Acre
Secretaria da Fazenda coloca em xeque funcionamento de padarias ao cobrar de forma ilegal ICMS do trigo
Por Adaílson Oliveira
Em nome da arrecadação, a Secretaria de Fazenda desrespeita decreto que entrou em vigor em 2005 e começa a cobrar o ICMS dos supermercados e panificadoras que usam o produto na fabricação do pão.
Há oito anos, o então governador Jorge Viana assinou o decreto 13.286, isentando em 100% do ICMS a farinha de trigo destinada à indústria da panificação, biscoito e macarrão. Na época, a medida foi intensamente e comemorada, afinal o pão ficaria mais barato para a população, dizia Jorge Viana.
Mas a comemoração durou apenas oito anos. A partir de agora, a Secretaria de Fazenda começou a passar por cima do decreto. A prova da ilegalidade está na cópia de uma notificação do dia 25 de abril, cobrando o imposto de um supermercado que comprou 500 quilos de farinha em saco. Uma prova do desrespeito com o decreto de isenção.
A secretária de Fazenda adjunta, Lilian Marques, tentou amenizar, dizendo que a Fazenda só está cobrando o imposto quando o decreto não é respeitado em sua totalidade. Mas, não é bem assim que detectamos. A notificação é clara e o decreto fala em sacos de cinquenta quilos, a nota da empresa descreve os sacos com o peso exigido. O artigo fala em produto de moinho, segundo o supermercado, a Bunge alimentos tem o seu moinho.
Não é visível a ilegalidade para a cobrança do imposto. A Estado vai ter que se explicar melhor. Com medo de uma reação em cadeia, ou que a ilegalidade chegue a outros comerciantes e empresários, o presidente da Associação dos Supermercados, Luiz Deliberato, informou que vai fazer um levantamento de quantos foram prejudicados para fazer uma reclamação direta na Secretaria da Fazenda, e, se, possível, uma ação judicial, “já que um decreto está sendo completamente desrespeitado, em virtude da arrecadação do Estado”, explicou.
Cobrando os impostos de forma ilegal, o Estado coloca em xeque as padarias que funcionam em supermercados, já que não vai poder competir com as padarias comuns, que vão oferecer o pão com preço mais baixo.
O mais grave é que a Secretaria da Fazenda ainda não enviou a notificação especial de ICMS, mas, pode requisitar o imposto atrasado dos últimos cinco anos das empresas, o que geraria um prejuízo a quem vive desse ramo do mercado.
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Acre
Rio Acre sobe quase três metros em 24 horas em Rio Branco após chuvas intensas
Mesmo com elevação expressiva, nível do rio permanece abaixo das cotas de alerta e transbordo, segundo a Defesa Civil

Foto: Sérgio Vale/ac24horas
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Acre
Ameaça de desbarrancamento leva Defesa Civil a retirar família de residência

Foto: Defesa Civil de Rio Branco/divulgação
Uma família precisou ser retirada de uma residência localizada na avenida Dorva Caminho, no bairro Areal, em Rio Branco, na quarta-feira (17), após o registro de ameaça de desbarrancamento durante a forte chuva que atingiu a capital acreana.
De acordo com as informações repassadas, o risco foi identificado em meio às ocorrências provocadas pelo grande volume de chuva que caiu ao longo do dia, elevando a instabilidade do solo em áreas consideradas vulneráveis. Diante da situação, a Defesa Civil Municipal realizou a retirada preventiva dos moradores para evitar possíveis acidentes.
O órgão, no entanto, não informou para onde a família foi levada, nem o número de pessoas que habitavam a residência. Também não há detalhes sobre danos estruturais no imóvel ou se o local seguirá interditado.
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Acre
Rio Branco registra mais de 100 mm de chuva em 24 horas e entra em alerta

Foto: Sérgio Vale
Rio Branco registrou um volume de chuva superior a 100 milímetros nas últimas 24 horas, segundo dados da aferição oficial do município. O acumulado foi de 108,4 milímetros, resultado de uma precipitação que se estendeu por cerca de 12 horas ininterruptas.
O volume elevado é considerado significativo para o período e contribuiu para a ocorrência de pontos de alagamento em diferentes áreas da cidade. Diante do cenário, a Defesa Civil Municipal intensificou o monitoramento de igarapés e passou a vistoriar áreas classificadas como de risco.
De acordo com o órgão, as ações têm caráter preventivo e visam acompanhar a elevação do nível dos cursos d’água, além de identificar possíveis situações que possam colocar moradores em risco.
A Defesa Civil segue em alerta e orienta a população, especialmente quem vive em áreas vulneráveis, a ficar atenta às condições climáticas e acionar o órgão em caso de necessidade.


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