Brasil
Taxa de desemprego recua e fica em 7,7% no 3º trimestre de 2023
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 7,7% no terceiro trimestre do ano, segundo os dados da Pnad Contínua divulgados nesta quarta-feira (22) pelo IBGE.
O que diz a PNAD?
Houve um recuo de 0,4 ponto percentual em relação ao 2º trimestre do ano (8%) e queda de 1,0 ponto percentual ante o mesmo período de 2022 (8,7%).
Em relação ao segundo trimestre do ano, as taxas de desocupação diminuíram em três das 27 UFs do país. São elas: São Paulo (7,8% para 7,1%), Maranhão (8,8% para 6,7%) e Acre (9,3% para 6,2%). Em Roraima, houve crescimento (de 5,1% para 7,6%). Nas outras 23 UFs, as taxas ficaram estáveis.
Bahia (13,3%), Pernambuco (13,2%) e Amapá (12,6%) tiveram as maiores taxas de desocupação. Enquanto isso, Rondônia (2,3%), Mato Grosso (2,4%) e Santa Catarina (3,6%) tiveram as menores.
O Sudeste apresentou a maior queda na desocupação. O dado foi de 7,9% para 7,5% — desta forma, trata-se da região que mais contribuiu para a queda na taxa em nível nacional, com destaque para São Paulo.
No estado paulista, o desemprego recuou de 7,8% para 7,1%. A queda no Brasil não foi um processo disseminado nos estados. A maior parte das UFs mostra uma tendência de redução na taxa de desocupação, mas apenas três estados registram queda estatisticamente significativa, principalmente por conta da redução da desocupação. E São Paulo tem uma importância dado o contingente do mercado de trabalho, o que influencia bastante a queda em nível nacional.
Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE
São Paulo apresentou um aumento estatístico na população ocupada na atividade de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativa.
Perfil da população desocupada
A taxa de desocupação por sexo foi de 6,4% para os homens e 9,3% para as mulheres. Por cor ou raça, foi de 5,9% para os brancos (abaixo da média nacional), 9,6% para os pretos e 8,9% para os pardos.
Pessoas com ensino médio incompleto apresentaram a maior taxa (13,5%) em relação aos demais níveis de instrução. Para as pessoas com nível superior incompleto, a desocupação foi de 8,3%. Entre quem tem nível superior completo, foi de 3,5%.
Busca de emprego por mais de dois anos
Segundo dados do IBGE, no terceiro trimestre de 2023, o país tinha 1,8 milhão de pessoas que estavam procurando trabalho por dois anos ou mais. É o patamar mais baixo para o período desde 2015 (1,6 milhão de pessoas).
Em relação ao terceiro trimestre do ano passado, houve uma queda de 28,2%. Na ocasião, 2,6 milhões procuravam emprego por dois anos ou mais.
Informalidade e rendimento
A taxa de informalidade foi de 39,1% da população ocupada no período. Maranhão (57,3%), Pará (57,1%) e Amazonas (55%) tiveram as maiores taxas, enquanto Santa Catarina (26,8%), Distrito Federal (30,6%) e São Paulo (31,3%) tiveram as menores.
O rendimento médio real mensal (R$ 2.982) também cresceu. Os dados mostram que o valor apresentou alta tanto em relação ao trimestre anterior (R$ 2.933) quanto ao mesmo trimestre de 2022 (R$ 2.862).
Em relação ao segundo trimestre de 2023, as altas de rendimento foram nas regiões Sul (R$ 3.276) e no Sudeste (R$ 3.381). Nas demais regiões, os dados mostram estabilidade.
A massa de rendimento médio real foi de R$ 292.952 milhões. Houve um aumento em relação ao trimestre anterior (R$ 285.243 milhões) e ao 3º trimestre de 2022 (R$ 278.942 milhões).
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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli
Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.
A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.
O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.
O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.
“Um cônjuge é suficiente”
No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.
Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.
“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.
“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.
Fonte: CNN
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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá
Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF
Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)
Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.
Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.
A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.
Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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