Soldados da borracha repudiam aprovação de PEC 346

Representantes entregam carta a Petecão e Aníbal

Da redação, com Gislane Vidal

Os soldados da borracha entregaram nesta sexta-feira (8) aos Senadores Aníbal Diniz e Sergio Petecão, uma carta onde a classe repudia a aprovação da PEC 346 na Câmara Federal. A proposta é uma versão do governo federal para a PEC do Soldado da Borracha.

O encontro dos soldados com os senadores foi marcado por muitos depoimentos emocionantes. Foi dada a palavra aos heróis da borracha, que fizeram história, mas que travam uma verdadeira luta por valorização, com o governo.

Recentemente os soldados da borracha foram surpreendidos com a aprovação da PEC 346, aprovada na câmara dos deputados, diferente da proposta inicial, e que trouxe insatisfação generalizada a categoria. Em um dos artigos modificados, a pensão vitalícia foi reajustada em cerca de R$ 150,00, só que o valor total fica desvinculado ao salário mínimo.

Para os soldados, o benefício vinculado à previdência social é prejudicial ao longo dos anos. Com objetivo de abrir o debate no legislativo, o Sindicato dos soldados convidou os Senadores Aníbal Diniz e Sergio Petecão para um encontro com a categoria. Durante o evento, eles receberam uma carta de repúdio à aprovação da PEC 346. “Nós entendemos que os deputados federais foram displicentes na hora de aprovar a matéria do jeito que o governo mandou”, disse Luziel Carvalho, representante do Siacre.

Os senadores se comprometeram em ampliar o debate com os soldados, antes que a proposta entre em votação no Senado. Como vice-presidente da Comissão de constituição e Justiça, onde a PEC será destinada, o Senador Aníbal que também será relator da matéria, afirmou que vai ouvir os soldados e trabalhar para que eles não sejam prejudicados. “Ou a gente acata como foi aprovado na câmara para ter acesso ao benefício dos R$ 25 mil reais mais rápido ou a gente faz a mudança com um novo diálogo com o governo, mas sabendo que pode demorar um pouco mais”, disse o senador.

O Senador Petecão se solidarizou com os soldados e disse que acompanhou a votação na câmara com indignação. “No dia da votação o pessoal do sindicato dos soldados da borracha de Rondônia esteve no meu gabinete e pediu para que eu impedisse a votação na câmara, como eu não tenho esse poder, fiquei sem saber o que fazer, por que não era isso que havia sido acordado com o governo”, explicou. Petecão se comprometeu em ajudar Aníbal no sentido de ampliar o debate da PEC, com a opinião dos soldados a frente.

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Publicado por
Alexandre Lima