Brasil
Segurança e defesa para a Copa têm 157 mil agentes e investimento de R$ 1,9 bi
Com investimentos de R$ 1,9 bilhão, a operação de segurança e defesa para a Copa do Mundo conta com 157 mil agentes da segurança pública e das Forças Armadas. O plano operacional começou na última sexta-feira (23) e vai até dia 18 de julho, cinco dias após a partida final, marcada para 13 de julho.
A esse contingente, se somam 20 mil agentes de segurança privada, contratados pela Federação Internacional de Futebol (Fifa), que vão cuidar dos perímetros externo e interno dos estádios e de outras instalações oficiais da federação, como hotéis onde estarão hospedadas as delegações e centros de treinamento. Nesses locais, a atuação é liderada pelos seguranças particulares, mas a força pública também estará presente e será acionada em caso de necessidade. Em média, serão 900 agentes privados por jogo.
O secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos, do Ministério da Justiça, Andrei Rodrigues, disse que o país está preparado para garantir a segurança durante o Mundial. “Estamos prontos para receber turistas estrangeiros, autoridades e delegações e garantir a segurança de todos. As forças de segurança estão preparadas para qualquer cenário como atentados terroristas e manifestações violentas. Não toleraremos atos de vandalismo, saques e depredação.”
Para Rodrigues, o grande legado da Copa para o setor é a integração das forças.

Cerca de 157 mil agentes da segurança pública e das Forças Armadas estarão a postos durante a Copa Fábio Rodrigues – Pozzebom/Arquivo Agência Brasil
No eixo da segurança pública, 100 mil agentes das polícias Federal, Rodoviária Federal, Militar e Civil, entre outros, cuidam do policiamento de áreas estratégicas como transportes públicos, aeroportos, pontos turísticos, o entorno de hotéis, centros de treinamentos de seleções, campos oficiais de treinamentos, estádios e Fifa Fan Fest. Esses agentes também vão atuar em manifestações, briga entre torcedores e escolta de delegações e autoridades.
Em Brasília e no Rio de Janeiro, foram instalados centros integrados de comando e controle nacionais que recebem informações sobre segurança dos centros regionais instalados nas 12 cidades-sede. Nesses locais atuam representantes de diversos órgãos da segurança pública e defesa e de serviços essenciais como saúde e abastecimento de água e energia.
Nas cidades-sede, também haverá 27 centros integrados de comando e controle móveis, que serão posicionados perto dos estádios e das Fan Fest e 12 centros integrados de comando e controle locais, que ficarão nas arenas. Além deles, a segurança será reforçada com 22 plataformas de observação elevada, caminhões equipados com um mastro telescópico com um conjunto de seis câmeras que atinge a altura de até 16 metros, gerando imagens transmitidas em tempo real para os centros de comando e controle.
Cada cidade-sede também conta com uma delegacia móvel que será usada pela Polícia Civil. São ônibus equipados para executar atividades básicas de uma unidade convencional de polícia, em que poderão ser feitos boletins de ocorrência.

A Polícia Militar faz demonstração de equipamentos de tecnologia da informação voltados à segurança que serão usados na Copa do MundoFábio Rodrigues Pozzebom/Arquivo Agência Brasil
Para reforçar a segurança, policiais estrangeiros virão ao Brasil. Além de agentes dos 31 países que vão participar do Mundial, serão enviados policiais de outros 15 países convidados. Cada país classificado para a Copa poderá enviar até sete agentes, sendo que três deles devem atuar no Centro de Cooperação Policial Internacional, chefiado pela Polícia Federal (PF), em Brasília. Os outros países podem mandar até três agentes para trabalhar na capital federal.
Os policiais estrangeiros poderão verificar antecedentes criminais e checar a autenticidade de documentos dos torcedores. Também vão ter função de intérpretes, além de identificarem cartazes com mensagens ofensivas em estádios e em locais de concentração de turistas. Eles vão vestir os mesmos uniformes que usam em seus países de origem. Vão trabalhar desarmados e serão supervisionados pela PF.
O Ministério da Justiça investiu R$ 1,2 bilhão em segurança para o Mundial. A maior parte do orçamento é voltada para equipar os centros integrados de comando e controle e para a compra de equipamentos como robôs antibombas, câmeras de alta tecnologia instaladas em helicópteros das polícias, conhecidas como imageadores aéreos, e armas de menor letalidade. O valor também contempla a capacitação de policiais para prevenir e coibir distúrbios civis, ações terroristas e exploração sexual de crianças e adolescentes por turistas.
O eixo da defesa para a Copa, a cargo das Forças Armadas, tem 57 mil militares, dos quais 21 mil vão atuar como força de contingência, preparados para agir em caso de emergência. Os 35 mil homens do Exército, 13 mil da Marinha e 9 mil da Aeronáutica trabalham no controle aeroespacial e do espaço aéreo, marítimo e fluvial, segurança de estruturas estratégicas, defesa cibernética, contraterrorismo e defesa química, biológica, radiológica e nuclear.
As tropas também vão atuar em escoltas de autoridades e poderão ser chamadas para conter protestos violentos, caso a situação saia do controle.
Serão mobilizados 24 aviões Super Tucano, dez caças F-5, três aviões radares, 47 helicópteros e 29 aeronaves de apoio. Também farão parte da defesa na Copa quatro fragatas, uma corveta, 21 navios-patrulha, um navio de desembarque e 183 lanchas.
O Ministério da Defesa alocou R$ 709 milhões para a preparação e operação das tropas militares para a Copa. A maior parte do investimento foi destinada à aquisição de equipamentos e ao treinamento do efetivo.
Comentários
Brasil
Bolsonaro faz ultrassom e médicos recomendam cirurgia, diz advogado
De acordo com advogado do ex-presidente, foram identificadas duas hérnias inguinais e Bolsonaro terá que passar por cirurgia para tratamento
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou por exames de ultrassonografia na tarde deste domingo (14/12) na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília. De acordo com a defesa do ex-mandatário, foram identificadas duas hérnias inguinais e a equipe médica recomendou que ele seja submetido a um procedimento cirúrgico.
“Os exames identificaram duas hérnias inguinais, e os médicos recomendaram que ele seja submetido a um procedimento cirúrgico, a única forma de tratamento definitivo para o quadro”, disse o advogado João Henrique de Freitas pelas redes sociais.
Nesse sábado (13/12), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou a entrada de um médico com aparelho ultrassom portátil na cela onde Bolsonaro cumpre pena, para a verificação da existência de hérnia inguinal bilateral. A permissão foi requerida pelos advogados do ex-presidente na última quinta-feira (11/12).
A hérnia inguinal é o deslocamento de uma parte do intestino ou de tecido abdominal por uma abertura na região da virilha. Ela costuma causar um inchaço local e pode provocar dor ou desconforto, principalmente ao esforço.
Bolsonaro está preso desde 22 de novembro na Superintendência da PF, na capital federal. Ele começou cumprindo prisão preventiva em regime fechado no local por causa dos episódios da vigília e da tornozeleira. Após o trânsito em julgado do processo, em 25 de novembro, sobre a trama golpista, Jair Bolsonaro passou a cumprir a sentença em regime fechado.
Novo pedido da defesa
O pedido de ultrassom foi feito depois do ministro do STF dizer que os documentos apresentados pelos advogados para pedir nova cirurgia em Bolsonaro eram antigos e determinar que a PF faça perícia médica oficial, no prazo de 15 dias, para avaliar a necessidade de imediata intervenção cirúrgica. O prazo ainda está correndo.
A defesa do ex-presidente apresentou, em 9 de dezembro, petição na qual pede autorização para que ele realize procedimentos cirúrgicos no hospital DF Star, em Brasília. Os advogados também pediram que Bolsonaro ficasse no hospital pelo “tempo necessário” para ter recuperação adequada.
Depois da primeira decisão do ministro, a defesa alegou, na última quinta-feira, que “recebeu pedido médico específico e atualizado, subscrito pelo Dr. Claudio Birolini, requisitando, em caráter de urgência, a realização de ultrassonografia das regiões inguinais direita e esquerda, para constatação de hérnia inguinal bilateral”.
Os advogados ressaltavam na solicitação que o intuito era acelerar e “viabilizar a instrução pericial oficial, fornecendo elementos diagnósticos atualizados sem necessidade de deslocamento”.
O documento solicitava que o médico Bruno Luís Barbosa Cherulli “ingressasse nas dependências da Superintendência da Polícia Federal portando equipamento portátil de ultrassom, a fim de realizar os exames de ultrassonografia das regiões inguinais direita e esquerda”.
Comentários
Brasil
José Antonio Kast é eleito presidente do Chile
Ultraconservador José Antonio Kast vence Jeannette Jara no segundo turno e promete endurecer políticas de segurança e imigração
José Antonio Kast foi eleito neste domingo (14/12) presidente do Chile ao vencer o segundo turno das eleições presidenciais contra a candidata de esquerda, Jeannette Jara. O pleito, considerado um dos mais polarizados desde o fim da ditadura militar, confirmou a vantagem apontada pelas pesquisas e sinaliza uma guinada à direita na condução política do país.
Comentários
Brasil
Foragido entre os mais procurados do país morre em troca de tiros com a polícia em RO
Wemerson Marcos da Silva, conhecido como “Preto”, possuía condenação superior a 87 anos de prisão pelos crimes de sequestro, cárcere privado, homicídio e furto.
Wemerson Marcos da Silva, conhecido como “Preto”, morreu na manhã deste sábado (13) durante um confronto com forças policiais em um acampamento rural localizado no município de Pimenta Bueno. Ele era considerado um dos criminosos mais procurados do Brasil.
A ação ocorreu após trabalho de investigação e monitoramento do núcleo de inteligência da Polícia Militar. Ao ser localizado, o foragido tentou fugir pela área de mata e reagiu à abordagem efetuando disparos contra os policiais, que revidaram. Wemerson acabou sendo atingido e não resistiu.
Contra ele pesava uma condenação de 87 anos, 2 meses e 15 dias de prisão, resultado de processos por crimes como sequestro, cárcere privado, homicídio e furto. Além da lista nacional, o nome de “Preto” também constava entre os mais procurados em Rondônia.
Na mesma relação de foragidos aparece Luiz Carlos Bandeira Rodrigues, conhecido como “Zeus”, apontado como liderança do tráfico de drogas e integrante de facção criminosa. Ele foi alvo de uma grande operação policial deflagrada na sexta-feira (12), com ações simultâneas em Rondônia, Mato Grosso e Rio de Janeiro, voltadas ao combate ao crime organizado.





Você precisa fazer login para comentar.