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Veja alguns nomes de cardeais cotados para suceder Bento XVI
Papa anunciou que vai renunciar ao pontificado em 28 de fevereiro.
Especulações sobre quem será seu substituto já começaram.
O Papa Bento XVI anunciou na segunda-feira (11) que vai renunciar em 28 de fevereiro, surpreendendo o Vaticano e os fiéis.
O conclave de cardeais deve escolher um novo Papa até a Páscoa, segundo o porta-voz da Santa Sé.
Veja abaixo alguns nomes de cardeais que teriam chances de serem eleitos:
Itália:
Dom Angelo Scola: arcebispo de Milão, 72 anos, é o mais cotado entre os candidatos italianos. Apreciado teólogo e homem do diálogo inter-religioso.
Alguns meios de comunicação italianos também citam o arcebispo Gianfranco Ravasi, de 71 anos, ‘ministro da Cultura’, cheio de ideias e uma verdadeira enciclopédia humana.
Ásia:
Dom Luis Antonio Tagle: arcebispo de Manila, nas Filipinas, de 57 anos, um dos mais jovens do Colégio de Cardeais. Apreciado pelo Papa, ele agrada por suas qualidades de pastor, franqueza e cordialidade. É muito popular em seu país, o mais católico da Ásia.
América do Norte:
Bispo Marc Ouellet: ex-arcebispo de Quebec, 67 anos, cardeal desde 2003, uma referência de rigor em uma diocese que rapidamente ganhou ares de laicidade. O teólogo é, desde 2010, o prefeito da Congregação para os Bispos. Hispânico, ele também preside a Comissão Pontifícia para a América Latina e é bem visto por muitos países do Hemisfério Sul.
Arcebispo Timothy Dolan: cardeal-arcebispo de Nova York, de 63 anos. Com talento para os meios de comunicação e de fala sem rodeios, é um dos “modernistas conservadores” apreciados pelo Papa. Segundo vaticanistas, ele tem a vantagem de liderar uma diocese muito avançada na luta contra o abuso sexual de crianças e em um país onde a Igreja neutraliza melhor a laicidade do Ocidente.
Outro americano em vista e que poderia ser uma verdadeira surpresa: o arcebispo Charles Chaput, 68 anos, arcebispo da Filadélfia, possui ascendência de uma tribo de nativos americanos (Potawatomi).
África:
Laurent Monsengwo Pasinya: arcebispo de Kinshasa, no Congo, de 74 anos, é um conhecedor da Bíblia, chamado recentemente por Bento XVI para conduzir os exercícios espirituais no Vaticano, desempenhou um papel de mediação na resolução do conflito em seu país.
Há outros aspirantes potenciais para o futuro papel de “Papa negro”, como o cardeal ganês Peter Turkson, 64 anos, cujas chances diminuíram devido a uma gafe sobre o risco islamita na França cometido durante um recente Sínodo.
Alguns também citam John Onaiyekan, 69 anos, o arcebispo de Abuja (Nigéria), arquiteto do diálogo com os muçulmanos, recentemente promovido ao posto de cardeal.
Outro citado é Robert Sarah, guineano, de 67 anos e presidente do Pontifício Conselho Cor Unum, que se encarrega de distribuir a caridade papal.
América Latina:
Dom Claudio Hummes: cardeal e arcebispo emérito de São Paulo, de 78 anos, um teólogo católico do Brasil, onde o próximo Papa vai celebrar a próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
Também é mencionado o nome do cardeal arcebispo de Brasília, João Braz de Aviz, de 65 anos, de mente aberta, que está no Vaticano desde o início de 2011 à frente da Congregação para os Religiosos.
O arcebispo de Buenos Aires, Dom Jorge Mario Bergoglio, de origem italiana, também foi citado por sua sensibilidade aos problemas sociais de sua diocese. Atrás de Joseph Ratzinger, foi ele quem recebeu a maioria dos votos no último conclave, mas a sua idade, de 77 anos, poderia ser um obstáculo, assim como para Hummes.
Também é citado o argentino o argentino Leonardo Sandri, de 69 anos, governador regional para as Igrejas Orientais.
O nome do hondurenho Oscar Andrés Maradiaga, 70 anos, cardeal e arcebispo de Tegucigalpa, considerado ortodoxo sobre a doutrinas, perdeu força desde 2009 por ter sido favorável ao golpe contra o presidente Manuel Zelaya.
Outros:
O húngaro Peter Erdö: 60 anos, arcebispo de Budapeste desde 2002, cardeal desde 2003, preside desde 2006 o Conselho das Conferências Episcopais da Europa. É também um teólogo especializado no direito canônico, chegando a ensinar na Universidade Pontifícia da Argentina e da Pontifícia Universidade de Lateranense, em Roma.
Sem esquecer o austríaco Christoph Schönborn, o cardeal arcebispo de Viena, de 68 anos, um amigo do Papa. Ocupou as manchetes em março de 2010, em meio aos escândalos de pedofilia, colocando em evidência a questão do celibato sacerdotal. Ele também criticou as tentativas de alguns líderes do Vaticano de querer “encobrir” os atos criminosos de alguns sacerdotes.
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Veja a cronologia do caso Master e as atuações de Moraes e do BC

As repercussões envolvendo a liquidação do Banco Master ganharam um novo capítulo envolvendo duas grandes autoridades: o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e o presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo.
O dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, contratou a mulher de Moraes, Viviane Barci de Moraes, como sua advogada.
Confira a cronologia do caso, o que foi divulgado pelo assunto e o que dizem os envolvidos.
11 de dezembro: Viviane Barci e o contrato com o Master
Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do STF, Alexandre de Moraes • Marcelo Camargo/Agência Brasil
O jornal O Globo publicou uma reportagem que revelou um contrato do Banco Master com a mulher de Moraes, Viviane Barci de Moraes.
O contrato, segundo o jornal, previa que o escritório da família trabalhasse na defesa de interesses da instituição financeira e de Vorcaro no Banco Central, na Receita Federal e no Congresso Nacional.
A reportagem dizia também que o escritório Barci de Moraes receberia pagamento de R$ 129 milhões com o Banco Master, prevendo pagamentos mensais de R$ 3,6 milhões entre 2024 e 2027.
No entanto, após a liquidação do Master, os pagamentos teriam sido interrompidos.
22 de dezembro: Moraes e Galípolo
Uma nova reportagem da jornalista Malu Gaspar em O Globo detalha que Moraes teria procurado o presidente do BC, Gabriel Galípolo, ao menos quatro vezes para tratar de interesses em favor do Banco Master.
A informação foi confirmada pelo analista de política da CNN Brasil Caio Junqueira.
Moraes teria feito pelo menos três contatos por telefone e se encontrado presencialmente com Galípolo pelo menos uma vez.
22 de dezembro: Reação do Congresso
A partir dessas informações, parlamentares disseram que iriam apresentar um pedido de impeachment do magistrado pelo caso.
“Vamos aproveitar o fato de ter o recesso pela frente para buscar o máximo de assinaturas de deputados e senadores para esse pedido de impeachment e tendo em vista esse fato novo”, disse à CNN Brasil o deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS).
Um pedido de CPI (comissão parlamentar de inquérito) também está sendo analisado pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE).
Em entrevista ao WW na segunda-feira (22), Alessandro Vieira disse que a investigação buscaria revelar se existe um contrato que garantiu o pagamento de R$ 3,6 milhões para o escritório de advocacia da mulher de Moraes com contraprestação mínima.
Outro ponto a ser apurado, segundo o senador disse ao WW, é se Moraes teria interferido diretamente em benefício de um cliente da banca de advocacia da família dele.
“O objetivo com uma Comissão Parlamentar dessa é colocar luz nos fatos. Ninguém está condenando previamente a doutora Viviane Barci de Moraes, esposa de Alexandre de Moraes, o próprio ministro ou quem quer que seja. Mas fatos dessa relevância têm que ser apurados”, disse Vieira à CNN.
23 de dezembro: Moraes e BC se manifestam
Moraes só se manifestou oficialmente sobre o caso na manhã de terça-feira (23), afirmando que a reunião que teve com Galípolo foi para discutir as consequências da aplicação da lei Magnitsky contra ele.
Também citou que foram feitas reuniões individuais com o presidente jurídico do Banco Itaú e com a presidente do Banco do Brasil, além de um encontro coletivo com os presidentes da Confederação Nacional das Instituições Financeiras, da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), do BTG e os vice-presidentes do Santander e Itaú para debater o tema.
Ainda no dia 23, o site oficial do do BC informou: “O Banco Central confirma que manteve reuniões com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, para tratar dos efeitos da aplicação da Lei Magnitsky”.
Na noite de terça, o jornal O Estado de S.Paulo publicou uma reportagem dizendo que Moraes teria ligado ao menos seis vezes no mesmo dia a Galípolo para saber sobre o andamento da operação de compra BRB-Master.
Mais tarde, já na noite de terça (23), em uma segunda nota, o magistrado negou os telefonemas a Galípolo a fim de pressionar pela aquisição do Banco Master pelo BRB, o Banco de Brasília.
Segundo Moraes detalhou na nota, a primeira reunião com o presidente do Banco Central aconteceu em 14 de agosto, após ser sancionado pelo governo dos Estados Unidos com a aplicação da lei Magnitsky, em 30 de julho.A segunda aconteceu em 30 de setembro, após a medida ter sido aplicada contra sua esposa, em 22 de setembro.
Moraes afirmou, também, que o escritório de advocacia da mulher dele, Viviane Barci de Moraes, jamais atuou na operação de aquisição do Banco Master pelo BRB perante o BC.
“Em nenhuma das reuniões foi tratado qualquer assunto ou realizada qualquer pressão referente a aquisição do BRB pelo Banco Master. Esclarece, ainda, que jamais esteve no Banco Central e que inexistiu qualquer ligação telefônica entre ambos, para esse ou qualquer outro assunto.
Por fim, esclarece que o escritório de advocacia de sua esposa jamais atuou na operação de aquisição BRB-Master perante o Banco Central”, citou.
Em setembro, o Banco Central vetou a compra do Banco Master pelo BRB, citando ausência de documentos que comprovassem a “viabilidade econômico-financeira”.
Dois meses depois, o dono do Master, Daniel Vorcaro, foi preso pela PF (Polícia Federal) e é investigado por fraudes contra o sistema financeiro.
Fonte: CNN
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Bolsonaro é transferido da PF e internado em hospital para cirurgia

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) saiu por vota das 9h30 desta quarta-feira (24) da Superintendência da PF (Polícia Federal) e foi transferido para o hospital DF Star, onde será internado para exames preparatórios de uma cirurgia de hérnia inguinal bilateral, prevista para ser realizada amanhã (25). Esta é a primeira vez que Bolsonaro deixa a prisão.
Conforme determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), o deslocamento foi feito sob escolta e Bolsonaro entrou no hospital pela garagem. Cerca de 12 motocicletas da Polícia Militar pararam o trânsito do trajeto enquanto o comboio com o ex-presidente passava.
Durante toda a estadia, Bolsonaro permanecerá sob custódia, com vigilância 24 horas por dia. Ao menos dois policiais federais ficarão posicionados na porta do quarto, além de equipes dentro e fora do hospital.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro tem passe-livre. Poderá acompanhar toda a internação e cirurgia, podendo inclusive passar a ceia de Natal com Bolsonaro nesta noite. Outras visitas precisam ser pedidas a Moraes, incluindo a de seus filhos.
No quarto do hospital, estão proibidos aparelhos eletrônicos e celulares de qualquer tipo que não seja equipamento médico. A Polícia Federal fará a fiscalização.
Bolsonaro foi autorizado a deixar a prisão após laudo da perícia médica oficial apontar que ele é portador de hérnia inguinal bilateral e recomendar a realização de cirurgia, embora sem caráter emergencial.
A equipe médica do ex-presidente estima ao menos uma semana de internação após o procedimento cirúrgico.
Fonte: CNN
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Desembargador decide adotar inovação legislativa do CPC conhecida como ope legis
O desembargador Roberto Barros decidiu rever a própria decisão ao analisar agravo interno, impetrado pelo advogado Alisson Freitas Merched, que apontou como motivo do recurso a “inovação legislativa”, ope legis. A decisão, datada do dia 10, aponta a inexigibilidade momentânea do “recolhimento do preparo recursal”, o pagamento de custas com o processo.
Segundo o magistrado, a mudança de entendimento é baseada no argumento de que taxas podem ser descontadas na fase de execução de honorários advocatícios, cobrados judicialmente.
“A decisão retratada pautou-se na premissa de que a isenção de custas depende, invariavelmente, de provocação da parte e deferimento judicial (sistemática da Gratuidade de Justiça), todavia, o § 3º do art. 82 do CPC introduziu no ordenamento uma regra de diferimento legal automático (ope legis), de natureza cogente e objetiva”, escreve o desembargador.
Roberto Barros ainda apontou como “formalismo excessivo” em uma situação em que os próprios honorários possuem “natureza alimentar”.
A inovação legislativa é prevista no § 3º do art. 82 do Código de Processo Civil (CPC), atualizado na Lei nº 15.109/2025.



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