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Alunos soldados estariam sendo forçados a abandonar curso de formação na PM do Acre

“Esse curso está fora do normal, nenhum curso anterior foi dessa forma, tem um rala sim, mas sempre que alguém tenta desistir a coordenação segura e não deixa. Acredito que de certa forma os alunos estão sendo coagidos a assinar o termo de desistência”

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Coronel Paulo César Gomes, ele disse que até o momento não chegou nenhum relato de suposto abuso de autoridade contra os alunos soldados que fazem o curso de formação

Por Saimo Martins

Após a repercussão do caso do ex-aluno, soldado do CFSD 1° pelotão da primeira companhia PMAC 2021, que alegou ter sido vítima de abuso de autoridade e maus tratos dentro do Centro Integrado de Ensino e Pesquisa de Segurança e Justiça, Francisco Mangabeira – CIEPS, a reportagem do ac24horas obteve acesso exclusivo nesta segunda-feira, 13, a mais relatos de situações desumanas enfrentadas durante o curso de formação.

Em imagens enviadas à reportagem é possível identificar pés calejados e cheios de bolhas. Mãos de alunos parcialmente sem pele e carne exposta devido à exaustão dos treinamentos.

Um policial militar, que presenciou o treinamento dado pela equipe aos alunos soldados, afirmou que não é normal o que está sendo feito com os futuros policiais militares do Acre. Segundo ele, os alunos estão sendo forçados a abandonarem o curso. “Esse curso está fora do normal, nenhum curso anterior foi dessa forma, tem um rala sim, mas sempre que alguém tenta desistir a coordenação segura e não deixa. Acredito que de certa forma os alunos estão sendo coagidos a assinar o termo de desistência”, declarou o militar que pediu sigilo na identidade.

O militar contou que, internamente, boa parte da tropa não concorda com o que vem sendo aplicado aos alunos. “Espero que eles entrem na justiça e consigam retornar ao curso”, explicou.

O policial contou que um dos motivos para a ação ‘agressiva’ dos militares no curso de formação é devido a chance de ganharem a tão sonhada titulação, que é aguardada desde 2019. “Ouvi dizer que querem tirar o máximo para aumentar a chance de ganharmos a titulação. Curso de formação com formato de curso operacional. Nunca vi curso de soldado assim. Isso não soma em nada na formação policial”, argumentou.

O outro lado

Em contato com o comandante da Polícia Militar, coronel Paulo César Gomes, ele disse que até o momento não chegou nenhum relato de suposto abuso de autoridade contra os alunos soldados que fazem o curso de formação.

O tenente-coronel Marcelo Cordeiro, coordenador do curso de formação,  informou que estava ocupado em um treinamento aos alunos e não podia emitir resposta sobre o caso.

O curso

No início desse mês, o governador Gladson Cameli fez a abertura da aula inaugural do CFSD, no auditório da Unimeta, em Rio Branco. Ao todo, foram convocados 198 profissionais para a preparação que deve durar 9 meses.

Com carga total de 2.135 horas, o CFSD contempla aulas práticas e teóricas em 52 disciplinas, como Direito Penal, Policiamento Comunitário, Policiamento Ostensivo Geral e Direitos Humanos. Toda a capacitação será realizada nas dependências do Centro Integrado de Ensino e Pesquisa em Segurança Pública (Cieps), na capital. Cada aluno-soldado receberá remuneração mensal de R$ 4.344,22, durante o período do curso.

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Cortes no orçamento das universidades federais ameaçam funcionamento da UFAC em 2026; redução será de quase R$ 400 milhões

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Por Dell Pinheiro

As universidades federais brasileiras enfrentarão um novo cenário de restrição financeira em 2026, com a redução de quase R$ 400 milhões no orçamento discricionário aprovada pelo Congresso Nacional. Entre as instituições impactadas está a Universidade Federal do Acre (UFAC), que já lida com limitações orçamentárias e vê agravadas as dificuldades para manter atividades essenciais.

O orçamento discricionário é responsável por custear despesas básicas do funcionamento universitário, como pagamento de água, energia elétrica, segurança patrimonial, limpeza, manutenção de prédios e apoio a atividades acadêmicas. Com o corte, a UFAC poderá ter comprometida a rotina dos campi de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, afetando diretamente o ensino, a pesquisa e as ações de extensão desenvolvidas junto à comunidade acreana.

Uma das áreas mais sensíveis é a assistência estudantil. Programas de auxílio permanência, moradia, alimentação e transporte, fundamentais para estudantes em situação de vulnerabilidade social, correm risco de sofrer redução. Na UFAC, esses auxílios são considerados estratégicos para garantir o acesso e a permanência de alunos do interior do estado, de comunidades indígenas, ribeirinhas e de baixa renda.

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) manifestou preocupação com o cenário e alertou que o orçamento previsto para 2026 será inferior ao de 2025. Segundo a entidade, a queda ocorre em um contexto de inflação acumulada e de reajustes contratuais, o que reduz ainda mais a capacidade das universidades de manter seus compromissos financeiros.

Para a UFAC, os cortes representam um desafio adicional em um Estado onde a universidade federal desempenha papel central na formação de profissionais, na produção científica e no desenvolvimento regional. Gestores e a comunidade acadêmica alertam que a manutenção do ensino público, gratuito e de qualidade depende de um financiamento compatível com as demandas reais das instituições.

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VÍDEO: Segundo envolvido no assassinato de Moisés Alencastro é preso pela DHPP em Rio Branco

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Nataniel Oliveira teve prisão preventiva decretada pela Justiça; outro suspeito já havia sido preso e confessado o crime

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu, no fim da tarde desta quinta-feira (25), Nataniel Oliveira de Lima, apontado como o segundo envolvido no assassinato do colunista Moisés Alencastro, ocorrido no último domingo (22), em Rio Branco.

A prisão aconteceu em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado, durante uma ação de investigadores da especializada. Contra Nataniel havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Estadual das Garantias, após representação feita pelo delegado Alcino Ferreira Júnior. No mesmo endereço, a polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão.

Ainda na madrugada desta quinta-feira, a DHPP já havia prendido Antônio de Souza Morães, de 22 anos, que confessou a autoria do crime. No entanto, os detalhes sobre a dinâmica e a motivação do homicídio não foram divulgados oficialmente.

Moisés Alencastro, que era servidor do Ministério Público do Acre e atuava como colunista, foi morto dentro do próprio apartamento, localizado no bairro Morada do Sol. O caso causou grande repercussão no meio jornalístico e institucional do estado.

Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação aponta para um crime de natureza passional. As investigações continuam para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação de cada envolvido.

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PAA: Nova portaria libera R$ 4 milhões para compra direta de alimentos de produtores acreanos

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Por Wanglézio Braga

O Governo Federal destinou até R$ 4 milhões para o Acre executar a modalidade Compra com Doação Simultânea (CDS) do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), voltada à compra de produtos da agricultura familiar para doação a povos indígenas em situação de insegurança alimentar. A medida foi oficializada por portaria do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 23, e terá vigência inicial de 12 meses, com possibilidade de prorrogação.

Pela regra, o Estado deverá priorizar a compra direta de alimentos produzidos pelos próprios povos indígenas. Caso a oferta não seja suficiente, a aquisição poderá ocorrer junto a outras comunidades tradicionais e, em último caso, a agricultores familiares em geral. Os alimentos, in natura ou industrializados, deverão respeitar os hábitos alimentares locais e serão distribuídos diretamente nas aldeias ou em equipamentos públicos instalados nos territórios indígenas.

O pagamento aos fornecedores será feito diretamente pelo Governo Federal, por meio do MDS, garantindo mais segurança ao produtor e evitando atrasos. Para ter acesso aos recursos, o Acre precisa confirmar o interesse no programa em até 30 dias após a publicação da portaria, aceitando as metas no sistema do PAA. Caso o prazo não seja cumprido, o recurso poderá ser remanejado para outros estados.

O Estado terá até 90 dias para cadastrar a proposta no sistema e iniciar as operações, após aprovação do plano operacional e emissão dos cartões dos beneficiários fornecedores.

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