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Super-Lua e eclipse parcial da Super-Lua nesta terça-feira

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Ao anoitecer do dia 17 de setembro, a Lua surgirá majestosa no céu.  Ao se aproximar, ou se afastar, do perigeu, a Lua, na fase cheia, mostra todo o seu esplendor por, pelo menos, dois dias

Esse é o momento ideal para observá-la e tirar fotos. Será melhor observá-la quando ela estiver se levantando ao anoitecer de 17 de setembro e/ou, quando ela estiver se pondo, próxima ao solo, na madrugada de 18 de setembro. Foto: internet

Por Telma Cenira Couto da Silva – Rondoniagora

A noite desta terça-feira (17) nos proporcionará dois belos espetáculos no céu, visíveis em todo o Brasil: uma Super-Lua e um eclipse lunar parcial. Os eventos relacionados à Lua não causam mal algum à visão e podem ser observados a olho nu.

A Super-Lua em 17 de setembro

Uma Super-Lua ocorre quando a Lua, na fase cheia, está próxima ao perigeu, que é o local da sua máxima aproximação à Terra, durante a sua órbita elíptica em torno do nosso planeta.

Para que uma Super-Lua ocorra o centro da Lua precisa estar a menos de 360.000 km do centro da Terra. De acordo com essa definição, a Super-Lua que ocorrerá em 17 de setembro, a uma distância de 357 486 km, será a primeira deste ano.  A segunda, que ocorrerá em 17 de outubro próximo, a uma distância de 357 364 km, será a última do ano e, também, a que estará mais próxima ao perigeu em 2024.

Porém, há quem também considere como Super-Lua quando a distância da Lua à Terra está próxima ao valor descrito acima. Para esses, houve uma Super-Lua em 19 de agosto, a 361 970 km, e ocorrerá outra, em 15 de novembro, a 361 867 km.  Super-Lua, ou não, o nosso satélite natural merece ser observado em todas essas datas.

A passagem da Lua pelo perigeu e o início da fase cheia dificilmente ocorrem no mesmo horário. No dia 17 de setembro a Lua entrará na fase cheia às 23h34 no horário de Brasília, GMT-3. Para os que seguem o fuso de Mato Grosso, Amazonas e Rondônia (GMT-4), entre outros estados, esses horários equivalem a 22h34, respectivamente.

Todavia, a Lua passará pelo perigeu no dia 18 de setembro às 10h26 no horário de Brasília, e às 9h26, no horário de Mato Grosso e dos que seguem o seu fuso horário.

Ao anoitecer do dia 17 de setembro, a Lua surgirá majestosa no céu.  Ao se aproximar, ou se afastar, do perigeu, a Lua, na fase cheia, mostra todo o seu esplendor por, pelo menos, dois dias. Todavia, do exposto acima, o melhor horário para observar e tirar fotos da Lua será no amanhecer do dia 18 de setembro.

Devido à ilusão de óptica a Lua parece, mas não é, maior quando está próxima ao solo.  Esse é o momento ideal para observá-la e tirar fotos. Será melhor observá-la quando ela estiver se levantando ao anoitecer de 17 de setembro e/ou, quando ela estiver se pondo, próxima ao solo, na madrugada de 18 de setembro. Mas, ao anoitecer de 18 de setembro ela ainda estará muito bela no céu.

Ao anoitecer, quem olhar para a Super-Lua pode notar um objeto brilhante à direita e acima do nosso satélite: é o planeta Saturno, facilmente identificado a olho nu. Para quem acompanhar o ocaso da Lua na madrugada de 18 de setembro, o planeta Saturno estará abaixo e à sua esquerda.  Isso ocorre porque, ao passar pelo zênite, os astros invertem a sua configuração. De maneira simples, o zênite é o ponto da esfera celeste que fica acima da cabeça do observador.

O eclipse parcial da Super-Lua em 17-18 de setembro

Um eclipse lunar ocorre quando a Terra se posiciona entre o Sol e o nosso satélite natural, e a Lua, na fase cheia, adentra na sombra que o nosso planeta produz no espaço.

Um eclipse lunar parcial começa com um eclipse penumbral, alcança a fase parcial e, posteriormente, há um outro eclipse penumbral.

A fase do eclipse penumbral, quando a Lua apenas diminui o seu brilho ao passar pela penumbra da Terra, não é perceptível ao público.  Caso alguém observe qualquer sombra ou escuridão na Lua durante o eclipse penumbral, pode ter certeza de que são nuvens passando no céu e nada relacionado ao eclipse.

Só por curiosidade: o primeiro eclipse penumbral iniciará às 21h41 para os que se seguem o fuso horário de Brasília, às 20h41 para os que seguem o horário de Mato Grosso, e às 19h41 para os moradores do Acre.

Para os observadores, em geral, o que realmente interessa é a parte visível do eclipse, o eclipse lunar parcial, quando a Lua adentra a parte escura sombra da Terra, a umbra, e aparenta estar “mordida”.  A fase parcial do eclipse lunar durará uma hora e três minutos. No horário do máximo, a magnitude do eclipse, que é a fração do diâmetro da Super-Lua que fica oculto pela umbra será 0,085, ou, 8,5%. Por sua vez, o obscurecimento, que é a percentagem da área da Lua coberta pela parte escura da sombra da Terra, será de apenas 3,5%. Ou seja, apenas uma pequena fração da Super-Lua ficará escurecida.

O eclipse parcial começará quando a Super-Lua estiver distante do solo. Isso diminuirá o efeito do tamanho aparente da Super-Lua no eclipse lunar.

No horário de Brasília (GMT-3), o eclipse parcial começará no dia 17 às 23h12, o máximo ocorrerá às 23h44, e o final da fase parcial terminará à 0h15 do dia 18 de setembro.

No horário de Mato Grosso (GMT-4), Amazonas e Rondônia, entre outros estados, a fase parcial do eclipse lunar iniciará às 22h12, o máximo ocorrerá às 22h44, e o final da fase parcial ocorrerá às 23h15 do dia 17 de setembro.

Para os que seguem o horário do Acre (GMT-5), o eclipse lunar parcial iniciará às 21h12, o máximo ocorrerá às 21h44, e o final da fase parcial terminará às 22h15 do dia 17 de setembro.

Por definição, o horário do início do eclipse parcial é fornecido quando a Lua, ou Super-Lua, toca a umbra da Terra. Por causa disso, leva alguns minutos até que a “mordida” se torne visível.

Um eclipse parcial da Lua começa ao mesmo tempo, mantidas as diferenças de fuso horário. e é visível em toda a região da Terra em que é noite. Todavia, existem diferenças na forma do eclipse dependendo das coordenadas geográficas do local. O eclipse parcial será visível, em seu máximo, como uma pequena faixa do lado esquerdo do disco lunar.

Após o final do eclipse parcial acontece o segundo eclipse penumbral. Para quem se interessar, o eclipse penumbral terminará à 1h47 para os que seguem o horário de Brasília e à 0h47 para os que seguem o fuso de Mato Grosso, já no dia 18 de setembro. Para o Acre e cidades do oeste do Amazonas, o final do eclipse penumbral ocorrerá às 23h47 do dia 17.

O próximo eclipse da Lua visível no Brasil ocorrerá em 13-14 de março de 2025 e será total. A fase penumbral acontecerá no final da noite do dia 13 de março; todavia, o eclipse parcial e a totalidade ocorrerão na madrugada de 14 de março.

Telma Cenira Couto da Silva é Doutora em Astronomia (IAG-USP) e professora aposentada da UFMT

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Brasil

Tarifa de Trump sobre produtos do Brasil pode afetar empregos, exportações e investimentos

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Confederação Nacional da Indústria (CNI) vê prejuízo para mais de 10 mil empresas exportadoras e cobra diálogo técnico para preservar relação bilateral com os Estados Unidos

A decisão dos Estados Unidos de elevar para 50% as tarifas sobre produtos brasileiros gera preocupação na indústria nacional e pode causar prejuízos à economia brasileira. A medida, anunciada pelo governo do presidente Donald Trump, pode impactar diretamente cerca de 10 mil empresas brasileiras exportadoras, comprometer a relação histórica entre os dois países e ameaçar milhares de postos de trabalho.

O alerta vem da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo a entidade, a decisão foi recebida com surpresa e não encontra respaldo em dados econômicos. “Não existe qualquer fato econômico que justifique uma medida desse tamanho, elevando as tarifas sobre o Brasil do piso ao teto. Os impactos dessas tarifas podem ser graves para a nossa indústria, que é muito interligada ao sistema produtivo americano”, afirmou o presidente da CNI, Ricardo Alban, em posicionamento divulgado na noite da quinta-feira (9).

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no último dia 9 de julho que, a partir de 1º de agosto, será aplicada uma tarifa de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil. A decisão foi justificada como uma resposta à forma como o governo brasileiro tem tratado o ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado político de Trump, além de alegações de práticas comerciais “desleais”.

Em resposta ao presidente americano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou, no mesmo dia 9, uma nota oficial reafirmando a soberania do Brasil e o respeito às instituições nacionais. Lula destacou que o país não aceitará qualquer tipo de tutela externa e que os processos judiciais relacionados aos atos golpistas de 8 de janeiro são de competência exclusiva da Justiça brasileira. O presidente também negou a existência de um déficit comercial norte-americano em relação ao Brasil, como alegado por Trump, e reforçou que a relação bilateral deve se basear em respeito mútuo e cooperação econômica.

Impactos na economia e na indústria

Na avaliação da CNI, o aumento da tarifa de importação americana impacta a economia brasileira e abala a cooperação com os EUA. Em 2024, citou a entidade, para cada R$ 1 bilhão exportado para os Estados Unidos, foram gerados 24,3 mil empregos, R$ 531,8 milhões em massa salarial e R$ 3,2 bilhões em produção.

A CNI ressaltou ainda que a nova tarifa, se mantida, deve afetar diretamente a competitividade dos empreendimentos brasileiros. Resultados preliminares de levantamento feito pela entidade mostram que um terço das empresas brasileiras exportadoras para os EUA já relatam impactos negativos. A consulta foi realizada entre junho e começo de julho, ainda no contexto da tarifa básica de 10%.

Ainda de acordo com a entidade, os EUA são o principal destino das exportações da indústria de transformação brasileira – um setor que alcançou, em 2024, US$ 181,9 bilhões em exportações, registrando um aumento de 2,7% em relação ao ano anterior. Os dados são da Nota Técnica: Desempenho da Balança Comercial Brasileira em 2024, elaborada pela confederação. O recorde foi motivado pelas exportações de bens de consumo não duráveis e semiduráveis, que cresceram 11% em relação a 2023.

Via diplomática

A CNI defende uma resposta diplomática imediata. “Que o equilíbrio e o diálogo técnico prevaleçam com a parcimônia e a determinação necessária”, avaliou Alban.

O especialista em Direito Internacional, membro da Godke Advogados, Fernando Canutto, assim como o presidente da CNI, Ricardo Alban, acredita que o melhor caminho para proteger as empresas brasileiras é a via diplomática.

“Entendo que a única via é a via diplomática. Apesar de os Estados Unidos ter perdido, ou melhor, diminuído sua influência como potência hegemônica nos últimos 20, 30 anos. Há 30 anos, eram os Estados Unidos e os outros países. Agora, China está atrás, Índia vem logo atrás. São parceiros que já têm poder de fogo, digamos assim, já têm uma economia quase tão grande quanto a norte-americana. Então, os Estados Unidos ainda é a grande potência. Os Estados Unidos ainda controlam o dinheiro mundial, controlam o comércio mundial”, destacou o jurista.

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Abraji homenageia jornalistas acreanos Douglas Richer e Jairo Carioca em congresso internacional

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Dupla foi reconhecida postumamente no 20º Congresso de Jornalismo Investigativo, ao lado de nomes como Miriam Leitão e Caco Barcellos; evento reúne profissionais de todo o país em São Paulo

Douglas Richer e Jairo Carioca foram homenageados no maior congresso de jornalismo investigativo da América Latina. Foto: captada 

Os jornalistas Douglas Richer e Jairo Carioca, ícones da imprensa acreana, foram homenageados nesta quinta-feira (10) durante a abertura do 20º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), em São Paulo. A cerimônia celebrou profissionais renomados que faleceram nos últimos 12 meses, colocando os dois acreanos ao lado de nomes de destaque nacional, como Miriam Leitão, Caco Barcellos e Zuenir Ventura.

Legado interrompido

Douglas Richer morreu em fevereiro deste ano, aos 37 anos, devido a complicações de uma fibrose pulmonar. Já Jairo Carioca faleceu em maio, aos 52 anos, vítima de um mal súbito durante uma viagem de trabalho ao Rio de Janeiro. Ambos deixaram marcas profundas no jornalismo local, sendo lembrados por sua dedicação e contribuição à profissão.

Evento reúne elite do jornalismo brasileiro

O congresso, que segue até domingo (13) na ESPM, celebra duas décadas de fomento ao jornalismo de qualidade e conta com a presença de profissionais de todo o país. Além das homenagens póstumas, a Abraji também destacou a trajetória de outros grandes nomes, como Angelina Nunes e Clóvis Rossi (in memoriam).

O Acre tem representação ativa no evento, com seis jornalistas presentes, incluindo a repórter Mirlany Silva, da Folha do Acre, que participa como bolsista. A programação inclui debates sobre os desafios da imprensa frente à desinformação e aos ataques à liberdade de expressão, reforçando a importância do jornalismo investigativo na democracia.

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“Eu que deveria taxar ele”, diz Lula em resposta a tarifaço de Trump

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Presidente norte-americano anunciou uma tarifa de 50% a produtos brasileiros

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) • Marcelo Camargo/Agência Brasil

Durante agenda oficial no Espírito Santo nesta sexta-feira (11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou as medidas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que prometeu tarifar em 50% os produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.

Lula afirmou que, diante do histórico comercial entre os dois países, seria o Brasil quem deveria impor taxas aos norte-americanos.

“Portanto, eu quero dizer com todo respeito ao presidente Trump: o senhor está mal informado, muito mal informado. Os EUA não têm déficit comercial com o Brasil, é o Brasil que tem déficit comercial com os EUA. Só pra vocês terem ideia, em 15 anos, entre comércio e serviço, nós temos um déficit de 400 bilhões de dólares com os EUA. Eu que deveria taxar ele.”, declarou.

 

 

Fonte: CNN

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