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Acre

Sema celebra 37 anos de protagonismo na elaboração de políticas públicas, proteção e conservação do meio ambiente

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Com propósito de atuar na preservação, conservação e uso consciente dos recursos naturais para garantir a qualidade de vida das atuais e futuras gerações, bem como a sustentabilidade dos ecossistemas naturais, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Acre (Sema) é fundamental na implementação de políticas públicas voltadas à agenda ambiental.

E é isso que o órgão tem feito em seus 37 anos de história no estado. Criada por meio da Lei n° 860, de 9 de abril de 1987, ainda como Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Seduma), com publicação no Diário Oficial do Estado nº 4.647, de 14 de abril de 1987, atua desde então com foco na defesa do meio ambiente.

A criação da secretaria pode ser considerada como um marco na história da agenda ambiental e na promoção de políticas e ações sustentáveis. Celebrar seu aniversário é uma maneira de reconhecer o papel vital de proteger o planeta e inspirar ações positivas para um futuro mais sustentável.

Servidor e geógrafo com especialização em Recursos Hídricos, Glauco Lima trabalha na secretaria desde 1989, época em que ainda era denominada Seduma. Foto: cedida

Tendo atuado a princípio como técnico em contabilidade, quem faz parte dessa história é o servidor e geógrafo com especialização em Recursos Hídricos Glauco Lima, que trabalha na secretaria desde 1989, época em que ainda era denominada Seduma. Após sua formação, em 1995, passou a atuar na Coordenadoria de Monitoramento e Controle de Poluição. Em 2001, assumiu a Gerência de Indústria, Resíduos e Serviços. Entre 2006 e 2020 esteve no Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), autarquia ligada à Sema, retornando posteriormente para a secretaria. Atualmente trabalha na Divisão de Recursos Hídricos.

“Meu sonho é sempre ter um meio ambiente equilibrado, onde todos possam ter seu ganho, mas de forma equilibrada com o meio ambiente”, conta.

O governador do Acre, Gladson Cameli, destaca a atuação da Sema ao longo dos anos, falou da defesa e proteção dos recursos naturais e do protagonismo do Acre dentro e fora do país.

“Ano passado apresentamos nosso trabalho para a COP [Conferência do Clima da Nações Unidas] e temos mostrado para o mundo bons resultados alcançados, mas precisamos lembrar que os desafios existem, e é por isso que vamos continuar a nossa atuação. Essa data é uma oportunidade para refletirmos sobre o processo de proteção do meio ambiente, por meio de políticas públicas, e renovarmos nosso compromisso para as gerações futuras”, observa.

A secretária do Meio Ambiente, Julie Messias, diz que quando assumiu, em 2023, priorizou um trabalho em conjunto e procurou atuar em harmonia com os demais órgãos estaduais, municipais e federais, para que pudesse chegar a resultados positivos com ações efetivas e realizadas entre os órgãos estatais.

“São 37 anos de um trabalho sério, em respeito ao meio ambiente, na promoção do desenvolvimento equilibrado e sustentável. Desde que assumimos procuramos atuar em harmonia com os demais órgãos que fazem parte da agenda ambiental, para que possamos chegar a bons resultados, como o nosso trabalho em conjunto durante o ano passado, quando obtivemos redução de 74% nos alertas de desmatamento e de 45% nos focos de queimadas. E, ainda assim, conseguimos também melhorar o setor produtivo, sem impactos ao meio ambiente, tudo isso seguindo o que o governador orientou desde que fui convidada a assumir a pasta”, explica.

A secretária do Meio Ambiente, Julie Messias, assumiu a pasta em 2023, priorizando um trabalho em conjunto e procurando atuar em harmonia com os demais órgãos estaduais, municipais e federais. Foto: Alexandre Cruz-Noronha/Sema

A secretária acredita que o protagonismo da gestão se deve à cumplicidade e ao trabalho realizado com os servidores. “Esta é uma data em que agradecemos o compromisso de todos os servidores no desempenho de suas funções em prol do meio ambiente. Porque, sem o amor deles pelo que fazem, sem a força e dedicação diária, nada disso seria possível. Aproveito a ocasião da data para falar de sensibilização em relação às questões ambientais e incentivar a participação da comunidade na defesa do meio ambiente”, complementa.

A técnica em contabilidade e servidora da Sema Graça Fernandes, que está há 37 anos no serviço público e há 30 na Sema, destacou que sempre procurou desenvolver o seu trabalho com muita responsabilidade, honestidade e compromisso com a coisa pública.

“Trabalhar nessa gestão com a secretária Julie está sendo um novo aprendizado. Porque cada gestor tem a sua forma de trabalho. Já trabalhei com vários secretários de Estado na área ambiental e cada um tem a sua forma de trabalhar. Nós temos que nos adequar e tocar o nosso trabalho da melhor forma possível. E é isso que eu sempre procuro fazer com a minha equipe”, afirma.

A técnica em contabilidade e servidora da Sema Graça Fernandes atua há 30 anos na secretaria. Foto: Alexandre Cruz-Noronha/Sema

Ex-secretária da pasta ambiental, a advogada Paola Daniel atuou como titular da Sema de março a dezembro de 2022 e entende que é um privilégio poder contribuir para os avanços da política ambiental do Estado, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Povos Indígenas (Semapi).

E completa: “A Sema, ao meu ver, é um órgão de extrema importância dentro da estrutura governamental do Estado do Acre, pois realiza um trabalho excepcional, integrando o desenvolvimento sustentável e a conservação ambiental, bem como a elaboração de políticas públicas, em nível regional, que possuem como maior objetivo a preservação do meio ambiente e os recursos naturais”.

Também o professor Carlos Edgard de Deus, que tem mais de 40 anos atuação na área ambiental no Acre, estando à frente da Sema no período de 2011 a 2018, considera ter contribuído de forma significativa para a conservação da biodiversidade e a estruturação de meio ambiente mais saudável para o bem viver do povo acreano.

“Sinto muito orgulho de ser cidadão acreano e de ter participado, nesses anos, de uma intensa e constante busca da melhoria da qualidade de vida dos acreanos. É por isso que afirmo sempre que essa experiência mudou um paradigma em relação ao desenvolvimento. Saímos de um processo de acesso aos recursos naturais extremamente predatório para trilhar o caminho da sustentabilidade”, relata.

Pioneirismo

Com uma vasta biodiversidade e 85% de floresta preservada, o Acre é estado pioneiro em políticas ambientais, sendo um dos primeiros a elaborar o Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento (PPCDQ), o Zoneamento Econômico Ecológico (ZEE), o Sistema de Incentivo aos Serviços Ambientais (Sisa) e outros.

No ano passado, a Sema conseguiu resultados impressionantes, com uma redução de 74% nos alertas de desmatamento e 45% nos focos de queimadas, por meio da atuação conjunta entre os órgãos que fazem parte da agenda ambiental.

Os dados mapeados pelo Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma) e pelos demais integrantes da sala de situação são apresentados e analisados para a tomada de decisões.

Em 2023 a Sema conseguiu resultados impressionantes, com uma redução de 74% nos alertas de desmatamento e 45% nos focos de queimadas. Foto: Alexandre Cruz-Noronha/Sema

Além da atuação direta no combate aos ilícitos ambientais, a Sema, em parceria com o Imac, busca a difusão das informações por meio da educação ambiental no processo de conscientização e preservação dos recursos naturais e do desenvolvimento sustentável.

As equipes alcançaram, em 2023, mais de seis mil pessoas de forma direta e indireta em mais de dez municípios acreanos. Em 2024, a Sema reuniu as instituições que faziam parte da antiga composição da Comissão Estadual de Educação Ambiental (Comeea) e, após manifestação de interesse, retomou as atividades.

Outra atividade que oferece esclarecimento para os produtores rurais são os mutirões de regularização ambiental. Em 2023, 16 mutirões foram realizados em 11 municípios do estado e tiveram como resultado mais de 400 produtores atendidos.

Além disso, mais de 500 termos de compromisso de regularização ambiental foram firmados e mais de 40 produtores ficaram elegíveis para receber Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) pelo Programa Floresta+.

A educação ambiental alcançou mais de seis mil pessoas de forma direta e indireta em mais de dez municípios acreanos. Foto: Alexandre Cruz-Noronha/Sema

Rede de Governança Ambiental

Formada pelos secretários de meio ambiente e representantes dos municípios, a Rede de Governança Ambiental do Acre foi instituída pelo governo do Estado, por meio do Decreto n° 11.374, com a finalidade de alinhar objetivos e aprimorar ações, promovidas pelo Estado e respectivos municípios em favor da política ambiental.

Entre os dias 4 e 5 de abril, a Sema realizou o 3° Encontro da Rede de Governança Ambiental e contou com a participação de 20 representantes dos municípios, em que os participantes aprovaram o regimento interno da entidade.

Encontro da Rede de Governança Ambiental contou a participação de 20 representantes municipais. Foto: Maurício da Costa/Sema

Plano Estadual de Recuperação da Vegetação Nativa (Peveg)

Instituído pelo Decreto Estadual nº 11.373/2023, o Comitê Técnico para Elaboração do Plano Estadual de Recuperação da Vegetação Nativa do Acre (Peveg) teve sua primeira reunião no dia 25 de março. Com o plano, um conjunto de ações propostas e elaboradas pelas entidades serão estabelecidas, delineando atividades, recursos, áreas de atuação e metas de recuperação das áreas específicas.

Primeira reunião do Comitê Técnico para Elaboração do Plano Estadual de Recuperação da Vegetação Nativa do Acre. Foto: Alexandre Cruz-Noronha/Sema

Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento e Queimadas (PPCDQ)

O PPCDQ tem como propósito o fortalecimento e a governança ambiental no Acre, controle do desmatamento e queimadas ilegais, além de incentivar o uso sustentável dos recursos naturais. O plano passou por revisão e atualização e deve ser publicado ainda este semestre.

Para os desafios futuros, a secretária aborda a importância da Agenda da Amazônia 30, que busca o equilíbrio social, econômico e ambiental. “Avançamos na implementação das políticas públicas que consideram a vocação local, os desafios e lições aprendidas para que possamos ver os resultados, garantindo uma vida sustentável”, afirma.

Fonte: Governo AC

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Acre

Sebrae e Funtac promovem 3º Encontro da Rede de Sementes do Acre

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Evento acontece nos dias 8 e 9 de dezembro, no Sesc Cruzeiro do Sul

Nos dias 8 e 9 de dezembro, o Sebrae e a Funtac realizam o 3º Encontro da Rede de Sementes do Acre, em Cruzeiro do Sul. O evento objetiva a promoção do conhecimento, inovações, tecnologias e mercado, voltados para a bioeconomia de sementes florestais no Acre.

O evento acontecerá no Hotel Sesc de Cruzeiro do Sul e a programação inclui palestras e minicursos, com temas como: Restauração florestal no Acre; Coleta e comercialização de sementes nativas; e Armazenamento de sementes florestais da Amazônia.

“Este encontro é um espaço estratégico para fortalecer a bioeconomia no Acre, promover a troca de conhecimentos e ampliar as oportunidades de mercado para o público que atua neste segmento”, destacou o gestor de bioeconomia do Sebrae, Francinei Santos, ministrará a palestra “Estratégias de mercado na Rede de Sementes”, no dia 8.

Criada em 2023, a Rede de Sementes do Acre atua na estruturação da cadeia produtiva de sementes florestais nativas, com foco na restauração de ecossistemas, na conservação de espécies ameaçadas e no fortalecimento da comercialização sustentável, em parceria com instituições públicas, privadas e a sociedade civil.

A edição do Encontro em Rio Branco acontecerá nos dias 11 e 12 de dezembro. O evento conta com apoio do Ministério do Meio Ambiente, por meio do projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia, Banco Mundial, GEF, Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), Conservação Internacional Brasil, FGV Europe e Secretaria de Estado do Meio Ambiente.

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Acre

Justiça determina que governo do Acre nomeie 20 policiais penais em Sena Madureira

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De acordo com o MPAC, há insuficiência grave de policiais penais na UPEM, o que impede o cumprimento mínimo da Lei de Execução Penal (LEP)

Para o MP, há direito subjetivo à nomeação dos aprovados dentro das vagas, conforme entendimento do STF (Tema 784). Foto: captada 

Saimo Martins 

A Vara Cível da Comarca de Sena Madureira determinou que o Governo do Acre convoque e nomeie, em até 30 dias, pelo menos 20 aprovados no concurso da Polícia Penal (Edital 001/2023 – SEAD/IAPEN) para atuarem na Unidade Penitenciária Evaristo de Moraes (UPEM). A decisão, assinada pelo juiz Caique Cirano de Paula, atende a pedido de tutela de urgência ajuizado pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) em Ação Civil Pública.

A medida foi tomada após uma série de inspeções do Ministério Público, através do promotor Júlio César Medeiros, da Defensoria Pública e do próprio Judiciário apontarem um cenário crítico na unidade prisional, marcado por déficit de servidores, violações de direitos básicos e risco iminente à segurança.

Déficit de servidores e violações de direitos básicos

De acordo com o MPAC, há insuficiência grave de policiais penais na UPEM, o que impede o cumprimento mínimo da Lei de Execução Penal (LEP). Entre as violações identificadas estão a irregularidade no banho de sol — que chega a ocorrer apenas uma vez por mês — precariedade no fornecimento de água, problemas na qualidade da alimentação, ausência de equipe de saúde adequada e inexistência de Grupo de Intervenção, único caso no Estado.

Relatórios da Defensoria Pública e do Juízo da Execução Penal reforçaram a grave situação, caracterizada pelo Ministério Público como expressão local do Estado de Coisas Inconstitucional reconhecido pelo STF no sistema prisional brasileiro.

Concurso com vagas abertas e aprovados sem nomeação

O concurso da Polícia Penal previa 261 vagas, e 308 candidatos concluíram o curso de formação. No entanto, apenas 170 foram convocados até agora. Para o MP, há direito subjetivo à nomeação dos aprovados dentro das vagas, conforme entendimento do STF (Tema 784).

O diretor da unidade informou que seriam necessários, no mínimo, 30 novos servidores, sendo 16 para formação do Grupo de Intervenção e 12 para reforçar a equipe educacional.

Decisão determina ações imediatas

Na decisão, o juiz afirma que não há violação ao princípio da separação dos poderes, uma vez que o Judiciário apenas determina o cumprimento de obrigações legais já previstas. O magistrado destacou a urgência diante do risco à integridade física de internos e servidores, além das violações massivas de direitos fundamentais.

Segundo ele, o Ofício nº 7.499/SMCRI00, expedido pelo Juízo da Execução Penal e que estabeleceu prazos curtos para regularização do banho de sol, atendimento em saúde e fornecimento de água potável, evidencia a gravidade da situação. O juiz ressaltou que a normalização dessas atividades depende diretamente de efetivo de segurança suficiente para garantir a movimentação dos presos e a ordem interna. Ele apontou que a privação crônica de banho de sol, a ausência de assistência à saúde e as falhas no fornecimento de água elevam o risco de instabilidade interna a níveis perigosos. A falta de um Grupo de Intervenção, conforme observou o Ministério Público, transforma a UPEM em uma “bomba-relógio”, ameaçando a segurança de servidores, internos e da população. O magistrado concluiu que, diante do histórico de violência, rebeliões e evasões no sistema prisional acreano, o Poder Judiciário, provocado pelo Ministério Público e apoiado em recente atuação da Defensoria Pública, não pode se omitir frente à evidente falha do Poder Executivo na implementação das políticas penitenciárias necessárias.

O Estado deverá adotar uma série de medidas no prazo de 30 dias, conforme determinação judicial. Entre elas está a nomeação de pelo menos 20 policiais penais aprovados e formados no concurso, para atuação imediata na Unidade Penitenciária Evaristo de Moraes (UPEM). Também deverá ser criado e capacitado um Grupo de Intervenção, composto por no mínimo 16 policiais penais.

A decisão determina ainda que as vagas de estudo oferecidas aos internos sejam ampliadas de 40 para 80, além da obrigatoriedade de garantir banho de sol diário com duração mínima de duas horas, conforme prevê a Lei de Execução Penal (LEP). Outro ponto imposto é a regularização do fornecimento de água potável, que deverá ocorrer pelo menos três vezes ao dia, com horários fixos divulgados em todos os blocos da unidade.

O magistrado ainda determinou que o Estado realize a manutenção preventiva do sistema de bombeamento de água, assegurando uma reserva técnica para situações emergenciais. Em caso de descumprimento das medidas, foi fixada multa diária de R$ 10 mil, limitada a 30 dias.

“Realize a manutenção preventiva do sistema de bombeamento de água, a fim de garantir o fornecimento de água potável, no mínimo, três vezes ao dia aos internos, em horários fixos, com fixação do cronograma de liberação de água sendo afixado em todos os blocos, com manutenção de reserva técnica de água para situações emergenciais. Fixo, a título de astreintes, multa diária no montante de R$ 10.000,00 (dez mil reais), limitada a 30 (trinta) dias”, diz a decisão.

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Acre

Acre tem 152 obras federais paradas, com R$ 1,2 bilhão paralisados durante governo Lula, aponta TCU

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Dados atualizados até abril de 2025 mostram que saúde e educação concentram maior número de obras interrompidas; causas das paralisações não são detalhadas no painel do tribunal

O Ministério das Cidades reúne 31 obras suspensas, impactando projetos de habitação e urbanização. O DNIT contabiliza 12 interrupções em frentes relacionadas à malha viária e logística estadual. Foto: captada 

O Acre convive com 152 obras federais paralisadas, que somam cerca de R$ 1,2 bilhão em investimentos represados, segundo dados do Tribunal de Contas da União (TCU) atualizados até abril de 2025. As áreas de saúde e educação são as mais afetadas, com 50 e 32 obras interrompidas, respectivamente.

O levantamento, foi consultado na última quarta-feira (3), não detalha os motivos das paralisações, mas revela um cenário crítico para a infraestrutura e os serviços públicos no estado. No Ministério da Saúde, as obras paradas incluem unidades básicas, estruturas intermediárias e equipamentos que, se concluídos, ajudariam a desafogar o sistema hospitalar e ampliar o acesso à população.

Já o Ministério da Educação tem paralisadas 32 obras, como escolas, creches e outros equipamentos essenciais para regiões com carência de vagas e infraestrutura limitada.

Outros órgãos também aparecem com números expressivos: o Ministério das Cidades tem 31 obras suspensas (habitação e urbanização), e o DNIT contabiliza 12 paralisias que afetam a malha viária e a logística estadual. Completam a lista o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (11 obras), Ministério do Esporte (9), Funasa (3), Ministério da Agricultura e Pecuária (2), além do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos e o Ministério do Turismo, com 1 obra cada.

A falta de detalhamento sobre as causas — que podem incluir entraves administrativos, questões jurídicas, falhas de execução ou falta de repasse de recursos — dificulta a análise e a busca por soluções para retomar investimentos essenciais ao desenvolvimento do estado.

A leitura das informações revela que os setores de saúde e educação, pilares essenciais do atendimento direto à população, concentram o maior número de obras interrompidas no estado. Foto: captada 

O Ministério da Educação, com 32 obras que incluem escolas, creches e outros equipamentos educacionais. A interrupção desses projetos impacta diretamente a expansão da oferta de ensino e o atendimento a crianças e jovens em regiões onde a carência por infraestrutura permanece elevada.

O levantamento do TCU também aponta paralisações em outras pastas relevantes. O Ministério das Cidades acumula 31 obras interrompidas, incluindo projetos de urbanização e habitação. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) aparece com 12 obras, afetando frentes ligadas à malha viária e logística do estado.

Distribuição por pasta ministerial
  • Saúde: 50 obras paralisadas (unidades básicas, estruturas intermediárias)
  • Educação: 32 obras (escolas, creches, equipamentos de suporte)
  • Cidades: 31 obras (habitação e urbanização)
  • DNIT: 12 obras (malha viária e logística)
  • Integração Regional: 11 obras
  • Esporte: 9 obras
Impactos diretos
  • Saúde: Sistema hospitalar não é desafogado
  • Educação: Déficit de vagas e infraestrutura permanece
  • Logística: Transporte de insumos e atendimento a municípios isolados comprometido
Falta de transparência
  • Causas: Painel não detalha motivos das paralisações
  • Entraves: Dificuldade em identificar problemas administrativos, jurídicos ou financeiros

Apesar do impacto econômico e social gerado pela interrupção dos investimentos, o painel do TCU não detalha os motivos que levaram cada projeto à condição de paralisação, deixando abertas questões sobre problemas contratuais, falhas de execução, falta de repasses ou entraves administrativos.

As paralisações refletem um problema crônico na execução de obras públicas no Acre, estado historicamente dependente de investimentos federais. A falta de explicações oficiais sobre as causas das interrupções dificulta a busca por soluções e prolonga o sofrimento da população que aguarda por serviços essenciais.

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