Cotidiano
Relatório aponta que falta de controle e fiscalização tornou gestão da merenda escolar no Acre em terreno fértil para “maracutaia”
Relatório aponta que falta de controle e fiscalização tornou gestão da merenda escolar no Acre em terreno fértil para “maracutaia”
Um relatório conclusivo elaborado pelo Estado entregue na semana passada ao governador Gladson Cameli e a órgãos de controle como o Ministério Público e Tribunal de Contas aponta que o setor que gerenciava a merenda escolar do Acre era uma terreno fértil para maracutaia por não haver nenhum sistema de controle do que entrava e saída dos armazéns.
O levantamento apontou uma série de inconsistências identificando o descumprimento das cláusulas do contratuais por parte das empresas contratadas, que resultou por prejudicar o orçamento, o fluxo das receitas e onerar as despesas públicas, atingindo diretamente as ações prioritárias da gestão governamental.
A falta de controle na entrada e distribuição dos produtos, aliado à falta de fiscalização, gerou as constatações que comprometem o fiel cumprimento do estabelecido em contrato para o fornecimento da merenda. A auditoria aponta que os recursos financeiros utilizados referentes ao período de investigado são de fonte 100, ou seja, recursos próprios, e mais uma vez reforça a ação da polícia civil que desencadeou a operação Mitocôndria no dia 9 de maio que culminou na prisão de empresários e servidores públicos na apuração de supostos desvios de recursos públicos na distribuição da merenda escolar. Os advogados dos investigados, por diversas vezes, chegaram a falar que a polícia estadual não tinha competência para investigação já que supostamente se tratava de recursos federais.
A apuração dos técnicos do Estado elencou a indefinição no fluxo quando do recebimento dos produtos e da distribuição, e ainda, a fiscalização não efetiva, levou a pagamentos de produtos não entregues em sua totalidade, uma vez que se constatou pagamentos sem a devida comprovação da entrega de alimentos que contam com a falta de recibos e Guias de Distribuição, sendo que essas guias, por se tratar de um documento frágil e fácil manipulação, pode dar margem para outros problemas como o risco de superfaturamento e consequentemente a pagamentos por alimentos não entregues por seus fornecedores.
O relatório destaca ainda que informações completas e conflitantes, bem como a falta de documentos e ainda os mesmos, sendo repassados de forma desorganizada, dificultou o trabalho de aferição dos órgãos de controle do Estado. “Alertamos que o contrato não fielmente cumprido impossibilita que o cronograma alimentar seja devidamente seguido e a merenda escolar oferecida, torna-se qualitativa e quantitativa insuficiente, ocasionando ainda prejuízo no cumprimento do plano de aula , uma vez que a falta de merenda escolar obriga a direção maior a liberar os alunos antes do horário normal”, diz trecho do estudo.
Com uma série de brechas apontadas, os técnicos ressaltam a necessidade de medidas em caráter de urgência como a implantação de um sistema de monitoramento com tecnologia de câmeras de alta complexidade na captura de imagens nos armazéns que guardam a distribuem alimentos, implantação de um programa de estoque com rígido controle de entrada e saída bem como treinamento de 100% para o pessoal envolvido na alimentação do mesmo, normatização de medidas de redução de fluxo de acesso ao almoxarifado, onde só entre no estabelecimento pessoas autorizadas, implementação de um Termo de Entrega e Distribuição que contenha a especificação do material, insumos, detalhamento de quantidade e peso de cada produto, aquisição de balanças para as escolas que não as possuem, manutenção de freezer que armazenam os alimentos perecíveis nas escolas e resolver emergencialmente os insumos que foram fracassados após a conclusão do inquérito. O relatório enfatiza que somente com essas medidas adotadas a prática de delitos poderá ser evitada novamente.
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Comissão de Orçamento aprova recomposição salarial para professores da rede estadual em 2026
Emenda garante atualização das tabelas de carreira da Educação, superando limites da Lei de Responsabilidade Fiscal; proposta segue para o plenário da Aleac

Aprovada na Aleac a emenda que garante recomposição das tabelas de carreira da Educação. Foto: captada
A Comissão de Orçamento e Finanças (COF) da Assembleia Legislativa do Acre aprovou, nesta quarta-feira (17), uma emenda que assegura a recomposição das tabelas salariais dos profissionais da Educação do estado no Orçamento de 2026. A proposta, do deputado Edvaldo Magalhães, foi aprovada por unanimidade após acordo entre base governista e oposição.
A emenda contorna limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal para garantir a aplicação do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações da Educação, conforme lei complementar estadual. A decisão foi comemorada por sindicalistas e deputados presentes.
O projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) agora segue para votação no plenário da Aleac, que encerra seus trabalhos de 2025 ainda nesta quarta.
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CCJ da Aleac aprova projeto que cria a Loteria Estadual do Acre
Recursos arrecadados serão destinados a esporte, saúde, educação e cultura; texto segue para votação em plenário ainda nesta quarta

Os percentuais serão definidos em uma nova lei a ser encaminhada pelo Palácio Rio Branco. Foto: assessoria
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Acre aprovou, na manhã desta quarta-feira (17), o projeto de lei que cria a Loteria Estadual. A matéria, relatada pelo deputado Eduardo Ribeiro (PSD), teve o artigo sobre destinação dos recursos alterado para incluir áreas como esporte, saúde, educação, cultura, amparo à velhice e previdência estadual.
O relator destacou que estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná já adotam modelos similares, com arrecadação expressiva — em São Paulo, mais de R$ 600 milhões. Os percentuais de destinação serão definidos em lei posterior a ser enviada pelo governo.
O projeto segue agora para votação em plenário ainda nesta quarta-feira, com expectativa de aprovação por unanimidade.
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Prefeitura de Feijó (AC) abre 234 vagas temporárias na Educação
Inscrições vão até 11 de janeiro, com taxas de R$ 70 a R$ 100; prova está marcada para 1º de fevereiro de 2025

As inscrições podem ser feitas até 11 de janeiro pelo site da Fundação de Apoio e Desenvolvimento ao Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária no Acre (Fundape). Foto: captada
A Prefeitura de Feijó, no interior do Acre, lançou edital para contratação temporária de 234 profissionais para a Secretaria Municipal de Educação. As vagas, para níveis médio e superior, são distribuídas entre as zonas urbana e rural, e incluem a formação de cadastro de reserva.
As inscrições podem ser realizadas até o dia 11 de janeiro pelo site da Fundação de Apoio e Desenvolvimento ao Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária no Acre (Fundape). A taxa de participação é de R$ 100 para cargos de nível superior e R$ 70 para nível médio. O prazo para solicitar isenção do pagamento já foi encerrado.
A seleção será composta exclusivamente por prova objetiva, marcada para 1º de fevereiro de 2026. Candidatos de nível superior farão o exame pela manhã, e os de nível médio, à tarde. Os locais de prova serão divulgados no dia 25 de janeiro nos sites da Fundape e da prefeitura.
O resultado final do processo seletivo está previsto para 16 de fevereiro. O edital terá validade de um ano, com possibilidade de renovação.
As vagas serão divididas entre os cargos:
- Professor EF I – regência do 1º ao 5º ano, planejamento e avaliação, participação no projeto político-pedagógico.
- Professor de EJA – metodologias voltadas a jovens e adultos, com abordagem interdisciplinar.
- Professor Mediador Escolar – mediação de conflitos, promoção da inclusão e apoio a planos educacionais individualizados.
- Cuidador Infantil – apoio em sala, rotina de alimentação, higiene, recreação e ações de inclusão.


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