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Acreana tem 90% do corpo queimado em tentativa de feminicídio no interior do MT, diz mãe

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Jovem estava descontente com relacionamento e iria pedir medida protetiva contra Djavanderson de Oliveira Araújo. Ele a atraiu até sua casa e incendiou o local. Ambos foram levados a um hospital de Cuiabá com queimaduras.

Jovem tinha relacionamento com o suspeito há cerca de três anos. Foto: Arquivo pessoal

Por Victor Lebre, Yuri Marcel, g1 Acre

A família de uma jovem acreana que mora no município de Paranatinga, no interior do Mato Grosso, distante mais de 250 quilômetros da capital Cuiabá, acusa o namorado dela de atear fogo a ela e deixá-la com 90% do corpo queimado na noite da última segunda-feira (9). Juliana Valdivino da Silva, de 18 anos, está internada em estado grave em um hospital na capital mato-grossense, e segue entubada até este domingo (15).

De acordo com a mãe da jovem, Rosicléia Magalhães, que mora no Acre, Juliana estava descontente com o relacionamento e contou para ela que iria pedir uma medida protetiva contra o suspeito, Djavanderson de Oliveira Araújo, de 20 anos, porque ele estava “enchendo o saco”.

A suspeita da mãe é que o rapaz tenha clonado o celular da vítima e, assim, ficou sabendo da decisão de Juliana. Com isso, ele a atraiu até sua casa e, por volta das 22h do dia 9, jogou álcool na jovem e a incendiou. Ele teve 50% do corpo queimado e também foi transferido para Cuiabá. Após o fato, foi registrado um boletim de ocorrência.

“Na noite do dia 9, ela me ligou, dizendo que tinha se separado, que estava já com quase três meses separada, e tinha ido buscar as coisas que tinham ficado na casa, e ele não queria deixar ela sair. Então, eu liguei de volta para ela, e falei com ele, conversei com ele, e mandei ele deixar ela sair, se não ia dar problema para ele. Ele foi e deixou ela sair para ir trabalhar. À noite, eu conversei com ela, para ver se estava acontecendo alguma coisa. Por volta de 8, 9 horas da noite, foi quando eu parei de conversar com ela, e estava tudo bem, a única coisa que ela me disse foi: ‘mãe, amanhã eu vou entrar com a medida protetiva porque o Dêja está enchendo o saco’. Eu falei: ‘você vai entrar com medida protetiva e vem embora’. Mas, ele clonou o telefone dela e viu as mensagens, e nessa mensagem, após a minha conversa com ela, ele atraiu ela até a casa, dizendo que tinha atropelado alguém, estava nervoso, e para ela ir lá ajudá-lo. Ela foi, e nessa ida eu não sei como é que aconteceu a situação dentro da casa. Quando ela estava podendo falar, que ela chegou no hospital falando, ela disse que ele jogou fogo nela e colocou fogo ele também. Ele se queimou porque respingou o álcool nele”, relatou.

Mãe era contra o relacionamento

Rosicléia relembra que Juliana e Djavanderson se conheceram quando estudaram juntos na cidade de Porto Acre. À época, eles começaram a se relacionar, mas a mãe não achava que o relacionamento era apropriado porque os pais dele eram acusados de crimes no estado do Pará, inclusive chegando a serem presos no município de Vilhena, no interior de Rondônia. Por conta disso, Rosicléia proibiu a filha de se relacionar com o rapaz.

À época da prisão dos pais, Djavanderson foi embora para Vilhena, mas o casal manteve o relacionamento à distância. Cerca de seis meses depois, ele voltou ao Acre, para a cidade de Bujari, vizinha a Rio Branco, e retomou contato com Juliana.

Paranatinga, distante mais de 250 km da capital Cuiabá. Foto: Prefeitura de Paranatinga

Ainda contra o relacionamento, a mãe decidiu mandar a filha para morar com a irmã mais velha em Cuiabá. Cerca de oito meses depois, ela soube que Djavanderson também havia se mudado para o estado do Mato Grosso, porém, não sabia em qual município, que se tratava de Paranatinga, onde ocorreu o crime.

“Nesse meio tempo, eles se encontraram e continuaram o namoro deles. Quando chegou no período do final do ano de 2022 para 2023, ela foi visitar ele na cidade dele, de férias da escola. Nessa ida para visitar ele, ela resolveu não voltar e viver lá junto com ele”, contou.

‘Nossa preocupação é que ele vai vencer’

Apesar de Juliana ter contado para mãe que estava sendo importunada por Djavanderson e que pediria uma medida protetiva, Rosicléia lembra que ela nunca relatou agressões. Ainda assim, ela ouviu do chefe da jovem que ela já chegou ao trabalho com um arranhão no rosto, e que, ao ser perguntada, disse ter se machucado sozinha. A mãe, porém, acredita que tenha sido uma agressão dele.

Agora, a família teme que o suspeito escape impune e volte a tentar agredir a garota. Rosicléia espera que ele seja preso e afirma estar em contato com a polícia local.

A nossa preocupação é que ele vai vencer, que ele venha a fugir ou viver em liberdade, ‘de boa’, porque o delegado não decretou a prisão dele. Fizemos um boletim de ocorrência, a delegada da capital me mandou mensagem dizendo que vai ver se o delegado decretou a prisão dele. Se ele não decretou, ela vai decretar. A gente está na preocupação dele fugir do hospital, porque ontem [sexta-feira, 13] quando eu estive no hospital, a mãe dele estava lá e estava levando pertences dele. Então, a gente está tentando mobilizar essa divulgação dentro da cidade para ver se o delegado faz alguma coisa”, disse.

Saiba como denunciar casos de violência doméstica:
  • Polícia Militar – 190: quando a criança está correndo risco imediato;
  • Samu – 192: para pedidos de socorro urgentes;
  • Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres;
  • Qualquer delegacia de polícia;
  • Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa;
  • Profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros, precisam fazer notificação compulsória em casos de suspeita de violência. Essa notificação é encaminhada aos conselhos tutelares e polícia;
  • WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos:(61) 99656- 5008;
  • Ministério Público;
  • Videochamada em Língua Brasileira de Sinais (Libras)

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Polícia Civil do Acre prende mais uma liderança de organização criminosa no Vale do Juruá

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Investigadores do NEIC durante cumprimento de mandados no Vale do Juruá. Foto: cedida.

A Polícia Civil do Estado do Acre (PCAC), por meio do Núcleo Especializado em Investigações Criminais (NEIC) de Cruzeiro do Sul, prendeu nesta semana três pessoas envolvidas em atividades criminosas na região. Dentre os presos, está um homem apontado como liderança de uma organização criminosa com atuação no Vale do Juruá.

Com essas prisões, sobe para três o número de lideranças de facções criminosas detidas pelo NEIC nos últimos 20 dias, resultado de uma ação investigativa constante e estratégica da Polícia Civil para desarticular o crime organizado na região.

Os três indivíduos presos nesta semana, são suspeitos de envolvimento direto na execução de Rodrigo Duarte Gomes, de 28 anos, cujo corpo foi encontrado em uma cova nas imediações do Rio Crôa. Rodrigo havia fugido do Presídio Manoel Neri da Silva em 9 de setembro de 2024 e desapareceu quatro dias depois. Informações indicam que ele estava residindo no Ramal dos Caracas, na Comunidade Vila Lagoinha, quando foi levado por quatro pessoas em um carro de vidros escuros até o Porto do Rio Crôa, onde teria sido executado.

As investigações seguem em andamento para localizar outros envolvidos no crime e aprofundar a apuração sobre a atuação das organizações criminosas no Juruá.

Fonte: PCAC

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Acre pode ter chuvas intensas com ventos de até 60 km/h

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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um novo aviso meteorológico de chuvas intensas com grau de severidade classificado como “perigo potencial” para o Acre. O alerta começou a valer às 9h40 desta sexta-feira, 11, e segue em vigor até as 10h deste sábado (12).

De acordo com o órgão, a previsão é de chuvas com volumes entre 20 e 30 milímetros por hora, podendo chegar a até 50 mm em um único dia. O aviso também menciona ventos intensos, com velocidade entre 40 e 60 km/h.

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Sena Madureira cria Serviço de Acolhimento para crianças e adolescentes

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A Prefeitura de Sena Madureira sancionou nesta sexta-feira, 11, a Lei nº 886/2025, que institui oficialmente o Serviço Municipal de Acolhimento Familiar. A iniciativa tem como objetivo garantir a proteção integral de crianças, adolescentes e, em casos excepcionais, de jovens entre 18 e 21 anos que precisem ser afastados do convívio familiar por determinação judicial.

De acordo com o texto da lei, o serviço é voltado a menores que tiveram seus direitos ameaçados ou violados, seja por situações de violência física, psicológica, sexual, negligência, abandono ou orfandade. A medida substitui o acolhimento institucional, priorizando a convivência familiar e comunitária com famílias cadastradas e capacitadas pela Secretaria Municipal de Assistência Social.

As famílias, denominadas “famílias acolhedoras”, não terão vínculo de adoção, mas irão proporcionar um ambiente seguro e afetuoso para os acolhidos, com suporte financeiro por meio de uma bolsa-auxílio para cobrir despesas com a criança ou adolescente.

A gestão do serviço ficará sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Assistência Social, que atuará em articulação com o Poder Judiciário, Ministério Público, Conselho Tutelar, entre outros órgãos que integram o Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes.

Além disso, a lei prevê investimentos na capacitação técnica das famílias e profissionais envolvidos, bem como estrutura adequada para o funcionamento do serviço. Os recursos virão do orçamento municipal, do Fundo para a Infância e Adolescência (FIA) e de convênios com os governos estadual e federal.

A inclusão de uma criança ou adolescente no programa será feita exclusivamente por meio de determinação judicial, respeitando as necessidades específicas de cada caso. A permanência no serviço também poderá ser estendida até os 21 anos de idade, com base em avaliação técnica

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