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Uma pergunta de João Veras: para quê e a quem servem as fundações de cultura no Acre?

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Não advogado, cantor e escritor João Veras tem uma forte relação com o movimento cultural Acreano, do qual faz parte desde a década de 1980. Em carta publicada no seu Facebook na noite desta segunda-feira (17), ele faz duras críticas às Fundações de Cultura do Estado e do Município.

“Rio Branco sedia duas fundações de Cultura. A estadual Elias Mansour e a municipal Garibaldi Brasil. Ambas existem para o fomento da cultura acreana – é o que justifica, grosso modo, suas existências. Está escrito em seus estatutos, na suas leis de constituição. É o que justifica o orçamento que tem, a sua estrutura patrimonial. É o que justifica o seu quadro de pessoal, suas tantas funções gratificadas. A existência e seus presidentes e suas diretorias!”

Veras afirma que apesar de toda essa estruturais trabalho está longe de ser eficiente no fomento à cultura. Vale a pena ler o que ele escreve:

…Nenhuma delas tem política pública de fomento para a literatura acreana. Nenhuma delas tem política pública de fomento para o cinema. Nenhuma delas tem política pública de fomento para a música. Nenhuma delas tem política pública de fomento para o teatro. Nenhuma delas tem política pública de fomento para a dança. Nenhuma delas tem política pública de fomento para as artes plásticas. Nenhuma delas tem política pública de fomento para a fotografia. Nenhuma delas tem política pública voltado para a proteção dos patrimônios matérias e imateriais no campo das artes, da história, da arquitetura. Nenhuma delas tem política pública de fomento para as chamadas manifestações da cultura popular locais. Nenhuma delas tem política pública de instituição e manutenção de espaços culturais. Nenhuma delas tem uma política pública de formação para o campo das artes – exceção à Estadual que mantém a escola de música do Tucumã e a Usina capengando com formação técnica profissional que é uma política do governo federal.) Quanto ao teatro, ao cinema, à fotografia, às artes plásticas, à dança, à literatura… nada. O que ambas mantêm, com orgulho, são seus sistemas de cultura, nos quais as mesmas estão integradas, com os seus respectivos conselhos de cultura e também as duas leis de fomento, que aprendemos a chamar de leis de incentivo à cultura (sic!). O sistema se completa com as chamadas conferências nas quais o movimento dá lá suas opiniões, aprova os planos de cultura que de nada servem se as fundações as engavetam. São os respeitáveis espaços civis de escutas para governos moucos!

João veras – Foto: Arquivo pessoal/Facebook

As leis se tornaram as únicas formas “democráticas” pelas quais as duas fundações aplicam as suas políticas de cultura. Isto é uma verdade. A estadual, salvo engano, não lança edital há quatro anos. O último não conta, veio de uma minguada verba federal. A municipal mantém seus editais com migalhas (até compreendo pelo orçamento municipal) a serem divididas por toda uma população de artistas e pretensos artistas, o que ao final consagra uma grande e importante minoria e com valores mais migalhados ainda. É uma espécie de joga pra cima em que só quem pega é quem preencher os quinhentos mil critérios que estão nos editais e também fora deles (convenhamos).

Os conselhos… sinceramente, o estadual de nada serve. Pelo menos para o movimento cultural e para a política de cultura, esta que não existe – e aquele ainda. Conheço o muito bem. Não por culpa dos seus conselheiros. Sei muito bem da arapuca que é dele participar. A imprestabilidade dele se explica por uma questão de origem. Foi criado pelo Governo Jorge Viana justamente para não funcionar em favor da sociedade. Onde está ele diante das fundações nesse quadro de completa ausência de políticas de cultura? Alguém viu? O conselho municipal ninguém entende (como diz o Dalmir Ferreira: é uma mula de mil cabeças – ou sem cabeça). Por quase ninguém entende-lo, não funciona e por não funcionar, a fundação – e não seus membros conselheiros – e quem dirige ou o contrário dessa ordem de ação. Vá lá, serve para alimentar um dos critérios na concorrência dos editais: participar das reuniões… E por último, as conferências. No plano estadual tem mil anos que não acontece conferencia. Na municipal, as tais só pra discutir – como quem dividi a pouca carniça – o parco valor – já decidido pela prefeitura – dos editais.

Esse sistema, nesse passo, com todo o seu arsenal “democrático” (fundações, conselhos, leis, conferencias…) não garante a participação social na escolhas dos dirigentes, na definição dos orçamentos e seus planos anuais, o que envolve valor maior para o fomento, mesmo pelas leis, na definição e execução das políticas públicas… O quadro é caótico (mas satisfatório para os governos todos que não valorizam a cultura local) esse em que inexiste política pública de cultura no Acre e no município de Rio Branco. Se não servem as fundações para a satisfação de seus objetivos, pergunto para que e a quem serve mesmo? Alguém poderia me responder?

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Humaitá “atropela” o Rio Branco em 45 minutos e garante vaga nas competições nacionais

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Fotos: Jhon silva

Em 45 minutos, o Humaitá conseguiu bater o Rio Branco por 3 a 0 na tarde desta quinta, 25, no Florestão, e garantiu a vaga nas competições nacionais (Copa do Brasil e Brasileiro da Série D) na temporada de 2025. Aldair, Fabinho e Ewerthon marcaram os gols do Tourão.

Um atropelo

O Humaitá abriu o placar aos 4 minutos com um gol do meia Aldair e aos 20 Fabinho ampliou para 2 a 0.

O Tourão realizou uma partida equilibrada enquanto o Rio Branco se desmontava em campo com as saídas dos zagueiros Jackson e Saulo, ambos machucados.

Aos 43, Ewerthon acertou um belo chute para fechar o placar e confirmar a vitória.

A segunda etapa do confronto foi um “amistoso” com um Rio Branco derrotado em campo.

Fala, Kinho!

“Foi um primeiro semestre muito difícil, mas felizmente conseguimos deixar a equipe onde encontramos com o calendário na temporada de 2025. Vamos planejar a Série D e tentar realizar uma grande campanha no torneio nacional”, declarou o técnico do Humaitá, Kinho Brito.

Rio Branco indefinido

Depois da derrota, o elenco do Rio Branco viaja para Manaus, no Amazonas, nesta quinta, e estreia no Brasileiro da Série D contra o Manauara. Contudo, o planejamento para o torneio vai ser fechado somente no retorno da delegação do Amazonas.

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Grávida de 7 meses nega dinheiro a pessoa em situação de rua e leva soco na barriga

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Casos como este são comuns entre os moradores de Cruzeiro do Sul; Creas esclarece que não há punição

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MPAC promove reunião em Brasileia para discutir políticas públicas educacionais a indígenas em contexto urbano

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O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da Promotoria de Justiça Cível de Brasileia, com apoio do Núcleo de Apoio e Atendimento Psicossocial (Natera), realizou, na última segunda-feira (23), uma reunião para discutir os desafios enfrentados pela população indígena em contexto urbano do município no acesso à educação.

O encontro foi conduzido pelo promotor de Justiça Juleandro Martins e contou com a participação da secretária Municipal de Educação, Francisca da Silva Oliveira, do secretário Municipal de Meio Ambiente, Valdemir da Silva, da liderança indígena Marilza Jaminawa, além de representantes da Secretaria Estadual de Educação e Secretaria de Assistência Social do Estado do Acre.

Durante a reunião, foram discutidos temas como o alto índice de evasão escolar, a distorção idade-série, adequação do ensino à cultura indígena e promoção da tolerância e respeito à diversidade entre os demais estudantes.

O promotor de Justiça destacou a importância do diálogo para a construção de soluções para os problemas enfrentados pelos indígenas. “Nosso objetivo foi discutir sobre os desafios e caminhos para o acesso e permanência na escola dos indígenas em contexto urbano, bem como monitorar as pactuações que foram feitas nas edições anteriores em relação aos eixos saúde e assistência social”, afirmou.

Entre os encaminhamentos, destacam-se a realização de ações de conscientização com familiares sobre a importância da escolarização, mapeamento das crianças que estão fora da escola e envio da lista de evasões ao MPAC, além de levantamento de alunos que tenham perfil para Educação de Jovens e Adultos (EJA).

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