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Brasil

Qdenga é eficaz contra tipo 2 da dengue, mas faltam dados para uso no público geral, dizem especialistas

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Dengue, chikungunya e zika são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti (foto)
Wikimedia Commons

Imunizante apresenta boa proteção contra tipos 1 e 2, mas pode deixar população vulnerável aos vírus 3 e 4, que crescem no Brasil

A incorporação no SUS da vacina contra dengue da farmacêutica Takeda, a Qdenga, foi recebida com grande entusiasmo por parte da população e autoridades de saúde. Com recorde de casos em 2023 e tendência de aumento neste ano, a doença continua sendo um problema de saúde pública importante.

Segundo o Ministério da Saúde, é esperado aumento de casos na maior parte do Brasil, principalmente no Sul (especialmente no Paraná), Sudeste (Minas Gerais e Espírito Santo) e Centro-Oeste. O Nordeste deverá ficar abaixo do limite epidêmico.

Em 2023, foram registrados 1.641.278 casos de dengue em 5.039 municípios. A taxa de incidência de dengue no país é de 808,26 por 100 mil habitantes. A doença matou 1.079 pessoas, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. Outros 211 óbitos estão em investigação.

Assim, uma vacina que possa reduzir principalmente casos graves e internações traz esperança. No entanto, alguns virologistas demonstram preocupação com a vacinação em massa na cidade de Dourados (MS) devido à falta de dados da eficácia do imunizante em proteger contra os sorotipos 3 e 4 do vírus —a vacina apresentou uma eficácia boa contra o 1 (69%) e elevada para o 2 (95%), mas não apresentou proteção para os demais sorotipos.

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Ainda, o registro recente de casos de dengue causada pelo sorotipo 3 em alguns estados trazem um alerta sobre a possibilidade de ocorrer um efeito relacionado à vacinação –conhecido pela sigla ADE (aumento dependente de anticorpo, na sigla em inglês)— similar ao ocorrido com a vacina da dengue da Sanofi, em 2016. Por essa razão, o imunizante não é recomendado para quem nunca teve a infecção.

A dengue é uma doença viral em sua maioria dos casos leves, mas a ocorrência de uma segunda infecção por outro sorotipo pode levar a casos graves. Como a vacina protege principalmente contra os sorotipos 1 e 2, vacinados infectados pelos sorotipos 3 e 4 podem ter o agravamento do quadro.

Na avaliação do Ministério da Saúde, contudo, os benefícios superam os possíveis riscos ligados ao imunizante. A pasta deve se reunir no próximo dia 15 para definir como será o calendário de vacinação e os grupos prioritários para receber a vacina a partir de fevereiro.

Entenda abaixo as diferentes taxas de proteção da Qdenga, o público-alvo indicado, como vai ocorrer a vacinação no país e os possíveis riscos associados.

O que é a vacina contra a dengue?
A vacina Qdenga, da Takeda, contém o sorotipo 2 do vírus atenuado e modificado para apresentar também os demais tipos 1, 3 e 4, o que estimula o organismo a gerar anticorpos.

A vacina é aplicada via intramuscular, em duas doses, com intervalo de três meses entre elas. Ela recebeu aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em março de 2023 para pessoas de 4 a 60 anos.

Segundo a bula do fármaco, a Qdenga não deve ser aplicada em gestantes, lactantes, pessoas alérgicas a algum dos componentes da vacina e pessoas com problemas no sistema imunológico, como aquelas com HIV, questões genéticas ou que estão em tratamento que afeta as defesas do corpo.

Qual a eficácia e contra quais tipos de dengue ela tem proteção?
Em testes conduzidos em oito países na Ásia e na América Latina (Brasil, Colômbia, República Dominicana, Nicarágua, Panamá, Filipinas, Sri Lanka e Tailândia), a vacina teve eficácia de 80% contra os casos de dengue confirmados 12 meses após a segunda dose, e reduziu as hospitalizações em 90,4% nos 18 meses após a segunda dose.

Em relação à eficácia por sorotipo, a análise mostrou uma proteção variável para cada um, sendo de 69,8% contra o sorotipo 1 e 95,1% para o tipo 2, demonstrando uma boa proteção para este último. “É uma vacina extremamente boa para os tipos 1 e 2, que ainda são predominantes no Brasil”, avalia o infectologista Julio Croda, coordenador do estudo que vai avaliar a efetividade (eficácia em vida real) do imunizante em Dourados (MS).

Por outro lado, a proteção para o sorotipo 3 foi abaixo do limite de eficácia de 50% (48,9%, com intervalo de 27,2%-64,1%) e, para o sorotipo 4, foi inconclusivo (não teve proteção).

Este último ponto preocupa os especialistas, especialmente pela possibilidade de uma epidemia dos sorotipos 3 e 4 no país este ano. “Há pouca evidência de que a vacina não aumenta as chances de casos graves em pessoas que nunca tiveram a dengue; se isso ocorrer e houver uma epidemia de dengue 3 ou 4, implementar a vacina na população geral pode ser arriscado”, avalia Leonardo Bastos, coordenador do boletim InfoDengue da Fiocruz.

Quais os possíveis riscos associados?
Como todo fármaco, a vacina possui efeitos colaterais esperados, sendo os principais dor ou vermelhidão no local da injeção, dores de cabeça, dores musculares, mal-estar generalizado e fraqueza. Cerca de 10% dos vacinados podem apresentar febre. Os efeitos colaterais são, em geral, leves a moderados, podendo desaparecer em alguns poucos dias.

Um efeito que pode surgir ao aplicar a vacina no público geral e preocupa os cientistas é a ocorrência de uma reação chamada ADE (aumento dependente de anticorpo, na sigla em inglês). Isto ocorre porque a vacina induz a produção de anticorpos ligados aos diferentes sorotipos, mas ela não é igual para cada um deles. Assim, no momento de uma infecção por um dos tipos do vírus (por exemplo, o 3), em vez de combatê-lo, os anticorpos podem ajudar a infecção do vírus nas células, causando um quadro similar ao de dengue hemorrágica de algumas pessoas ao contraírem a doença pela segunda vez.

“Se persiste uma possibilidade razoável de infecção entre os vacinados [pela falta de proteção contra os sorotipos 3 e 4], há o temor de que possa ocorrer a mesma coisa que houve com a vacina da Sanofi, ou seja, um aumento do risco de agravamento entre pessoas vacinadas que ficam doentes”, explica o sanitarista e pesquisador da Fiocruz, Claudio Maierovitch.

Caso similar ocorreu com a vacina Dengvaxia, da Sanofi, em 2016, provocando reações adversas em crianças nas Filipinas após uma infecção pelo sorotipo 2, levando-as até a hospitalização. Isso levou à revogação da aprovação da vacina no país.

Para Maurício Nogueira, virologista e professor da Faculdade de Medicina de Rio Preto, não há até o momento dados suficientes para ter certeza que isso não deve ocorrer com a Qdenga. “Inclusive, membros da SBMT [Sociedade Brasileira de Medicina Tropical] se reuniram para avaliar [a incorporação no SUS] e chegamos à conclusão que não deveria ocorrer neste momento, justamente pela ausência desses dados sobre ADE”, disse.

Há, também, preocupações sobre a vacinação de crianças abaixo dos seis anos de idade. “Crianças muito novas, que não tiveram ainda uma infecção prévia por dengue, talvez seria melhor conduzir estudos antes da imunização em larga escala [das crianças]”, afirma Mauro Martins Teixeira, professor de bioquímica e imunologia na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

Na recomendação do grupo de assessoramento (Sage, em inglês) da OMS(Organização Mundial da Saúde), o órgão restringiu a aplicação do imunizante para crianças e adolescentes de 6 a 16 anos, de 1 a 2 anos antes do seu contato endêmico com a doença, ou seja, aquelas de 4 e 5 anos não foram incluídas para prioritárias na vacinação.

A Takeda disse à Folha que após um estudo de mais de quatro anos de seguimento, o imunizante não apresentou nenhum risco de segurança ou agravamento de doença associado à vacinação, independentemente de exposição prévia ao vírus.

“Especificamente em relação à ADE, os estudos clínicos realizados até o momento não sugerem risco de agravamento da doença associado à Qdenga, mesmo na ausência de eficácia demonstrada contra o sorotipo 3 em soronegativos. Referente ao sorotipo 4 nesta mesma população, não houve casos suficientes que permitissem a avaliação de eficácia.”

Questionada sobre os possíveis dados de reação ADE, a Anvisa informou que a Qdenga demonstrou ser eficaz na prevenção da febre causada pela dengue em crianças e adolescentes nos 12 meses seguintes à segunda injeção. Já a pasta da Saúde disse que não há evidências, até o momento, de ocorrência do efeito adverso ADE em pessoas que tenham utilizado o imunizante.

Em quem a vacina deve ser aplicada?
Até o momento, a vacina recebeu aprovação para pessoas de 4 a 60 anos. A mesma faixa etária foi considerada no estudo observacional que será desenvolvido em Dourados (MS), onde pretende-se imunizar cerca de 150 mil pessoas com 4 a 59 anos no município.

Para Croda, não há no momento nenhuma definição em quem será o público-alvo no Brasil até o momento, mas o médico acredita que uma recomendação inicial similar à da OMS seria vantajosa, especialmente para garantir a proteção de crianças da segunda infecção –mais perigosa.

Como será a imunização no SUS?
A definição do calendário vacinal, segundo a pasta da Saúde, deve ser definida em uma reunião com os membros da CTAI (Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização) na próxima segunda-feira (15).

De acordo com o Ministério da Saúde, será definida a melhor estratégia de utilização das doses disponíveis, com público-alvo prioritário e regiões com maior incidência da doença.

Especialistas ouvidos pela reportagem, porém, ponderam que grupos que têm alta incidência de morte por dengue —como os idosos com mais de 60 anos— ficaram de fora do público indicado para receber o imunizante. “A maior letalidade de dengue no Brasil está justamente na população para a qual a vacina não está aprovada”, pondera Brigina Kemp, do COSEMS/SP (Conselho de Secretários Municipais de Saúde de São Paulo).

Onde ela já está disponível e quanto custa a dose na rede privada?
A vacina é aplicada por enquanto só na rede privada, em clínicas ou em farmácias com esse tipo de serviço. O preço varia de cerca de R$ 300 a R$478 a dose (de R$ 600 a R$900 a vacinação por pessoa).

A partir de janeiro deste ano, ela vai passar a ser distribuída em UBSs no país, ainda sem data para chegar aos postos. A cidade de Dourados (MS) foi a primeira a receber os fármacos, no último dia 3.

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Ex-deputado Daniel Silveira pede ‘saidinha’ de Páscoa a Alexandre de Moraes

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Daniel Silveira foi condenado pelo STF a oito anos e nove meses de prisão por defender pautas antidemocráticas, como a destituição de ministros do tribunal e a ditadura militar

Ex-deputado Daniel Silveira pediu para deixar a prisão na Páscoa. Foto: Zeca Ribeiro/Agência Câmara

O ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) pediu autorização do STF (Supremo Tribunal Federal) para deixar temporariamente o regime semiaberto e passar a Páscoa com a família. Cabe ao ministro Alexandre de Moraes decidir se autoriza ou não a “saidinha”.

A defesa argumenta que ele já cumpriu mais de um sexto da pena – um dos requisitos previstos na Lei de Execuções Penais para a concessão do benefício. O outro é o bom comportamento, que segundo seus advogados ele também já comprovou ao se dedicar ao trabalho e a atividades acadêmicas.

“Durante o período de reclusão, o reeducando dedicou-se de maneira constante ao trabalho e aos estudos conforme se atesta no (e-doc 603/604), desenvolvendo atividades produtivas que contribuíram significativamente para a sua ressocialização”, diz o pedido.

Daniel Silveira foi condenado pelo STF a oito anos e nove meses de prisão por defender pautas antidemocráticas, como a destituição de ministros do tribunal e a ditadura militar.

O ex-deputado chegou a ser colocado em liberdade condicional, mas voltou a ser preso na véspera do Natal por descumprir o horário de recolhimento domiciliar noturno (de 22h às 6h) estabelecido como contrapartida para a flexibilização do regime de prisão.

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Projeto de lei torna crime a perturbação da paz com pena de até 2 anos de prisão

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O autor da proposta, deputado Kim Kataguiri (União-SP), afirma que a atualização da norma é necessária para as autoridades agirem de forma eficaz contra eventos que causam transtornos à população

Deputado Kim Kataguiri alega que projeto torna mais claro identificar perturbação da paz. Foto: Pablo Valadare/Agência Câmara

Da Agência Câmara

O Projeto de Lei 4315/24 transforma em crime a perturbação da paz, que hoje é uma contravenção penal. A proposta define o crime da seguinte forma: organizar, promover ou executar evento não autorizado pelo poder público, em via pública ou em prédio particular, que cause transtorno à vizinhança pelo uso de som elevado ou aglomeração que impeça ou dificulte o trânsito de pessoas ou veículos.

A pena prevista é detenção de 6 meses a 2 anos, podendo aumentar em 1/3 até a metade se:

– o evento for realizado à noite;

– o evento for realizado em sábado, domingo ou feriado;
– houver a presença de crianças ou adolescentes no evento;

– o evento for organizado por associação criminosa ou milícia privada;

– o evento atrapalhar as atividades de escola ou hospital e outras consideradas essenciais.

Conforme a proposta, incorre nas mesmas penas:

– o artista de qualquer espécie que se apresenta no evento;

– a pessoa que cede, a título gratuito ou oneroso, equipamento sonoro para a realização do evento;

– a pessoa que participa, de qualquer modo, desse tipo de evento.

Contravenção penal

Atualmente, a Lei das Contravenções Penais pune com 15 dias a três meses de prisão e multa quem perturbar o trabalho ou o sossego alheios:
– com gritaria ou algazarra;
– exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com a lei;
– abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos;
– provocando ou não procurando impedir barulho produzido por animal de que tem a guarda.

Atualização necessária

O autor da proposta, deputado Kim Kataguiri (União-SP), afirma que a atualização da norma é necessária para as autoridades agirem de forma eficaz contra eventos que causam transtornos à população.

“Ao estabelecer penalidades claras e proporcionais, o projeto visa a reprimir a realização de eventos irregulares, promovendo um ambiente urbano mais seguro e harmonioso”, argumenta. A proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser votada pelo Plenário da Câmara. Para virar lei, a medida precisa ser aprovada pelos deputados e pelos senadores.

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Governo lança ações para enfrentar temperaturas extremas no Brasil

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Para enfrentar as altas temperaturas, uma das ações é o Programa Cidades Verdes Resilientes, que tem o objetivo de aumentar a qualidade ambiental e preparar os municípios para lidar com a mudança do clima

Ministério do Meio Ambiente adota medidas para reduzir impacto das altas temperaturas. Imagem: YouTube

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima articula com os ministérios da Educação e da Saúde o enfrentamento das ondas de calor que atingem o país. O objetivo é alertar a população sobre os cuidados necessários para lidar com a elevação das temperaturas e viabilizar ações para minimizar seus impactos, principalmente nas escolas.

Em janeiro, a média de temperatura global esteve 1,75ºC acima dos níveis pré-industriais (1850-1900), de acordo com o Copernicus, observatório climático da União Europeia.

O Brasil sofre os efeitos do aquecimento global, entre eles, o aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, como ondas de calor severas. Há previsão de temperaturas intensas para as próximas semanas, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), em especial para o Sul do país. Em alguns municípios, os termômetros devem registrar mais de 40°C.

Para enfrentar as altas temperaturas, uma das ações é o Programa Cidades Verdes Resilientes, que tem o objetivo de aumentar a qualidade ambiental e preparar os municípios para lidar com a mudança do clima.

O programa é implementado a partir de ações baseadas em seis eixos temáticos: áreas verdes e arborização urbana; uso e ocupação sustentável do solo; infraestrutura verde e azul e soluções baseadas na natureza; tecnologias de baixo carbono; mobilidade urbana sustentável e gestão de resíduos urbanos.

No guarda-chuva do programa, está a iniciativa AdaptaCidades, que fornecerá apoio técnico para que estados e municípios desenvolvam planos locais e regionais de adaptação. Ao aderir ao projeto, os governos estaduais devem indicar dez municípios com alto índice de risco climático para receber a capacitação. Também podem ser beneficiados consórcios intermunicipais e associações de municípios em caráter excepcional. A aprovação das indicações será feita pelo MMA com base em critérios técnicos, considerando o risco climático e o número de pessoas em situação de vulnerabilidade social. Até o momento, 21 estados já participam da iniciativa.

Cidades Verdes Resilientes e AdaptaCidades estão alinhados ao Plano Clima, que será o guia das ações de enfrentamento à mudança do clima no Brasil até 2035. Em elaboração por 23 ministérios, sob a presidência da Casa Civil e a coordenação do MMA, o plano tem um dos eixos voltados à adaptação dos sistemas naturais e humanos aos impactos da mudança do clima. O segundo pilar é dedicado às reduções de emissões de gases de efeito estufa (mitigação), cujas altas concentrações na atmosfera causam o aquecimento do planeta.

Além das Estratégias Nacionais de Mitigação e Adaptação, o Plano Clima será composto por planos setoriais: são sete para mitigação e 16 para adaptação. Traz ainda Estratégias Transversais para a Ação Climática, que definirão meios de implementação (como financiamento, governança e capacitação) e medidas para a transição justa, entre outros pontos.

O MEC tem retomado as atas de registro de preços do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) que oferecem ganhos de escala, produtos padronizados e de qualidade aos entes federados, que ficam desobrigados a realizar processos licitatórios próprios (podendo aderir a ata da Autarquia). Já está disponível ata de registro de preços para compra de ventiladores escolares e está prevista ata para aparelhos de ar-condicionado ainda no primeiro semestre de 2025.

Além das ações coordenadas pelo governo federal, planos de contingência para período de extremo calor devem ser desenvolvidos por cada rede de ensino, considerando o princípio constitucional da autonomia federativa e as realidades locais.

Cuidados e dicas

As ondas de calor são caracterizados por temperaturas extremamente altas, que superam os níveis esperados para uma determinada região e época do ano. Esses períodos de calor intenso podem durar dias ou semanas e são exacerbados pelo aquecimento global, que tem aumentado tanto a frequência quanto a intensidade do calor em várias partes do mundo.

Esses episódios são potencializados em áreas urbanas devido ao efeito das ilhas de calor, fenômeno em que a concentração de edifícios, concreto e asfalto retém mais calor e aumenta ainda mais as temperaturas.

A saúde de toda a população pode ser afetada nessas situações, em especial os mais vulneráveis — como idosos; crianças; pessoas com problemas renais, cardíacos, respiratórios ou de circulação; diabéticos; gestantes; e população em situação de rua. O calor excessivo pode causar tontura; fraqueza; dor de cabeça; náuseas; suor excessivo; e alterações na pele. Ao notar esses sintomas, é essencial buscar ajuda médica.

Entre os cuidados para se proteger, é recomendável beber água regularmente, ainda que sem estar com sede; evitar exposição ao sol das 10h às 16h; usar roupas leves, chapéu e óculos escuros; refrescar-se com banhos frios e utilizar toalhas úmidas; e nunca deixar pessoas ou animais em veículos fechados.

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