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Brasil

Trabalhador está satisfeito com jornada e salário, segundo pesquisa

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Perfil do trabalhador mais satisfeito é homem, branco, com 50 anos ou mais e ensino superior.

Folha de São Paulo

O trabalhador brasileiro está satisfeito com sua jornada de trabalho e o salário recebidos, de acordo com pesquisa inédita do IBGE. O estudo foi feito com 25 mil empregados do setor privado e trabalhadores domésticos durante o ano de 2015.

O nível de satisfação é maior entre homens brancos com ensino superior, mais de 50 anos de idade e que ganham mais de cinco salários mínimos.

Profissionais contratados diretamente também tendem a estar mais satisfeitos do que aqueles contratados por intermediação –situação em que se encaixam terceirizados, cooperativas e agenciados, por exemplo.

No questionário, o IBGE perguntou o nível de satisfação do trabalhador em relação a oito pontos: nível de salário, valor do auxílio-alimentação, jornada de trabalho, capacitação profissional, promoção de igualdade de oportunidade e tratamento, salubridade e segurança e benefícios sociais complementares.

As mulheres se dizem mais satisfeitas que os homens em três apenas itens (flexibilidade no horário, promoção de igualdade de oportunidade e tratamento, e salubridade e segurança no trabalho).

Trabalhadores de contratação intermediária fazem avaliação semelhante. Entre eles, o nível de satisfação supera o daqueles contratados diretamente em relação à salubridade e à promoção de igualdade, tal como entre as mulheres.

Mas, diferentemente delas, eles também se dizem mais satisfeitos com o salário recebido e estão tão satisfeitos quanto os contratados diretamente em relação à jornada.

Já no recorte por raça não há exceção: brancos se declaram mais satisfeitos do que pretos e pardos em todos os quesitos.

SALÁRIO E JORNADA

A parcela de satisfeitos e muito satisfeitos com o nível de salário, complementos e gratificações recebido é de 60% dos trabalhadores.

Quando consideradas apenas as respostas das mulheres, esse percentual cai para 58,5%. Entre pretos e pardos, o nível de satisfação é ainda menor —56,6%.

Os dados refletem a remuneração historicamente inferior recebida por esses grupos no mercado de trabalho.

Na contramão da reforma trabalhista, que propõe liberar a negociação de jornadas de trabalho diferentes do estabelecido na CLT, a maioria dos empregados diz estar satisfeita com sua rotina atual. Cerca de um quarto se disse insatisfeito ou indiferente.

Os mais satisfeitos são os profissionais que trabalham de 15 a 39 horas semanais —75,5% deles se declaram felizes com sua carga horária.

Em seguida, vêm os trabalhadores de jornada de 40 a 44 horas semanais, cujo nível de satisfação atinge 74,6% desse grupo.

Na outra ponta, os mais insatisfeitos são os que trabalham mais: entre quem tem uma jornada de 49 horas ou mais, 59,7% se diz satisfeito.

A flexibilidade no horário também foi bem avaliada pelos trabalhadores brasileiros, sobretudo pelas mulheres e pelos mais jovens (de 16 e 17 anos de idade).

Considerados todos os trabalhadores, quase 86% dos trabalhadores declarou ter flexibilidade no horário.

AUXÍLIOS E BENEFÍCIOS

Mais da metade dos trabalhadores brasileiros não recebem nenhum tipo de auxílio-alimentação. O percentual mais alto é na região Nordeste, onde 67,6% disse não receber o benefício.

Por outro lado, o oferecimento de capacitação profissional é frequente entre as empresas, de acordo com os entrevistados —62,7% disseram que existe a opção onde trabalham.

O objetivo do levantamento é ampliar o conhecimento sobre as relações de trabalho e aprimorar indicadores sobre trabalho decente, definido pela Organização Internacional do Trabalho como atividades que gerem renda suficiente para que indivíduos e suas famílias superem a situação de pobreza, e que não sejam insalubres, perigosas, inseguras e degradantes.

Direito de sindicalização e negociação coletiva também fazem parte desse entendimento.

 

 

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Hugo Souza explica briga entre jogadores do Corinthians: “Fui apartar”

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Matheuzinho e Yuri Alberto protagonizaram uma discussão durante a partida contra o Vasco

Hugo Souza, do Corinthians, durante partida contra o Vasco • Divulgação/Corinthians

O empate sem gols entre Corinthians e Vasco, nesta quarta-feira (18), na Neo Química Arena, pelo jogo de ida da final da Copa do Brasil, foi marcado por um desentendimento interno no elenco alvinegro.

Durante o segundo tempo, Matheuzinho e Yuri Alberto protagonizaram uma discussão dentro do campo antes da cobrança de um escanteio. A confusão exigiu a intervenção do goleiro Hugo Souza, que entrou no meio para conter a tensão e evitar que a briga ganhasse maiores proporções.

A divergência, no entanto, não ficou restrita aos 90 minutos. Após o apito final, o lateral e o atacante voltaram a discutir no caminho para o vestiário. Matheuzinho tentou conversar com Yuri Alberto, que recusou.

Hugo Souza falou sobre o episódio na zona mista.

”Bom, na verdade ali é o jogo. Todo mundo quer ganhar e quando as coisas não estão acontecendo da forma que a gente imagina, acaba que a cabeça fica um pouco quente. Na verdade eu fui apartar uma discussão entre a gente, mas era uma discussão para a nossa melhora, para gente tentar entender o que estava acontecendo no jogo”, explicou Hugo Souza na zona mista.

Como foi o jogo

Em um jogo bastante disputado no meio e de poucas chances claras de gol, Corinthians e Vasco empataram por 0 a 0, nesta quarta-feira (17), pelo jogo de ida da final da Copa do Brasil.

A Neo Química Arena, estádio do Timão, recebeu uma bela festa dos 47.339 torcedores presentes, segundo maior público do local no ano. A partida teve dois gols invalidados por impedimento — Rayan pelo time carioca e Memphis Depay pelo paulista.

Hugo Souza avaliou que o Corinthians apresentou um desempenho abaixo do esperado.

”Ficou claro que fizemos um jogo abaixo do que esperávamos. Talvez ter um pouco mais a bola e botar o nosso plano de jogo em prática. A gente sabe que precisa melhorar e agora é corrigir o que fizemos hoje. O que aconteceu hoje pode servir de aprendizado para a gente. Que bom que não perdemos o jogo hoje. Foi difícil, a equipe do Vasco é qualificada. O plano deles hoje funcionou mais do que o nosso”, afirmou.

Sem vantagem para nenhum dos lados, a definição do campeão da Copa do Brasil virá no Maracanã, domingo (21), com mando da torcida vascaína. Os ingressos já estão esgotados.

“A gente tem certeza que vai melhorar e fazer um jogo melhor lá, porque se a gente quer ser campeão, a gente precisa fazer um jogo melhor”, concluiu o goleiro.

Fonte: CNN

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PF prende filho do “careca do INSS” em nova fase de operação contra fraudes

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Foto: reprodução/TV SENADO

A PF (Polícia Federal) prendeu, nesta quinta-feira (18), Romeu Carvalho Antunes, filho de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”,  em mais uma fase da operação Sem Desconto, que apura irregularidades no pagamento de descontos associativos a aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Ao todo, estão sendo cumpridos 52 mandados de busca e apreensão, 16 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares, expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Entre os alvos da operação também está o senador Weverton Rocha (PDT-MA), vice-líder do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

As ações da PF ocorrem nos estados de São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão, além do Distrito Federal.

A operação desta quinta tem como objetivo “esclarecer a prática dos crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário e atos de ocultação e dilapidação patrimonial”.

 

Fonte: CNN

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MP do Amapá aciona Estado e parceiros por danos a pacientes em mutirão de catarata

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Ação civil pública pede indenização de ao menos R$ 9 milhões e pensão vitalícia a vítimas que perderam a visão após surto de infecção

O Ministério Público do Amapá (MP-AP) ajuizou uma Ação Civil Pública para responsabilizar o Estado do Amapá, o Centro de Promoção Humana Frei Daniel Saramate (Capuchinhos) e a empresa Saúde Link pelos danos causados a pacientes durante um mutirão de cirurgias de catarata realizado em 2023. A ação requer indenização por danos morais e materiais coletivos, além do pagamento de pensão vitalícia aos pacientes que tiveram perda total da visão.

Ao todo, 141 pessoas foram afetadas por um surto de endoftalmite após os procedimentos. Destas, 17 perderam completamente a visão e dezenas sofreram sequelas graves à saúde. O mutirão ocorreu no Centro de Promoção Humana – Capuchinhos, dentro de um programa socioassistencial do governo estadual.

De acordo com o MP-AP, inspeções realizadas pela Vigilância em Saúde identificaram condições higiênico-sanitárias inadequadas, falhas no controle de infecção e riscos à segurança dos pacientes. Um relatório do EpiSUS-Avançado concluiu que o episódio foi resultado de uma falha sistêmica e evitável, apontando negligência e imprudência por parte dos responsáveis. O Conselho Regional de Medicina também havia emitido alertas prévios sobre os riscos existentes nas instalações.

Com base nas provas técnicas e nos depoimentos colhidos, o MP-AP pede o reconhecimento da responsabilidade civil solidária dos envolvidos, a condenação ao pagamento de indenização por danos morais coletivos no valor mínimo de R$ 9 milhões e a concessão de pensão vitalícia às vítimas que perderam totalmente a visão.

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