Acre
Sem pistas, Polícia Civil tenta encontrar paradeiro de sete pessoas que sumiram em Cruzeiro do Sul
As investigações continuam na busca de informações quanto ao paradeiro dessas pessoas”, disse o delegado Alexnaldo Batista.
Casos foram registrados entre janeiro e julho deste ano. Em alguns casos, se passaram seis meses sem pistas.
Com G1 AC, Cruzeiro do Sul
A Polícia Civil de Cruzeiro do Sul investiga ao menos sete casos de desaparecimento em que não há pistas. Alguns registros têm mais de seis meses sem que a polícia consiga traçar uma linha de investigação. Enquanto isso, as famílias seguem aflitas sem nenhuma notícia dos desaparecidos.
O primeiro a sumir foi o jovem Erick da Silva Barroso, de 18 anos, em janeiro deste ano. Ele saiu de casa para procurar um amigo, que foi encontrado morto no Rio Juruá. Em seis meses, a polícia ainda não tem pistas sobre o paradeiro dele.
A família contou que ficou em estado de choque com o desaparecimento do jovem. Até julho, ele não havia dado nenhuma notícia para os familiares.
Antônio Varci Silva Ferreira, de 31 anos, também não é visto desde 27 de janeiro deste ano. A última notícia que a família tem dele é que foi visto na casa do pai na BR-364. A polícia chegou a investigar a movimentação do extrato bancário do homem, mas nenhuma pista foi encontrada.
Já em fevereiro, Mateus Oliveira, de 21 anos, desapareceu após sair da casa, no bairro Lagoa, em Cruzeiro do Sul para ir ao Carnaval no dia 12 de fevereiro. A avó dele, Marluce dos Santos, chegou a dizer que sonhava com o neto e que temia que ele estivesse morto.
Nesta terça-feira (24), ela disse que perdeu a esperança de encontrar o neto com vida. “Não temos nenhuma notícia. Não acredito mais que ele esteja vivo, não tenho esperança que ele esteja mais entre nós. Se ele tivesse vivo já teria dado notícia de onde estava. O jeito é se conformar. Desde o dia que ele sumiu que meu marido não tem saúde”, lamenta.
O quarto caso é do auxiliar de serviços gerais Francisco do Nascimento Vale (Tiurí), de 43 anos. Ele desapareceu em 28 de fevereiro após ir à casa de um amigo e não foi mais visto pelos familiares que residem no bairro João Alves, em Cruzeiro do Sul. A mãe contou que ele era usuário de drogas.
No final de abril, Alerne Januário da Silva, de 18 anos, sumiu após sair de casa no bairro Miritizal e dizer que voltaria no outro dia. Ele nunca mais foi visto pela família. Na época, a polícia disse que trabalhava com a hipótese do jovem ter sido executado.
Vânia Santos não dá notícias para a família há ao menos três semanas. O irmão contou que ela mora no município de Rodrigues Alves e que deixou a casa há um mês para ir trabalhar no município vizinho, Cruzeiro do Sul.
Vânia deixou os três filhos com os pais e a família dela está preocupada por causa da falta de notícias. A família tenta contato com a mulher pelo celular, mas não consegue.
E por último a família faz buscas pelo autônomo Arlir Cerqueira, de 35 anos. Ele mora no bairro Cohab, em Cruzeiro do Sul, e sumiu no domingo (22) após ir até o Miritizal em busca de um pedreiro para fazer alguns trabalhos.
De todos os casos, a Polícia Civil alega não ter pistas sobre os sumidos. “Não temos nenhuma novidade quanto a estes casos. Estamos investigando na esperança de encontrar essas pessoas com vida, mas tudo é possível. As investigações continuam na busca de informações quanto ao paradeiro dessas pessoas”, disse o delegado Alexnaldo Batista.
No último caso, o delegado diz que a família acredita que Cerqueira tenha caído em uma armadilha. “A esposa relatou que acredita que a vítima tenha caído em alguma armadilha ou emboscada, pois a moto desapareceu. Ele saiu de casa para buscar um pedreiro e não foi mais visto. Estamos na busca de informações deste homem”, disse.
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Motociclista de aplicativo e passageiro são presos com simulacro de arma de fogo em Rio Branco
Na tarde desta quinta-feira (30), o motociclista de aplicativo Eduardo Luiz de Paula Lima, de 28 anos, e o passageiro Isaque Mota de Carvalho, de 37 anos, foram presos pela Polícia Militar do Acre (PMAC) nas proximidades do Horto Florestal, em Rio Branco.
Durante patrulhamento no bairro Santa Quitéria, agentes do Grupo de Intervenção Rápida Ostensiva (Giro), do Bope, avistaram a dupla em uma motocicleta Yamaha Fazer 250 em atitude suspeita. Ao perceberem a aproximação da polícia, os dois tentaram fugir, mas foram interceptados na rua José Magalhães, no bairro Conquista.
Na revista pessoal, os policiais encontraram um simulacro de pistola Glock na cintura de Isaque, que resistiu à prisão e precisou ser contido. Ele já possui passagem por roubo.
Eduardo, que conduzia a motocicleta, afirmou que estava realizando transporte por aplicativo e desconhecia que o passageiro carregava um simulacro de arma de fogo.
Diante dos fatos, ambos foram detidos e encaminhados à Delegacia de Flagrantes (Defla), onde a ocorrência foi registrada e as providências legais serão tomadas.
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Ponte sobre o Rio Caeté não será demolida e será transformada em estaiada, afirma superintendente do Dnit
O Dnit já está tomando providência e nós temos que correr agora através do governo federal, via Denit, para que esse problema seja corrigido, para que a gente possa ter recursos para consertar, recuperar essa ponte e dar segurança às pessoas
Em uma reunião com empresários e políticos na noite dessa quarta-feira, 29, na sede da Associação Comercial de Cruzeiro do Sul, o superintendente do Dnit no Acre, Ricardo Araújo, informou que a ponte sobre o Rio Caeté, na BR-364, não será mais demolida, como havia anunciado antes. Ele informou que os pilares, que estão em movimento, serão removidos e a estrutura será aproveitada, ampliada e terá o mesmo modelo de outras pontes da BR-364, chamada estaiada.
“Não vai ser demolida. Como tem um problema geológico entre o P2 e P5, então nós vamos remover esses pilares e vamos estaiar, como a ponte aqui de Cruzeiro do Sul, com um vão livre, ampliar essa ponte de 210 para 360 metros, levantar duas torres em cima da própria ponte. Nós vamos ter que fazer um tipo de licitação através da contratação integrada e quem ganhar vai ter que fazer o projeto básico, projeto executivo e a execução dessa obra e com isso, em julho, a gente provavelmente já esteja cavando os primeiros tubulões. Essa licitação vai acontecer ao nível de Brasil”, explicou Ricardo, que descartou o risco de haver desabastecimento em Cruzeiro do Sul e demais cidades que dependem da BR-364, onde está a ponte.
“Com nosso monitoramento, os ônibus e carros pequenos vão passar pela ponte e por baixo os caminhões, até o mês de abril, maio, quando o rio baixa. Já tendo a licitação da obra, a gente vai pedir também que a empresa que ganhar faça como foi feito na ponte de Tarauacá, onde nós estamos fazendo a ampliação com um desvio, passando normalmente sem nenhum problema. Então aqui nós estamos querendo reforçar o pilar até a construção definitiva dos estais. Não vai haver nenhum desabastecimento, o que vai ter é que no normal, os caminhões fariam o percurso em cima da ponte em 15, 20 segundos e ele agora vai gastar meia hora para passar“, relatou.
Apesar da preocupação, o presidente da Associação Comercial, Jairo Bandeira, acredita que a operação terá sucesso e as mercadorias continuarão chegando ao Vale do Juruá.
“A nossa preocupação é com a logística de translado das nossas mercadorias, porque já sofremos demais com o isolamento ao longo dos anos, e hoje tememos que isso venha trazer alguns ônus a mais para a nossa sociedade. Mas eu creio que não, porque os órgãos, tanto o Dnit quanto o governo, estão agindo para que não venha a ocasionar a falta e aumento do preço dos produtos”, declarou.
Para o prefeito Zequinha Lima, que articulou a reunião, os esclarecimentos foram importantes para os gestores das cidades do Vale do Juruá.
“Eu fiz o convite para que o Ricardo viesse aqui para esclarecer de fato que decisão foi tomada pelo Dnit porque qualquer bloqueio muda a vida das pessoas aqui, seja do cidadão comum, seja do empresariado. Colocamos nossos questionamentos e o superintendente esclareceu todas as medidas que estão sendo tomadas para que possa evitar o desabastecimento aqui da nossa região. A gente quer diminuir os problemas da região junto com o Ricardo, a população e os empresários e buscar solução para médio, curto e longo prazo”, destacou o gestor.
O deputado federal Zezinho Barbary, cita a necessidade de garantir recursos para viabilizar solução para o problema da ponte do Caeté.
“O Dnit já está tomando providência e nós temos que correr agora através do governo federal, via Denit, para que esse problema seja corrigido, para que a gente possa ter recursos para consertar, recuperar essa ponte e dar segurança às pessoas. Além da ligação, por onde chega a alimentação e tudo aqui para o Juruá, nós também temos que ter a preocupação de não colocar a vida das pessoas em risco”, concluiu o parlamentar.
Ponte estaiada
As estaiadas, como as de Feijó, Tarauacá e Cruzeiro do Sul, têm uma ou mais torres (ou postes), a partir das quais os cabos sustentam a ponte. Uma característica dessas pontes são os cabos ou estais, que correm diretamente da torre para o convés, formando um padrão semelhante a um leque ou uma série de linhas paralelas.
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Após assassinado de comerciante a tiros durante assalto em Cruzeiro do Sul, dois suspeitos são presos
Esposa da vítima relatou à polícia que criminosos chegaram armados no local e acusaram Manoel Carlos Alemão da Costa, de 48 anos, de comprar mercadoria roubada. Suspeito foi preso pela Polícia Civil
Na tarde desta quinta-feira (30), um assalto terminou em tragédia no bairro Cruzeirão, em Cruzeiro do Sul. O comerciante Manoel Carlos Alemão da Costa, de 48 anos, conhecido como “Scoob”, foi morto a tiros dentro de seu estabelecimento na Rua Amazonas.
De acordo com testemunhas, a vítima foi surpreendida por criminosos armados que invadiram o comércio e efetuaram disparos contra ele. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas ao chegar ao local, Manoel já estava sem vida. O Instituto Médico Legal (IML) realizou a remoção do corpo e os procedimentos periciais.
A Polícia Militar iniciou buscas logo após o crime e, em menos de uma hora, dois suspeitos foram presos pela Polícia Civil.
Inicialmente, o caso foi tratado como latrocínio (roubo seguido de morte). No entanto, informações extraoficiais indicam que o crime pode estar relacionado à recusa do comerciante em pagar taxas ilegais a uma facção criminosa ou a um possível acerto de contas.
A investigação segue em andamento para esclarecer as circunstâncias do homicídio e identificar possíveis outros envolvidos no crime.
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