Acre
Sindmed-AC alerta para o colapso da saúde com a demissão dos médicos do Pró-Saúde e da Anssau
Os diretores do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) se reuniram com a categoria e visitou unidades de saúde em Cruzeiro do Sul para debater os reflexos da demissão dos profissionais do Pró-Saúde e da Associação Nossa Senhora da Saúde (Anssau). A entidade alerta para o aumento do caos na saúde com a falta de trabalhadores.
Os sindicalistas afirmam que já existe falta de médicos e a demissão de mais de 200 profissionais resultará em prejuízo para a população.
O presidente do Sindmed-AC, Ribamar Costa, lembrou que há anos a Maternidade de Cruzeiro do Sul vem funcionando com trabalhadores importados de Rio Branco, situação que vem se agravando a cada dia, podendo resultar em um caos ainda maior com a demissão de mais servidores.
“Existem semanas em que os médicos de Rio Branco complementam a escala em quatro dos sete dias da semana, uma situação que fragiliza o sistema, porque o cancelamento de um voo ou o atraso de um trabalhador pode resultar em suspensão dos atendimentos”, explicou o sindicalista.
A falta de profissionais já é motivo para o prejuízo das atividades de todos os hospitais, mas os efeitos serão agravados no interior, como em Cruzeiro do Sul, no Hospital regional do Juruá e no Hospital Dermatológico.
Os representantes do Sindicato ainda verificaram reclamações na Maternidade, como a falta de profissional para a realização de ultrassonografia durante todos os turnos e a falta de planejamento por parte da direção que deixou inutilizado o cardiotocógrafo pela falta de papel para a impressão do exame dos batimentos cardíacos do feto e das contrações.
“Todos os trabalhadores se queixaram que existe o serviço de ultrassonografia apenas no período da manhã, com isso, as grávidas de outros turnos podem ser prejudicadas. Ainda constatamos que o papel para o cardiotocógrafo foi comprado recentemente e que o aparelho estava parado, pois o papel que havia sido adquirido era maior que o modelo da máquina”, explicou o sindicalista.
O hospital dermatológico também apresentou falhas, como a falta de reformas e da falta de otimização para o aproveitamento do espaço. Apenas um médico também estava trabalhando no local, de manhã, de tarde e de noite, sem horário para descanso e extrapolando qualquer carga horária, prejudicando a saúde do trabalhador e podendo comprometer o atendimento.
“As escalas não estão completas e o profissional fica obrigado a trabalhar, 24 horas, 48 horas ou 72 horas seguidas, o que é um risco para o trabalhador que está sendo tratado em condições análogas a escravidão”, protestou o sindicalista.
O Sindmed reuniu a categoria para debater os problemas e se reunirá com a banca de advogados para adotar uma medida para a garantia do atendimento em saúde das unidades.
Levantamento
Em um levantamento realizado pelo Sindmed, todos os hospitais públicos do Vale do Juruá apresentaram falta crônica de médicos, ou seja, as escalas sempre apresentam a falta de profissionais. Na relação estão as unidades de saúde de Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Rodrigues Alves, Mâncio Lima e Cruzeiro do Sul, sendo que este último recebe os casos de média e alta complexidade de toda região inclusive dos municípios do Amazonas: Ipixuna, Envira, Guajará e Pauini.
Anssau
A Anssau é a ONG que administra o Hospital Regional do Juruá e que utiliza trabalhadores terceirizados para garantir a mão de obra.
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Acre
Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

Foto: Cedida
Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.
A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.
Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.
“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.
A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.
Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.
A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.
“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.
Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.
Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.
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Acre
Acre receberá R$ 6,3 milhões para conservação e manutenção de rodovias em 2026

A Secretaria Nacional de Transporte Rodoviário, vinculada ao Ministério dos Transportes, publicou a Portaria nº 939, de 16 de dezembro de 2025, que aprova os Programas de Trabalho apresentados pelos estados e pelo Distrito Federal para aplicação dos recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide-Combustíveis) no exercício de 2026. O decreto foi publicado na edição do Diário Oficial da União (DOU).
O ato foi assinado pela secretária nacional de Transporte Rodoviário, Viviane Esse, e tem como base a Lei nº 10.336/2001 e a Portaria nº 228/2007, que regulamentam a destinação dos recursos da Cide. A portaria também estabelece que eventuais alterações nos programas deverão seguir rigorosamente as normas previstas na legislação vigente.
No caso do Acre, foi aprovado o Programa de Conservação e Manutenção de Rodovias Estaduais para 2026, conforme processo administrativo nº 50000.029129/2024-53. O plano prevê investimentos voltados à conservação, manutenção e recuperação de importantes trechos da malha rodoviária estadual.
Entre as rodovias contempladas estão a AC-010, no trecho entre Rio Branco e Porto Acre; a AC-040, ligando Rio Branco a Plácido de Castro; a AC-090, no trecho entre Rio Branco e o km 100; além das rodovias AC-475, AC-485, AC-380, AC-445, AC-407 e AC-405, que atendem municípios como Xapuri, Bujari, Rodrigues Alves, Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima.
O valor total destinado ao programa no Acre soma R$ 6.337.978,18, com execução financeira distribuída ao longo dos quatro trimestres de 2026. Os recursos serão aplicados de forma contínua, garantindo a manutenção e recuperação das vias estaduais ao longo de todo o ano.
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Acre
No Acre, casamentos duram cerca de 11 anos, ficando abaixo da média nacional

Os casamentos estão durando menos em todo o Brasil, e o Acre aparece entre os estados com menor tempo médio de duração das uniões, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Enquanto, no país, os matrimônios duram, em média, 13,8 anos, no Acre esse período cai para 11,1 anos, ficando abaixo da média nacional e regional.
No ranking dos estados brasileiros, o Acre ocupa uma das posições mais baixas em relação à duração dos casamentos, ficando atrás apenas de unidades da Região Norte e Centro-Oeste, como Rondônia (11 anos) e Roraima (10,2 anos). Os dados fazem parte da Estatística do Registro Civil, divulgada pelo IBGE em dezembro, e se referem às uniões formalizadas em 2024.
Apesar da redução na duração média dos casamentos, o IBGE registrou, em 2024, a primeira queda no número de divórcios desde 2019, com redução de 2,8% em relação ao ano anterior.


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