fbpx
Conecte-se conosco

Geral

Trator usado em retirada ilegal de madeira some após ser apreendido pelo IMAC em Sena Madureira

Publicado

em

Operação em ramal de Sena Madureira pode chegar à quadrilha que vem atuando em florestas e projetos de manejo do Acre

Procurado pela reportagem o chefe do Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC) de Sena Madureira, Augusto Areal, não deu detalhes sobre o ocorrido e disse que as informações deveriam partir de Rio Branco.

Da redação ac24horas 

O sumiço de um trator poderá ser investigado pela Delegacia de Combate à Corrupção (DECOR) e levar a um suposto esquema de invasão de terras e retirada ilegal de madeira no estado do Acre.

De acordo com o Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA), a prática se tornou comum e vem sendo praticada dentro de reservas com foco em patrimônio do estado e da União e, também, em áreas particulares.

Um trator utilizado por quatro suspeitos foi apreendido no ramal Cassirian, no município de Sena Madureira, após denuncia de um fazendeiro. Quatro pessoas, que não tiveram o nome revelado, foram presas em flagrante com 47.9 m³ de madeira Tauari. O fato ocorreu no dia 31 de janeiro deste ano.

Os envolvidos e o trator de marca Vamet, com dois guinchos, preparado para retirada de árvores, foram levados para a Delegacia de Polícia Civil do município. Procurado pela reportagem o chefe do Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC) de Sena Madureira, Augusto Areal, não deu detalhes sobre o ocorrido e disse que as informações deveriam partir de Rio Branco.

Ocorre que o trator alvo da operação, que deveria ter ficado à disposição da Justiça, sumiu de frente da Delegacia de Polícia Civil na segunda-feira, dia 1 de fevereiro. Uma foto foi tirada no momento em que a suposta máquina transitava nas ruas de Sena Madureira e postada em grupos de pecuaristas que acompanham o caso.

“Tá no jeito de carregar e ir embora minha amiga”, diz a mensagem enviada no grupo de pecuaristas. Os 48 m³ de Tauari se tivessem sido entregues no pátio de uma madeireira, renderiam cerca de R$ 15 mil para os criminosos. A espécie é hoje no mercado uma conhecida como “clean”, considerada moderna por não apresentar manchas.

Conforme informações extraoficiais, a metragem que ficou no chão da fazenda no ramal Cassirian pode ser apenas a ponta do iceberg de uma quadrilha especializada que vem atuando nas florestas do estado do Acre e em projetos de manejo da iniciativa privada.

Modus operandi

Segundo o que a reportagem apurou, o grupo preso trabalharia durante todo o final de semana. O objetivo era retirar 150 m³ de madeira incluindo, ainda, as espécies de cedro e cerejeira usadas para fabricação de móveis e embarcações. O destino do produto irregular seria Sena Madureira.

O aumento de denúncias para retirada ilegal de madeira foi confirmado por um servidor do IMAC, que temendo represálias, pediu para não ter seu nome divulgado. “As denúncias chegam de toda parte, da estrada Transacreana, do ramal Toco Preto, no Antimary” disse o servidor.

Ainda de acordo com o servidor, as madeiras apreendidas que deveriam estar beneficiando famílias de baixa renda “estão sumindo do pátio das madeireiras por falta de recursos humanos e interesse do órgão em dar destinação ao material”, acrescentou.

Em nota, o Sindicato das Indústrias Madeireiras do Estado do Acre (Sindusmad) repudiou o tipo de ação que segundo a instituição “acaba interferindo diretamente quem trabalha legalmente no setor”, diz o documento.

Thyago Barlatti, que preside a categoria, pediu mais rigor na fiscalização e apuração dos casos. Destacou que o setor que trabalha de forma legalizada é um dos que gera mais empregos e renda.

Um grupo de pecuaristas deve protocolar no DECOR um pedido de aprofundamento nas investigações de invasão de terras e retirada ilegal de madeiras. Além de querer saber quem está envolvido no esquema e se tem participação de servidores públicos nas ações, eles vão pedir o esclarecimento sobre o trator apreendido em flagrante que supostamente sumiu de frente da Delegacia de Polícia Civil em Sena Madureira. Os quatro elementos presos foram liberados.

A reportagem também procurou o diretor presidente do IMAC, advogado André Hassem, que também afirmou não ter informações para detalhar o caso, e que somente o BPA poderia informar. “A operação não foi feita por nós. O Imac não se envolveu, mas sim o Batalhão Ambiental”.

Floresta do Antimary alvo PF

Uma denúncia feita ao Ministério Público de Sena Madureira coloca um grupo de pecuaristas como suspeitos de loteamento da Floresta Estadual do Antimary, um dos ‘cabeças’ desse esquema seria o pecuarista Amair Feijoli, que atende pela alcunha de Tato, condenado a vinte e sete anos de prisão por envolvimento na morte da missionária norte-americana, Dorothy Stang, em fevereiro de 2005.

Segundo a denúncia, Tato lidera o movimento de loteamento da Floresta Estadual ordenando derrubada ilegal, contratando homens e locando maquinários para abertura de estradas e ramais para retirada de produto ilegal.

O fato é de conhecimento da Casa Civil do Governo. O Comitê de Ações Integradas de Meio Ambiente discutiu o problema em fevereiro deste ano. Dados que a reportagem teve acesso mostram que informações repassadas às autoridades ambientais do Acre mostraram uma situação de alta criticidade. Missões de vistoria foram delegadas ao local.

Em operação na última terça-feira (10) a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na investigação da prática dos crimes de desmatamento e invasão de terras públicas na Floresta Estadual do Antimary.

A investigação teve início a partir de alertas de desmatamentos emitidos pelo Sistema PLANET-SCCON – utilizado pela Polícia Federal – o qual constatou cinco áreas de desmatamentos de terras públicas na região.

Ainda não se sabe se a investigação da Polícia Federal está relacionada às denúncias encaminhadas ao Ministério Público de Sena Madureira.

Comentários

Continue lendo

Geral

Humaitá “atropela” o Rio Branco em 45 minutos e garante vaga nas competições nacionais

Publicado

em

Fotos: Jhon silva

Em 45 minutos, o Humaitá conseguiu bater o Rio Branco por 3 a 0 na tarde desta quinta, 25, no Florestão, e garantiu a vaga nas competições nacionais (Copa do Brasil e Brasileiro da Série D) na temporada de 2025. Aldair, Fabinho e Ewerthon marcaram os gols do Tourão.

Um atropelo

O Humaitá abriu o placar aos 4 minutos com um gol do meia Aldair e aos 20 Fabinho ampliou para 2 a 0.

O Tourão realizou uma partida equilibrada enquanto o Rio Branco se desmontava em campo com as saídas dos zagueiros Jackson e Saulo, ambos machucados.

Aos 43, Ewerthon acertou um belo chute para fechar o placar e confirmar a vitória.

A segunda etapa do confronto foi um “amistoso” com um Rio Branco derrotado em campo.

Fala, Kinho!

“Foi um primeiro semestre muito difícil, mas felizmente conseguimos deixar a equipe onde encontramos com o calendário na temporada de 2025. Vamos planejar a Série D e tentar realizar uma grande campanha no torneio nacional”, declarou o técnico do Humaitá, Kinho Brito.

Rio Branco indefinido

Depois da derrota, o elenco do Rio Branco viaja para Manaus, no Amazonas, nesta quinta, e estreia no Brasileiro da Série D contra o Manauara. Contudo, o planejamento para o torneio vai ser fechado somente no retorno da delegação do Amazonas.

Comentários

Continue lendo

Geral

Grávida de 7 meses nega dinheiro a pessoa em situação de rua e leva soco na barriga

Publicado

em

Casos como este são comuns entre os moradores de Cruzeiro do Sul; Creas esclarece que não há punição

Comentários

Continue lendo

Geral

MPAC promove reunião em Brasileia para discutir políticas públicas educacionais a indígenas em contexto urbano

Publicado

em

O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da Promotoria de Justiça Cível de Brasileia, com apoio do Núcleo de Apoio e Atendimento Psicossocial (Natera), realizou, na última segunda-feira (23), uma reunião para discutir os desafios enfrentados pela população indígena em contexto urbano do município no acesso à educação.

O encontro foi conduzido pelo promotor de Justiça Juleandro Martins e contou com a participação da secretária Municipal de Educação, Francisca da Silva Oliveira, do secretário Municipal de Meio Ambiente, Valdemir da Silva, da liderança indígena Marilza Jaminawa, além de representantes da Secretaria Estadual de Educação e Secretaria de Assistência Social do Estado do Acre.

Durante a reunião, foram discutidos temas como o alto índice de evasão escolar, a distorção idade-série, adequação do ensino à cultura indígena e promoção da tolerância e respeito à diversidade entre os demais estudantes.

O promotor de Justiça destacou a importância do diálogo para a construção de soluções para os problemas enfrentados pelos indígenas. “Nosso objetivo foi discutir sobre os desafios e caminhos para o acesso e permanência na escola dos indígenas em contexto urbano, bem como monitorar as pactuações que foram feitas nas edições anteriores em relação aos eixos saúde e assistência social”, afirmou.

Entre os encaminhamentos, destacam-se a realização de ações de conscientização com familiares sobre a importância da escolarização, mapeamento das crianças que estão fora da escola e envio da lista de evasões ao MPAC, além de levantamento de alunos que tenham perfil para Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Comentários

Continue lendo