Brasil
Vídeo do MBL em apostila aumenta polêmicas de Tarcísio na Educação
A gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) à frente da Educação do estado de São Paulo permanece sendo marcada por polêmicas. No início desta semana, o jornal “Folha de S.Paulo” mostrou que um vídeo do MBL (Movimento Brasil Livre) e um texto da produtora conservadora Brasil Paralelo foram usados como fonte de informação para o material didático digital enviado às escolas estaduais.
No primeiro caso, o vídeo constava no material didático para os alunos do 2º ano do ensino médio. A aula digital recomendava que os professores abordassem o “protagonismo estudantil”. Para tratar do assunto, o governo incluiu um vídeo do MBL Estudantil, que fala sobre a função dos grêmios nas escolas. O vídeo é finalizado com uma propaganda do MBL.
Já o texto do Brasil Paralelo foi utilizado durante uma aula digital de empreendedorismo para alunos do 3º ano do ensino médio. O conteúdo trazia a Walt Disney como exemplo de resiliência e inspiração para os jovens. A produtora ganhou destaque, principalmente, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
Após a repercussão dos casos, a Secretaria da Educação informou que os conteúdos “foram retirados da plataforma e seu conteúdo foi completamente editado a fim de se adequar aos protocolos pedagógicos da rede”.
Além disso, a pasta reforçou que “uma apuração preliminar foi instaurada para responsabilizar os envolvidos e um novo protocolo de revisão de aulas e demais conteúdos foi estabelecido”.
Relembre outras polêmicas da gestão Tarcísio na Educação
Inteligência Artificial
Recentemente, o governador Tarcísio de Freitas informou que estuda utilizar inteligência artificial nas escolas estaduais . O anúncio revoltou profissionais da educação, que temem uma queda na qualidade da educação e uma redução no número de professores.
Para amenizar a situação, a Secretaria da Educação afirmou que os professores não serão substituídos. A pasta também salientou que o projeto piloto visa utilizar a inteligência artificial na preparação de aulas e atividades para os alunos da rede pública do estado.
Livros didáticos no PNLD
Em julho do ano passado, o governador de São Paulo recusou os livros entregues pelo governo federal através do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD).
Assim como nos casos mais recentes, depois de receber críticas, a gestão Tarcísio recuou e decidiu aderir aos livros. O anúncio ocorreu no mesmo dia em o Tribunal de Justiça (TJ-SP) determinou que a gestão voltasse a receber o material do Ministério da Educação (MEC) .
Falta de licitação para livros digitais
Em meio ao caso envolvendo o material didático do MEC, a Fundação para o Desenvolvimento da Educação, do governo estadual, autorizou a compra de livros digitais sem licitação.
O contrato de R$ 4,5 milhões previa a compra de 68 títulos literários da empresa Bookwire. Depois da repercussão negativa, a Secretaria da Educação canecelou a aquisição dos livros.
Contratos com a Multilaser
A falta de transparência também afetou os contratos com a Multilaser, empresa fornecedora de equipamentos de informática. Isto porque o secretário da Educação, Renato Feder, era acionista de 28% da empresa.
Os parlamentares da oposição de Tarcísio chegaram a protocolar um pedido de investigação contra o secretário, alegando conflito de interesses. O Ministério Público de São Paulo (MPSP), entretanto, arquivou a investigação.
Erros crassos
Um caso mais recente envolvendo a pasta da Educação também prejudicou a imagem de Tarcísio. Em slides da disciplina de história entregues aos alunos, textos afirmam que a cidade de São Paulo tem praias, que a lei Áurea foi assinada por D. Pedro II e que doenças como Parkinson e Alzheimer são transmitidas por água contaminada.
A Secretaria da Educação afirmou que irá demitir os responsáveis pelos erros. “A coordenadoria pedagógica da instituição vai reforçar a equipe de revisão para que haja aprimoramentos constantes nos recursos didáticos, sempre em total harmonia com o Currículo Paulista”, declarou o governo, em nota.
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Fonte: Nacional
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Brasil
Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Brasil
Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

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