Brasil
Vanda Milani defende política ambiental do Governo Federal
Na audiência pública realizada esta quarta-feira, 9,pela Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, sob o tema “Esclarecimentos sobre os números crescentes de desmatamento na Amazônia”, com a presença do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, a deputada Vanda Milani (Solidariedade) lembrou que os governos anteriores por 20 anos não conseguiram conter as derrubadas e queimadas que permitiram os desmate verificado atualmente. “O que o Brasil e países do 1° Mundo não observam – e não querem ver – é que o povo que vive na Amazônia é totalmente esquecido pelos ambientalistas. Por que só falam da Amazônia e não mencionam o fogo e desmate do cerrado, do pantanal e da caatinga brasileira?. Será que em dez meses de duração, este Governo é responsável por todo o fogo e desmatamento da Amazônia?”, indagou.
Segundo Milani, na Amazônia crianças e adultos carecem de estradas para transporte em busca de recursos. Segundo a parlamentar, eles morrem por picada de cobra, gripes mal curadas, pneumonia, queimadura, malária, pneumonia e outras moléstias. Pais não têm trabalho dentro da mata se não desmatarem pequenas áreas -2,3,4 ha(s)-para plantar o básico como macaxeira, feijão, arroz e milho, “ para o sustento da família e a venda do excedente para manutenção de seus lares”.
A deputada alertou, ainda , que o Ministério do Meio Ambiente e as secretarias de Meio Ambiente nos estados não tiveram tempo para se preparar com mão de obra especializada, já que contam com número reduzido de agentes e equipamentos. Milani reiterou que o povo amazônida é sofrido, uma população relegada se comparada com as das demais regiões do país. “Por que ao invés de julgar, os críticos não se preocupam em fazer valer as leis que beneficiam os moradores da Amazônia?”. No Acre , ressaltou a parlamentar, existem 80% da mata intacta,14,5% desmatada(e agricultável) e 5,5% para desmate. “Não precisamos mais desmatar. Precisamos é de apoio governamental para fertilizar áreas degradadas já que não contamos com insumos como pedra e calcário ”.
Milani reconheceu que existem pessoas responsáveis por grandes desmatamentos, “estes sim, devem ser coibidos. Essa deficiência é resultado do descaso de governos anteriores. Como em 10 meses seria possível pôr fim ao desmatamento e queimadas que vêm ocorrendo sistemática e corriqueiramente nos últimos 20 anos? Sabemos que são grupos além-Amazônia que o fazem já que as populações tradicionais (indígenas, ribeirinhos e comunidades da zona rural) não têm recursos para promover grandes derrubadas”. A deputada acredita, no entanto, que é hora de ações conjuntas, “não de críticas deliberadas que querem condenar um governo recente. Zoneamento econômico-ecológico é instrumento de desenvolvimento sustentável. Essa é a grande ação que acredito que deve e será implementada na Amazônia brasileira”, garantiu.
Ministro
Em sua resposta, o ministro Ricardo Salles disse publicamente que as colocações da deputada Vanda Milani são sempre precisas e reconheceu, concordou e se alinhou às posições da parlamentar. O ministro confirmou ser necessária a implantação de políticas públicas para melhorar a vida dos povos amazônidas, “sem discursos simplórios, mas com medidas eficazes que contribuam efetivamente em prol dos povos da Amazônia”. A que Vanda Milani completou: “Acho que precisamos acordar, cuidar das nossas florestas, meio ambiente e não apenas dos animais irracionais, mas também, e principalmente, dos seres humanos que vivem na Amazônia”, finalizou.
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Brasil
Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.


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