Acre
Sebastião Viana gasta R$ 12,4 milhões com haitianos e agora cobra dívida do Governo Federal
De acordo com Governo do Acre, aproximadamente 50 mil haitianos devem ter passado pela fronteira

Mais de 50 mil haitianos teriam passado pela fronteira do Acre com a Bolívia /Foto: Alexandre Lima-Arquivo
O Acre foi a principal porta de entrada para os imigrantes haitianos que fugiam da crise instaurada no país nos últimos anos. Com a chegada de milhares de estrangeiros no Estado ao norte do Brasil, o governo local precisou arcar com uma série de ações para acomodar e até controlar essa entrada numerosa de pessoas no Acre.
Como herança da chegada dos estrangeiros, o Governo do Acre agora resolveu pedir o ressarcimento de R$ 12,4 milhões que teriam sido gastos para receber os haitianos. A justificativa da ação impetrada no Supremo Tribunal de Justiça é de que a imigração não é simplesmente um problema regional, mas sim nacional, onde o Acre serviu como porta de entrada e primeiro anfitrião dessa população refugiada.

Milhares de haitianos entraram no Brasil pelo Acre, passando para cidade de Brasília – Foto: Alexandre Lima
“Ante a ausência de uma presença mais ostensiva da União, por seus órgãos competentes, na faixa de fronteira, bem como ausência de efetivas políticas públicas que cuidem da demanda de imigrantes, o Estado do Acre, na preservação dos interesses coletivos de sua população, bem como em respeitos as regras internacionais de proteção dos Direitos Humanos, viu-se obrigado a agir para suprir a ausência federal. Mas, ao cooperar com as questões da imigração internacional de obrigação da União, o Estado do Acre se viu federativamente ‘punido’ ao ter que assumir os altos custos operacionais e despesas decorrentes do fluxo de imigração em massa”, diz trecho da ação.
De acordo com dados informados pelo Governo do Acre, aproximadamente 50 mil haitianos devem ter passado pela fronteira e adentrado território nacional por meio do estado. As autoridades locais trataram das despesas para garantir a mínima condição de vida aos estrangeiros, como: alimentação, abrigo e saúde. O montante gasto nas operações foi de R$ 27,6 milhões, dos quais R$ 12,4 milhões saíram dos cofres locais.
COM A PALAVRA, O ESTADO
Em contato com a assessoria de comunicação do Estado do Acre, a informação a respeito da ação foi confirmada pelo secretário de Justiça e Direitos Humanos, Nilson Mourão. De acordo com a informação repassada, durante o período em que as despesas foram realizadas, não havia verba especificamente destinada para sanar as necessidades, com isso o montante que acabou sendo gasto poderia ter sido utilizado para arcar com outras políticas públicas.
Agora, na intenção de ter o valor ressarcido, o objetivo é reinvestir o valor nas áreas de maior demanda do Estado.
Comentários
Acre
Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

Foto: Cedida
Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.
A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.
Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.
“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.
A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.
Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.
A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.
“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.
Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.
Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.
Comentários
Acre
Acre receberá R$ 6,3 milhões para conservação e manutenção de rodovias em 2026

A Secretaria Nacional de Transporte Rodoviário, vinculada ao Ministério dos Transportes, publicou a Portaria nº 939, de 16 de dezembro de 2025, que aprova os Programas de Trabalho apresentados pelos estados e pelo Distrito Federal para aplicação dos recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide-Combustíveis) no exercício de 2026. O decreto foi publicado na edição do Diário Oficial da União (DOU).
O ato foi assinado pela secretária nacional de Transporte Rodoviário, Viviane Esse, e tem como base a Lei nº 10.336/2001 e a Portaria nº 228/2007, que regulamentam a destinação dos recursos da Cide. A portaria também estabelece que eventuais alterações nos programas deverão seguir rigorosamente as normas previstas na legislação vigente.
No caso do Acre, foi aprovado o Programa de Conservação e Manutenção de Rodovias Estaduais para 2026, conforme processo administrativo nº 50000.029129/2024-53. O plano prevê investimentos voltados à conservação, manutenção e recuperação de importantes trechos da malha rodoviária estadual.
Entre as rodovias contempladas estão a AC-010, no trecho entre Rio Branco e Porto Acre; a AC-040, ligando Rio Branco a Plácido de Castro; a AC-090, no trecho entre Rio Branco e o km 100; além das rodovias AC-475, AC-485, AC-380, AC-445, AC-407 e AC-405, que atendem municípios como Xapuri, Bujari, Rodrigues Alves, Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima.
O valor total destinado ao programa no Acre soma R$ 6.337.978,18, com execução financeira distribuída ao longo dos quatro trimestres de 2026. Os recursos serão aplicados de forma contínua, garantindo a manutenção e recuperação das vias estaduais ao longo de todo o ano.
Comentários
Acre
No Acre, casamentos duram cerca de 11 anos, ficando abaixo da média nacional

Os casamentos estão durando menos em todo o Brasil, e o Acre aparece entre os estados com menor tempo médio de duração das uniões, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Enquanto, no país, os matrimônios duram, em média, 13,8 anos, no Acre esse período cai para 11,1 anos, ficando abaixo da média nacional e regional.
No ranking dos estados brasileiros, o Acre ocupa uma das posições mais baixas em relação à duração dos casamentos, ficando atrás apenas de unidades da Região Norte e Centro-Oeste, como Rondônia (11 anos) e Roraima (10,2 anos). Os dados fazem parte da Estatística do Registro Civil, divulgada pelo IBGE em dezembro, e se referem às uniões formalizadas em 2024.
Apesar da redução na duração média dos casamentos, o IBGE registrou, em 2024, a primeira queda no número de divórcios desde 2019, com redução de 2,8% em relação ao ano anterior.


Você precisa fazer login para comentar.