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Registro de Indicação Geográfica para o açaí de Feijó deve fortalecer a bioeconomia do Acre

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Distante 363 km da capital acreana, a cidade de Feijó, que tem 35.426 habitantes, é conhecida como a Terra do Açaí – produto que também dá nome ao festival mais popular da quinta maior cidade do estado acreano, reunindo centenas de pessoas como forma de cultuar o fruto da palmeira Euterpe precatoria, nativa da Amazônia e protagonista na cultura e história do município.

Para quem o cultiva, o açaí é chamado de “ouro vinho”, por ser considerado a “pedra preciosa da floresta” para as famílias que obtêm renda a partir dessa cadeia produtiva sustentável. São esses produtores que estão comemorando uma recente conquista: o açaí de Feijó agora é considerado, de fato e de direito, um dos melhores do país.

Açaí de Feijó foi o segundo produto do Acre a receber o registro de Indicação Geográfica. Foto: Açaí Coop

O registro de Indicação Geográfica (IG), concedido em setembro de 2023 pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) ao açaí de Feijó, reconhece as características do produto pelo seu local de origem, o que lhe atribui reputação e identidade própria. Produtos com esse reconhecimento apresentam uma qualidade única, em função de recursos naturais como solo, vegetação, clima e a forma como são feitos.

O vinho produzido na cidade do interior do estado é conhecido por sua espessura e sabor. Para quem percorre a BR-364, é fácil descobrir quando se aproxima da cidade, já que as placas “Açaí de Feijó”, sinalizando a venda do produto, são inúmeras durante o trajeto. A ocorrência do açaí é tão forte no Acre, que o artista juruaense Alberan Moraes chegou a cantar que “o açaí é a uva das bandas de lá”.

A certificação nacional foi resultado de um trabalho desenvolvido pelo Sebrae Acre, governo estadual, produtores, agricultores e associações da cidade. O processo começou em 2021, com o levantamento de todos os dados e a organização da estrutura econômica entre os produtores.

“Fizemos toda a parte diagnóstica do território, buscando atender aquilo que o instituto solicita e, junto do dossiê, a capacitação dos produtores, para se adequarem e estarem aptos a emitir os documentos no Inpi”, explica o assessor técnico do Sebrae Acre, Fabry Saavedra.

Agora, o açaí de Feijó é a 107ª IG brasileira reconhecida pelo órgão e o segundo produto acreano com essa certificação, uma vez que a farinha de Cruzeiro do Sul também está na lista desde 2017.

A concessão da IG, no entanto, não significa o fim do processo. Pelo contrário, é o começo. A partir de agora, produtores e diversos atores desse mercado precisam se enquadrar nos requisitos técnicos para manter a qualidade do produto e emplacá-lo não só no mercado nacional, mas também internacional.

“Começamos agora uma terceira fase, que é a de capacitações, participação do produto e produtores em feiras, rodadas de negócios e concursos, ou seja, a parte de promoção do produto”, explica Saavedra.

Local de origem da Indicação Geográfica, Ramal Maravilha. Foto: Daniel Papa/Embrapa

Complementação histórica

Um dos documentos exigidos nesse processo foi o dossiê de notoriedade da região produtora do açaí de Feijó, elaborado pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas do Patrimônio Imaterial da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), assinado pela historiadora Irineida Nobre.

Essa complementação histórica demonstra como o fruto faz parte da identidade do município, sendo a cor roxa predominante em marcas de prédios públicos, serviços de mobilidade e outros. Não é à toa que Feijó também é chamada de Capital do Açaí.

“É um registro da relação da comunidade com aquele fazer, com aquele produto. A gente teve que visitar as comunidades para entender o motivo de o açaí de Feijó ser tão famoso. Íamos buscando informações em entrevistas, conversas, e fomos tendo as repostas para essas perguntas”, relata a historiadora.

A pesquisadora destaca que a forma de fazer o açaí na cidade é uma tradição dos povos originários, assim como tantas outras atividades extrativistas na região. “Não posso fechar os olhos para onde tudo começa. Nossas tradições vêm dos povos originários. Hoje a questão do açaí é tão forte na cidade, que a faixa do táxi, por exemplo, é da cor roxa e também a tinta roxa na cidade é mais cara”, conta.

Agroindústrias espalhadas em cidades do Acre exportam açaí. Foto: Cedida

Mapeamento e organização

A agrônoma Eneide Taumaturgo, chefe da Divisão de Extrativismo e Sociobiodiversidade (Dives) da Secretaria de Estado de Agricultura do Acre (Seagri), explica que o selo nacional é importante para o reconhecimento da qualidade do produto e diz que, desde então, o Estado tem traçado planos para organizar essa cadeia produtiva.

O primeiro passo para mais avanços é mapear os açaizais do estado em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) por meio de drones.

“Começamos um projeto de mapeamento juntamente com a Embrapa, no sentido de identificar essas áreas nativas dos açaizais de baixio e terra firme. Nós temos o Fórum de Bioeconomia e temos discutido essa questão do subsídio à essa cadeia para que ela venha deslanchar. Estamos focados na questão do açaí e nesse mapeamento para a gente conhecer de fato os açaizais do estado do Acre – qual potencial, como organizar, porque mercado nós temos. Essas pequenas e médias indústrias que temos já têm mercado garantido e temos buscado na Secretaria organizar essa compra diretamente dos extrativistas para agregar um valor maior, para o valor ficar mais na ponta, não tirando o do atravessador que também necessita, mas que de fato essa remuneração seja melhor para quem mora na floresta, preserva e vive do extrativismo”, enfatiza.

Eneide destaca que a venda do fruto é uma das principais cadeias produtivas do estado. Enquanto, o recurso para o mapeamento não sai, o contato tem sido feito diretamente com as organizações desses produtores.

“O Estado tem focado em projetos para organizar de fato a cadeia, porque ela é consolidada, tem o início e o comprador final, e ela tem indústria para processar, mas precisa ser sustentável. A gente precisa que esses valores que são praticados na ponta cheguem diretamente ao extrativista, que é quem mora na floresta, a preserva, e vive dos bioprodutos.”

Todo esse trabalho de fortalecimento dessa cadeia ganhou um reforço importante com o selo nacional, que garante a qualidade e procedência do recurso.

“Importantíssimo esse trabalho do governo do Estado juntamente com a Embrapa e Sebrae, porque estamos trazendo um selo, um diferencial de toda uma cultura, de uma história do extrativismo do açaí, de um açaí feito de uma forma peculiar de uma região, tanto que é conhecido como açaí de Feijó. É importante que o mundo conheça e que tenha essa valorização, porque, a partir do momento que a gente tem esse selo de IG, você está valorizando o produto, você está mostrando de fato que o produto vem lá do ribeirinho, vem das áreas das florestas do interior do estado e que carrega a história de um povo que defende a floresta, que mora, e que vive da extração do açaí, e isso vai agregar valor ao produto e esse retorno vai chegar nas comunidades”, esclarece.

Festival do Açaí em Feijó pode se tornar um bem cultural e imaterial do estado. Foto: Josciney Bastos

Festival do Açaí

Irineida diz que o próximo passo é tornar o Festival do Açaí, realizado na cidade desde 1999, um bem cultural e imaterial do estado. Das edições, apenas uma se deu de forma virtual, devido à pandemia. Ao longo dos anos, a participação popular tem aumentado e o evento se tornou um dos mais tradicionais da região.

A última edição se estendeu entre os dias 18 e 20 de agosto, e reuniu, segundo a organização, 53 mil pessoas. Nos três dias de evento, empreendedores expuseram seus produtos e movimentaram a economia da cidade.

“O festival tem uma solidez que permite que a gente pleiteie o Festival do Açaí como o primeiro festival acreano a ser registrado como bem cultural e imaterial do estado. Ele ocorre há 23 anos de maneira ininterrupta e todas as edições têm registros, então existe um material histórico importante pra que a gente faça esse trabalho”, diz Irineida.

Uma curiosidade é que, até o fim da década de 90, a cidade estava longe de alcançar o título de Capital do Açaí. Naquele período, a coleta dos frutos era realizada de modo concentrado no Vale do Juruá, composto pelos municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Porto Walter e Rodrigues Alves. Apenas em 2002 Feijó ganhou destaque na produção dos frutos da palmeira.

Açaí de Feijó foi o segundo produto do Acre a receber o registro de Indicação Geográfica. Foto: Açaí Coop

Organização dos produtores

Para obter a IG, foi preciso também organizar os produtores e quem faz o vinho para ser vendido no mercado. Assim, há cerca de dois anos, nasceu a AçaíCoop Feijó, que reúne atualmente cerca de 60 cooperados, entre produtores, coletores e batedores.

É a partir dessa organização e certificação que a produção local será mais bem trabalhada. Apesar de não se ter um número preciso de produção de açaí no município, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o açaí amazônico tem 92,4% de sua extração concentrada nos estados da Região Norte.

Em 2022, a produção foi de 247 mil toneladas, 8,8% acima da obtida no ano anterior. Em termos de valor, apresentou aumento de 7,7%, totalizando mais de R$ 830 milhões.

José Jevanis Nascimento é quem preside o grupo, mas explica que a cooperativa ainda está se ajustando, inclusive, ainda sem estrutura física. Segundo ele, o foco agora é organizar o sistema para tentar atingir novos mercados e investidores e ter um real controle da produção.

“Estamos ainda na fase de conversas, mas já recebemos convites de exportação, de mandar açaí em pote para os chineses, por exemplo; agora precisamos de incentivos da iniciativa privada e dos órgãos públicos. Estamos esperando uma das maiores safras dos últimos dez anos em 2024 e precisamos nos organizar para isso”, explica.

A palmeira que dá o açaí é nativa da região e atualmente a colheita é feita de maneira manual. Escalando-se o tronco do vegetal, de posse de uma faca afiada, os mais habilidosos são capazes de colher de três a cinco cachos de uma única vez.

Depois, os cachos são colocados em uma lona, para evitar o contato direto com o solo. O presidente da cooperativa explica que o município tem duas safras diferentes, mas que o ápice é entre fevereiro e março.

“Uma das safras ocorre às margens dos rios Envira e Jurupari e a outra na safra da terra alta, à margem da BR, que essa segunda vai de junho até o início de outubro; e acaba que uma safra completa a outra. Por isso, Feijó é considerado especial, por ter essas duas safras”, explica José Jevanis.

O coordenador do Projeto TED Bioeconomia no Acre, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o engenheiro florestal Daniel Papa, explica que os açaizeiros da região de Feijó são, em sua grande maioria, nativos, porém, isso também tem mudado ao longo dos anos.

“Na última década, com o aumento do valor do fruto no mercado nacional e internacional, os extrativistas começaram a transplantar as mudinhas da mata para perto das suas casas, em seus quintais. Esse processo nós chamamos de domesticação. E esse é o futuro do açaí, ele vai continuar sendo colhido na floresta, mas cada vez mais as pessoas irão plantar para poder ter uma produção maior e mais perto de casa”, avalia.

Atualmente, a Embrapa está justamente ajudando os extrativistas no processo de domesticação, pesquisando como plantar, identificando qual o espaçamento entre plantas, como preparar a muda, qual adubação fazer e como controlar pragas e doenças.

“Em 2024 teremos novos resultados na parte de sistema de cultivo, com espaçamentos e melhores solos. Temos que estimular o plantio do açaí-solteiro, que é nativo e está mais adaptado aos solos e clima do Acre. Mesmo que ele demore oito anos, precisamos estimular o plantio da espécie. Uma alternativa é plantar o solteiro com banana e em consórcio com outras espécies de ciclo mais curto. Dessa forma, o produtor tira renda da área com outras coisas, até o açaí começar a produzir. São os sistemas agroflorestais”, destaca Papa.

Coroação

O presidente da cooperativa diz ainda que a emissão da IG é “a coroação de um longo trabalho” que tem sido feito pelos produtores e atores desse setor no estado. Nos últimos anos, cursos de capacitação têm sido levados até as comunidades que vivem da produção do açaí.

“O principal objetivo é a valorização. Temos que investir na estruturação e na formação, temos cadernos de especificações técnicas, estamos padronizando os produtores, coletores e processadores, para que sigam esse padrão para embasar a IG. Temos o melhor açaí da região, temos um produto de excelentíssima qualidade, então temos que seguir esse padrão também na estruturação do nosso pessoal”, explica Jevanis.

Outro ponto importante, segundo o presidente, é que essa certificação contribui também para a questão ambiental na cidade. Feijó é uma das cidades que lideram o ranking de desmatamento e queimadas, e o extrativismo pode ser um aliado para mudar esse cenário.

“Um dos nossos maiores medos é de o boi comer o açaí, é uma metáfora para o desmatamento por conta da pecuária, porque destrói parte da floresta, que tem uma grande quantidade desse produto, que é o nosso trunfo. Isso é motivo para a gente brigar pela preservação da nossa floresta”, acrescenta Jevanis.

Julia Gomes trabalha com açaí há dez anos. Ela possui reserva nativa e agroindústria. O carro-chefe é a produção do vinho do açaí, mas ela também trabalha com outros derivados, como licor e cocada. Para ela, a IG traz mais notoriedade para o açaí cultivado em Feijó, o que deve abrir as portas para novos negócios.

“Acredito que possamos alcançar outros públicos e assim aumentar a procura e agregar mais valor ao produto. Mas primeiro precisamos de uma sede estruturada, para depois fazer com que esse produto seja comercializado por quem realmente tenha autorização legal para isso”, afirma.

Adevilson da Silva é produtor há 15 anos e mora no baixo Rio Envira, em uma terra de aproximadamente 300 hectares. Ele explica que atualmente vende a lata do açaí por preços que variam de R$ 30 a R$ 40, dependendo da época. Sobre a venda, ele concorda que o principal é apostar em compradores e também na forma de escoar essa produção: “O primeiro de tudo é ter um barco grande para transportar o açaí, porque, se você não tiver, tem que pegar de outra pessoa e pagar por isso, então já perde. Depois é ter produto pra vender. Se o cara tiver uma safra boa, consegue um lucro bom”.

Das margens do rio até as agroindústrias na cidade, a cadeia produtiva do açaí movimenta a economia, principalmente nas comunidades rurais. São famílias que se beneficiam de produtos florestais, com uma exploração sustentável que, aliada à economia, ajuda na preservação da área.

Ideia é fortalecer cadeias produtivas para expandir mercado do açaí no estado. Foto: Açaí Coop

Já para Narcélio Paiva, que também trabalha com o vinho do açaí, além de escoar a produção, é preciso pensar em linhas de crédito para quem trabalha nos segmentos. “Estamos cheios de esperança com a IG e confiantes de que haverá um escoamento bom do açaí. Hoje podemos citar que nosso açaí é referência em qualidade e procedência. O escoamento ainda é um desafio grande, mas o incentivo é um fator importante”, analisa.

Estruturar o arranjo produtivo

Judson Valentin, do Centro de Pesquisa Agroflorestal do Acre, explica que a IG foi uma grande conquista, assim como a IG da farinha, mas ressalta que é necessário pensar na organização desse mercado, para que os resultados possam ser sentidos pelos produtores e impactem o município de forma significativa economicamente.

“O grande desafio é você estruturar todo o arranjo produtivo, para colocar esse produto no mercado com qualidade e segurança para o consumidor. É preciso capacitar os produtores para que tenham a gestão do processo gerencial da associação e consigam colocar o produto no mercado e gerar lucro e benefício para os produtores associados. Isso é um exemplo de que as cadeias da sociobiodiversidade, da bioeconomia, podem ser um vetor importante. São milhares de extrativistas no Acre que têm no açaí parte da sua fonte de renda”, relata.

Certificações como essa, segundo ele, são essenciais para agregação de valor a um produto que proporciona renda aos extrativistas. Mas é preciso ficar atento aos desafios, principalmente para que não ocorra a transferência do produto dos extrativistas para os grandes empresários.

“O ideal é que a gente tenha iniciativas, tanto de inovação tecnológica como de políticas públicas, que consigam apoiar essas populações, para que possam agregar valor ao produto por meio da biodiversidade, da bioeconomia, uma bioeconomia inclusiva, que inclua as pessoas no mercado, que elas tenham oportunidade de melhorar a renda e de mudar sua qualidade de vida, fazendo o uso sustentável dos recursos naturais”, salienta Judson.

O Sebrae e o governo do Acre encabeçaram o processo da IG do açaí de Feijó, e agora Valentin explica que as próximas fases de sucesso e resultados dependem da união de esforços.

“Várias instituições trabalham avaliando a produtividade, porque é preciso definir normas de manejo. Se você coletar demais você pode prejudicar a regeneração do açaí, então tem que definir todas as questões técnicas. A implementação e a consolidação do IG junto a esses produtores de forma organizada vão depender de vários parceiros públicos e privados atuando em conjunto, pra que isso alcance o sucesso, como está sendo em uma fase mais avançada da IG da farinha de Cruzeiro do Sul”, exemplifica.

Açaí de Feijó é conhecido por sua textura e sabor. Foto: Açaí Coop

Márcio Bayma, analista da Embrapa e mestre em economia aplicada, esclarece que é necessário se apropriar desse selo de qualidade para alcançar mercados específicos. “Entendo que nesta fase é imprescindível o engajamento dos produtores ligados à IG para o fortalecimento do associativismo e cooperativismo, por ser a única forma de se obter um grau maior de desenvolvimento comunitário e econômico. Eles precisam de crédito para a construção de uma agroindústria e assim poder comercializar em mercados e agregar valor à produção, como protagonistas desse arranjo”, acrescenta.

Para que esse tipo de modelo seja bem-sucedido, Bayma destaca que precisa haver um fluxo contínuo de usos e de forma que se retroalimente: “A floresta oferece os seus produtos e os extrativistas se beneficiam dos mesmos e, ao mesmo tempo, cuidam da floresta”.

O diretor técnico do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam), André Vianna, completa, ainda dizendo que, em meio à Amazônia, é preciso apostar em produtos florestais como aliados não só da preservação, mas da economia das comunidades.

“Atualmente, há o desafio de agregar valor aos produtos da sociobiodiversidade nos territórios onde são produzidos. Estratégias com selos, certificações e indicações geográficas fazem parte dessa estratégia, pois valorizam a produção local e ao mesmo tempo se configuram como ferramentas que auxiliam na gestão das cadeias de valor”, observa.

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Caveira do Bope-RJ, coronel André Batista faz palestra sobre liderança em Brasileia

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O Acre recebe, nesta sexta-feira, 5, o coronel da Polícia Militar do Rio de Janeiro, André Batista, para ministrar a palestra Liderança – Ações sob Pressão, Construindo Tropas de Elite. Integrante do Batalhão de Operações Policias Especiais (Bope) e coautor dos livro Elite da Tropa I e II, que deram origem ao filme Tropa de Elite, o oficial veio ao estado a convite do governo do Acre para participar da edição do programa Desperte a Liderança que Existe em Você, em Brasileia.

Ao desembarcar no aeroporto de Rio Branco, coronel André Batista é recepcionado pelo secretário de governo, Luiz Calixto e o assessor da Sejusp, tenente Nil. Foto: Ascom/Segov

Ao desembarcar no Aeroporto Plácido de Castro, em Rio Branco, André Batista foi recepcionado pelo secretário de Governo, Luiz Calixto, o tenente Nil, assessor do gabinete do Secretário de Estado de Segurança Pública, e por um pelotão do Bope do Acre, que prestou continência e deu as boas-vindas ao oficial, símbolo nacional das operações especiais.

Na ocasião, Batista mencionou suas expectativas em participar do programa. “Será uma palestra sobre liderança, estratégia e tomada de decisão em momentos de alta pressão, temas que marcaram minha trajetória no Bope e que hoje aplico em desenvolvimento de equipes de alto rendimento em todo o país. Vamos falar sobre coragem propósito, disciplina e os pilares que constroem times fortes, preparados e alinhados. Será um encontro intenso, transformador e com espaço para interação”, afirmou.

Pelotão do Bope do Acre prestigia chegada do caveira do Rio de Janeiro em Rio Branco. Foto: Ascom/Segov

Para o secretário Luiz Calixto, a presença do coronel no estado ressalta a importância que o governo dá ao programa que tem como objetivo fortalecer lideranças nos mais diversos segmentos, além de estimular o surgimento de novos líderes. “Receber o coronel André Batista é uma oportunidade única. Ele traz uma bagagem extraordinária sobre liderança, tomada de decisão e preparo emocional. Esse conhecimento agrega muito às nossas equipes e ao público acreano”, destacou.

A palestra com André Batista integra a agenda de capacitações realizadas pelos Estado, por meio da Secretaria de Governo (Segov), com recursos de emendas parlamentares, que nesta edição será realizada nesta sexta-feira em Brasileia, no Centro Cultural Sebastião Dantas, a partir das 18 horas, com entrada gratuita e aberta à população em geral.

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Prefeitura de Rio Branco anuncia parceria com o Governo do Estado para recuperação de Ruas de Rio Branco

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O objetivo é realizar obras de recapeamento asfáltico em diversas ruas de Rio Branco, com investimentos que ultrapassam os R$ 40 milhões, provenientes de emenda parlamentar

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, e o senador Márcio Bittar participaram na manhã desta quinta-feira (4), de uma reunião no Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre), onde anunciaram uma importante parceria entre a gestão municipal e o governo estadual. O objetivo é realizar obras de recapeamento asfáltico em diversas ruas da capital, com investimentos que ultrapassam os R$ 40 milhões, provenientes de emenda parlamentar.

O objetivo é realizar obras de recapeamento asfáltico em diversas ruas da capital, com investimentos que ultrapassam os R$ 40 milhões, provenientes de emenda parlamentar. (Foto: Val Fernandes/Secom)

A parceria foi detalhada pelo senador Márcio Bittar, que destacou a importância da colaboração entre as esferas estadual e municipal. Segundo ele, cerca de 40 quilômetros de asfalto serão recuperados dentro de Rio Branco, o que melhorará significativamente a mobilidade urbana da cidade.

“O prefeito vai poder, junto com a Sula, recapear uns 40 quilômetros de asfalto dentro de Rio Branco. A vantagem é que eu sei que a emenda vem pra cá e, nessa parceria, ela será executada. E é isso que me satisfaz”, afirmou Bittar, destacando a eficiência do projeto.

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom aproveitou a ocasião para agradecer ao senador Márcio Bittar pelo apoio contínuo à cidade e evidenciou a necessidade urgente de melhorar a infraestrutura urbana. Segundo Bocalom, grande parte do asfalto da capital está em condições precárias, seja por ser antigo ou por ter sido mal executado no passado, o que exige uma intervenção especializada.

“A nossa cidade está se preparando cada dia mais, com viadutos e outras obras e precisamos recapear essas ruas”, declarou o prefeito. (Foto: Val Fernandes/Secom)

“Eu sempre tenho dito que os nossos asfaltos são velhos e os que não são velhos, foram muito mal feitos. Então, precisa de um tratamento especial, ou seja, tem que recapear, como já fizemos com a Rio de Janeiro e a Minas Gerais. A nossa cidade está se preparando cada dia mais, com viadutos e outras obras, e precisamos recapear essas ruas para que possamos liberar a Emurb para ir para os bairros, tapar buracos e realizar melhorias nas ruas do bairro”, declarou o prefeito.

Sula Ximenes, diretora-presidente do Deracre, confirmou que a parceria já está consolidada, com o governo estadual pronto para iniciar as obras. (Foto: Val Fernandes/Secom)

Sula Ximenes, diretora-presidente do Deracre, confirmou que a parceria já está consolidada, com o governo estadual pronto para iniciar as obras assim que os processos forem concluídos. Ela destacou a confiança no trabalho realizado pelo governo estadual e pela equipe do Deracre.

“Sim, é uma parceria consolidada. O governo do estado agradece ao senador Márcio Bittar pela confiança que tem no governo, no Deracre, e nós estamos aqui prontos para executar”, frisou Ximenes.

Cid Ferreira reforçou que o projeto é uma excelente oportunidade para melhorar a mobilidade urbana na cidade, especialmente em áreas que mais precisam de atenção. (Foto: Val Fernandes/Secom)

O secretário de Infraestrutura de Rio Branco, Cid Ferreira, também esteve presente e afirmou que a prefeitura já realizou o levantamento das ruas que receberão o recapeamento.

Ele reforçou que o projeto é uma excelente oportunidade para melhorar a mobilidade urbana na cidade, especialmente em áreas que mais precisam de atenção. “Com toda certeza, é mais uma emenda que vem para potencializar a mobilidade urbana na nossa cidade”, assegurou Cid Ferreira.

As obras de recapeamento devem começar no início do próximo ano e são esperadas para trazer um grande impacto na melhoria das condições de tráfego nas principais vias de Rio Branco, proporcionando mais conforto e segurança aos motoristas e pedestres.

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Sebrae promove evento para conectar artesãos acreanos à lojistas do Sudeste e Nordeste

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Evento integra o Projeto Comprador e conta com apoio de parceiros

Nos dias 3 e 4 de novembro, o Sebrae realiza o encontro de negócios do Projeto Comprador, com foco em conectar talentos do Acre a novas oportunidades de mercado. O evento acontece no formato B2B (Business to Business) e conecta 14 lojistas do Sudeste e Nordeste diretamente aos artesãos acreanos.

O Projeto Comprador contou com uma fase anterior, de capacitação com duração de quatro meses, beneficiando mais de 100 artesãos de dez municípios acreanos, incluindo representantes das etnias indígenas Puyanawa, Shanenawa, Apuriã, Huni Kuin e Marubo.

De acordo com o analista do Sebrae no Acre, Aldemar Maciel, o projeto contou com uma metodologia específica desenvolvida para os artesãos. “As capacitações consistem na modelagem de negócios, gestão da produção, precificação e comercialização, preparando o artesão para fazer negócios com esses compradores”, explicou.

A líder indígena Eni Shanenawa destacou sua satisfação em participar da iniciativa para que as pessoas conheçam a ancestralidade do Povo Shanenawa. “Agradeço ao Sebrae por esse momento tão importante em que nós estamos aqui, como indígenas, para mostrar os nossos artesanatos. É de grande importância para nós que as pessoas levem nossos produtos para fora do estado, porque a sociedade vai ter esse conhecimento da importância do artesanato indígena e do artesanato acreano”, disse.

Pela primeira vez no Acre, a representante da Loja do Museu de Arte de São Paulo (MASP), Adélia Borges, destacou as belezas da produção acreana. “Essa bioeconomia que a gente vê aqui é uma produção muito linda, cheia de significados culturais. Cada peça que vemos aqui é um trabalho enorme que o artesão faz. Nós somos uma loja em um museu importante e os produtos acreanos fazem um sucesso enorme, principalmente com os estrangeiros”, destacou.

O encontro conta com a parceria da Prefeitura Municipal de Rio Branco, Secretaria de Estado de Turismo e Empreendedorismo (SETE), Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ), Universidade Federal do Acre (Ufac), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a GolLog.

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