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Superlotação e reabilitação: a luta da população carcerária no Acre por trabalho e educação
Estado apresenta números significativos de presos trabalhando e estudando, apesar da superlotação no sistema prisional

Com 11 estabelecimentos penitenciários, o Acre apresenta um número superior de unidades em comparação a estados como Alagoas e Roraima. Foto: internet
O Acre, que ocupa a posição de terceiro estado menos populoso do Brasil, exibe uma taxa de encarceramento notavelmente elevada, superando outras unidades da federação com o dobro de sua população.
De acordo com dados do SISDEPEN, que compila informações das Secretarias de Administração Prisional de todo o país, o estado registrava, em junho de 2024, um total de 5.573 detentos, sendo 5.367 homens e 206 mulheres.
Este número coloca o Acre em uma posição desafiadora no que se refere à gestão da população carcerária, especialmente considerando que a capacidade do sistema prisional local é de apenas 4.099 vagas.
Apesar de enfrentar um déficit de 1.474 vagas nas prisões, o Acre se destaca por seu compromisso com o trabalho e a educação dos internos.
Atualmente, 3.049 presos estão empregados, o que possibilita a diminuição de suas penas — um número que supera o de estados com populações carcerárias significativamente maiores, como o Amazonas e o Rio de Janeiro. Isso demonstra não apenas uma iniciativa de reabilitação, mas também um esforço para diminuir a superlotação.
Ademais, 7.413 detentos têm acesso à educação nas unidades prisionais, embora a quantidade de livros nas bibliotecas do estado seja limitada a apenas 5.841. Entre os detentos, 538 estão matriculados em cursos formais, enquanto os demais participam do EJA ou programas de alfabetização, o que representa uma oportunidade significativa de reintegração social.
Com 11 estabelecimentos penitenciários, o Acre apresenta um número superior de unidades em comparação a estados como Alagoas e Roraima.
A eficiência da justiça no Acre se reflete no número reduzido de presos provisórios: apenas 282 detentos permanecem nessa condição há mais de 90 dias, cifra consideravelmente menor do que em outros estados, como o Amazonas.
Esse dado evidencia a agilidade dos processos judiciais no estado, contrastando com as situações enfrentadas em outras regiões do Brasil.
Assim, embora o Acre enfrente desafios relacionados à superlotação, também está empenhado em implementar iniciativas que promovam a reabilitação dos encarcerados por meio do trabalho e da educação.

Gráfico que ilustra a distribuição da população carcerária no Acre em junho de 2024, destacando a quantidade de detentos por gênero e as vagas disponíveis nas unidades prisionais/Foto: A Tribuna
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Rio Tarauacá sobe mais de 3 metros em 24 horas e começa a atingir as primeiras áreas da cidade

O Rio Tarauacá registrou elevação superior a três metros em apenas 24 horas e já começou a atingir as primeiras áreas urbanas do município. A rua Simão Leite Damasceno foi a primeira a ser alcançada pelas águas após a elevação repentina do nível do rio.
De acordo com o prefeito Rodrigo Damasceno, na sexta-feira, 26, o rio estava com 6,64 metros. Na última medição realizada neste sábado, 27, o nível chegou a 9,62 metros, ultrapassando a cota de transbordamento no município, que é de 9,50 metros.
“Estamos acionando toda a nossa equipe para ficar monitorando a situação e, se for o caso, iniciar as ações necessárias”, afirmou o prefeito.
Segundo ele, as equipes da Defesa Civil e da Assistência Social do município estão acompanhando de perto o cenário. A expectativa é que o rio comece a dar sinais de vazante a partir da manhã deste domingo.
VEJA O VÍDEO:
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Defesa Civil emite alerta de alto risco de inundação no Acre neste domingo

Foto: Sérgio Vale
A Defesa Civil do Acre emitiu um alerta de alto risco hidrológico para este domingo, 28, diante da previsão de fortes chuvas em Rio Branco e em outras regiões do estado. O aviso aponta alta possibilidade de transbordamento do Rio Acre e de seus principais afluentes, o que pode provocar inundações em áreas urbanas e rurais.
De acordo com o órgão, o cenário é de atenção máxima, especialmente nas localidades ribeirinhas e em áreas historicamente atingidas por cheias. A previsão indica volumes elevados de chuva, capazes de provocar elevação rápida dos níveis dos rios.
Em Rio Branco, a situação já é considerada crítica. O Rio Acre encontra-se aproximadamente meio metro acima da cota de transbordamento, medindo 14,40m ao meio-dia, com vários bairros atingidos e os abrigos começaram a ser montados no Parque de Exposições Wildy Viana.
A Defesa Civil reforça que a população dessas áreas deve permanecer atenta aos comunicados oficiais e seguir as orientações de segurança.
O alerta permanece válido enquanto persistirem as condições de chuvas intensas previstas para o estado.
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Regularização fundiária beneficia quase 40 mil pessoas e reforça protagonismo feminino

A entrega de títulos definitivos de propriedade no Acre vai além da garantia documental e representa um impacto social direto para milhares de famílias. Levando em consideração dados do IBGE, que apontam que na região norte a média é de três pessoas por família, o número de títulos entregues pelo governo do Estado alcança um benefício indireto para quase 40 mil pessoas, que passam a viver com mais segurança jurídica, dignidade e acesso a políticas públicas.
A regularização fundiária assegura direitos fundamentais, fortalece a cidadania e possibilita que famílias tenham acesso a crédito, investimentos, herança legal e valorização de seus imóveis. Cada título entregue representa uma transformação concreta na vida de quem há anos aguardava o reconhecimento oficial de sua moradia ou área produtiva.

Esse trabalho segue os princípios da Lei nº 13.465, de 2017, conhecida como Lei da Regularização Fundiária, que trata da regularização urbana e rural em todo o país. A legislação estabelece, de forma clara, a preferência pela mulher no registro do título de propriedade, especialmente quando ela é chefe de família, reconhecendo seu papel central na manutenção e organização do lar.
A escolha do governador Gladson Camelí (PP) e da vice-governadora Mailza (PP) de montar um time majoritariamente feminino para conduzir esse processo no Acre reforça o compromisso com a Constituição Federal e com a promoção da justiça social. À frente do Iteracre está uma mulher, Gabriela Câmara, acompanhada por mulheres em posições estratégicas, como a chefia do cadastro, do patrimônio, do gabinete, da regularização urbana e da regularização rural. Um time forte, técnico e sensível à realidade das famílias acreanas.

Os dados nacionais reforçam a importância dessa política. Segundo o Censo do IBGE 2022, o Brasil registrou cerca de 7,8 milhões de mulheres vivendo com filhos sem a presença do cônjuge ou de outros parentes. Esse tipo de composição familiar estava presente em 11,6% das famílias em 2000 e passou para 13,5% em 2022, demonstrando que, a cada ano, mais mulheres assumem a chefia dos lares brasileiros.
Nesse contexto, a política de regularização fundiária executada no Acre ganha ainda mais relevância ao garantir que essas mulheres tenham seus direitos assegurados, promovendo autonomia, segurança e estabilidade para milhares de famílias. A entrega de títulos, portanto, não é apenas um ato administrativo, mas uma ação concreta de transformação social e valorização do papel da mulher na construção de um Acre mais justo e regularizado.

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