Sozinho, empresário de Epitaciolândia idealiza megaempreendimento à margem da BR-317, no Alto Acre

Na cara e na coragem

Sozinho, empresário de Epitaciolândia idealiza megaempreendimento à margem da BR-317, no Alto Acre

Por Raimari Cardoso

Um conjunto de edificações que estão sendo erguidas na margem direita da BR-317, um pouco antes da entrada do município de Epitaciolândia, começa a chamar a atenção de quem viaja à cidade fronteiriça pela imponência da obra que ocupará uma área de cerca de 50 mil m², o que corresponde a mais ou menos cinco campos de futebol.

Uma placa informativa posicionada para os dois sentidos da rodovia federal anuncia que ali haverá em breve um empreendimento ousado e inovador no estado do Acre: Uma estação aduaneira onde se instalarão órgãos como o Dnit e a Suframa, entre outros, e que terá uma superestrutura de serviços a ser oferecida a viajantes, caminhoneiros e turistas.

A estação terá hotel de nível duas estrelas, uma churrascaria que promete ser uma das melhores do estado, posto de combustível com conveniência, lava a jato, lavanderia, lanchonetes e estacionamento para 150 carretas. Uma estrutura estimada em mais de R$ 6,5 milhões que gerará, de acordo com o empresário responsável pelo empreendimento, cerca de 125 empregos diretos quando estiver em funcionamento.

O comerciante Manoel da Silva Oliveira, filho de Epitaciolândia e empresário do ramo da movelaria, é o homem por trás da ideia. Segundo ele, apesar do tamanho, o projeto não conta, por enquanto, com parcerias governamentais ou do setor privado.

“Não estou contando com a ajuda de ninguém, por enquanto. Somos só eu e Deus, na certeza de que tudo vai dar certo”, afirma.

A área construída terá dois níveis. Na parte inferior, funcionarão os escritórios de despachantes, posto de combustível, hotel, lanchonetes e demais serviços. No nível de cima, estará a churrascaria, com acesso por uma rampa de cerca de 20 metros. Atualmente, mais de cinquenta trabalhadores tocam as obras iniciadas há quatro meses.

Manoel Oliveira explica que todos os projetos relacionados à obra estão prontos, assim como toda a parte relacionada às licenças e demais documentações. Segundo ele, são quatro caixas com cerca de 60 quilos de papel contendo toda a documentação relacionada aos trâmites de autorização do empreendimento.

“É uma obra que pretende se tornar um cartão-postal da cidade, que está crescendo naquela direção. Será um empreendimento de referência para os quatro municípios da regional: Epitaciolândia, Brasiléia, Xapuri e Assis Brasil, que nós temos certeza de que vai contribuir com toda a região por meio da geração de emprego, da prestação de serviços e da circulação de pessoas do Brasil e do exterior”, diz.

Oliveira afirma ainda que tem a expectativa de apoio governamental para o empreendimento, principalmente no que diz respeito à estruturação das pistas de rolamento para a desaceleração de carretas.

O empresário aguarda também a liberação de recursos financeiros de financiamento feito junto ao Banco da Amazônia (BASA) por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO).

O FNO é a principal fonte de recursos financeiros estáveis para o crédito de fomento da Região Norte e um dos principais instrumentos econômico-financeiros de execução da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), elaborada pelo Ministério da Integração Nacional.

Coincidência com obras estruturantes

A iniciativa da estação aduaneira de Epitaciolândia coincide com a expectativa da realização de obras estruturantes na regional do Alto Acre para os próximos anos.

A BR-317 já começou neste ano a passar por uma restauração completa, desde a fronteira do Acre com o Amazonas, que tem a previsão de consumir mais de R$ 300 milhões nos próximos dois anos, sem contar com o projeto de construção do Anel Viário de Brasiléia, previsto para sair do papel em 2020.

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Publicado por
Da Redação