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32ª edição do GDF Mais Perto do Cidadão chega a Estrutural
A Estrutural foi a região administrativa beneficiada pela 32ª edição do GDF Mais Perto do Cidadão, programa do Governo do Distrito Federal (GDF) que reúne os principais serviços públicos e os oferta à população das cidades a partir de uma parceria envolvendo as secretarias de estados, o Poder Judiciário e outras iniciativas locais. Com estrutura montada no Centro de Juventude, os moradores puderam usufruir de atendimentos sociais, psicossociais, jurídicos e de saúde e de ações de lazer de forma gratuita que foram realizadas entre sexta-feira (5) e sábado (6).
Foi o caso da dona de casa Lurdes Maria da Silva, 54 anos, que foi até o evento para fazer a nova carteira de identidade para ela e para o filho. A proximidade de casa e a facilidade de acesso ao serviço foi o que motivou Lurdes a ir até o GDF Mais Perto do Cidadão. “Vim tirar a minha identidade e do meu filho, que é algo que a gente precisa”, disse. E complementou: “Só tenho a agradecer. Acho muito bom o governo vir até aqui trazer esse tipo de benfeitoria para gente da Estrutural”.
Quem também aprovou o evento foi o jardineiro Gabriel Pereira Gomes, 61, que aproveitou a ida até a estrutura para cortar o cabelo. “É muito importante esse tipo de coisa para nós, porque muita gente não tem dinheiro nem para pagar uma passagem para sair daqui. Quando está tudo pertinho, temos que aproveitar a oportunidade”, afirmou.
Em visita ao projeto neste sábado de manhã, a governadora em exercício Celina Leão destacou a importância do GDF Mais Perto do Cidadão para os moradores de todo o DF. “Acredito que esse evento é o que mais aproxima a população dos serviços públicos do GDF. Quando vamos até as cidades percebemos essa demanda das pessoas que não teriam condições nenhuma de acessar esses serviços. É um programa que temos muito orgulho, que tem crescido muito e que nos traz esse sentimento de estar muito próximo do cidadão”, afirmou.
Celina Leão também ressaltou que o governo trabalha para ampliar os atendimentos devido a grande procura dos cidadãos a determinados serviços, como o acesso aos benefícios sociais e a emissão de carteira de identidade. “Quase sempre as pessoas pedem que o programa retorne às cidades. Sabemos que alguns serviços são muito demandados, então estamos trabalhando para ampliar a prestação desse tipo de serviço, como o acesso ao Cras [Centro de Referência de Assistência Social] e à Polícia Civil. Vamos trabalhar cada dia mais para melhorar ainda mais”, defendeu.
O secretário substituto de Justiça e Cidadania, Jaime Santana, lembrou que o projeto passou por quase todas as regiões administrativas do DF e só entre 2023 e 2024 realizou mais de 220 mil atendimentos. “Esse é um projeto que começou na Secretaria de Justiça e muito corretamente se expandiu para todo o governo. Já conseguimos rodar quase todas as regiões administrativas levando serviços para quem mais precisa. O sucesso do programa é trazer as secretarias para mais perto. A missão do governo é trazer tranquilidade e conforto para a população do Distrito Federal”, ressaltou.
Representando o administrador regional, o chefe de gabinete da administração Fábio Sousa agradeceu o olhar do governo para a região que conta com mais de 37 mil habitantes, segundo os dados da Pdad-DF 2021. “Esta é a segunda vez que a Estrutural recebe o GDF Mais Perto do Cidadão e essa é uma ação muito importante, porque a nossa população carece muito desses serviços”, reforçou.
Obras na Estrutural
Durante a visita ao evento, a governadora em exercício fez questão de passar por algumas das obras do GDF na cidade para acompanhar o andamento de cada uma delas. A primeira parada foi a Unidade Básica de Saúde (UBS) 2. A estrutura passou por uma reforma no último ano para adequar o espaço às necessidades dos serviços da Atenção Primária, já que a unidade funcionava em um prédio cedido pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral). Durante a execução do serviço, os atendimentos foram realocados para a UBS 1 e para a administração regional.
“Esse espaço foi praticamente reconstruído, dando uma melhor condição de trabalho e também para as pessoas que frequentam aqui. Pudemos ampliar em mais uma equipe de saúde, o que resulta em mais quatro mil pessoas também que passarão a ser acolhidas nessa unidade básica de saúde”, informou a governadora em exercício.
Em funcionamento desde a última terça-feira (2), a unidade recebeu um investimento de R$ 777 mil para melhorar a estrutura de consultórios e das salas de atendimento. Agora são 12 consultórios, além de salas de curativo, de acolhimento, de odontologia e de farmácia. A nova estrutura permitiu a ampliação do número de equipes de saúde da família. “Nós fizemos essa reforma porque o prédio não estava totalmente adequado para uma unidade de saúde. Também acrescentamos mais uma equipe para poder atender mais quatro mil pessoas”, explicou a gerente da UBS 2, Ana Carolina Area.
Em seguida, Celina Leão conferiu o canteiro de obras do 15º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que está sendo erguido na área especial próximo à entrada da cidade. Estão sendo investidos R$ 9 milhões para a criação do espaço que substituirá sedes provisórias que vêm sendo utilizadas pelo grupamento policial há mais de uma década.
“Essa é uma obra muito solicitada pela população e uma reivindicação do próprio Batalhão. É uma conquista para todas as pessoas aqui da Estrutural. Logo logo, esperamos entregar para a população”, disse Celina Leão.
Em uma área de 960 m², o novo quartel terá dois pavimentos com bloco administrativo, estacionamento para viaturas e motocicletas, alojamento, espaço apropriado para guardar o armamento da corporação e outros equipamentos, além de guarita. Há ainda previsão de local para treinamento e formações do grupo e reuniões com a comunidade.
O último local a ser visitado pela governadora em exercício foi a obra da primeira creche pública da Estrutural. O Centro de Educação da Primeira Infância (Cepi) atenderá 94 crianças de até 6 anos em período integral e está sendo construído na Quadra 3 do Setor Leste, com investimento de R$ 3,4 milhões.
“Sabemos que essa é uma cidade que ainda tem muita vulnerabilidade. Esse equipamento público é um dos mais demandados pela população. Sabemos que quando a gente entrega uma creche, a gente dá dignidade para que a mulher possa buscar uma vaga no mercado de trabalho e para que a família possa se estruturar melhor, porque ela tem certeza que seu filho está bem cuidado enquanto que ela está trabalhando”, analisou Celina Leão.
A governadora em exercício lembrou que a missão é zerar a fila de espera. “Nós estamos construindo e a nossa meta é zerar a fila de creches aqui no Distrito Federal. Já abrimos mais de 25 mil vagas, seja pelo Cartão Creche, seja em unidades nossas”, complementou.
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Fonte: Nacional
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Suspeito preso por levar 11 fuzis para a Penha foi liberado da prisão pela Justiça 12 dias antes
Leandro Rodrigues da Silva, de 38 anos, tinha sido preso pela Polícia Rodoviária Federal no dia 15 de janeiro com 30 kg de drogas, mas foi solto na audiência de custódia no dia 18.
Leandro Rodrigues da Silva, de 38 anos, foi preso pela Polícia Federal, na madrugada desta quinta-feira (30), dirigindo um carro que levava 11 fuzis, de calibres 5,56 e 7,62, para o Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio.
A prisão de Leandro aconteceu 12 dias depois dele ser liberado em uma audiência de custódia, em Campos dos Goitacazes, no Norte Fluminense. Ele havia sido preso por tráfico de drogas.
Morador da Zona Oeste do Rio, com ensino médio completo e se apresentando como motorista de aplicativo, Leandro foi preso no dia 15 de janeiro por policiais rodoviários federais, quando dirigia um Ford Fiesta, no quilômetro 203, da BR-101, em Casimiro de Abreu, no Norte Fluminense.
No veículo, os policiais rodoviários encontraram:
- 31,5 kg de maconha distribuídos em 41 tabletes em um saco preto;
- 1.439 frascos de líquido de cheirinho de loló;
- Dois galões de líquido semelhante a cheirinho de loló;
- 2 pacotes com pinos transparentes vazios;
- R$ 1.874 em dinheiro.
Levado para a 121ª DP (Casimiro de Abreu), Leandro mudou a versão de que tinha pegado a droga em Casimiro de Abreu. Ele contou que o carro foi abastecido na Linha Vermelha e seguia para Macaé. Em nenhum momento, segundo o Ministério Público, alegou estar fazendo uma corrida de aplicativo ou falou em entregador ou destinatário.
Leandro ficou preso por dois dias e, às 10h09 do dia 18 de janeiro, foi levado para a audiência de custódia. Na ocasião, o juiz Iago Saúde Izoton decidiu pela soltura de Leandro contrariando o MP, que pediu a conversão da prisão em flagrante para preventiva.
Em suas alegações, o magistrado informou que “a prisão preventiva se revela excepcional”:
A partir daí, o magistrado determinou que Leandro se apresentasse diante do juiz todo dia 10 de cada mês. Após a decisão do juiz, a promotora Luíza Klöppel, do Ministério Público estadual recorreu.
O MP apontou a gravidade do caso envolvendo o transporte da droga e o risco de que Leandro voltasse a delinquir.
12 dias depois da liberdade, os fuzis
Na noite de quarta-feira (29), os policiais federais da Delegacia de Repressão à Entorpecentes (DRE) iniciaram uma vigilância na serra, na altura do município de Paulo de Frontin em busca de uma moto que transportava material ilícito.
Ao encontrarem a BMW, presenciaram o momento em que o ocupante repassou duas malas ao motorista de um Nissan preto. O veículo foi seguido pelos policiais até um posto de gasolina onde foi feita a abordagem.
O motorista do carro era Leandro Rodrigues da Silva. O da moto, Gutenberg Samuel de Oliveira. Ambos foram presos e os veículos apreendidos.
O carregamento tinha 8 fuzis, de calibre 5.56 e 3 fuzis calibre 7.62, além dos veículos utilizados no transporte das armas. Todas as armas com a marca de uma caveira semelhante ao personagem Justiceiro, da Marvel.
De acordo com as investigações preliminares, o arsenal teria como destino os complexos da Penha e do Alemão, onde está baseada a chefia da facção Comando Vermelho.
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Argentina corta taxas e Brasil volta a ter maior juro real do mundo
País comandado por Javier Milei caiu da primeira para a terceira posição, após seu Banco Central reduzir suas taxas de juros em 3 pontos percentuais. Topo agora está com Brasil e Rússia.
O Brasil passou a ter o maior juro real do mundo. Na noite de quinta-feira (30), o Banco Central da Argentina, antiga líder do ranking, promoveu um novo corte em sua taxa básica de juros e tirou o país da primeira posição.
A autoridade monetária reduziu suas taxas de 32% para 29% ao ano. Segundo a instituição, essa redução é consequência da “consolidação observada nas expectativas de menor inflação.”
A Argentina encerrou 2024 com uma inflação anual de 117,8%. Apesar de ainda estar bastante alta, houve uma forte desaceleração em relação aos 211,4% registrados em 2023.
Com a taxa de juro real é calculada, entre outros pontos, pela taxa de juros nominal do país descontada a inflação prevista para os próximos 12 meses, o juro real argentino caiu para 6,14%. O país passou, então, para a terceira colocação no ranking.
Quem assume a ponta é antigo vice-líder, o Brasil. Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar mais uma vez a Selic em 1 ponto percentual, levando o juro nominal a 13,25% ao ano, e o juro real a 9,18%.
Na segunda posição vem a Rússia, com uma taxa de juros real de 8,91%.
Veja abaixo os principais resultados da lista de 40 países.
Ranking de juros reais
Taxas de juros atuais descontadas a inflação projetada para os próximos 12 meses
Alta da Selic
Na última quarta-feira (29), o Copom anunciou sua decisão de elevar a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, para a casa de 13,25% ao ano.
Na decisão anterior, em dezembro, a autoridade monetária já havia elevado a taxa básica em 1 ponto percentual, para a casa de 12,25% ao ano. A decisão marca a quarta alta seguida da Selic.
Juros nominais
Considerando os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira permaneceu na 4ª posição.
Veja abaixo:
- Turquia: 45,00%
- Argentina: 29,00%
- Rússia: 21,00%
- Brasil: 13,25%
- México: 10,00%
- Colômbia: 9,50%
- África do Sul: 7,75%
- Hungria: 6,50%
- Índia: 6,50%
- Filipinas: 5,75%
- Indonésia: 5,75%
- Polônia: 5,75%
- Chile: 5,00%
- Hong Kong: 4,75%
- Reino Unido: 4,75%
- Estados Unidos: 4,50%
- Israel: 4,50%
- Austrália: 4,35%
- Nova Zelândia: 4,25%
- República Checa: 4,00%
- Canadá: 3,25%
- Alemanha: 3,15%
- Áustria: 3,15%
- Espanha: 3,15%
- Grécia: 3,15%
- Holanda: 3,15%
- Portugal: 3,15%
- Bélgica: 3,15%
- França: 3,15%
- Itália: 3,15%
- China: 3,10%
- Coreia do Sul: 3,00%
- Malásia: 3,00%
- Cingapura: 2,98%
- Dinamarca: 2,60%
- Suécia: 2,50%
- Tailândia: 2,25%
- Taiwan: 2,00%
- Suíça: 0,50%
- Japão: 0,50%
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De volta à planície: ex-presidentes da Câmara contam como é deixar o poder e analisam desafios do novo comando
Deputados que já comandaram a Casa analisam desafios do próximo presidente. Próxima eleição da cúpula da Câmara está marcada para 1º de fevereiro.
No dia 1º de fevereiro, a Câmara dos Deputados elegerá um novo presidente para comandar o colegiado pelos próximos dois anos.
Com isso, Arthur Lira (PP-AL) retornará à planície, termo comumente utilizado no Congresso para se referir aos deputados sem acesso aos cargos da mesa diretora, instalada no centro do plenário. Quem se senta à mesa, tem visão completa dos deputados que estão no plenário, abaixo, por isso o termo “planície”.
A reportagem ouviu cinco ex-presidentes da Câmara que responderam às mesmas perguntas sobre o que a saída desse cargo representou em suas trajetórias. João Paulo Cunha, Henrique Eduardo Alves e Rodrigo Maia não deram entrevistas.
Estranhamento
A experiência da maioria mostra que o dia seguinte após deixar o cargo pode ser seguido de estranhamento pelo poder perdido.
“Claro que a mudança é brusca e que você tem que passar por um período de adaptação, porque você não pode criar ilusão que o poder é seu”, diz Aldo Rebelo, que ocupou o posto entre 2005 e 2007 pelo PCdoB.
Uma saída é recorrer às antigas amizades, conta Arlindo Chinaglia, presidente da Câmara pelo PT entre 2007 e 2009.
Entre os políticos, há desconforto em retornar para os trabalhos da Casa sem ocupar um cargo decisório.
“Eu reconheço que, toda vez que um presidente sai e precisa voltar para o plenário, fica uma situação talvez um pouco desconfortável”, afirma Michel Temer, presidente da Casa em três ocasiões.
Segundo ele, seu processo foi mais simples por ter deixado o comando da Câmara pela primeira vez, em 2001, para assumir a presidência do MDB, e na segunda vez, em 2010, ser vice-presidente da República, na chapa de Dilma Rousseff.
Uma saída, segundo Marco Maia, presidente da Câmara pelo PT entre 2011 e 2013, é não entrar no cargo com expectativa de prolongação de poder.
A dificuldade de reposicionamento depois da saída do comando da Casa também aflige Arthur Lira. Ele é cotado para assumir um cargo na Esplanada dos Ministérios do presidente Lula, mas há impasse sobre sua adesão completa ao governo.
Papel como ex-presidente
O grupo é uníssono sobre a relevância de um ex-presidente da Câmara. Para Aécio Neves, presidente da Casa de 2001 a 2002 pelo PSDB, a experiência é útil para os sucessores.
Para ele, não estar à frente das decisões demanda, muitas vezes, maturidade. “[É importante] encontrar o seu espaço e não ficar disputando permanente holofotes. É um exercício de maturidade que todos os homens públicos devem buscar em determinado momento da sua trajetória.”
Chinaglia afirma que a forma como o presidente atua impacta no tamanho da influência após a saída do cargo. “Depende de como você chegou, de como você se elegeu e de como você saiu. Se o cara for respeitado pelo que ele pensa, se cumpre com a palavra, ele se mantém influente”, afirma.
Desafios
Os ex-presidentes da Casa destacam o novo protagonismo da Câmara em relação ao Orçamento, com influência cada vez maior do Poder Legislativo em detrimento do Executivo.
Para alguns, há excessos na nova atuação. “Eu acho que há um certo, digamos, exagero na volúpia do Congresso sobre nacos do Orçamento”, afirma Aécio.
Marco Maia afirma que a discussão sobre o orçamento tem tamanho maior que as outras pautas da Casa, e que por isso os deputados buscam atuar mais como “executores do que legisladores”.
O desgaste pelas quedas de braço do Legislativo com o Executivo e com o Judiciário é apontado pelos ex-presidentes como um desafio importante para o próximo ciclo da Câmara.
“Restabelecer os limites das atribuições de cada um dos poderes é o maior desafio do próximo presidente da Câmara. Sobretudo, garantir uma relação harmoniosa entre os poderes, definindo limites”, diz Aécio.
Para Chinaglia, o desafio do momento é defender a democracia, impondo respeito à Casa, mas viabilizando a construção de acordos. Já Temer destaca a importância da regulamentação total da reforma tributária, iniciada no ano passado.
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