Vereadores petistas não aceitam nova escola em zona rural de Brasiléia

Alexandre Lima, com Marcus José e Marquinho Filho

Um fato inédito vem acontecendo em Brasiléia, município localizado a 230km da capital do Acre, na fronteira com a Bolívia. No dia 18 do mês em curso, a Prefeitura, na pessoa do prefeito Everaldo Gomes (PMDB), juntamente com vereadores, secretários, convidados, homenageados e moradores de diversas comunidades próximas, participaram da inauguração de uma nova escola localizada no ramal do km19, com acesso pela BR 317 (Estrada do Pacífico).

Escola que recebeu uma emenda parlamentar do Senador Gladson Cameli, no valor pouco mais de R$ 1 milhão de reais, irá oferecer toda uma infraestrutura para mais de 200 alunos. Estes terão biblioteca, banheiros adequados para pessoas especiais, refeitório, sala de informática, notebooks, carteiras, cozinha semi-industrial, nutricionistas e, transporte para levar e trazer os alunos.

Não diferente do Estado, os alunos terão transporte adequados conforme as exigências e trafegaram cerca de 20 minutos até a escola. Após inauguração, o inicio das aulas que estaria marcado para a partir do dia 25, teve um contratempo com alguns moradores da localidade.

Estes, sob o comando de alguns vereadores do PT, formaram uma comissão e foram até a Câmara Municipal durante a sessão no dia 26 (terça-feira), instigar os edis e reclamar da suspensão nos antigos núcleos escolares que já não oferecia condições de manter os alunos.

O caso em questão, teria sido comunicado aos moradores desde 2013, fato aceito pela maioria, uma vez que o Município estará oferecendo condições muitos melhores aos alunos que irão continuar na comunidade num ambiente muito melhor e com professores com formação universitária.

Mesmo diante das melhorias oferecidas pelo Município, alguns pais foram induzidos pelos vereadores, a serem irredutíveis ao fato das mudanças, alegando que seus filhos estariam sendo prejudicados e que não aceitariam estudar na nova escola, mesmo que os ramais fossem asfaltados.

Durante todo o dia de terça, após saírem da Câmara, comissões foram até o Ministério Público para fazer reclamações formais, argumentos esses que não teriam sido aceitos, onde perceberam e entenderam que, o fato pende para o meio político, uma vez que o Município está oferecendo todas as condições aos alunos da comunidade.

Daí então, se deslocaram para a sede da Prefeitura, onde os vereadores Rosildo Rodrigues, Tereza Xavier e Erizete Lima, chegaram a invadir o gabinete do Prefeito com o colonos e crianças, sendo necessário a presença da Polícia Militar para conter os ânimos.

Segundo o secretario de Obras, disse que as máquinas já estão trabalhando para melhorar ainda mais os ramais que ligam à escola, e que o transporte possa trafegar normalmente. O fato seria analisado pelo MP, onde poderá responsabilizar os vereadores e alguns pais, por estarem prejudicando os alunos que já deveriam estar estudando.

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Alexandre Lima