Brasil
Vacina contra o HPV é oportunidade para escola abordar educação sexual
Meninas de 11 a 13 anos serão vacinadas a partir desta segunda-feira (10).
Vírus provoca câncer de útero e é transmitido por relação sexual.

Vacinação será feita em meninas de 11 a 13 anos (Foto: Joe Raedle/Getty Images North America/Arquivo AFP)
A partir desta segunda-feira (10) o governo federal disponibiliza pela primeira vez uma vacina contra o vírus papiloma humano (HPV), principal causador do câncer de colo de útero, transmitido por relações sexuais. O público-alvo neste ano são as meninas com idade entre 11 e 13 anos.
A expectativa do Ministério da Saúde é aplicar as doses nas escolas, seja na rede pública ou privada. Segundo especialistas ouvidos pelo G1, é importante que os pais e os educadores aproveitem a oportunidade para abordar temas como uso de preservativos, doenças sexualmente transmissíveis e outras questões relacionadas à educação sexual.
A vacinação será feita em três doses. A segunda ocorre seis meses depois da primeira e a terceira, cinco anos depois. Em 2015, o público-alvo serão as meninas de 9 a 11 anos e, a partir de 2016, a ação ficará restrita às meninas de 9 anos. Até 2016, o objetivo do ministério é imunizar 80% do total de 5,2 milhões de meninas de 9 a 13 anos no país. A vacina tem eficácia de 98,8% contra o câncer de colo do útero.
A psicóloga e terapeuta sexual, Paula de Montille Napolitano, diz que se o tema aparece na mídia e está sendo comentado, as crianças e adolescentes estão pensando algo, por isso é importante propor um debate. “Primeiro é importante saber o que eles dominam sobre o assunto, que geralmente é mais do que as pessoas imaginam. Para os pais, os filhos são sempre bebês. É necessário ouvir o que eles pensam, o que vai mudar a forma como o assunto vai ser abordado em função da idade”, afirma Paula.Segundo a psicóloga, com uma criança de 11 anos, por exemplo, não é possível aprofundar o assunto. “É importante falar que se a pessoa não tem uma relação sexual protegida com preservativo, pode contrair doenças, por isso é preciso se prevenir. E a vacina é uma prevenção para algo que pode acontecer no futuro, assim como as outras doenças.”
Também é preciso haver um trabalho de esclarecimento e orientação aos pais. Material informativo impresso e palestras são formas de atingir esse público. “O fato de ter a vacinação vai fazer com que as escolas tenham de se preparar, criando a forma mais adequada de tratar o assunto. A escola é um centro de formação para todas as áreas da vida, e se a vacina pode ajudar a combater o câncer, ela não pode ficar de fora. Para formar um cidadão, a saúde é parte importante disso. Mas também é papel dos pais e do governo.”
Formas de abordagem
Independente da forma de falar sobre educação sexual, ela deve ser desprendida de preconceitos e tabus. Paula diz que, quanto maior de número de formas de trazer o assunto, no caso o HPV e outras doenças sexualmente transmissíveis, seja com vídeo, atividades lúdicas e jogos, melhor a chance de sucesso. “Jogos de mitos e verdade e caixa de dúvidas anônimas para sentir de demandas são sugestões. A informação por si só é vaga, se não tiver conhecimento junto.”
A naturalidade deve prevalecer, segundo Margareth Labate, sexóloga e psicanalista do Hospital das Clínicas. “O assunto deve ser abordado com naturalidade, assim como qualquer outro, sem preconceito e com preparo. A falta de orientação é muito mais prejudicial do que a informação e a orientação”, diz Margareth.
Pais e escola
Os doses das vacinas serão distribuídas aos estados que, por sua vez, repassam aos municípios. Oferecer ou não a vacinação nas escolas depende de parcerias com as secretarias de saúde e educação locais. Os pais que não autorizarem a vacinação nas filhas dentro das escolas, terão de assinar um termo de recusa e encaminhar à unidade.
Os especialistas combatem o pensamento de muitos pais que acreditam que a vacina pode despertar uma iniciação sexual precoce nas meninas. Para eles, trata-se de mais um mito e a lógica é justamente contrária. “Quando se entende que a vida sexual exige responsabilidade, faz com que o adolescente comece a pensar mais no assunto e a se perguntar se está preparado. A experiência e a pesquisa dizem que falar sobre o assunto, faz com que o jovem seja mais crítico e menos impulsivo”, afirma Paula.
O ginecologista José Bento também concorda em que quando se aborda o assunto, de forma natural, a tendência é afastar mais do jovem de sua primeira relação sexual. “Quanto mais os pais falam de sexo com o adolescente, quanto mais o papo for aberto, mais a primeira relação é adiada. Quanto mais desconhecido, mais cedo vai procurar.”
Em 2011, 5.160 mulheres morreram em decorrência do câncer de colo de útero, o terceiro mais comum entre as brasileiras, atrás dos tumores de mama e colorretal. Segundo dados a Organização Mundial da Saúde (OMS), 290 milhões de mulheres no mundo têm HPV.
Para o ginecologista José Bento todas as mulheres deveriam ser vacinadas, já que as doses garantem 98% de eficácia contra o câncer de colo de útero. “É menos comum o vírus se manifestar. As mulheres acabam se curando espontaneamente. O problema é não saber quem vai ter ou não o câncer, que pode ser desenvolvido em um período de 8 a 12 anos [no caso das mulheres que contraíram o vírus].”
Uma vez infectada, a mulher precisa acompanhar, via exames, se o HPV desenvolveu lesões ou verrrugas na região genital. Quando isso ocorre, é necessário cauterizar com ácido, laser ou gelo. Se o vírus está ‘dormindo’ e não se manifestou, não há tratamento, neste caso é preciso cuidar do sistema imunológico. O HPV pode demorar até dois anos para sair do organismo, segundo o médico.
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Mulheres entre 40 e 44 anos são as principais vítimas de feminicídio no Acre em 2025
Entre os municípios com maior número de ocorrências estão Rio Branco, Cruzeiro do Sul e Tarauacá. Outros municípios como Bujari, Capixaba, Feijó, Mâncio Lima, Porto Acre e Senador Guiomard registraram um caso cada

Do total de 13 vítimas, 10 ocorreram em municípios do interior, o que representa 76,92% dos registros. Rio Branco concentrou três casos (23,08%). Foto: arquivo
Os dados de 2025 revelam um recorte alarmante do feminicídio no Acre: mulheres entre 40 e 44 anos concentram o maior número de vítimas até novembro. Ao todo, 13 mulheres foram mortas de forma violenta no estado nos primeiros onze meses do ano, segundo o Painel de Monitoramento do Ministério Público do Acre (MPAC).
O levantamento mostra que a faixa etária de 40 a 44 anos lidera as estatísticas, com três vítimas, o equivalente a 23% do total registrado no ano. Em seguida, aparecem adolescentes de 15 a 19 anos e mulheres de 25 a 29 e 35 a 39 anos, com dois casos cada. Além disso, a maioria delas é parda (84,62%), seguida por mulheres brancas e pretas, com um caso cada.
Interior concentra maioria dos casos
A análise geográfica indica que o feminicídio é mais frequente fora da capital. Do total de 13 vítimas, 10 ocorreram em municípios do interior, o que representa 76,92% dos registros. Rio Branco concentrou três casos (23,08%).
Entre os municípios com maior número de ocorrências estão Rio Branco, Cruzeiro do Sul e Tarauacá. Outros municípios como Bujari, Capixaba, Feijó, Mâncio Lima, Porto Acre e Senador Guiomard registraram um caso cada.
Outro dado que chama atenção é a proximidade com áreas de fronteira: 53,85% das mortes aconteceram na faixa de fronteira e 46,15% na linha de fronteira, regiões historicamente mais vulneráveis à violência.
Noite é o período mais perigoso
O período noturno concentra a maior parte das ocorrências, com cinco feminicídios (38,46%). A manhã aparece em seguida, com quatro casos, enquanto a madrugada soma três registros. Apenas uma morte ocorreu à tarde.
Quanto aos dias da semana, quartas e sextas-feiras lideram os registros, com maior incidência proporcional. Domingos, sábados e terças também apresentam números elevados, indicando que a violência não se restringe a um padrão específico de dia.
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Possível estuprador, homem é encontrado torturado e com cabo de vassoura no ânus em área de mata de Pernambuco
O homem tinha diversas lesões pelo corpo, indicando que podia ter sofrido uma tortura e foi deixado no local para morrer

Vítima em estado crítico foi levada ao Hospital da Restauração, no Recife; polícia investiga caso que ganhou repercussão nas redes sociais. Foto: captada
Repercutiu nas redes sociais um vídeo com imagens fortes de um homem encontrado gravemente ferido e com um cabo de vassoura introduzido no ânus. Segundo as informações, a vítima estava em uma área demata da Usina Nossa Senhora do Carmo, no município de Pombos, no interior de Pernambuco. O caso aconteceu no último dia 28 de dezembro.
A identidade da vítima não foi revelado, mas o caso mobilizou equipes de segurança e saúde no município. O homem tinha diversas lesões pelo corpo, indicando que podia ter sofrido uma tortura e foi deixado no local para morrer.
A vítima foi encaminhada em estado crítico para o Hospital da Restauração, no Recife, onde permanece sob cuidados médicos intensivos.
Ainda conforme informações preliminares, o homem teria deixado o sistema prisional recentemente e o caso pode está ligado a ocorrências criminais anteriores. No entanto, essas informações não foram confirmadas oficialmente até o momento.
A Polícia Civil instaurou procedimento para apurar o caso.
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Roberto Carlos se irrita com conversa em show e vídeo viraliza
Cantor se incomodou com o falatório e deu sermão em fotógrafos que estavam na frente do palco

Cantor Roberto Carlos • Ettore Chiereguini/AGIF – Agência de Fotografia
O cantor Roberto Carlos, 84, se envolveu em mais uma polemica durante o Caxias Festival, em Duque de Caxias no último domingo (28).
Ele teria se incomodado com a conversa entre os fotógrafos e disse que os tiraria do local.
O vídeo da reclamação viralizou nas redes sociais após a publicação de um influenciador que realiza leitura labial que traduziu a fala do Rei. “Isso não é lugar de bater papo não. Eu tô cantando aqui, se atenta.”
Em seguida, ele aproveitou uma brecha da banda para mostrar a indignação: “Você não quer uma cerveja para bater esse papo aí? Vou mandar tirar você daí. Ei, senhor, você não quer uma cerveja, não?”
O cantor já havia se envolvido em polêmica quando cantou com João Gomes no especial de fim de ano televisionado pela Globo no Natal.



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