Acre
Vice de Márcio Bittar será Antônia Sales ou Eliane Sinhasique
Até o próximo dia 20 de maio o martelo será batido. Mas como já está certo que a indicação será do PMDB, Márcio Bittar (PSDB) terá uma candidata a vice. O prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales (PMDB), uma das maiores lideranças do partido, já avisou que caso a deputada Antônia Sales (PMDB) não queira compor a chapa majoritária a opção natural será a vereadora da Capital Eliane Sinhasique (PMDB). Vagner admite que como Rio Branco será o principal palco da disputa eleitoral de 2014 e Sinhasique tem feito um bom trabalho como vereadora a opção, eleitoralmente falando, é viável.
As dúvidas de Antônia Sales
A deputada do PMDB acabou de passar duas semanas visitando as comunidades ribeirinhas do Juruá. O seu eleitorado prefere que ela continue como parlamentar. Mas Antônia ainda não descartou a possibilidade de ser a vice. O desejo maior da esposa de Vagner Sales é derrotar o PT no pleito para o Governo.
Digo sim
Por outro lado, a vereadora Eliane Sinhasique (PMDB), pré-candidata a deputada estadual, disse que aceitará a missão de vice, caso seja convocada. “Sou uma das milhares de acreanas que querem mudança no Governo. Se for a escolhida vou me empenhar para um que possamos viver um novo tempo no Estado. Eusou parte de um projeto de mudança e vou à luta na posição que for,” diz ela.
Equação lógica
A indicação de uma candidata da Capital parece interessante para o casal Sales. Nesse caso, Antônia iria concorrer à reeleição ou até mesmo à uma vaga na Câmara Federal. Como deputada federal, Antônia poderia ajudar ainda mais as comunidades ribeirinhas colocando emendas e, consequentemente, recursos diretos para projetos nessas áreas.
Cada um no seu quadrado
Vagner Sales (PMDB) acha que uma possível candidatura a federal da esposa não atrapalha em nada a reeleição do deputado federal Flaviano Melo (PMDB). Na realidade, ele acredita que o PMDB do Acre cresceria com dois deputados federais. O que é o desejo da Executiva Nacional.
Aposta
Vagner Sales (PMDB) tem tanta certeza de uma larga vitória de Bittar (PSDB) no Juruá que sugeriu uma aposta. “Aposto um boi reprodutor contra um desses carneiros que o atual Governo trouxe, se é que tem algum ainda vivo, que o Bittar (PSDB) ganha do Tião Viana (PT) no Juruá,” sugeriu.
Matemática da suposição
Com Antônia (PMDB) ou sem ela, Vagner vai entrar de cabeça na eleição. Ele acha que o seu candidato de oposição virá do Juruá com uma larga vantagem de votos. E que, nesse caso, a disputa decisiva será na Capital.
O fator Gladson
Para o prefeito de Cruzeiro do Sul, o deputado federal Gladson Cameli (PP) representa bem a chapa majoritária da Aliança no Juruá. Por isso, está tranquilo quanto ao seu desempenho na região. Além de apostar no sucesso da sua gestão como fator eleitoral.
Análise fria
Márcio Bittar (PSDB) tem forte raízes em Sena Madureira, região do Purus. Se a escolha de vice recair sobre Sinhasique (PMDB) seria uma representação da Capital. Gladson é do Juruá. O Alto Acre, nesse caso, poderá indicar o primeiro suplente de Cameli. O Estado estaria contemplado na chapa.
O fator Bocalom
Vagner Sales (PMDB) admite que nesse momento é possível que Tião Bocalom (PSDB) esteja a frente de Bittar (PSDB) nas pesquisas. Mas tem a certeza que só a campanha eleitoral irá definir o quadro.
As razões
Para Sales (PMDB), no momento, Bocalom (PSDB) tem a seu favor a memória eleitoral dos pleitos que participou. “Ele é um bom candidato, mas falta partido, estrutura e tempo de rádio e televisão. Como acredito que haverá segundo turno a eleição ficará polarizada entre Tião Viana (PT) e Márcio Bittar (PSDB),” profetizou.
Mobilização em família
A saída de vários deputados federais com base eleitoral no Juruá para a disputa majoritária deixou um vácuo na região. Vagner deverá indicar Antônia Sales (PMDB) ou seu filho Fagner Sales (PMDB) para deputado federal.
O quadro quase completo da disputa pelo Governo e o Senado
Só falta mesmo a indicação de quem será a vice de Márcio Bittar (PSDB). As outras vagas das chapas de oposição e da FPA estão definidas. Na FPA, Tião Viana (PT) e Nazaré Araújo (PT) para o Governo e, Perpétua Almeida (PC do B) para o Senado. A oposição se apresentará com duas chapas. Márcio Bittar (PSDB) com Antônia Sales (PMDB) ou Eliane Sinhasique (PMDB) como vice e, Gladson Cameli (PP) para o Senado. Fechando o quadro Bocalom (DEM) com Henrique Afonso (PV) de vice e, Roberto Duarte (PMN), disputa o Senado. Claro que ainda podem surgir novas candidaturas de partidos independentes como o PSOL, por exemplo. Mas o quadro principal está praticamente traçado e a corrida já começou. Façam as suas apostas…
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Acre
Sebrae e Funtac promovem 3º Encontro da Rede de Sementes do Acre

Evento acontece nos dias 8 e 9 de dezembro, no Sesc Cruzeiro do Sul
Nos dias 8 e 9 de dezembro, o Sebrae e a Funtac realizam o 3º Encontro da Rede de Sementes do Acre, em Cruzeiro do Sul. O evento objetiva a promoção do conhecimento, inovações, tecnologias e mercado, voltados para a bioeconomia de sementes florestais no Acre.
O evento acontecerá no Hotel Sesc de Cruzeiro do Sul e a programação inclui palestras e minicursos, com temas como: Restauração florestal no Acre; Coleta e comercialização de sementes nativas; e Armazenamento de sementes florestais da Amazônia.
“Este encontro é um espaço estratégico para fortalecer a bioeconomia no Acre, promover a troca de conhecimentos e ampliar as oportunidades de mercado para o público que atua neste segmento”, destacou o gestor de bioeconomia do Sebrae, Francinei Santos, ministrará a palestra “Estratégias de mercado na Rede de Sementes”, no dia 8.
Criada em 2023, a Rede de Sementes do Acre atua na estruturação da cadeia produtiva de sementes florestais nativas, com foco na restauração de ecossistemas, na conservação de espécies ameaçadas e no fortalecimento da comercialização sustentável, em parceria com instituições públicas, privadas e a sociedade civil.
A edição do Encontro em Rio Branco acontecerá nos dias 11 e 12 de dezembro. O evento conta com apoio do Ministério do Meio Ambiente, por meio do projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia, Banco Mundial, GEF, Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), Conservação Internacional Brasil, FGV Europe e Secretaria de Estado do Meio Ambiente.

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Acre
Justiça determina que governo do Acre nomeie 20 policiais penais em Sena Madureira
De acordo com o MPAC, há insuficiência grave de policiais penais na UPEM, o que impede o cumprimento mínimo da Lei de Execução Penal (LEP)

Para o MP, há direito subjetivo à nomeação dos aprovados dentro das vagas, conforme entendimento do STF (Tema 784). Foto: captada
Saimo Martins
A Vara Cível da Comarca de Sena Madureira determinou que o Governo do Acre convoque e nomeie, em até 30 dias, pelo menos 20 aprovados no concurso da Polícia Penal (Edital 001/2023 – SEAD/IAPEN) para atuarem na Unidade Penitenciária Evaristo de Moraes (UPEM). A decisão, assinada pelo juiz Caique Cirano de Paula, atende a pedido de tutela de urgência ajuizado pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) em Ação Civil Pública.
A medida foi tomada após uma série de inspeções do Ministério Público, através do promotor Júlio César Medeiros, da Defensoria Pública e do próprio Judiciário apontarem um cenário crítico na unidade prisional, marcado por déficit de servidores, violações de direitos básicos e risco iminente à segurança.
Déficit de servidores e violações de direitos básicos
De acordo com o MPAC, há insuficiência grave de policiais penais na UPEM, o que impede o cumprimento mínimo da Lei de Execução Penal (LEP). Entre as violações identificadas estão a irregularidade no banho de sol — que chega a ocorrer apenas uma vez por mês — precariedade no fornecimento de água, problemas na qualidade da alimentação, ausência de equipe de saúde adequada e inexistência de Grupo de Intervenção, único caso no Estado.
Relatórios da Defensoria Pública e do Juízo da Execução Penal reforçaram a grave situação, caracterizada pelo Ministério Público como expressão local do Estado de Coisas Inconstitucional reconhecido pelo STF no sistema prisional brasileiro.
Concurso com vagas abertas e aprovados sem nomeação
O concurso da Polícia Penal previa 261 vagas, e 308 candidatos concluíram o curso de formação. No entanto, apenas 170 foram convocados até agora. Para o MP, há direito subjetivo à nomeação dos aprovados dentro das vagas, conforme entendimento do STF (Tema 784).
O diretor da unidade informou que seriam necessários, no mínimo, 30 novos servidores, sendo 16 para formação do Grupo de Intervenção e 12 para reforçar a equipe educacional.
Decisão determina ações imediatas
Na decisão, o juiz afirma que não há violação ao princípio da separação dos poderes, uma vez que o Judiciário apenas determina o cumprimento de obrigações legais já previstas. O magistrado destacou a urgência diante do risco à integridade física de internos e servidores, além das violações massivas de direitos fundamentais.
Segundo ele, o Ofício nº 7.499/SMCRI00, expedido pelo Juízo da Execução Penal e que estabeleceu prazos curtos para regularização do banho de sol, atendimento em saúde e fornecimento de água potável, evidencia a gravidade da situação. O juiz ressaltou que a normalização dessas atividades depende diretamente de efetivo de segurança suficiente para garantir a movimentação dos presos e a ordem interna. Ele apontou que a privação crônica de banho de sol, a ausência de assistência à saúde e as falhas no fornecimento de água elevam o risco de instabilidade interna a níveis perigosos. A falta de um Grupo de Intervenção, conforme observou o Ministério Público, transforma a UPEM em uma “bomba-relógio”, ameaçando a segurança de servidores, internos e da população. O magistrado concluiu que, diante do histórico de violência, rebeliões e evasões no sistema prisional acreano, o Poder Judiciário, provocado pelo Ministério Público e apoiado em recente atuação da Defensoria Pública, não pode se omitir frente à evidente falha do Poder Executivo na implementação das políticas penitenciárias necessárias.
O Estado deverá adotar uma série de medidas no prazo de 30 dias, conforme determinação judicial. Entre elas está a nomeação de pelo menos 20 policiais penais aprovados e formados no concurso, para atuação imediata na Unidade Penitenciária Evaristo de Moraes (UPEM). Também deverá ser criado e capacitado um Grupo de Intervenção, composto por no mínimo 16 policiais penais.
A decisão determina ainda que as vagas de estudo oferecidas aos internos sejam ampliadas de 40 para 80, além da obrigatoriedade de garantir banho de sol diário com duração mínima de duas horas, conforme prevê a Lei de Execução Penal (LEP). Outro ponto imposto é a regularização do fornecimento de água potável, que deverá ocorrer pelo menos três vezes ao dia, com horários fixos divulgados em todos os blocos da unidade.
O magistrado ainda determinou que o Estado realize a manutenção preventiva do sistema de bombeamento de água, assegurando uma reserva técnica para situações emergenciais. Em caso de descumprimento das medidas, foi fixada multa diária de R$ 10 mil, limitada a 30 dias.
“Realize a manutenção preventiva do sistema de bombeamento de água, a fim de garantir o fornecimento de água potável, no mínimo, três vezes ao dia aos internos, em horários fixos, com fixação do cronograma de liberação de água sendo afixado em todos os blocos, com manutenção de reserva técnica de água para situações emergenciais. Fixo, a título de astreintes, multa diária no montante de R$ 10.000,00 (dez mil reais), limitada a 30 (trinta) dias”, diz a decisão.
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Acre
Acre tem 152 obras federais paradas, com R$ 1,2 bilhão paralisados durante governo Lula, aponta TCU
Dados atualizados até abril de 2025 mostram que saúde e educação concentram maior número de obras interrompidas; causas das paralisações não são detalhadas no painel do tribunal

O Ministério das Cidades reúne 31 obras suspensas, impactando projetos de habitação e urbanização. O DNIT contabiliza 12 interrupções em frentes relacionadas à malha viária e logística estadual. Foto: captada
O Acre convive com 152 obras federais paralisadas, que somam cerca de R$ 1,2 bilhão em investimentos represados, segundo dados do Tribunal de Contas da União (TCU) atualizados até abril de 2025. As áreas de saúde e educação são as mais afetadas, com 50 e 32 obras interrompidas, respectivamente.
O levantamento, foi consultado na última quarta-feira (3), não detalha os motivos das paralisações, mas revela um cenário crítico para a infraestrutura e os serviços públicos no estado. No Ministério da Saúde, as obras paradas incluem unidades básicas, estruturas intermediárias e equipamentos que, se concluídos, ajudariam a desafogar o sistema hospitalar e ampliar o acesso à população.
Já o Ministério da Educação tem paralisadas 32 obras, como escolas, creches e outros equipamentos essenciais para regiões com carência de vagas e infraestrutura limitada.
Outros órgãos também aparecem com números expressivos: o Ministério das Cidades tem 31 obras suspensas (habitação e urbanização), e o DNIT contabiliza 12 paralisias que afetam a malha viária e a logística estadual. Completam a lista o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (11 obras), Ministério do Esporte (9), Funasa (3), Ministério da Agricultura e Pecuária (2), além do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos e o Ministério do Turismo, com 1 obra cada.
A falta de detalhamento sobre as causas — que podem incluir entraves administrativos, questões jurídicas, falhas de execução ou falta de repasse de recursos — dificulta a análise e a busca por soluções para retomar investimentos essenciais ao desenvolvimento do estado.

A leitura das informações revela que os setores de saúde e educação, pilares essenciais do atendimento direto à população, concentram o maior número de obras interrompidas no estado. Foto: captada
O Ministério da Educação, com 32 obras que incluem escolas, creches e outros equipamentos educacionais. A interrupção desses projetos impacta diretamente a expansão da oferta de ensino e o atendimento a crianças e jovens em regiões onde a carência por infraestrutura permanece elevada.
O levantamento do TCU também aponta paralisações em outras pastas relevantes. O Ministério das Cidades acumula 31 obras interrompidas, incluindo projetos de urbanização e habitação. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) aparece com 12 obras, afetando frentes ligadas à malha viária e logística do estado.
Distribuição por pasta ministerial
- Saúde: 50 obras paralisadas (unidades básicas, estruturas intermediárias)
- Educação: 32 obras (escolas, creches, equipamentos de suporte)
- Cidades: 31 obras (habitação e urbanização)
- DNIT: 12 obras (malha viária e logística)
- Integração Regional: 11 obras
- Esporte: 9 obras
Impactos diretos
- Saúde: Sistema hospitalar não é desafogado
- Educação: Déficit de vagas e infraestrutura permanece
- Logística: Transporte de insumos e atendimento a municípios isolados comprometido
Falta de transparência
- Causas: Painel não detalha motivos das paralisações
- Entraves: Dificuldade em identificar problemas administrativos, jurídicos ou financeiros
Apesar do impacto econômico e social gerado pela interrupção dos investimentos, o painel do TCU não detalha os motivos que levaram cada projeto à condição de paralisação, deixando abertas questões sobre problemas contratuais, falhas de execução, falta de repasses ou entraves administrativos.
As paralisações refletem um problema crônico na execução de obras públicas no Acre, estado historicamente dependente de investimentos federais. A falta de explicações oficiais sobre as causas das interrupções dificulta a busca por soluções e prolonga o sofrimento da população que aguarda por serviços essenciais.


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