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Vice do PT defende irmãos Brazão, réus pelo homicídio da vereadora Marielle Franco

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De acordo com o inquérito, finalizado seis anos após o crime, o assassinato foi motivado por grilagem de terras que eram de interesse de milicianos ligados aos Brazão

Ex-deputado Chiquinho Brazão é réu por morte de Marielle Franco. Foto: Agência Câmara

O vice-presidente do PT e prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá (RJ), defendeu os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, acusados pela morte da vereadora do Rio Marielle Franco, em 2018. No Instagram, o petista postou foto ao lado de familiares dos Brazão e declarou que não há provas de envolvimento dos dois com o crime.

Irmã de Marielle, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, reagiu e prometeu recorrer ao comitê de ética do partido. Na legenda da postagem, Quaquá disse que está defendendo os Brazão por “não ser um rato que se esconde no esgoto para fugir da luz”.

O vice-presidente do PT ainda tentou associar, sem provas, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no caso da execução da vereadora, o que foi descartado pela investigação da Polícia Federal (PF).

“A realidade é que usaram a família Brazão de bucha de canhão para ocultar, inclusive, o fato de que o assassino brutal esteve um dia depois no condomínio onde moram Bolsonaro e seu filho. Isso foi deixado de lado pela investigação”, afirmou Quaquá em postagem feita pelo Instagram na quinta-feira (9).

Domingos e Chiquinho Brazão estão presos desde março do ano passado após serem apontados pela PF como os mandantes da execução da ex-vereadora.

De acordo com o inquérito, finalizado seis anos após o crime, o assassinato foi motivado por grilagem de terras que eram de interesse de milicianos ligados aos Brazão. Marielle e o motorista dela, Anderson Gomes, foram mortos a tiros no bairro carioca do Estácio em 14 de março de 2018.

Também pelo Instagram, Anielle disse, sem citar o nome de Quaquá, que dirigente do partido está usando o nome da irmã “sem qualquer responsabilidade”.

A ministra prometeu entrar com uma ação em desfavor do vice-presidente no partido e chamou a atitude dele de “repugnante”. “Vou protocolar um pedido na comissão de ética do partido sobre o dirigente que se utiliza desse caso de maneira repugante e que é contra a postura do próprio governo e do partido”, disse Anielle.

Essa não é a primeira vez que Quaquá toma uma posição contrária ao PT e defende publicamente os irmãos Brazão. Na época em que eles foram presos, o prefeito de Maricá disse ao Estadão que não estava “plenamente convencido” da participação de Domingos no crime.

“Não vou nem dizer nem que é inocente nem culpado. Não vi ainda provas cabais. Eu conheço ele há 20 anos. Será uma surpresa negativa [se ele estiver envolvido], porque é um negócio brutal”, afirmou Quaquá à Coluna do Estadão. “Eu acho que não é hora de apontar nenhum inocente, sem que a gente tenha clareza de todas as circunstâncias”, completou.

A declaração causou atritos no partido, porém, Quaquá acabou sendo blindado. Em uma reunião da cúpula petista onde foi discutido um possível afastamento dele da vice-presidência, o placar foi de 26 votos contrários a 17 favoráveis.

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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

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Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli

Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.

A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.

O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.

O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.

“Um cônjuge é suficiente”

No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.

Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.

“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.

“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.

 

Fonte: CNN

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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá

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Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

Como resultado da ação, o delegado Charles Corrêa e o policial Daniel Lima das Neves foram afastados cautelarmente de suas funções. Em um dos endereços alvo, a PF apreendeu mais de R$ 1 milhão em espécie e cerca de € 25 mil. Uma pessoa foi presa em flagrante por posse de arma de uso restrito.

As investigações tiveram início após a identificação de movimentações bancárias suspeitas, incompatíveis com os rendimentos declarados pelos investigados. Segundo a PF, empresários e agentes públicos atuantes na região de fronteira estariam envolvidos na ocultação de recursos provenientes do comércio ilegal de ouro.

A corporação identificou ainda que joalherias de diversos estados transferiam valores para um posto de combustíveis em Oiapoque. O estabelecimento, por sua vez, repassava o dinheiro a um agente público local, reforçando os indícios de lavagem de capitais.

A PF também apurou movimentações superiores a R$ 4,5 milhões feitas por servidores públicos sem justificativa econômica. Para disfarçar a origem ilícita dos recursos, teriam sido usadas empresas de fachada.

Os investigados podem responder pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e peculato — somadas, as penas ultrapassam 60 anos de prisão.

A operação contou com apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Civil do Amapá no cumprimento das medidas judiciais.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF

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Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)

 

Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.

Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.

A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.

Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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