Acre
Rio Branco enfrenta cheia histórica em dezembro; Fenômeno meteorológico raro foi previsto com antecedência, explica especialista
Vórtice Ciclônico de Altos Níveis, comum no Nordeste, deslocou-se para o Acre e provocou chuvas extremas, alagamentos e transbordamento do Rio Acre

A situação atípica, que não ocorria há 50 anos em dezembro, já atinge mais de 20 mil pessoas na capital acreana e motivou a prorrogação do decreto de emergência.
Rio Branco enfrenta, em pleno dezembro, uma cheia atípica que não ocorria há 50 anos para esta época do ano. As fortes chuvas da última semana fizeram igarapés e o Rio Acre transbordarem, atingindo mais de 20 mil pessoas com alagamentos em áreas urbanas e rurais.
Segundo o meteorologista e professor da Ufac, Rafael Coll Delgado, o fenômeno foi causado por um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN), sistema atmosférico raro na região, mais comum no Nordeste, mas que se deslocou de forma incomum para o oeste do país. O evento é considerado “explicável do ponto de vista meteorológico, mas atípico do ponto de vista climático”.
A situação resultou na retirada de centenas de famílias para abrigos, no cancelamento das comemorações de aniversário da cidade e na prorrogação do decreto de emergência na capital. O Rio Acre ultrapassou a marca de 15,37 metros, configurando a maior cheia em dezembro desde 2006.

Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN), um sistema atmosférico mais comum no Nordeste, mas que se deslocou de forma incomum para o oeste do país. Foto: captada \

As fortes chuvas da última semana provocaram o transbordamento do Rio Acre e de igarapés urbanos no sábado (27), afetando diretamente mais de 20 mil pessoas com alagamentos em bairros e comunidades rurais. Foto: captada
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Mais de 390 pessoas retornam às casas após recuo de enchente em Rio Branco
Cerca de 103 famílias desabrigadas deixam abrigos e recebem kits de limpeza e alimentos; Rio Acre segue acima da cota, mas nível já recua

Rio Branco vive, em pleno mês de dezembro, um cenário que não se repetia há 50 anos para a época: alagações provocadas por fortes chuvas registradas na última semana que fizeram igarapés e o Rio Acre transbordarem no sábado (27).
Cerca de 103 famílias, totalizando mais de 390 pessoas desabrigadas pela enchente em Rio Branco, começaram a retornar para suas casas na manhã desta quarta-feira (31). Elas estavam abrigadas nas escolas Álvaro Rocha e Anice Jatene e no Centro Cultural Mestre Caboquinho desde a última sexta-feira (26), quando as fortes chuvas provocaram o transbordamento de igarapés e do Rio Acre.
As águas do Rio Acre seguem recuando, mas ainda marcam 14,75 metros — 75 centímetros acima da cota de transbordo. A Defesa Civil registrou 561 milímetros de chuva na capital em dezembro, mais que o dobro da média histórica para o mês (265 mm). Os moradores que retornam recebem sacolões com alimentos, kits de limpeza e assistência até suas residências, localizadas principalmente nos bairros Conquista, da Paz e Parque das Palmeiras.

Moradores estavam nas escolas Álvaro Rocha e Anice Jatene e no Centro Cultural Mestre Caboquinho deste a última sexta (26). Foto: captada
As famílias recebem nos abrigos acolhimento, alimentação, atendimento em saúde, acompanhamento social e apoio das equipes da Defesa Civil. Há equipes ainda de prontidão para novas remoções, caso o nível do rio volte a subir.
A enchente, considerada atípica para dezembro, já atingiu mais de 20 mil pessoas na capital, em um cenário que não se repetia há 50 anos nesta época.

De acordo com a Defesa Civil Municipal, mais de 20 mil pessoas foram atingidas por conta da cheia do Rio Acre e enxurradas dos igarapés na capital acreana. As fortes chuvas provocaram estragos em diferentes regiões da capital. Foto: captada
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Sem cair, sem recuar e sem temer: Polícia Civil do Acre encerra 2025 com avanços históricos na segurança pública
De janeiro a novembro de 2025, o Pacificar realizou 869 acordos por meio de audiências de conciliação em todo o estado. Atualmente, o programa está implantado nas regionais de Rio Branco, Senador Guiomar, Capixaba, Xapuri, Feijó e Porto Acre

O governo Gladson Camelí segue fortalecendo a Polícia Civil do Acre com investimentos e valorização institucional. Foto: arquivo/ PCAC
O ano de 2025 foi marcado por um trabalho intenso, estratégico e contínuo da Polícia Civil do Acre (PCAC) em todo o estado. Sob o lema “Sem Cair, Sem Recuar e Sem Temer”, a instituição atuou de forma firme tanto na capital quanto no interior, fortalecendo investigações, ampliando serviços à população e consolidando políticas públicas voltadas à segurança, cidadania e valorização dos servidores.
Ao longo do ano, a PCAC esteve presente em todas as regiões do Acre, com atuação integrada entre delegacias regionais e unidades especializadas, reafirmando seu papel fundamental no enfrentamento ao crime e na promoção da justiça social.
“2025 foi um ano de muito trabalho, planejamento e resultados concretos. Atuamos com firmeza no combate à criminalidade, mas também avançamos em projetos de cidadania, mediação de conflitos e valorização humana. A Polícia Civil do Acre segue forte, preparada e comprometida com a sociedade”, destacou o delegado-geral José Henrique Maciel.
Programa Pacificar: diálogo como instrumento de justiça
Entre os principais destaques do ano está o Programa Pacificar, uma iniciativa da Polícia Civil voltada à resolução de conflitos por meio da conciliação e mediação, evitando a judicialização desnecessária de demandas e promovendo soluções mais rápidas e humanizadas.

Implantado em várias regionais, o Pacificar se consolidou como uma importante ferramenta de pacificação social e justiça humanizada em 2025. Foto: arquivo/ PCAC
De janeiro a novembro de 2025, o Pacificar realizou 869 acordos por meio de audiências de conciliação em todo o estado. Atualmente, o programa está implantado nas regionais de Rio Branco, Senador Guiomar, Capixaba, Xapuri, Feijó e Porto Acre.
“O Pacificar representa uma mudança de paradigma na atuação policial, priorizando o diálogo, a pacificação social e a resolução consensual de conflitos. Os números mostram que é possível fazer segurança pública com empatia, responsabilidade e eficiência”, afirmou o delegado-geral.
Identidade e cidadania: avanço na emissão da CIN
Outro marco importante de 2025 foi o avanço na emissão da Carteira de Identidade Nacional (CIN). De janeiro até 17 de dezembro de 2025, o Instituto de Identificação Raimundo Hermínio de Melo, vinculado à PCAC, imprimiu 85.446 CINs.

Instituto de Identificação da Polícia Civil do Acre avançou na emissão da Carteira de Identidade Nacional, ampliando o acesso à cidadania em todo o estado. Foto: arquivo/ PCAC
Desde a implantação do novo documento, em agosto de 2022, já foram emitidas mais de 300 mil carteiras, alcançando aproximadamente 33% da população do Estado do Acre, fortalecendo o acesso à cidadania e à identificação segura.
“A CIN é muito mais que um documento. Ela garante cidadania, acesso a políticas públicas e dignidade. A Polícia Civil tem orgulho de contribuir diretamente para esse avanço social”, ressaltou Maciel.
Combate firme ao crime e resultados expressivos
No enfrentamento direto à criminalidade, a Polícia Civil apresentou números expressivos em 2025. De acordo com dados do Departamento de Inteligência da PCAC, foram 230 armas de fogo apreendidas ao longo do ano, entre operações policiais e registros de Boletins de Ocorrência. No mesmo período, foram registrados mais de 20 mil Boletins de Ocorrências (BO) em todo o estado.

Atuação da Polícia Civil assegura acolhimento, investigação qualificada e responsabilização dos autores de crimes. Foto: arquivo/ PCAC
As resultaram na apreensão de 526 celulares, e em ações de repressão ao tráfico de drogas, mais de 700 quilos de entorpecentes foram apreendidos, com valor estimado superior a R$ 2,5 milhões, além da incineração de mais de uma tonelada e meia de drogas, apreendidas pelas forças de segurança.
Também foram apreendidos 240 veículos, entre carros e motocicletas, dos quais 215 foram recuperados e restituídos às vítimas, o que representa aproximadamente 89,6% de restituição, reforçando o compromisso da PCAC com a reparação dos danos causados pelo crime.
Proteção às vítimas e fortalecimento da investigação
Durante o ano, a Polícia Civil também atuou de forma decisiva na proteção de vítimas, especialmente em casos de violência doméstica. Foram concedidas 1.051 medidas protetivas, instrumentos legais que visam garantir a segurança de vítimas, impondo restrições ao agressor, como afastamento do lar e proibição de contato.

Medidas protetivas concedidas em 2025 garantiram segurança e amparo a vítimas de violência, especialmente mulheres em situação de vulnerabilidade. Foto: arquivo/ PCAC
Além disso, a PCAC recuperou e restituiu mais de 140 veículos às vítimas, instaurou mais de 1.300 inquéritos policiais, todos devidamente remetidos ao Poder Judiciário, e recuperou 453 celulares oriundos de furtos e roubos.
No âmbito da persecução penal, também foram registrados Autos de Investigação de Ato Infracional, procedimento equivalente ao inquérito policial quando o autor é menor de idade, 57 Boletins de Ocorrência Circunstanciados e 291 Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs).
“Esses números refletem o esforço diário de cada policial civil, que trabalha incansavelmente para proteger vítimas, responsabilizar criminosos e garantir que a Justiça seja alcançada”, enfatizou o delegado-geral.
Infraestrutura e cuidado com quem cuida
O ano de 2025 também foi marcado por importantes investimentos em infraestrutura. Um dos destaques foi a entrega da delegacia de Polícia Civil de Rodrigues Alves, que passou por uma reestruturação completa, com investimento de aproximadamente R$ 550 mil.

Delegacia de Polícia Civil de Rodrigues Alves passou por ampla reforma, garantindo melhores condições de trabalho aos servidores e atendimento mais digno à população. Foto: arquivo/ Secom
A unidade recebeu novas salas, alojamentos, espaço reservado à Polícia Militar, sala do Projeto Bem-Me-Quer, além de pavimentação interna e externa, nova fiação elétrica, pintura, instalação de muros, inexistentes anteriormente, novos pisos, tetos e forros.
Outro avanço significativo foi a entrega do Núcleo Qualivida da Polícia Civil do Acre, um espaço moderno e humanizado voltado exclusivamente ao cuidado com a saúde mental e emocional dos servidores.
“Investir em estrutura é essencial, mas investir nas pessoas é indispensável. O Núcleo Qualivida simboliza nosso compromisso com o bem-estar dos servidores, porque policiais valorizados e cuidados prestam um serviço ainda melhor à sociedade”, concluiu José Henrique Maciel.
Compromisso renovado com o futuro
Encerrando 2025 com resultados expressivos, a Polícia Civil do Acre reafirma seu compromisso com a segurança pública, a cidadania e a valorização humana. Com planejamento, integração e dedicação, a instituição segue firme em sua missão de proteger a sociedade acreana.

Investir nas pessoas é uma das marcas da atual gestão da Polícia Civil do Acre. Foto: arquivo/ Secom
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Acreanos lotam casas lotéricas sonhando com o prêmio de R$ 1 bilhão na Mega da Virada

O último dia para concorrer ao maior prêmio das loterias de todos os tempos movimentou intensamente as lotéricas no Acre na manhã desta quarta-feira (31). Com a expectativa em torno do maior prêmio já oferecido pela Loteria Federal, filas se formaram desde as primeiras horas da manhã, reunindo apostadores movidos pela esperança de transformar a vida com um possível prêmio de R$ 1 bilhão, pela capital.
Entre os sonhos mais citados estão a conquista da casa própria, estabilidade financeira, viagens e a chance de ajudar familiares e pessoas em situação de vulnerabilidade. “O sonho daquela casa própria, o sonho de ter muito dinheiro na conta, viagens. O acreano veio fazer a fezinha e acreditando na sorte também”, destacou o repórter David Medeiros ao acompanhar a movimentação nas casas lotéricas.
Um dos entrevistados foi o motoboy Moisés Santos, que não escondeu o esforço para garantir sua aposta. Ele manteve o tom bem-humorado ao justificar a ida à lotérica.“Rapaz, estamos aqui, né? Quem está esperando seu café da manhã, peço perdão logo aqui. Porque eu tenho que jogar, rapaz. Tenho que me arriscar. A vida de motoboy não é fácil, né? Mas estamos aqui pra concorrer nesse prêmio de um bilhão”, pontuou.
Ao falar sobre o que faria caso fosse o ganhador, Moisés detalhou planos de investimento e ações sociais.“Rapaz, se eu ganhasse um bilhão. Eu investiria em galerias. Eu investiria em apartamentos. Duas redes de supermercados. Entendeu? E ajudaria as pessoas aí. Pelo menos comprando mil e quinhentos sacolões para dar pras famílias carentes”, afirmou.
Outro apostador, Jeronias Araújo, destacou prioridades mais imediatas e solidárias.“Rapaz, a primeira coisa é um bilhão de reais. Eu pagaria todas as minhas dívidas. Ajudaria meus filhos. E também os meus irmãos. E fazia uma doação pro Hospital do Amor”, pontuou.
Já Alberto Ferreira contou que entrou em um bolão para aumentar as chances e também falou sobre seus planos.“Primeiramente, ajudaria a família. Ajudaria a família a fazer um passeio pelo Brasil e pelo mundo. Fui com o bolão. Uns cem reais. Quem sabe a sorte não está com nós”, finalizou.
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