Brasil
Soldado da Borracha de 108 anos resiste e espera por seus direitos
O Governo Vargas prometeu, sua família veio para Amazônia para ajudar a explorar a seringa, para trabalhar no “Esforço de Guerra”- Nordestinos que para produzir a borracha que faltava no mundo, atravessaram as piores agruras em nome do Brasil, da Campanha da Borracha, contra o Nazismo e os países do eixo.
Distante da Capital Federal, mais de 3200 km separam Senhor Juvêncio do centro nervoso de Brasília – Praça dos Três Poderes, lugar onde está localizado o Panteão, o livro que guarda gravado o nome dos Hérois do Brasil, repousa em silêncio guardando a “Memória” daqueles que serviram para o engrandecimento da nação. Neste memorial, também está reconhecida a valorosa contribuição que os soldados da borracha deram à nação.
As notícias deste soldado da borracha, vem da cidade de Boca do Acre, interior do estado do Amazonas, vivendo isolado em um quarto de uma humilde residência de madeira, localizada no Bairro Macaxeiral, o antigo seringueiro recebe visita do Sindicato dos Soldados da Borracha de Rondônia. Em conversa, Juvêncio com a voz quase imperceptível, fala das dificuldades e sofrimentos do tempo dos antigos seringais, das madrugadas a fio que dedicara a produção da borracha, das onças, cobras e bichos brabos que enfrentara para garantir a cota de borracha exigida pelo patrão e pelo governo do Brasil.
Com muita simplicidade, Senhor Juvêncio ergue a bainha de sua calça e mostra as cicatrizes de um ataque sofrido por um Jacaré – Açu, fato ocorrido quando trabalhava em um seringal na calha do rio Purus, na época, perdia ele no início de uma manhã, parte do solado de um de seus pés, carregaria a partir de então, uma dolorosa lembrança para o resto de sua vida.
Cego em decorrência de várias décadas de uma vida dedicada à defumação da borracha, senhor Juvêncio aos 108 anos de idade, resiste bravamente, seja, enfrentando doenças respiratórias, seja, lutando contra inflamações constantes em seus olhos. Doente, o ex-seringueiro gasta a maior parte do benefício que recebe no tratamento da saúde, sem plano de assistência médica, ou acesso a um atendimento de saúde pública de qualidade. Este considerável soldado da borracha, nestas circunstâncias, segue o pouco da vida que ainda lhe resta, sendo herói apenas no Livro da Pátria em Brasília, e esquecido no reconhecimento econômico pelo Brasil, em um lugar que antes, fora um dos “Front da Borracha”, atual cidade de Boca do Acre , estado do Amazonas.
Sob um gesto de curiosidade e um sorriso de satisfação quanto à visita do sindicato, senhor Juvêncio finaliza a conversa, demonstrando querer saber algo mais, em uma pergunta exclamava: E o dinheiro dos soldados da borracha está perto de sair? O Brasil vai reconhecer o que nos fizemos? Olhares se cruzavam, instante de silêncio, com um aperto de mão simbólico e palavras de agradecimentos Juvêncio se despedia, informado por representantes do sindicato que a Ação Judicial dos soldados da borracha, ainda corria no STJ. Na companhia de seu filho Raimundo, o velho seringueiro resiste ao revés da idade avançada, mostrando ainda na sua notável temperância de vida, esperança em ser reconhecido economicamente pelo Brasil, pelo trabalho que fez à nação.
Segundo o Vice-presidente do sindicato, George Telles, que viajou pessoalmente até o Amazonas para visitar o soldado da borracha, há uma profunda preocupação quanto à celeridade da ação dos soldados da borracha na justiça, pois os últimos seringueiros que trabalharam na época da guerra, em idades bem avançadas já não podem mais esperar.
Afirma o sindicalista que a Lei Nº 13.466 de 12 de julho de 2017, assegura prioridade especial aos maiores de oitenta anos, e com essa Norma Jurídica, a entidade que representa os soldados da borracha, vem pedindo agilidade junto à justiça brasileira e demais órgãos.
Fonte: SINDSBOR
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Bocalom admite disputar governo do Acre em 2026, mas só como candidato de união da direita
Prefeito de Rio Branco diz que pode apoiar Mailza Assis, mas exclui aliança com Alan Rick em possível sucessão de Cameli

O gestor municipal não descarta apoiar a vice-governadora Mailza Assis (PP), mas foi categórico ao vetar qualquer aliança com o senador Alan Rick. Foto: captada
Em entrevista ao programa “Bar do Vaz” nesta quarta-feira (14), o prefeito Tião Bocalom revelou que aceitaria ser o nome de consenso da direita para o governo do Acre em 2026, mas sob uma condição: “Se for convocado, vou aceitar. Não vou me lançar, quero ser aclamado”, declarou ao jornalista Roberto Vaz.
O gestor municipal não descarta apoiar a vice-governadora Mailza Assis (PP), mas foi categórico ao vetar qualquer aliança com o senador Alan Rick:
“Só não apoio o Alan Rick”.
A decisão final dependerá do cenário eleitoral que se desenhar, com Bocalom acompanhando seu desempenho nas pesquisas de intenção de voto – onde atualmente aparece à frente de Mailza nos levantamentos pré-eleitorais.
A declaração acirra o jogo sucessório no Palácio Rio Branco, mantendo em aberto as possíveis configurações para a disputa que definirá o sucessor do governador Gladson Cameli. O prefeito capitalino posiciona-se como peça-chave na articulação de um bloco oposicionista coeso para 2026.
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Bujari recebe 50 casas populares rurais do Minha Casa, Minha Vida
Município é o único do Acre contemplado em nova etapa do programa federal que prioriza agricultores familiares e comunidades tradicionais

A expectativa é fortalecer a permanência das famílias no campo, melhorando as condições de vida e estimulando o desenvolvimento das comunidades rurais. Foto: cedida
O município de Bujari, no Acre, foi selecionado para receber 50 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida na modalidade rural, destinadas a agricultores familiares, trabalhadores rurais e comunidades tradicionais.
O anúncio integra uma nova fase do programa federal que distribuiu 2.713 moradias em todo o país, sendo 1.137 unidades específicas para a zona rural.
Na região Norte, apenas três estados foram beneficiados: Acre, Amazonas e Pará. Enquanto o Amazonas e o Pará tiveram três municípios contemplados cada (Anori, Coari, Manacapuru no AM; Santa Luzia do Pará e São Sebastião da Boa Vista no PA), o Acre teve apenas Bujari incluído no programa.
A versão reformulada do Minha Casa, Minha Vida permite adaptações dos projetos às realidades locais, com o objetivo de melhorar as condições de vida no campo e fortalecer o desenvolvimento das comunidades rurais.
As novas moradias representam um avanço na política habitacional para populações que tradicionalmente enfrentam dificuldades de acesso a moradia digna no meio rural.
Veja a portaria:
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Polícia Civil realiza palestra educativa em escola de Porto Acre como parte da Operação Caminhos Seguros
As crianças puderam tirar dúvidas e conhecer um pouco mais sobre o funcionamento do trabalho da Polícia Judiciária

Crianças da Escola Novo Horizonte aprenderam sobre direitos, deveres e como se proteger de situações de risco, durante palestra da Polícia Civil na Operação Caminhos Seguros. Foto: cedida. Foto: cedida
Em continuidade às ações da Operação Nacional Caminhos Seguros, a Polícia Civil do Acre (PCAC) promoveu, na última quarta-feira, 14, um ciclo de palestras educativas para alunos e servidores da Escola Infantil Novo Horizonte, localizada na Vila do Incra, em Porto Acre. A iniciativa integra o esforço nacional voltado à prevenção e ao combate aos crimes sexuais contra crianças e adolescentes.
A atividade foi direcionada a alunos do 2º ao 5º ano do ensino fundamental e contou com a presença do delegado Leonardo Meyohas, que conduziu a palestra de forma lúdica e acessível, adaptada à faixa etária das crianças. Durante o encontro, foram abordados temas como direitos e deveres das crianças, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e orientações sobre como reconhecer e denunciar situações de abuso sexual.
Além das explicações sobre proteção e segurança, o momento foi marcado por um espaço de diálogo aberto entre o delegado e os estudantes, professores e funcionários da escola. As crianças puderam tirar dúvidas e conhecer um pouco mais sobre o funcionamento do trabalho da Polícia Judiciária, despertando o interesse e fortalecendo a confiança dos pequenos nas instituições de segurança.
A atividade foi direcionada a alunos do 2º ao 5º ano do ensino fundamental e contou com a presença do delegado Leonardo Meyohas, que conduziu a palestra de forma lúdica e acessível, adaptada à faixa etária das crianças. Durante o encontro, foram abordados temas como direitos e deveres das crianças, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e orientações sobre como reconhecer e denunciar situações de abuso sexual.
Além das explicações sobre proteção e segurança, o momento foi marcado por um espaço de diálogo aberto entre o delegado e os estudantes, professores e funcionários da escola. As crianças puderam tirar dúvidas e conhecer um pouco mais sobre o funcionamento do trabalho da Polícia Judiciária, despertando o interesse e fortalecendo a confiança dos pequenos nas instituições de segurança.

Em Porto Acre, a Polícia Civil segue com ações educativas da Operação Caminhos Seguros, promovendo informação e proteção para nossas crianças. Foto: cedida.
“A informação é uma das principais ferramentas para proteger nossas crianças. Falar sobre seus direitos de forma clara, acessível e acolhedora é fundamental para criar um ambiente seguro e consciente”, destacou o delegado Leonardo Meyohas.
A Operação Caminhos Seguros segue em andamento até o dia 30 de maio, com ações integradas entre instituições de segurança pública e órgãos de proteção social. O objetivo é fortalecer a rede de acolhimento, ampliar a conscientização da sociedade e intensificar o combate aos crimes sexuais contra menores. A operação atua em três eixos principais: prevenção, educação e investigação, alcançando escolas, comunidades e áreas de maior vulnerabilidade.

A atividade foi direcionada a alunos do 2º ao 5º ano do ensino fundamental e contou com a presença do delegado Leonardo Meyohas, que conduziu a palestra de forma lúdica e acessível, adaptada à faixa etária das crianças. Foto: cedidas
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