Cotidiano
Sindicatos perdem 90% da contribuição sindical no 1º ano da reforma trabalhista
Para sobreviver, entidades patronais e de trabalhadores são obrigadas a cortar custos com pessoal, imóveis e atividades; fusões de sindicatos e criação de áreas de coworking em prédios próprios também são alternativas

Sindicatos de trabalhadores e de patrões tiveram os recursos drenados pelo fim da obrigatoriedade da contribuição sindical Foto: Gleidson Santos/Estadão
Sindicatos de trabalhadores e de patrões tiveram os recursos drenados pelo fim da obrigatoriedade da contribuição sindical, como era esperado. Dados oficiais mostram que em 2018, primeiro ano cheio da reforma trabalhista, a arrecadação do imposto caiu quase 90%, de R$ 3,64 bilhões em 2017 para R$ 500 milhões no ano passado. A tendência é que o valor seja ainda menor neste ano.
O efeito foi uma brutal queda dos repasses às centrais, confederações, federações e sindicatos tanto de trabalhadores como de empregadores. Muitas das entidades admitem a necessidade de terem de se reinventar para manter estruturas e prestação de serviços. Além de cortar custos com pessoal, imóveis e atividades, incluindo colônia de férias, as alternativas passam por fusões de entidades e criação de espaços de coworking (leia mais abaixo).
O impacto foi maior para os sindicatos de trabalhadores, cujo repasse despencou de R$ 2,24 bilhões para R$ 207,6 milhões. No caso dos empresários, foi de R$ 806 milhões para R$ 207,6 milhões. O antigo Ministério do Trabalho – cujas funções foram redistribuídas entre diferentes pastas –, teve sua fatia encolhida em 86%, para R$ 84,8 milhões (ver quadro).
Os valores podem cair ainda mais por duas razões. Primeiro, na sexta-feira passada, o governo editou Medida Provisória que dificulta o pagamento da contribuição sindical. O texto acaba com a possibilidade de o valor ser descontado diretamente dos salários. O pagamento agora deverá ser feito por boleto bancário. O governo diz que o objetivo é reforçar o caráter facultativo do imposto. Segundo, sindicalistas preveem que a arrecadação será menor neste ano, pois muitas empresas ainda descontaram o imposto na folha salarial em 2018 porque tinham dúvidas sobre a lei.
Fusão. Para sobreviver ao modelo estabelecido na reforma trabalhista, em vigor desde novembro de 2017, o Sindicato dos Empregados na Indústria Alimentícia de São Paulo, que representa 30 mil profissionais, vai se unir aos sindicatos de trabalhadores da área de alimentação de Santos e região, de laticínios e de fumo no Estado. Juntos, passarão a ter base de quase 50 mil funcionários. Do lado empresarial, está em andamento a fusão, em uma única entidade, de sete sindicatos da indústria gráfica de várias cidades do Rio.
Em uma difícil tarefa para tentar reverter o fechamento da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo, anunciada há quase duas semanas, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC teve seus recursos obtidos por meio do imposto reduzidos de R$ 5,94 bilhões em 2017 para R$ 46 milhões no ano passado.
O encerramento da produção de veículos da Ford vai deixar na rua grande parte dos 4,5 mil empregados diretos e indiretos. Dirigentes do sindicato estão buscando apoio em todos os níveis governamentais para tentar convencer a multinacional americana a voltar atrás.
A entidade afirma que o corte certamente gera impactos, mas diz ter outras formas de sustento, até porque devolvia o valor do imposto sindical aos associados. A base do sindicato é formada por 71 mil trabalhadores (39 mil a menos que em 2011), dos quais cerca de 50% são sócio.
O sindicato é filiado à CUT, que em 2017 ficou com R$ 62,2 milhões do repasse da contribuição, o maior valor recebido entre as seis centrais que têm direito a cotas. No ano passado, o valor caiu para R$ 3,5 milhões, deixando a entidade atrás da Força Sindical e da UGT, que receberam R$ 5,2 milhões cada.
Segundo a CUT, os grandes grupos que empregam sua base de trabalhadores, como montadoras e bancos, foram os primeiros a suspender o recolhimento, enquanto empresas de menor porte continuaram fazendo o desconto por terem dúvidas em relação às novas regras.
A central ressalta que sua base tem promovido debates sobre novas formas de contribuição. Sindicatos como o dos Bancários de São Paulo já aprovaram o recolhimento da contribuição negocial, paga após as negociações da data base. Boatos de que a entidade colocou à venda sua sede no bairro do Brás foram desmentidos mas, se surgir uma boa proposta, a central avisa que pode estudar.
Imóvel vendido. Presidente da UGT e do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, Ricardo Patah diz que a entidade promoveu uma reestruturação que reduziu seus gastos de R$ 7 milhões para R$ 4,3 milhões no ano passado.
“O número de funcionários do sindicato foi reduzido de 600 para 200, promovemos uma redução de jornada e salários por seis meses, fechamos três subsedes e vendemos, por R$ 10,3 milhões, um edifício que mantínhamos alugado no centro de São Paulo”, exemplifica Patah. “Agora estamos numa ampla campanha de sindicalização.”
A Força Sindical, por sua vez, pede R$ 15 milhões pelo prédio de 12 andares de sua sede no bairro da Liberdade e está assessorando associados a promoverem fusões para compartilhar custos. A intenção é adquirir uma sede menor ou ocupar algumas salas no imóvel vizinho do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.
Imposto é um dia de trabalho
A contribuição sindical equivale a um dia de salário de cada trabalhador com carteira assinada. Do lado patronal, é recolhido com base no capital social da empresa.
Na divisão da verba dos trabalhadores, 60% vão para os sindicatos, 15% para as federações, 10% para as centrais, 5% para as confederações e 10% para a pasta do Trabalho. No caso dos empregadores, a diferença é que 20% ficam com a pasta do Trabalho, pois não existe a figura das centrais.
A cobrança do imposto continua sendo legal, desde que trabalhadores e empresas autorizem o desconto compulsório. O recolhimento de taxa negocial, alternativa que os sindicatos de trabalhadores estão buscando para compensar a falta do imposto sindical, não será oficialmente contabilizado por ser desvinculado da pasta do Trabalho.
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Copa Regional de Vôlei de Praia inicia sem duplas favoritas no feminino e masculino

Foto: Alexandre Lima
Iniciou nesta sexta, 29, a partir das 13 horas, na praça do Juventus, na capital acreana, a Copa Regional de Vôlei de Praia. A competição será disputada nos naipes feminino e masculino e vai ter duplas do Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima.
“Fechamos um grande evento com a premiação de 80 mil para ser dividida entre os dois naipes. Isso valoriza ainda mais esse investimento”, comentou o diretor técnico da Federação Acreana de Voleibol (FEAV), Delmerson Abreu.
Fase de classificação
A Copa Regional terá disputas para entrar na chave principal no feminino e no masculino. Os confrontos começam às 10h30 nas duas quadras montadas pela FEAV.
Governo e Prefeitura
A FEAV conta com apoio do governo do Estado e da prefeitura de Rio Branco para promover a etapa Norte 1 da Copa.
“Sem o apoio do governo e da prefeitura seria bem complicado montar essa estrutura para a competição. Vamos realizar um grande evento”, avaliou Delmerson Abreu.
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Copa Amazônica terá 116 provas em três dias de muitas disputas

38 provas marcam a abertura da competição na AABB
Começa nesta sexta, 29, a partir das 15h30, na piscina da AABB, a XXV edição da Copa Amazônica de Natação. O evento é um dos maiores realizados no Norte e vai ter atletas do Acre, Rondônia, Bolívia e Peru.
“Temos uma competição consolidada, mas os desafios aumentam a cada temporada. Vamos ter mais atletas da Bolívia e do Peru e isso é muito importante”, declarou o presidente da Federação Acreana de Esportes Aquáticos (FAEA), professor Ricardo Sampaio.
116 provas
O torneio terá um total de 116 provas e será fechado no domingo, 1º, pela manhã. No primeiro dia de disputas serão realizadas 38 provas.
“Essa é uma competição forte sob todos os aspectos. Os atletas vão nadar muitas provas e isso vai exigir bastante na parte física e mental”, avaliou o dirigente.
Freguesia na Copa Amazônica
Os empresários da hamburgueria Freguesia acreditaram na visibilidade da Copa Amazônia e patrocinaram o evento.
“Pensamos em cotas de patrocínio e o Freguesia aceitou o desafio. Esse tipo de parceria é fundamental para o esporte acreano”, afirmou Ricardo Sampaio.
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7ª Copa Arasuper Soçaite com duelos das semifinais definidos

Favoritos confirmaram as classificações para as semifinais
Wanderlei Dantas x Real Aviário e Papirô x Napoli. Essas são as semifinais da 7ª edição da Copa Arasuper de Futebol Soçaite Raimundo Ferreira.
Os últimos confrontos da fase de quartas de final foram disputados nesta quinta, 28, no campo do Arasuper. O Papirô, atual tricampeão da Copa, goleou Schalke 04 por 11 a 2. O Napoli derrotou o A&S FC por 6 a 5, nas penalidades, depois de um empate por 3 a 3 no tempo normal.
Wanderlei Dantas e Real Aviário
Wanderlei Dantas e Real Aviário conquistaram as classificações na terça, 26, no campo do Arasuper. O Wanderlei Dantas goleou o Tangará por 8 a 1 e o Real Aviário bateu o Atlético da Baixada por 3 a 0.
Semifinais na terça
As semifinais da 7ª Copa Arasuper serão disputadas na terça, 3, a partir das 19h30, no campo do Arasuper. As equipes entram para os duelos sem vantagem e se as partidas terminarem empatadas os finalistas serão definidos nas cobranças de pênaltis.
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