Policiais militares do Batalhão de Fronteiras estão no local para buscar informações detalhadas da chacina. Foram assassinados quatro homens e duas mulheres.
Acre
Tráfico de pessoas é uma realidade no Acre, diz secretário
Segundo Nilson Mourão, mulheres são as principais vítimas do crime.
Campanha ‘Coração Azul’ quer combater casos desse tipo.
G1
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Secretário diz que tráfico de pessoas no Acre é uma realidade. Principais rotas seriam Cuiabá, São Paulo e Bolívia (Foto: Quésia Melo/G1)
O tráfico de pessoas é uma realidade presente no Acre, segundo o secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão. No últimos dois anos, de acordo com ele, a Sejudh acompanhou, junto com a Polícia Federal no Acre (PF-AC), quatro casos denunciados como tráfico de pessoas. Entretanto, após investigações, somente um dos casos foi realmente confirmado como tráfico.
No estado, as mulheres são os principais alvos dos criminosos. Em muitos casos, segundo Mourão, os próprios pais ajudam, pois são tomados pelas promessas de bons salários para as filhas que vão trabalhar no exterior.
“Esse problema atinge diretamente as mulheres. Pode acontecer com homens, mas é pouco. É uma realidade no Acre. O aliciamento dessas meninas é quase irresistível, são jovens na faixa etária de 17 a 23 anos. Eles prometem tudo, vida melhor, bons salários, viagem para o exterior, tudo com pouco trabalho. Por isso, muitas vezes contam com apoio dos pais e da família, para que ela aproveite essa oportunidade. Quando chega no local tudo muda, já está endividada pela viagem, e é convidada a se prostituir. Há também casos de tráfico para retirada de órgãos, mas são menos visíveis ainda”, explicou.
Entre as rotas usadas para o tráfico de pessoas, o secretário destaca que Cuiabá, São Paulo e, principalmente a Bolívia, por ser uma zona de fronteira com o Acre, são as mais usadas pelos criminosos. Segundo ele, até o momento a Estrada do Pacífico ainda não foi usada como rota para o crime.
“Estamos nos aproximando dos bolivianos, já fizemos uma reunião, pois, eles também querem trabalhar junto conosco para combater essa realidade. O caminho mais fácil é a cidade de Cobija, mas é difícil descobrir como funciona esse processo todo ou até mesmo saber o que é configurado como tráfico, o que é a prostituição comum ou ainda garotas de programa que fazem esse tipo de viagem. Cuiabá e São Paulo também são principais roteiros”, disse.
Campanha ‘Coração Azul’
Para alertar a sociedade sobre o problema e realizar um trabalho de prevenção, a Sejudh iniciou esta semana uma série de ações em escolas durante a campanha nacional Coração Azul. A ação faz parte da Semana de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, data instituída em novembro de 2013 pela Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo o secretário, o objetivo é informar as pessoas para que não sejam atraídas por falsas promessas.
“Através da PF-AC faremos uma blitz educativa nas rodovias com panfletagem. Também vamos entregar esse material na rodoviária, aeroporto e também na tranca em Brasileia. No dia 30 de julho os servidores foram convidados a usar a cor azul para reforçar a campanha. Também serão feitas ações nas escolas para alertar os jovens”, salientou.
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Acre
PM confirma chacina de 6 pessoas em assentamento da área rural de Porto Velho
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Acre
Amazonas, Acre e Rondônia estão em alerta laranja para chuvas intensas, ventos de 60-100 km/h e risco de alagamento
O Instituto Nacional de Meteorologia emitiu alerta laranja para chuva entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, ventos intensos (60-100 km/h), com início nesta segunda-feira (03) e finalizando na terça-feira (04) às 10h00. Os riscos são: risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.
Região Norte
– Rondônia: Alto Paraíso, Buritis, Candeias do Jamari, Cujubim, Guajará-Mirim, Itapuã do Oeste, Nova Mamoré e Porto Velho;
– Amazonas: Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Boca do Acre, Canutama, Carauari, Coari, Eirunepé, Envira, Guajará, Humaitá, Ipixuna, Itamarati, Jutaí, Lábrea, Manicoré, Pauini, Santo Antônio do Içá, São Paulo de Olivença, Tabatinga, Tapauá e Tefé;
– Acre: Acrelândia, Assis Brasil, Brasiléia, Bujari, Capixaba, Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia, Feijó, Jordão, Mâncio Lima, Manoel Urbano, Marechal Thaumaturgo, Plácido de Castro, Porto Acre, Porto Walter, Rio Branco, Rodrigues Alves, Santa Rosa do Purus, Senador Guiomard, Sena Madureira, Tarauacá e Xapuri.
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Acre
Técnicos do SGB fazem manutenção em pontos de monitoramento da bacia do rio Acre
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Foto: Sérgio Vale/ac24horas
Uma equipe do Serviço Geológico do Brasil (SGB), subordinado ao Ministério das Minas e Energia, percorre desde o dia 17 de fevereiro todos os municípios da bacia do rio Acre para dar manutenção nos pontos de monitoramento responsáveis pela medição do nível do rio. Nesta segunda-feira de Carnaval, 3, a equipe do SGB, cuja sede é em Porto Velho, concluía a manutenção do Plataforma de Coleta de Dados (PCD) localizada junto à ponte Juscelino Kubitschek. No estado, o Serviço recebe apoio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).
Wladimir Gomes, responsável técnico pela manutenção dos pontos de monitoramento, diz que qualquer pessoa pode acompanhar as oscilações do rio Acre, de Assis Brasil a Rio Branco, e saber quando haverá elevação ou queda do nível das águas pelo aplicativo Hidroweb, disponível para sistemas Android ou iOS. O mesmo pode ser feito pelo site da Agência Nacional de Águas (ANA) ou pelo site do Serviço Geológico do Brasil.
“É preciso prestar atenção no nível das águas em Assis Brasil para saber quando o rio Acre irá subir. E isso é possível fazer acompanhando pelo aplicativo”, orienta Gomes. Há réguas de monitoramento dos níveis dos rios do Acre em cada um dos 22 municípios.
O Acre faz parte há 20 anos da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN). Um radar, instalado diretamente na ponte metálica também monitora o rio Acre, enviando dados para uma central, localizada no prédio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que os repete para o satélite.
O nível do rio Acre nesta segunda-feira na primeira medição do dia, às 05h19, era de 10,96m bem distante das cotas de alerta e de transbordamento, de 13,5 e 14 metros, respectivamente.
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