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Saúde realiza mutirão de consultas pré-operatórias na Regional do Alto Acre
Dando seguimento aos trabalhos do Opera Acre, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde (Sesacre), realizou nesta sexta-feira e sábado, 10 e 11, um mutirão de consultas pré-operatórias para cirurgia-geral, com pacientes dos municípios de Xapuri, Brasileia, Epitaciolândia e Assis Brasil.

Pacientes aguardando o início dos atendimentos em Xapurí. Foto: Odair Leal/Sesacre
Foram atendidas 112 pessoas que aguardavam na fila de espera para a realização das consultas. Além do atendimento ambulatorial, foram realizados os exames de eletrocardiograma, raio-x, hemograma completo, e a avaliação do risco cirúrgico pelo cardiologista.

“Dessa vez, a ação foi descentralizada da Regional. Os pacientes não precisaram se deslocar para o hospital referência do Alto Acre, pois foram atendidos em seus respectivos municípios. Isso traz mais comodidade e qualidade no atendimento”, declarou o coordenador da Regional de Saúde do Alto Acre, Pablo Araújo.

Na ação foram realizados os exames que compõem a avaliação para o risco cirúrgico, como o eletrocardiograma, por exemplo. Foto: Odair Leal/Sesacre
De acordo com o cirurgião-geral, Yotaro Camargo Suzuki, aproximadamente 98% dos usuários atendidos na ação foram classificados dentro da especialidade, com necessidade de operar.

De acordo com o cirurgião, Yotaro Camargo Suzuki, o mutirão traz um benefício grande para a população, pois foram atendidos dentro do padrão que é oferecido em Rio Branco Foto: Odair Leal/Sesacre
“A equipe veio ao município avaliar os pacientes e diagnosticar se eles, realmente, têm patologias ou doenças cirúrgicas. Feito o diagnóstico, nós os preparamos para que possam ser submetidos às cirurgias. A nossa proposta cirúrgica vai ser concluída daqui a alguns dias, para que eles possam ficar curados das suas doenças”, relatou.

Foram atendidas 112 pessoas que aguardavam na fila de espera para a realização das consultas. Foto: Odair Leal/Sesacre
Segundo o assessor do Complexo Regulador da Sesacre, Relben Ferreira, o objetivo da ação é promover celeridade aos processos. “Eles sairão daqui, praticamente, com a cirurgia pré-agendada. O mutirão de cirurgia, para esses pacientes, está previsto para ser realizado no último final de semana de março, no Hospital Regional do Alto Acre, em Brasileia’, informou.
Relatos dos pacientes
“Estou com duas hérnias. Há três anos aguardo pela cirurgia, pensava que não ia dar mais tempo. Tenho um filho pequeno e sou eu quem cuido, então tinha medo de algo acontecer comigo. A doença me impediu até de trabalhar, vivo porque as pessoas me ajudam, mas agora acredito que está acabando e eu vou fazer minha cirurgia”, relatou o João Barroso de Azevedo, 62 anos, morador de Xapuri.
Odete Batista Pereira reside na zona rural de Epitaciolândia, e desde maio de 2022 aguarda a retirada de um cisto no braço. “Eu me preocupei porque está crescendo, por isso procurei atendimento em Rio Branco, mas pedi para a médica me referenciar para Brasileia. A gente agradece essa ação aqui, mais perto da nossa casa”, falou.
- Seu João Barroso aguardava há três anos pelo procedimento. Foto: Odair Leal/Sesacre
- Para Sergio Monteiro, a cirugia vai melhorar sua qualidade de vida. Foto: Odair Leal/Sesacre
- Há nove anos o professor Alysson Rocha sofre com problemas na vesícula. Foto: Odair Leal/Sesacre
Para o comerciante de Assis Brasil, Sergio Monteiro de Lima, de 52 anos, a espera pela cirurgia está, finalmente, acabando. “A hérnia impossibilita a gente de fazer força, de trabalhar. A cirurgia vai me ajudar, pois minha esposa é cadeirante e essa doença me impede, muitas vezes, de ajudá-la”, contou.
“Há nove anos sofro com a vesícula. Muitas vezes fui para no hospital, tendo que enfrentar o ramal debaixo de chuva. Mas só fui procurar o SUS, para realizar a cirurgia, no ano passado. Meu sonho é voltar a me alimentar com dignidade, sem receios do que pode fazer mal. Fico grato aos governantes e à equipe da saúde por trazer esse atendimento para cá”, relatou o professor da rede municipal de Assis Brasil, Alisson Rocha.
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Cortes no orçamento das universidades federais ameaçam funcionamento da UFAC em 2026; redução será de quase R$ 400 milhões
Por Dell Pinheiro
As universidades federais brasileiras enfrentarão um novo cenário de restrição financeira em 2026, com a redução de quase R$ 400 milhões no orçamento discricionário aprovada pelo Congresso Nacional. Entre as instituições impactadas está a Universidade Federal do Acre (UFAC), que já lida com limitações orçamentárias e vê agravadas as dificuldades para manter atividades essenciais.
O orçamento discricionário é responsável por custear despesas básicas do funcionamento universitário, como pagamento de água, energia elétrica, segurança patrimonial, limpeza, manutenção de prédios e apoio a atividades acadêmicas. Com o corte, a UFAC poderá ter comprometida a rotina dos campi de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, afetando diretamente o ensino, a pesquisa e as ações de extensão desenvolvidas junto à comunidade acreana.
Uma das áreas mais sensíveis é a assistência estudantil. Programas de auxílio permanência, moradia, alimentação e transporte, fundamentais para estudantes em situação de vulnerabilidade social, correm risco de sofrer redução. Na UFAC, esses auxílios são considerados estratégicos para garantir o acesso e a permanência de alunos do interior do estado, de comunidades indígenas, ribeirinhas e de baixa renda.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) manifestou preocupação com o cenário e alertou que o orçamento previsto para 2026 será inferior ao de 2025. Segundo a entidade, a queda ocorre em um contexto de inflação acumulada e de reajustes contratuais, o que reduz ainda mais a capacidade das universidades de manter seus compromissos financeiros.
Para a UFAC, os cortes representam um desafio adicional em um Estado onde a universidade federal desempenha papel central na formação de profissionais, na produção científica e no desenvolvimento regional. Gestores e a comunidade acadêmica alertam que a manutenção do ensino público, gratuito e de qualidade depende de um financiamento compatível com as demandas reais das instituições.
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VÍDEO: Segundo envolvido no assassinato de Moisés Alencastro é preso pela DHPP em Rio Branco
Nataniel Oliveira teve prisão preventiva decretada pela Justiça; outro suspeito já havia sido preso e confessado o crime
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu, no fim da tarde desta quinta-feira (25), Nataniel Oliveira de Lima, apontado como o segundo envolvido no assassinato do colunista Moisés Alencastro, ocorrido no último domingo (22), em Rio Branco.
A prisão aconteceu em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado, durante uma ação de investigadores da especializada. Contra Nataniel havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Estadual das Garantias, após representação feita pelo delegado Alcino Ferreira Júnior. No mesmo endereço, a polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão.
Ainda na madrugada desta quinta-feira, a DHPP já havia prendido Antônio de Souza Morães, de 22 anos, que confessou a autoria do crime. No entanto, os detalhes sobre a dinâmica e a motivação do homicídio não foram divulgados oficialmente.
Moisés Alencastro, que era servidor do Ministério Público do Acre e atuava como colunista, foi morto dentro do próprio apartamento, localizado no bairro Morada do Sol. O caso causou grande repercussão no meio jornalístico e institucional do estado.
Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação aponta para um crime de natureza passional. As investigações continuam para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação de cada envolvido.
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PAA: Nova portaria libera R$ 4 milhões para compra direta de alimentos de produtores acreanos
Por Wanglézio Braga
O Governo Federal destinou até R$ 4 milhões para o Acre executar a modalidade Compra com Doação Simultânea (CDS) do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), voltada à compra de produtos da agricultura familiar para doação a povos indígenas em situação de insegurança alimentar. A medida foi oficializada por portaria do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 23, e terá vigência inicial de 12 meses, com possibilidade de prorrogação.
Pela regra, o Estado deverá priorizar a compra direta de alimentos produzidos pelos próprios povos indígenas. Caso a oferta não seja suficiente, a aquisição poderá ocorrer junto a outras comunidades tradicionais e, em último caso, a agricultores familiares em geral. Os alimentos, in natura ou industrializados, deverão respeitar os hábitos alimentares locais e serão distribuídos diretamente nas aldeias ou em equipamentos públicos instalados nos territórios indígenas.
O pagamento aos fornecedores será feito diretamente pelo Governo Federal, por meio do MDS, garantindo mais segurança ao produtor e evitando atrasos. Para ter acesso aos recursos, o Acre precisa confirmar o interesse no programa em até 30 dias após a publicação da portaria, aceitando as metas no sistema do PAA. Caso o prazo não seja cumprido, o recurso poderá ser remanejado para outros estados.
O Estado terá até 90 dias para cadastrar a proposta no sistema e iniciar as operações, após aprovação do plano operacional e emissão dos cartões dos beneficiários fornecedores.



































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