Brasil
Público lota concerto para os 100 anos do rádio no Brasil
Selo comemorativo da 1ª transmissão foi lançado durante o evento
Os 100 anos do rádio no Brasil foram comemorados, nesta quarta-feira (7), em um concerto especial no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Com ingressos gratuitos, o público se fez presente em grande número, praticamente lotando os assentos disponíveis.
Na primeira parte do concerto comemorativo promovido pela Rádio MEC – uma das rádios públicas da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) -, a Orquestra do Theatro Municipal interpretou trechos de O Guarani, de Carlos Gomes. Com regência do maestro Felipe Prazeres, o espetáculo contou com solos do tenor Eric Herrero e da soprano Maria Gerk.
Em 7 de setembro de 1922, o mesmo O Guarani foi transmitido diretamente do Theatro Municipal, em comemoração ao centenário da Independência do Brasil.
A segunda e parte do concerto ficou a cargo da Sinfônica Nacional da Universidade Federal Fluminense (UFF), com a interpretação de Choros nº. 6, de Heitor Villa-Lobos. O maestro Javier Logioia foi o regente da orquestra.
Durante o intervalo, houve o lançamento de um selo especial dos Correios, alusivo aos 100 anos do rádio no Brasil, com a participação presidente da EBC, Glen Valente, do superintendente estadual dos Correios no Rio de Janeiro, Ricardo Fógos, e da presidente da Fundação Theatro Municipal, Clara Paulino.
“É uma celebração de 100 anos do rádio no Brasil. Nada melhor do que voltar aqui, para reconciliar o passado com o futuro. O rádio vai continuar sendo um veículo super importante para a EBC e para o Brasil. Hoje é um momento especial, para celebrarmos da melhor maneira possível, com música clássica de primeira qualidade e com um selo dos Correios”, disse o presidente da EBC.
A novidade faz parte da tradição dos Correios, de emitir selos alusivos a datas festivas ou fatos históricos nacionais relevantes. O lançamento remete ao início das transmissões radiofônicas no Brasil, em 7 de setembro de 1922, exatamente um século após o dia da independência.
“Os Correios atuam na área de comunicação e o rádio faz parte disto. O selo estará disponível nas principais agências dos Correios no Brasil. Principalmente agências filatélicas. Aqui no Rio, temos na Avenida Presidente Vargas e na Rua 1º de Março. Em Brasília, na agência central. Todas as capitais terão este selo”, disse o superintendente estadual dos Correios.
Selo
O conjunto de quatro selos ilustra elementos que sintetizam a história do início do rádio no Brasil. Em primeiro plano, à esquerda, está o rádio, marcando o início da primeira transmissão. À direita, ao microfone, está Roquette-Pinto, responsável por fundar a primeira emissora do país e considerado o pai da radiodifusão no Brasil. Ao fundo do rádio, círculos aumentam gradativamente, representando a propagação das ondas sonoras criando a ideia de a linha do tempo desde a sua primeira transmissão em 1922 até 2022.
Foram confeccionados 14 mil blocos, cada um composto por quatro selos, em um total de 56 mil selos, no valor de R$ 3,25 cada, que podem ser adquiridos pelo valor de R$ 13, cada bloco.
Todos os blocos estarão disponíveis, após o lançamento, para venda na loja virtual e nas principais agências dos Correios de todo o país.
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Brasil
Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Brasil
Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

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