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Acre

Quase 2 anos após cheia, obra na casa de Chico Mendes não está pronta

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Obra deveria ser entregue em maio de 2016; cheia histórica ocorreu em 2015.
Empresa não cumpriu parte do contrato, diz Iphan.

G1 – Aline Nascimento

Casa de Chico Mendes permanece fechada (Foto: Quésia Melo/G1)

Após quase dois anos da enchente histórica que atingiu a cidade de Xapuri, interior do Acre, a obra de revitalização na Casa de Chico Mendes, local onde morou e morreu o líder seringueiro, ainda não foi concluída.

A obra estava prevista para ser concluída em maio de 2016, porém, o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) informou que houve problemas com a empresa responsável pelo projeto e a entrega foi adiada para o final de janeiro deste ano.

A casa do ambientalista Chico Mendes, assassinado em dezembro de 1988 com um tiro, foi tombada e transformada em museu, que recebia visitantes de todas as partes do mundo. O local está fechado desde que foi tomado pelas águas do Rio Acre. A obra está avaliada em pouco mais de R$ 118 mil.

Ao G1, a chefe da Divisão Técnica do Iphan, Andréia Baia, disse a empresa deixou de cumprir algumas exigências descritas no contrato e a arquiteta responsável pediu para que fossem feitas mudanças na obra. Andréia não soube detalhar os mudanças exigidas pela arquiteta. Além disso, o órgão passou por mudanças na superintendência e a obra teve que esperar a nomeação do novo superintendente.

“Passou um lapso temporal, não só devido ao atraso na empresa, mas também pelas mudanças que o próprio Iphan sofreu, devido à conjuntura política. O nosso superintendente foi exonerado do cargo, que ficou vazio por algum tempo. Não temos um arquiteto lotado dentro da superintendência, então, dependemos da vinda de arquitetos de outras superintendências e isso tudo foi atrasando”, destacou.

Com o novo superintendente nomeado em outubro de 2015, Andreia contou que o Iphan ficou aguardando a vinda da arquiteta responsável pela obra para fazer uma nova vistoria. Após novas avaliações, a empresa recebeu um prazo de 20 dias para concluir a reforma e entregar a casa até o final de janeiro.

Casa do seringueiro ficou submersa durante enchente histórica em 2015 (Foto: Luiza Melo/Arquivo Pessoal)

Andréia revelou ainda que será feita uma drenagem embaixo da casa para evitar que o local seja inundado novamente. Sobre a mobília, que está guardada no museu da cidade, ela falou que alguns móveis – como o caso do guarda-roupa – se deterioraram e precisam ser restaurados.

“Será reaberta no final de janeiro, mas sem a mobília. A previsão é de que até fevereiro a mobília já esteja lá dentro. Após entrega, temos que fazer um plano para trazer de novo os móveis, que hoje em dia não estão na casa dele”, concluiu.

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Acre

Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

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Foto: Cedida

Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.

A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.

Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.

“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.

A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.

Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.

A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.

“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.

Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.

Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.

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Acre

Acre receberá R$ 6,3 milhões para conservação e manutenção de rodovias em 2026

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A Secretaria Nacional de Transporte Rodoviário, vinculada ao Ministério dos Transportes, publicou a Portaria nº 939, de 16 de dezembro de 2025, que aprova os Programas de Trabalho apresentados pelos estados e pelo Distrito Federal para aplicação dos recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide-Combustíveis) no exercício de 2026. O decreto foi publicado na edição do Diário Oficial da União (DOU).

O ato foi assinado pela secretária nacional de Transporte Rodoviário, Viviane Esse, e tem como base a Lei nº 10.336/2001 e a Portaria nº 228/2007, que regulamentam a destinação dos recursos da Cide. A portaria também estabelece que eventuais alterações nos programas deverão seguir rigorosamente as normas previstas na legislação vigente.

No caso do Acre, foi aprovado o Programa de Conservação e Manutenção de Rodovias Estaduais para 2026, conforme processo administrativo nº 50000.029129/2024-53. O plano prevê investimentos voltados à conservação, manutenção e recuperação de importantes trechos da malha rodoviária estadual.

Entre as rodovias contempladas estão a AC-010, no trecho entre Rio Branco e Porto Acre; a AC-040, ligando Rio Branco a Plácido de Castro; a AC-090, no trecho entre Rio Branco e o km 100; além das rodovias AC-475, AC-485, AC-380, AC-445, AC-407 e AC-405, que atendem municípios como Xapuri, Bujari, Rodrigues Alves, Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima.

O valor total destinado ao programa no Acre soma R$ 6.337.978,18, com execução financeira distribuída ao longo dos quatro trimestres de 2026. Os recursos serão aplicados de forma contínua, garantindo a manutenção e recuperação das vias estaduais ao longo de todo o ano.

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Acre

No Acre, casamentos duram cerca de 11 anos, ficando abaixo da média nacional

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Os casamentos estão durando menos em todo o Brasil, e o Acre aparece entre os estados com menor tempo médio de duração das uniões, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Enquanto, no país, os matrimônios duram, em média, 13,8 anos, no Acre esse período cai para 11,1 anos, ficando abaixo da média nacional e regional.

No ranking dos estados brasileiros, o Acre ocupa uma das posições mais baixas em relação à duração dos casamentos, ficando atrás apenas de unidades da Região Norte e Centro-Oeste, como Rondônia (11 anos) e Roraima (10,2 anos). Os dados fazem parte da Estatística do Registro Civil, divulgada pelo IBGE em dezembro, e se referem às uniões formalizadas em 2024.

Apesar da redução na duração média dos casamentos, o IBGE registrou, em 2024, a primeira queda no número de divórcios desde 2019, com redução de 2,8% em relação ao ano anterior.

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