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Acre

Salário de assessor especial da Cageacre poderia manter 15 funcionários demitidos

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Nemézio Coelho assumiu em outubro, mas portaria de nomeação foi assinada em setembro

Da ContilNet

Uma portaria assinada pelo diretor-presidente da Companhia de Armazéns Gerais e Entreposto do Acre (Cageacre), Daniel dos Santos Lopes e Silva, nomeia Nemézio de Carvalho Coelho como Assessor Especial da Presidência. Nemézio assumiu ontem (1º de dezembro) com salário de R$ 15.347, retroativo a outubro. Mas a portaria foi assinada no dia 29 de setembro. No dia 5 de outubro, o deputado Nelson Sales (PP) denunciou a intenção do Governo do Estado de acomodar Nemézio, que é marido de Flora Valadares Coelho, da Secretaria de Estado da Casa Civil. A nomeação foi efetivada via portaria porque, de acordo com funcionários públicos estaduais, dispensa a publicação no Diário Oficial do Estado.

Na Cageacre, o clima é de revolta: recentemente, 33 funcionários foram demitidos por causa de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado com o Ministério Público do Trabalho (MPT), através do qual o governo do Acre se comprometia em exonerar os funcionários admitidos depois de 1988, sem concurso público. Cerca de 17 desses trabalhadores estavam prestes a se aposentar.

Documento garante pagamento retroativo ao assessor especial. Imagem: Reprodução

Um grupo de servidores efetivos procurou o governo com o pedido para manter esses trabalhadores como cargos comissionados para que completassem a idade de se aposentar. Pediram cargos em comissão (CEC 1) para cada um deles. Ouviram dos representantes do governo que não havia dinheiro suficiente para isso. A CEC 1 é a mais modesta, pouco mais de mil reais. “Não tinham dinheiro para ajudar 17 trabalhadores e agora contratam um, para uma função que não existe. O salário dele daria para manter quase todos os que foram demitidos sumariamente”. O desabafo é de um funcionário que não quer ser identificado. “Eles perseguem, você sabe como é”.

Com a nova contratação, a estrutura de comando da falida Cageacre ficou assim: um diretor-presidente, dois diretores e quatro assessores especiais, todos com altos salários. O detalhe instigante é que a folha de pagamento da Cageacre, que era de R$ 200 mil por mês, pulou para R$ 700 mil. Um crescimento inversamente proporcional à perda de importância da empresa que atualmente só mantém armazéns em Plácido de Castro, Vila Campinas e Acrelândia. O número de funcionários também foi reduzido, conforme citado acima.

A estatal, criada há mais de 30 anos para dar suporte à agricultura do Acre, foi substituída nos governos petistas por silos que, segundo os funcionários da Cageacre, foram entregues à direção de pessoas ligadas ao governo. O sonho dos 60 funcionários remanescentes é ressuscitar a estatal. Um sonho distante. “Para ter uma Cageacre é preciso ter agricultura. O Acre não produz nada. Para o governo, agricultura é horta. Além disso, não tem ramal para escoar a produção”, lamenta outro funcionário.

A equipe da Contilnet tentou entrar em contato com Daniel dos Santos Lopes e Silva, diretor-presidente da Cageacre, para dar a versão oficial sobre a contratação de Nemézio Coelho, apesar da portaria assinada por ele comprovar o fato. Mesmo assim, coloca-se à disposição de quem queira justificar.

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Acre

Hemoacre suspende atendimento para manutenção nesta segunda

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Nesta segunda-feira, o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Acre (Hemoacre) não terá atendimento ao público. A suspensão ocorre em razão da realização de serviços de dedetização e manutenção elétrica na unidade.

De acordo com o Hemoacre, as intervenções fazem parte do cronograma de manutenção preventiva e têm como objetivo garantir a segurança, as condições sanitárias e a qualidade dos serviços prestados à população.

O atendimento será retomado normalmente na terça-feira, com funcionamento no horário habitual, das 7h às 18h.

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Acre

TCE-AC estabelece novas regras para execução de emendas parlamentares a partir de 2026

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Resolução amplia exigências de transparência, rastreabilidade e controle social sobre o uso de recursos públicos

O Tribunal de Contas do Estado do Acre (TCE-AC) publicou novas diretrizes que passam a disciplinar a execução das emendas parlamentares estaduais e municipais, com foco no fortalecimento da transparência, da rastreabilidade e do controle social sobre a aplicação dos recursos públicos. As medidas entram em vigor a partir de 1º de janeiro de 2026 e foram comunicadas oficialmente ao Governo do Estado e às prefeituras por meio do Ofício Circular nº 53/2025, assinado pela presidente da Corte, conselheira Dulcinéa Benício.

As normas estão previstas na Resolução TCE/AC nº 133/2025, publicada no Diário Eletrônico de Contas em dezembro, e tratam da fiscalização e do acompanhamento da execução das emendas parlamentares. O texto está alinhado à Constituição Federal, às decisões do Supremo Tribunal Federal — com destaque para a ADPF 854 — e às orientações dos órgãos nacionais de controle.

De acordo com o TCE-AC, a partir de 2026 a execução orçamentária e financeira das emendas ficará condicionada ao cumprimento integral das exigências de transparência e rastreabilidade. Entre os principais pontos está a obrigatoriedade de ampla divulgação, em meio digital e de acesso público, de informações detalhadas sobre as emendas, incluindo autoria, valores, objeto, beneficiários, local de aplicação, cronograma e estágio de execução.

A Resolução também determina a identificação e o rastreamento das despesas desde a origem da emenda até o beneficiário final, o uso de sistemas orçamentários e financeiros que permitam o acompanhamento completo da execução, a adoção de conta bancária específica para a movimentação dos recursos, quando aplicável, e a integração dos sistemas locais com plataformas federais e estaduais. Além disso, todos os documentos relacionados à execução — como empenhos, liquidações, pagamentos, contratos e notas fiscais — deverão ser disponibilizados em transparência ativa.

O Tribunal orienta ainda que estados e municípios promovam, ainda em 2025, as adequações necessárias em seus sistemas e rotinas administrativas para garantir o cumprimento das novas exigências no ano seguinte. Algumas medidas deverão ser adotadas de forma imediata, como condição provisória para a execução das emendas a partir de janeiro de 2026.

Outro ponto destacado é que, no prazo máximo de seis meses após a publicação da Resolução, todas as medidas voltadas à transparência e à rastreabilidade deverão estar completamente implementadas. O TCE-AC poderá solicitar aos gestores a apresentação de um plano de ação com diagnóstico da situação atual, cronograma de execução, responsáveis pelas providências e estratégias de integração dos sistemas.

O Tribunal alerta que o descumprimento das regras poderá resultar na aplicação das sanções previstas na legislação vigente, sem prejuízo de outras medidas de controle. Com a iniciativa, o TCE-AC reforça o compromisso com a boa governança, a correta aplicação dos recursos públicos e o fortalecimento da confiança da sociedade na gestão orçamentária.

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Feijó decreta recesso administrativo de final de ano

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A Prefeitura de Feijó publicou o Decreto nº 257, de 11 de dezembro de 2025, que estabelece o recesso administrativo de final de ano no âmbito da Administração Pública Municipal. A medida tem como objetivo organizar o funcionamento dos órgãos municipais durante o período festivo, garantindo o planejamento interno e a continuidade dos serviços essenciais. O documento foi publicado na edição do Diário Oficial nesta segunda-feira, 15.

De acordo com o decreto, o recesso seguirá o seguinte calendário: 24 de dezembro, ponto facultativo; 25 de dezembro, feriado nacional de Natal; 26 de dezembro (sexta-feira), ponto facultativo; 29 e 30 de dezembro, ponto facultativo; 31 de dezembro, ponto facultativo; 1º de janeiro, feriado nacional de Confraternização Universal; e 2 de janeiro (sexta-feira), ponto facultativo. Nos dias 27 e 28 de dezembro, assim como 3 e 4 de janeiro, por se tratarem de sábado e domingo, não haverá expediente administrativo. O retorno das atividades normais está previsto para o dia 5 de janeiro de 2026.

O decreto ressalta que, durante o período de recesso, não haverá paralisação dos serviços essenciais, que deverão funcionar normalmente conforme escalas definidas pelos respectivos secretários municipais.

Ainda conforme o documento, as secretarias municipais deverão organizar escalas de trabalho para assegurar o atendimento mínimo necessário e evitar prejuízos ao andamento dos processos administrativos.

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