação, infraestrutura e assistência social. É um trabalho contínuo, que exige atenção diária e integração entre as secretarias em favor da gestão como um todo.

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Polícia Civil prende dois suspeitos pela morte do jornalista Moisés Alencastro em Rio Branco

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Primeiro a ser detido foi Antônio de Souza Morais, de 22 anos, estava escondido em uma área de mata na região do Eldorado, nas proximidades do bairro Quixadá.

Crime ocorrido no fim de semana teve repercussão estadual; polícia aponta motivação passional e segue investigando a dinâmica do assassinato

A Polícia Civil do Acre prendeu os dois principais suspeitos envolvidos no assassinato do ativista cultural e jornalista Moisés Alencastro, encontrado morto em seu apartamento na noite da última segunda-feira (22), em Rio Branco. O crime ocorreu no domingo (21), mas só foi descoberto após uma amiga registrar boletim de ocorrência informando o desaparecimento da vítima.

Moisés Alencastro foi encontrado morto na segunda-feira (22) no apartamento onde morava — Foto: Arquivo pessoal

Diante da ausência de contato, amigos foram até o imóvel, arrombaram a porta e encontraram Moisés deitado sobre a cama, já sem vida. A cena apresentava sinais claros de violência, levantando de imediato a suspeita de homicídio.

Durante as diligências iniciais, a Polícia Civil localizou o veículo da vítima abandonado no bairro São Francisco, na parte alta da capital, o que reforçou as investigações e auxiliou na identificação dos envolvidos.

No início da semana, a polícia deteve o primeiro suspeito, na casa de quem foram encontrados objetos pessoais pertencentes à vítima. O nome não foi divulgado para não comprometer o andamento do inquérito.

Na madrugada desta quinta-feira (25), Antônio de Souza Morais, de 22 anos, se entregou à polícia após ter a prisão decretada. Ele estava escondido em uma área de mata entre os bairros Eldorado e Quixadá, conforme denúncias recebidas pelos investigadores. Antônio teria confessado a autoria do crime, mas os detalhes ainda não foram tornados públicos.

Ainda nesta quinta-feira, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu o segundo suspeito, Nataniel Oliveira de Lima, em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado.

Ainda nesta quinta-feira, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu o segundo suspeito, Nataniel Oliveira de Lima, em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado. A prisão foi realizada após análise da perícia, que apontava a participação de mais de uma pessoa na dinâmica do crime.

Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação indica que o homicídio pode ter sido motivado por razões passionais. As investigações seguem em andamento para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação individual de cada suspeito.

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