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Cotidiano

Saerb e Depasa são ouvidos na Câmara de Rio Branco sobre de morte menino em bueiro

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Representantes foram ouvidos em audiência na segunda (2) para explicar sobre a estação de tratamento onde Vilk Gabriel caiu e morreu afogado, no último dia 7.

Vilk Gabriel morreu afogado dentro de uma estação de tratamento desativada, em Rio Branco — Foto: Arquivo pessoal

Por Quésia Melo, Jornal do Acre 2ª Edição — Rio Branco

A morte do menino Vilk Gabriel André de Lima, de 8 anos, foi tema de debate na Câmara de Vereadores de Rio Branco, na segunda-feira (2).

Na audiência, representantes do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb) e o Departamento Estadual de Água e Saneamento (Depasa) foram ouvidos pelos vereadores.

No último dia 7, o garoto caiu em um dos bueiros abertos, na Rua Pequena Jéssica, no bairro Wanderley Dantas, e morreu afogado. Vilk brincava com outras crianças quando caiu e se afogou. Eles sentiram falta do amigo e foram avisar à mãe dele, que foi quem encontrou a sandália de Vilk boiando no bueiro.

Dez dias depois da tragédia, o Depasa encaminhou uma equipe até a estação para fechar os bueiros. O órgão avisou que, independente da responsabilidade, tinha o compromisso de servir e buscar contribuir com a sociedade acreana.

“Espero justiça, porque aquilo não foi um acidente, foi um crime. Mataram meu filho, tiraram a vida de uma criança. Já tinham denunciado aquele lugar e nada foi feito”, pediu entre lágrimas a mãe de Vilk, Maria Alcilene.

Audiência

No encontro, foi discutido como funciona a divisão de competências entre o estado e município em relação a estação de tratamento onde ocorreu o acidente. Os vereadores disseram que o abandono da estação no bairro Wanderley Dantas e em outros bairros da capital acreana já tinha sido denunciado na Câmara.

O vereador N. Lima (PSL) mostrou fotos a representantes do Ministério Público do Acre (MP-AC), também presentes na audiência, de estações abandonadas. Segundo ele, a ideia é acabar com as dúvidas sobre a responsabilidade do caso.

“Não é só pela tragédia, mas pelo abandono e a gente aqui está fiscalizando. Cidade do Povo, Santa Cecília e lá onde aconteceu a tragédia está tudo abandonado. Essa do bairro Santa Cecília que vou apresentar ao Ministério Público tem R$ 11 milhões jogados fora. No sistema de água são R$ 6 milhões e no dia esgoto R$ 5 milhões”, criticou.

Vereadores de Rio Branco ouviram representantes do Saerb e Depasa sobre estação de tratamento onde menino caiu — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

O Saerb alega que repassou a estação onde Vilk caiu para o Depasa em maio de 2012. O diretor-presidente do Saerb, Raimundo Correia, disse que o Saerb atualmente apenas gerencia os funcionários que prestam serviço para o Depasa.

“Todo sistema, tanto de água como de esgoto foi transferido pro Depasa no seu todo. Temos um contrato de programa que explica, que fala o que é nossa parte e o que é parte do Depasa”, confirmou Correia.

Documentos mostram que, no processo de transição do Saerb para o Depasa, todas as estações elevatórias foram repassadas para a autarquia. O Depasa nega a responsabilidade sobre a estação.

O órgão diz ainda que a estação elevada de tratamento de esgoto não foi recebida nem pelo Saerb, já que não estava pronta para ser operada. Por isso, não pode ter sido repassada.

“A gente tem convicção que não é um espaço do Depasa, não foi nem recebido pelo Saerb. Na verdade, não é nem Depasa e nem Saerb, é prefeitura ainda. O próprio Saerb negou receber o espaço para tocar. Se o próprio Saerb não tem o espaço então não tem como ser Depasa também”, questionou o diretor de operações do Depasa, Enock Pereira.

Busca por justiça

O advogado da família, Ailton Sampaio, diz que ingressou com uma ação indenizatória contra o Estado e a prefeitura. A responsabilidade sobre a estação de tratamento de esgoto vai ser decidida na Justiça.

“Não há indenização no mundo que possa reparar essa dor. E quando você se depara com uma situação como essa, o descaso do poder público, isso potencializa ainda mais a dor que essa família vem passando”, afirmou.

Para a mãe que perdeu o filho, que sonhava em ser jogador de futebol, o que resta é a luta pela justiça.

“Destruíram o sonho do meu filho, destruíram e eu peço justiça, justiça”, pediu Maria Alcilene

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Chuva aumenta e Defesa Civil alerta para riscos na captação de água e navegação no Rio Acre

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O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta

Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando. Foto: captada 

Suene Almeida

Apesar de Rio Branco não registrar volumes extremos de chuva nos últimos dias, a Defesa Civil Municipal tem monitorado de perto o comportamento do Rio Acre e suas consequências para a capital. Em entrevista nesta sexta-feira (5), o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, detalhou a situação, chamou atenção para riscos menos aparentes e reforçou que o momento exige cautela.

Segundo Falcão, até a manhã de hoje o acumulado de chuva dentro do perímetro urbano estava em cerca de 18 milímetros. No entanto, o volume que atinge a cidade desde o início da tarde tende a alterar esse cenário.  “Daqui a pouco, quando a gente finalizar essa chuva aqui, vamos perceber que o que choveu hoje equivale praticamente à semana inteira”, explicou.

Ele reforça que, embora o índice acumulado não pareça alto dentro de Rio Branco, o quadro regional é mais preocupante. “Mesmo não tendo chovido muito na cidade, nós temos um acumulado na bacia de 250 a 300 milímetros só nesta primeira semana de dezembro, que nem terminou ainda. Ainda é sexta-feira.”

Oscilações do nível do Rio Acre preocupam

O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta, uma queda significativa em poucos dias. Apesar disso, Falcão esclarece que não há risco de enchente neste momento.

O alerta da Defesa Civil, porém, está focado em outro ponto, que é na presença de balseiros, grandes aglomerados de troncos e vegetação que descem com a correnteza e podem causar danos a estruturas e embarcações.

“Existe uma preocupação atual nossa em relação a essa oscilação de nível, que é a formação de balseiros. Esses balseiros colocam em risco a captação de água e a navegação, trazendo grandes possibilidades de acidentes”, afirmou o tenente-coronel.

Ele explica que, mesmo sem perspectiva de transbordamento, o comportamento irregular do rio traz desafios que exigem vigilância constante. “A gente não está preocupado com o transbordamento, que não vai acontecer agora, mas estamos atentos às outras consequências que o nível do rio traz quando ele oscila dessa forma”, destacou.

Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando, “Essas primeiras chuvas já mostram que a gente precisa ficar alerta. O momento é de atenção, não de pânico”, concluiu.

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Prefeito de Rio Branco anuncia pagamento do salário e 13º de servidores para o dia 19 de dezembro

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Tião Bocalom afirmou que os depósitos devem injetar cerca de R$ 80 milhões na economia local e destacou que a gestão mantém todos os pagamentos em dia

A confirmação foi feita durante coletiva de imprensa realizada na Praça da Revolução. Segundo o gestor, os dois pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia local. Foto: captada 

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, anunciou em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (5) que o salário de dezembro e o 13º salário dos servidores municipais serão depositados no próximo dia 19. Segundo o gestor, os pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia da capital.

Bocalom destacou que a política da administração municipal é a de antecipar parte do 13º apenas mediante solicitação do servidor, prática que, de acordo com ele, é pouco comum.

— A grande maioria dos nossos trabalhadores deixa para receber tudo no final do ano, como foi pensado quando o 13º foi criado — afirmou.

O prefeito explicou ainda que adiantar o pagamento no meio do ano pode reduzir o impacto financeiro do benefício devido aos descontos obrigatórios, o que, em sua visão, “desvirtua” o propósito original da gratificação natalina. Ele também reafirmou o compromisso da gestão com a pontualidade nos pagamentos.

— Nunca atrasamos salários, férias ou qualquer outro direito. Fechamos o ano mais uma vez com tudo em ordem, pagando todos os nossos trabalhadores — completou Bocalom.

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Obra do viaduto Mamedio Bittar em Rio Branco é adiada para março de 2026

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Prefeitura culpa atraso na entrega de insumos vindos de outros estados; estrutura, orçada em R$ 24 milhões, estava prevista para dezembro de 2025

A prefeitura admitiu que não conseguirá entregar a obra ainda este ano e divulgou que a nova previsão é o primeiro trimestre de 2026. Foto: captada 

A Prefeitura de Rio Branco admitiu que não conseguirá entregar ainda este ano a construção do viaduto Mamedio Bittar, na confluência das avenidas Ceará, Dias Martins e Isaura Parente. Em nota divulgada nesta quarta-feira (4), a gestão municipal adiou a conclusão da obra para março de 2026.

O novo prazo é o terceiro anunciado pela administração: inicialmente, a entrega estava prevista para outubro de 2025, depois foi adiada para dezembro e, agora, para o primeiro trimestre do ano que vem. Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicosnecessários para a estrutura.

— Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores — justificou o município.

De acordo com a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e, após a conclusão do viaduto, ainda serão realizados serviços de acabamento. A prefeitura não informou se o custo inicial de R$ 24 milhões foi alterado.

O viaduto Mamedio Bittar é considerado essencial para desafogar o trânsito em uma das áreas de maior fluxo da capital acreana, especialmente nos horários de pico. A previsão atual é que a obra seja entregue totalmente concluída e dentro dos padrões de qualidade até março do próximo ano.

Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicos necessários para a estrutura. Foto: captada 

Nota da Prefeitura de Rio Branco

A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura, esclarece que o atraso na entrega do Elevado Mamedio Bittar ocorreu em razão de dificuldades no fornecimento dos insumos metálicos utilizados na obra.

O material é fabricado sob medida, de forma milimétrica, e adquirido junto a grandes siderúrgicas do sul do país, como a Usiminas e a Gerdau, que atendem não apenas o Brasil, mas também o mercado internacional. Houve, portanto, atrasos na produção e na entrega dessas estruturas, o que impactou diretamente o cronograma da obra.

Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores.

Neste momento, os últimos vãos estão sendo concretados e os serviços de urbanismo já foram iniciados. Após a conclusão da estrutura, ainda serão executados os acabamentos do tabuleiro, passeios, laterais, pintura e toda a urbanização na parte inferior do elevado.

A Prefeitura reforça que não irá inaugurar a obra de forma inacabada. A previsão é de que o Elevado Mamedio Bittar seja entregue totalmente concluído e dentro dos padrões de qualidade no primeiro trimestre de 2026, mais precisamente até o mês de março.

Ainda segundo a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e que, após a conclusão do viaduto, ainda haverá serviços de acabamento. Foto: captada 

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