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Termina o prazo dado por Israel para que civis deixem o norte da Faixa de Gaza

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CNN-Brasil

Ordem dada pelo Exército de Israel aumentou o receio dos palestinos de que uma ofensiva terrestre israelense contra Gaza ocorra em breve

Chegou ao fim o prazo de 24 horas estabelecido por Israel para que 1,1 milhão de civis no norte da Faixa de Gaza deixem o local em direção ao sul do enclave.

A ordem dada pelo Exército de Israel aumentou o receio dos palestinos de que uma ofensiva terrestre israelense contra a área ocorra em breve. A CNN mostrou nesta sexta-feira (13)  tanques militares israelenses se posicionando próximos à fronteira entre Israel e Gaza.

“As Forças de Defesa de Israel [FDI] pedem a evacuação de todos os civis da Cidade de Gaza de suas casas ao sul para sua própria segurança e proteção e mudança para a área ao sul de Wadi Gaza”, disseram em um comunicado.

Hamas diz para moradores em Gaza não deixarem suas casas

Na declaração, os militares destacaram que os civis poderão regressar ao norte de Gaza “apenas quando for feito outro anúncio permitindo”.

O Exército de Israel alega que os membros do grupo radical islâmico Hamas estão escondidos em Gaza usando civis como “escudos humanos”.

O Hamas disse nesta sexta-feira aos palestinos que vivem na Faixa de Gaza para não saírem de suas casas, de acordo com um comunicado enviado a veículos de imprensa.

O grupo radical islâmico, que governa o território, acusou Israel de se envolver em uma “guerra psicológica” ao enviar mensagens que diziam aos civis palestinos e aos funcionários de organizações internacionais para evacuarem em direção ao sul.

“A ocupação está tentando espalhar e fazer circular propaganda falsa por vários meios, com o objetivo de criar confusão entre os cidadãos e minar a estabilidade da nossa frente interna”, afirma o comunicado, referindo-se a Israel.

Funcionários de “instituições internacionais” permaneceram nos seus postos e não foram evacuados, segundo a nota do Hamas. A CNN não verificou a afirmação de forma independente.

Anteriormente, Salama Marouf, chefe do gabinete de comunicação social do governo do Hamas, pontuou que o aviso de realocação é uma tentativa de Israel “de difundir e transmitir propaganda falsa, com o objetivo de semear confusão entre os cidadãos e prejudicar a nossa coesão interna”.

“Pedimos aos nossos cidadãos que não se envolvam nestas tentativas”, acrescentou.

Brasileiros abrigados em escola

Os 19 brasileiros que estão abrigados em um escola no norte de Gaza vão passar a noite no local. Coordenadores da missão que levará o grupo para a região sul avaliaram que é mais seguro fazer o trajeto durante o dia, segundo relataram fontes diplomáticas à CNN.

O ônibus fretado pelo governo brasileiro para fazer o deslocamento já está a postos. Mas sofreu atraso no trajeto até a escola porque precisou fazer um caminho alternativo, visto que a via principal de Gaza foi bombardeada.

O número de brasileiros abrigados na escola aumentou para 19 após Israel dar 24 horas para que civis deixem o norte de Gaza. São 11 crianças, cinco mulheres e três homens. Apenas dez, no entanto, fazem parte dos que desejam ser repatriados ao Brasil. Os outros nove só buscam refúgio e já informaram que preferem seguir em Gaza.

“Sentença de morte”

Por volta das 16h (no horário de Brasília) desta sexta-feira, Israel deu um ultimato ao hospital Al Awda, em Gaza, para que o local fosse esvaziado em duas horas. A informação é da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF).

O hospital, um dos vários que o Médicos Sem Fronteiras apoia em Gaza, “ainda estava tratando dos pacientes” ao receber o anúncio, disse o grupo de ajuda médica.

“Condenamos inequivocamente esta ação, o contínuo derramamento de sangue indiscriminado e os ataques aos cuidados de saúde em Gaza”, acrescentou a organização. “Estamos tentando proteger nossos funcionários e pacientes”.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta sexta-feira que as autoridades locais de saúde em Gaza informaram que é impossível retirar pacientes hospitalares do norte da Faixa de Gaza.

“Há pessoas gravemente doentes, cujos ferimentos significam que sua única chance de sobrevivência é estar sob suporte de vida, como ventiladores mecânicos”, disse o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic. “Portanto, transportar essas pessoas é uma sentença de morte. Pedir aos profissionais de saúde que façam isso é muito cruel.”

“Consequências humanitárias devastadoras”

A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que é “impossível” que a evacuação seja feita “sem consequências humanitárias devastadoras”.

“As Nações Unidas apelam veementemente para que qualquer ordem deste tipo, se confirmada, seja cancelada, evitando o que poderia transformar o que já é uma tragédia em situação calamitosa”, alertou o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, em comunicado.

Dujarric também ressaltou que a ordem dos militares israelenses também se aplica a todos os funcionários da ONU e àqueles abrigados nas instalações da organização, incluindo escolas, centros de saúde e clínicas.

O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, disse que a resposta ONU é “vergonhosa”, e que a Organização deveria se concentrar em condenar o Hamas.

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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

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Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli

Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.

A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.

O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.

O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.

“Um cônjuge é suficiente”

No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.

Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.

“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.

“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.

 

Fonte: CNN

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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá

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Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

Como resultado da ação, o delegado Charles Corrêa e o policial Daniel Lima das Neves foram afastados cautelarmente de suas funções. Em um dos endereços alvo, a PF apreendeu mais de R$ 1 milhão em espécie e cerca de € 25 mil. Uma pessoa foi presa em flagrante por posse de arma de uso restrito.

As investigações tiveram início após a identificação de movimentações bancárias suspeitas, incompatíveis com os rendimentos declarados pelos investigados. Segundo a PF, empresários e agentes públicos atuantes na região de fronteira estariam envolvidos na ocultação de recursos provenientes do comércio ilegal de ouro.

A corporação identificou ainda que joalherias de diversos estados transferiam valores para um posto de combustíveis em Oiapoque. O estabelecimento, por sua vez, repassava o dinheiro a um agente público local, reforçando os indícios de lavagem de capitais.

A PF também apurou movimentações superiores a R$ 4,5 milhões feitas por servidores públicos sem justificativa econômica. Para disfarçar a origem ilícita dos recursos, teriam sido usadas empresas de fachada.

Os investigados podem responder pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e peculato — somadas, as penas ultrapassam 60 anos de prisão.

A operação contou com apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Civil do Amapá no cumprimento das medidas judiciais.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF

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Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)

 

Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.

Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.

A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.

Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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