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Xapuri não terá réveillon e atividades culturais no “20 de Janeiro”

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Outro efeito de grande impacto da pandemia será a impossibilidade de a paróquia de São Sebastião realizar a tradicional procissão, no dia 20 de janeiro, que chega a reunir mais de 20 mil pessoas anualmente na cidade

Por Raimari Cardoso

O prefeito de Xapuri, Ubiracy Vasconcelos, anunciou na última sexta-feira, 11, que em função de uma crescente nova onda do novo coronavírus, que fez com que o nível de risco nas regionais do Alto e Baixo Acre regredisse à Bandeira Laranja, o município não terá as tradicionais comemorações de fim de ano e muito menos a parte comercial da Festa de São Sebastião, em 20 de janeiro.

Com relação às atividades de fim de ano, a prefeitura decidiu que manterá apenas a entrega dos presentes às crianças dos bairros mais carentes. Não haverá a tradicional festa da virada, com a queima de fogos e as apresentações musicais que sempre marcaram o réveillon dos xapurienses. A ideia é não promover nada que cause aglomerações elevando os índices de contágio.

Quanto à maior festa religiosa do município, o Novenário de São Sebastião, a prefeitura, que é correalizadora do evento, junto com a paróquia local, não realizará a parte que organiza todos os anos. Não haverá, portanto, a organização do também tradicional “shopping popular”, como ficou conhecida a concentração de comerciantes que na festa são denominados “marreteiros”.

Os parques infantis, restaurantes populares, feiras de artesanatos e culinária, lanchonetes e pastelarias, também não terão autorização para funcionar, segundo o anúncio feito pelo prefeito. A notícia é desastrosa para a já anêmica economia da cidade, pois as festas de fim de ano e o Novenário de São Sebastião têm importância gigantesca para vários setores do comércio local.

Os setores mais atingidos serão as poucas pousadas e hospedarias existentes na cidade, as também poucas opções de restaurantes e os pequenos negócios, a maioria informal, que têm nesse período o seu grande momento. A geração de empregos temporários será duramente atingida e muitos, como a própria igreja católica local perderão a maior oportunidade de arrecadação do ano.

“Sei que isso afeta a economia, afeta o setor hoteleiro e de restaurantes, enfim, o turismo, de modo geral, mas aqui nós optamos pela preservação da vida. Aqui não vamos negligenciar nem prevaricar em nenhum momento quanto a isso, então queria pedir a compreensão da população, de todos aqueles que estão se preparando para as festas de fim de ano”, enfatizou o prefeito.

Contudo, é possível que a prefeitura possa voltar atrás quanto ao rigor das medidas. É que o Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19 divulgou recentemente a Resolução 15, que trata sobre o enquadramento dos setores e das atividades comerciais autorizadas a funcionar de acordo com cada um dos Níveis de Risco estabelecidos no Pacto Acre Sem Covid.

A nova resolução unifica todas as anteriores relacionadas ao funcionamento dos setores comerciais e sociais durante a pandemia, dando abertura para que praticamente todos possam operar a partir da Bandeira Laranja com quantitativo de capacidade reduzido e adoção de protocolos sanitários, além das medidas de proteção individuais.

Assim, atividades como a abertura de academias, igrejas, bares e restaurantes, que não eram permitidos na Bandeira Laranja, passam agora a ser autorizados com uma redução ainda maior da encontrada na Bandeira Amarela, conforme divulgou a Agência de Notícias do Acre, do governo do estado.

Segundo o secretário de Saúde, Alysson Bestene, a nova resolução é fruto de um trabalho coletivo onde o governo do Acre ouviu e ponderou os anseios dos representantes comerciais e sociais, mudando níveis de abertura e medidas para que haja segurança para toda a população.

“É uma revisão de todos os segmentos, trazendo o funcionamento de todos os setores comerciais e sociais para a Bandeira Laranja com quantitativo menor. E é um trabalho que não para no poder público. Cada pessoa precisa fazer sua parte, desde o setor privado, a população, para que não haja retrocesso por disseminação da doença”, explicou.

Com mais de 1750 casos confirmados de covid-19, Xapuri é o segundo município em incidência da doença – número de casos por grupo de 100 mil habitantes – e o primeiro do Alto Acre em números absolutos. No cenário estadual, o município é o quinto colocado em número de contaminações com 15 mortes registradas pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa). No entanto, a Sesacre contabiliza apenas 13 óbitos para Xapuri.

Sem procissão

Outro efeito de grande impacto da pandemia será a impossibilidade de a paróquia de São Sebastião realizar a tradicional procissão, no dia 20 de janeiro, que chega a reunir mais de 20 mil pessoas anualmente na cidade. A direção da Igreja Católica no município ainda discute como o evento será realizado, mas é quase certo que em vez da procissão haverá uma carreata.

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Chuva aumenta e Defesa Civil alerta para riscos na captação de água e navegação no Rio Acre

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O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta

Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando. Foto: captada 

Suene Almeida

Apesar de Rio Branco não registrar volumes extremos de chuva nos últimos dias, a Defesa Civil Municipal tem monitorado de perto o comportamento do Rio Acre e suas consequências para a capital. Em entrevista nesta sexta-feira (5), o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, detalhou a situação, chamou atenção para riscos menos aparentes e reforçou que o momento exige cautela.

Segundo Falcão, até a manhã de hoje o acumulado de chuva dentro do perímetro urbano estava em cerca de 18 milímetros. No entanto, o volume que atinge a cidade desde o início da tarde tende a alterar esse cenário.  “Daqui a pouco, quando a gente finalizar essa chuva aqui, vamos perceber que o que choveu hoje equivale praticamente à semana inteira”, explicou.

Ele reforça que, embora o índice acumulado não pareça alto dentro de Rio Branco, o quadro regional é mais preocupante. “Mesmo não tendo chovido muito na cidade, nós temos um acumulado na bacia de 250 a 300 milímetros só nesta primeira semana de dezembro, que nem terminou ainda. Ainda é sexta-feira.”

Oscilações do nível do Rio Acre preocupam

O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta, uma queda significativa em poucos dias. Apesar disso, Falcão esclarece que não há risco de enchente neste momento.

O alerta da Defesa Civil, porém, está focado em outro ponto, que é na presença de balseiros, grandes aglomerados de troncos e vegetação que descem com a correnteza e podem causar danos a estruturas e embarcações.

“Existe uma preocupação atual nossa em relação a essa oscilação de nível, que é a formação de balseiros. Esses balseiros colocam em risco a captação de água e a navegação, trazendo grandes possibilidades de acidentes”, afirmou o tenente-coronel.

Ele explica que, mesmo sem perspectiva de transbordamento, o comportamento irregular do rio traz desafios que exigem vigilância constante. “A gente não está preocupado com o transbordamento, que não vai acontecer agora, mas estamos atentos às outras consequências que o nível do rio traz quando ele oscila dessa forma”, destacou.

Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando, “Essas primeiras chuvas já mostram que a gente precisa ficar alerta. O momento é de atenção, não de pânico”, concluiu.

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Prefeito de Rio Branco anuncia pagamento do salário e 13º de servidores para o dia 19 de dezembro

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Tião Bocalom afirmou que os depósitos devem injetar cerca de R$ 80 milhões na economia local e destacou que a gestão mantém todos os pagamentos em dia

A confirmação foi feita durante coletiva de imprensa realizada na Praça da Revolução. Segundo o gestor, os dois pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia local. Foto: captada 

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, anunciou em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (5) que o salário de dezembro e o 13º salário dos servidores municipais serão depositados no próximo dia 19. Segundo o gestor, os pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia da capital.

Bocalom destacou que a política da administração municipal é a de antecipar parte do 13º apenas mediante solicitação do servidor, prática que, de acordo com ele, é pouco comum.

— A grande maioria dos nossos trabalhadores deixa para receber tudo no final do ano, como foi pensado quando o 13º foi criado — afirmou.

O prefeito explicou ainda que adiantar o pagamento no meio do ano pode reduzir o impacto financeiro do benefício devido aos descontos obrigatórios, o que, em sua visão, “desvirtua” o propósito original da gratificação natalina. Ele também reafirmou o compromisso da gestão com a pontualidade nos pagamentos.

— Nunca atrasamos salários, férias ou qualquer outro direito. Fechamos o ano mais uma vez com tudo em ordem, pagando todos os nossos trabalhadores — completou Bocalom.

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Obra do viaduto Mamedio Bittar em Rio Branco é adiada para março de 2026

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Prefeitura culpa atraso na entrega de insumos vindos de outros estados; estrutura, orçada em R$ 24 milhões, estava prevista para dezembro de 2025

A prefeitura admitiu que não conseguirá entregar a obra ainda este ano e divulgou que a nova previsão é o primeiro trimestre de 2026. Foto: captada 

A Prefeitura de Rio Branco admitiu que não conseguirá entregar ainda este ano a construção do viaduto Mamedio Bittar, na confluência das avenidas Ceará, Dias Martins e Isaura Parente. Em nota divulgada nesta quarta-feira (4), a gestão municipal adiou a conclusão da obra para março de 2026.

O novo prazo é o terceiro anunciado pela administração: inicialmente, a entrega estava prevista para outubro de 2025, depois foi adiada para dezembro e, agora, para o primeiro trimestre do ano que vem. Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicosnecessários para a estrutura.

— Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores — justificou o município.

De acordo com a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e, após a conclusão do viaduto, ainda serão realizados serviços de acabamento. A prefeitura não informou se o custo inicial de R$ 24 milhões foi alterado.

O viaduto Mamedio Bittar é considerado essencial para desafogar o trânsito em uma das áreas de maior fluxo da capital acreana, especialmente nos horários de pico. A previsão atual é que a obra seja entregue totalmente concluída e dentro dos padrões de qualidade até março do próximo ano.

Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicos necessários para a estrutura. Foto: captada 

Nota da Prefeitura de Rio Branco

A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura, esclarece que o atraso na entrega do Elevado Mamedio Bittar ocorreu em razão de dificuldades no fornecimento dos insumos metálicos utilizados na obra.

O material é fabricado sob medida, de forma milimétrica, e adquirido junto a grandes siderúrgicas do sul do país, como a Usiminas e a Gerdau, que atendem não apenas o Brasil, mas também o mercado internacional. Houve, portanto, atrasos na produção e na entrega dessas estruturas, o que impactou diretamente o cronograma da obra.

Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores.

Neste momento, os últimos vãos estão sendo concretados e os serviços de urbanismo já foram iniciados. Após a conclusão da estrutura, ainda serão executados os acabamentos do tabuleiro, passeios, laterais, pintura e toda a urbanização na parte inferior do elevado.

A Prefeitura reforça que não irá inaugurar a obra de forma inacabada. A previsão é de que o Elevado Mamedio Bittar seja entregue totalmente concluído e dentro dos padrões de qualidade no primeiro trimestre de 2026, mais precisamente até o mês de março.

Ainda segundo a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e que, após a conclusão do viaduto, ainda haverá serviços de acabamento. Foto: captada 

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