Brasil
Risco de cegueira tem aumentado no Brasil
Para se ter ideia, o número de brasileiros acima de 60 anos cresceu cerca de 160% entre 2008 e 2017. Passou de 11,5 milhões para mais de 30 milhões segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em 10 anos o número de brasileiros com catarata aumentou mais que o dobro das cirurgias oferecidas pelo SUS. Saiba como adiar a progressão da doença

Foto: Canal Ciências Criminais – JusBrasil
Fonte: Notícias ao Minuto
Nunca a população envelheceu tão rápido, o número de brasileiros que dependem do SUS está em ascensão e o atendimento público em declínio.
Quem já dirigiu sob neblina sabe bem como é desagradável enxergar tudo embaçado. É o que acontece na catarata, doença que torna opaca a lente natural de nosso olho, o cristalino. que fica atrás da parte colorida, a íris. De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier a catarata é a maior causa de cegueira tratável no mundo e está relacionada na maior parte dos casos ao envelhecimento. Por isso, não tem como escapar. Depois dos 60 anos um dia todos nós vamos ter.
Pior: Nunca a população envelheceu tão rápido, o número de brasileiros que dependem do SUS está em ascensão e o atendimento público em declínio. Para se ter ideia, o número de brasileiros acima de 60 anos cresceu cerca de 160% entre 2008 e 2017. Passou de 11,5 milhões para mais de 30 milhões segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No mesmo período, as cirurgias feitas pelo SUS que responde por 65% dos procedimentos no país, teve um acréscimo de 72%. Saltou de 286 mil para 482 mil cirurgias conforme relatório do DATASUS, ficando, portanto, bem abaixo da demanda.
Como adiar a progressão
Queiroz Neto afirma que o envelhecimento causa a degeneração das proteínas do cristalino, mas outros fatores, alguns controláveis, outros não. Uma pesquisa realizada pelo médico com 814 pacientes revela que 9% dos participantes usavam corticóide continuamente para tratar doenças crônicas . O especialista diz que o medicamento antecipa a catarata além de aumentar o risco de contrair glaucoma.
“Hoje a medicina está equipada para diagnosticar um número muito maior de doenças. Além do corticóide, alguns medicamentos para emagrecer, ansiolíticos, antidepressivos também podem contribuem com o desenvolvimento das catarata”, afirma. Por isso, quem faz tratamentos contínuos deve passar por consulta oftalmológica anualmente e até em períodos menores caso sinta a visão alterada”, afirma. Outras variáveis que podem antecipar a doença são o consumo excessivo de sal, a alta miopia, diabetes e hipertensão arterial, salienta.
No mesmo estudo, a falta de sono que acelera a oxidação de todas as nossas células, inclusive do cristalino, foi apontada por 31% dos participantes. “Dormir pouco acelera o envelhecimento e, portanto, formação da catarata. O ideal é dormir de 6 a 8 horas/dia” recomenda. Outros 55% não protegem os olhos do sol com lentes que filtrem 100% da radiação UV (ultravioleta) O oftalmologista destaca que a falta de proteção UV aumenta em até 60% o risco de contrair catarata. “O filtro nos olhos deve ser usado durante o ano todo, inclusive no inverno” destaca.
Outra dica do oftalmologista é Incluir na alimentação vegetais verde escuro e gema de ovo, ricos em luteína e zeaxantina, mais as frutas cítricas que contêm vitamina para que protege o cristalino do efeito oxidativo do envelhecimento.
Sintomas
Além da visão embaçada, Queiroz Neto observa que a catarata aumenta a fotofobia a ponto dos faróis contra causarem perda temporária da visão e inviabilizarem a direção noturna. Outros sinais da doença elencados pelo médico são:
Perda da visão de contraste;Alteração frequente da prescrição dos óculos;Enxergar halos ao redor da luz;Necessidade de mais iluminação para ler;Cirurgia;
O oftalmologista explica que a cirurgia de catarata é um procedimento ambulatorial feito com anestesia local. Consiste em retirar o cristalino com aplicação de ultrassom. fazer uma incisão na córnea e implantar uma lente intraocular que hoje pode eliminar definitivamente o uso de óculos, inclusive em quem tem astigmatismo.
O procedimento pode também ser feito com femtosegundo, laser ultrarrápido que realiza os cortes com absoluta precisão. Um dos pioneiros em cirurgia de catarata a laser no Brasil, Queiroz Neto afirma que as vantagens da técnica são a maior precisão dos cortes e a menor exposição da córnea ao calor do ultrassom que provoca a morte de células da córnea que são irrecuperáveis. Independente da técnica, pontua, a recuperação é rápida e exige o uso correto de colírios após a cirurgia.
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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli
Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.
A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.
O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.
O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.
“Um cônjuge é suficiente”
No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.
Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.
“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.
“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.
Fonte: CNN
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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá
Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF
Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)
Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.
Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.
A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.
Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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