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Acre

“PT põe em risco a democracia com o aparelhamento do Estado”, diz assessor de Marina Silva

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“Agora tem outras forças, outros polos, uma complexidade maior. É por isso que tanta gente vive no passado. No século 21, só entra quem for inteligente.

Foto: Divulgação

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Com informações do portal Terra

Um dos assessores mais próximos de Marina Silva (PSB), candidata derrotada à Presidência da República, o jornalista e poeta acreano Antonio Alves, 57 anos, considera como argumento mais forte, para evitar a neutralidade da ex-ministra e ex-senadora no segundo turno, o “quase consenso de que o PT passou da conta e está colocando em risco o ambiente democrático, com o aparelhamento do Estado”.

“Isso é inaceitável. Cria-se, então, uma forte tendência de votar no Aécio, mesmo sabendo que ele é a outra face da mesma moeda, para que haja, pelo menos, uma alternância no poder. Mas essa posição, que é aceitável no presente, traz um risco para o futuro que é a Marina e a Rede não se distinguirem mais, de forma clara, da polarização PT-PSDB. A Rede é uma semente que não pode se perder”, afirma.

Fundador do PT e ex-militante da organização trotskista Liberdade e Luta (Lubelu), Toinho Alves, como é mais conhecido, atua desde meados dos 1980 com Marina Silva. Estava com a ex-seringueira quando foi eleita senadora pela primeira vez no Acre, em 1994, e há três meses está em São Paulo por causa da campanha presidencial.

Misto de amigo e guru, é considerado da extrema confiança da ex-senadora, elabora parte do ideário “marinista” e até seus discursos. Ele admite que Marina vive um “dilema sem saída, no qual não existe posição confortável”. “Eu gostaria de que ela tivesse a liberdade de dizer “pessoal, tchau, vou embora pra casa”. Já imaginou? Quando perguntassem em que iria votar, bastava dizer que o voto é secreto e que ela tem o direito de votar em quem quiser”.

Em entrevista exclusiva ao Terra, o amigo e conselheiro político não tem a “mínima ideia” do que Marina vai decidir. “A Marina costuma tirar posições inusitadas nas situações mais difíceis. Acho que ela vai tentar, ao máximo, preservar a coligação e o futuro da Rede e do PSB. Vai se expressar dentro desse coletivo. E se a posição majoritária for de apoio ao Aécio, a forma desse apoio dependerá também dele e da campanha que ele fizer”.

Para Alves, o tempo da política simples ficou pra trás com “esquerda e direita, democracia e ditadura”. “A polarização PT-PSDB é a continuidade desse simplismo, que está chegando ao fim. Agora tem outras forças, outros polos, uma complexidade maior. É por isso que tanta gente vive no passado. No século 21, só entra quem for inteligente”.

Terra: É verdadeira a tendência de Marina apoiar Aécio no segundo turno?

Antonio Alves: É uma possibilidade, mas não desse jeito apressado, sem crítica, como está sendo anunciado. Não dá pra cair na velha polarização e simplesmente aderir sem nenhuma crítica. Isso não seria nada “marineiro”. O que foi noticiado até agora é resultado de uma certa ansiedade, pautada pelos interesses de um lado ou de outro. A imprensa cria uma versão para depois, se a Marina tomar decisão diferente, dizer que ela “mudou de posição” ou “recuou” mais uma vez. A “desconstrução” da Marina parece continuar sendo a política dos partidões.

Terra: Ao reconhecer a derrota no domingo, Marina deixou no ar que vai dialogar com o PSDB sobre o segundo turno.

Antonio Alves: Não sei se ela vai dialogar. Uma das opções possíveis é simplesmente votar. Marina é uma cidadã, tem o seu voto. Se ela quiser declarar o voto, declara. Mas, se não quiser, pode votar sem dizer nada. Não tem obrigação nenhuma. Ela esteve sozinha durante a campanha inteira. Ninguém correu para defendê-la dos ataques caluniosos e injuriosos que ela sofreu. Por que ela teria que se colocar, novamente, para ser atacada? Quem fez o angu, que o coma.

Terra: Você disse isso à Marina?

Antonio Alves: Sim, mas ela sabe que qualquer que seja sua decisão, vai ser crucificada do mesmo jeito. Se disser que vai votar na Dilma é um escândalo, depois de tudo o que o PT fez. Se disser que não vai votar em ninguém, vão dizer que ela está querendo que o PT continue. E se disser que vai votar no Aécio vai ser crucificada do mesmo jeito, vão dizer que ela foi com a direita, com os ruralistas que sempre apoiaram o candidato etc. De um jeito ou de outro, é pau pra comer sabão e pau pra saber que sabão não se come.

Terra: Mais um dilema na vida de Marina?

Antonio Alves: Um dilema sem saída, no qual não existe posição confortável. Eu gostaria de que ela tivesse a liberdade de dizer “pessoal, tchau, vou embora pra casa”. Já imaginou? Quando perguntassem em que iria votar, bastava dizer que o voto é secreto e que ela tem o direito de votar em quem quiser.

Terra: Qual é o argumento mais forte para que isso não aconteça?

Antonio Alves: É o argumento de que o Brasil passa por um momento difícil e decisivo e que o trabalho dela, nessa eleição, ainda não terminou. Há quase um consenso de que o PT passou da conta e está colocando em risco o ambiente democrático com o aparelhamento do Estado. Por exemplo, mudar a composição do Supremo Tribunal Federal para rever o processo julgado um ano antes e minimizar as penas que já tinham sido dadas aos réus do mensalão, isso é inaceitável. Cria-se, então, uma forte tendência de votar no Aécio, mesmo sabendo que ele é a outra face da mesma moeda, para que haja, pelo menos, uma alternância no poder. Mas essa posição, que é aceitável no presente, traz um risco para o futuro que é a Marina e a Rede não se distinguirem mais, de forma clara, da polarização PT-PSDB. A Rede é uma semente que não pode se perder.

Terra: Você é amigo, conselheiro político e acompanha Marina desde meados dos 1980. O que ela vai decidir?

Antonio Alves: Não tenho a mínima ideia. A Marina costuma tirar posições inusitadas nas situações mais difíceis. Acho que ela vai tentar, ao máximo, preservar a coligação e o futuro da Rede e do PSB. Vai se expressar dentro desse coletivo. E se a posição majoritária for de apoio ao Aécio, a forma desse apoio dependerá também dele e da campanha que ele fizer. Aliás, nem vimos como será esse segundo turno.

Será que a Dilma vai insistir no marketing selvagem contra o Aécio, como fez no primeiro turno contra a Marina? Será que o Aécio vai manter as mesmas posições na polarização ou vai redefinir sua agenda com outros compromissos? Ele pode demarcar as terras indígenas, proteger as florestas, recuperar os mananciais de São Paulo que estão ameaçados pela política desastrosa que fizeram no Estado? Tudo isso tem que ficar claro.

Terra: Mas o tempo é curto para isso, não?

Antonio Alves: Mas existe. Não vejo necessidade de pressa. Alguém pode dizer “ora, daqui a dez dias o povo já se decidiu e a nossa posição não terá mais força nenhuma”. E daí? A gente quer que a nossa posição tenha força para que? Eu não raciocino com os critérios da política. Meu critério é pessoal: Marina não deve ser mais uma vez acusada de causar desastres. Imagine só, a candidata que fica de fora do segundo turno ser responsabilizada caso o governo da Dilma ou do Aécio seja desastroso.

Eu sei que muita gente ainda está em campanha, inclusive candidatos a governador que passaram para o segundo turno. A posição da Marina tem que levar em consideração todo esse pessoal, saber quais são as expectativas para não criar problema para os partidos aliados. Mas todos também devem compreender que não pode ser colocado em risco aquilo que ela chama de “legado”, ou, pelo menos, o que restou dele.

 

Terra: É realmente um grande dilema político.

Antonio Alves: O tempo da política simples ficou pra trás. Esquerda e direita, democracia e ditadura, as opções eram óbvias. A polarização PT-PSDB é a continuidade desse simplismo, que está chegando ao fim. Agora tem outras forças, outros polos, uma complexidade maior. É por isso que tanta gente vive no passado. No século 21, só entra quem for inteligente.

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Prefeito Jerry Correia se reúne com Deputado Federal Coronel Ulysses para tratar de melhorias para Assis Brasil

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O prefeito de Assis Brasil, Jerry Correia, foi recebido pelo deputado federal Coronel Ulysses para discutir investimentos e melhorias para o município, que faz parte da tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Bolívia. Entre os temas abordados, esteve a potencialidade turística da cidade e a possibilidade de uma agenda com o Ministro do Turismo para buscar mais recursos para o setor.

Além disso, o prefeito apresentou os resultados das emendas destinadas para Assis Brasil pelo deputado. Desde segunda-feira, equipes da Prefeitura estão trabalhando na recuperação de ruas do bairro Plácido de Castro, graças aos recursos viabilizados pelo parlamentar. Parte dos investimentos também veio de uma emenda especial, que contemplará melhorias no bairro Bela Vista.

O prefeito Jerry Correia aproveitou a ocasião para convidar o deputado Coronel Ulysses a visitar Assis Brasil e conferir de perto as obras realizadas. “Queremos mostrar o impacto positivo que esses recursos estão trazendo para a cidade e expressar a gratidão da nossa população”, destacou Jerry

A Prefeitura segue empenhada em firmar parcerias para garantir mais investimentos e desenvolvimento para Assis Brasil, fortalecendo a infraestrutura urbana e explorando o potencial turístico do município.

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Deputados e senadores elegem presidentes da Câmara e Senado neste sábado

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A um dia da eleição da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, três candidatos já haviam oficializado sua intenção de ocupar a presidência da Casa: Hugo Motta (Republicanos-PB), Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) e Marcel van Hattem (Novo-RS)

Eleição para presidências da Câmara e Senado ocorre neste sábado (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

Câmara dos Deputados e Senado Federal vivem momentos decisivos para a grande disputa que ocorrerá neste sábado (1º), data em que os parlamentares escolherão aqueles que comandarão cada uma das duas casas legislativas pelos próximos dois anos.

Serão também escolhidos os ocupantes dos demais cargos das mesas diretoras. A previsão é de que, no Senado, a eleição inicie às 10h. Já a da Câmara está prevista para o período da tarde, às 16h.

Senado

Além de seu presidente, os senadores escolherão dois vice-presidentes e oito secretários – quatro titulares e quatro suplentes. O primeiro passo a ser dado para a escolha do presidente será dado na primeira reunião preparatória. Nela, os pretendentes ao cargo formalizam, por escrito, a candidatura na Secretaria-Geral da Mesa.

Na sequência, o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, comunica as candidaturas formalizadas ao Plenário. Os candidatos, então, discursarão em defesa de suas candidaturas, seguindo ordem alfabética.

De acordo com as regras da Casa, renúncias de candidaturas podem ocorrer durante o período estipulado para os discursos. Apenas os candidatos à presidência do Senado poderão discursar.

Terminados os discursos, inicia-se a votação, que será secreta, em cabines e em cédulas contendo os nomes dos candidatos, além de rubricas dos atuais presidente e vice-presidente do Senado. O voto, então, será depositado em uma urna instalada na Mesa e, por fim, o parlamentar assina a lista de votação.

Caberá ao atual presidente e auxiliares fazerem a apuração, iniciada com a confirmação do número de cédulas, para, então, fazer a contagem de votos para cada candidato. Terminada a contagem, os votos serão triturados. Vence o candidato que obtiver a maioria absoluta dos votos.

Candidatos

Até o fechamento desta matéria, quatro senadores estão na corrida para ocupar a presidência do Senado para o biênio 2025-2026: Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), Marcos Pontes (PL-SP), Marcos do Val (Podemos-ES) e Eduardo Girão (Novo-CE).

A posse do novo presidente será feita logo após o anúncio do eleito, finalizando a primeira reunião preparatória, dando início à convocação da segunda reunião, prevista para as 11h. Nela, serão formalizados, apresentados e escolhidos, também em votação secreta, os demais integrantes da mesa (dois vice-presidentes, quatro secretários titulares e quatro secretários suplentes).

No caso dos cargos em que haja apenas um candidato inscrito, a votação será por meio eletrônico.

Para a eleição dos integrantes da Mesa, é exigida maioria de votos e presença da maioria dos senadores. “Deve ser assegurada, tanto quanto possível, a participação proporcional das representações partidárias ou dos blocos parlamentares com atuação na Casa”, informa o Senado.

Câmara

A um dia da eleição da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, três candidatos já haviam oficializado sua intenção de ocupar a presidência da Casa: Hugo Motta (Republicanos-PB), Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) e Marcel van Hattem (Novo-RS).

O prazo para formalização das candidaturas termina às 13h30 do sábado. Já o prazo para a formalização dos blocos parlamentares terminará às 9h do mesmo dia. Duas horas depois, às 11h, está prevista uma reunião de líderes, para a escolha dos cargos da Mesa Diretora.

A inauguração da nova sessão legislativa será em sessão conjunta do Congresso Nacional, prevista para as 15h. Já a primeira sessão preparatória, em que se elegerá o novo presidente, será no Plenário, e tem previsão de iniciar às 16h.

A exemplo do Senado, o vencedor precisará obter maioria absoluta dos votos (257), para ser eleito em primeiro turno. Caso haja necessidade de um segundo turno, bastará ser o mais votado para, enfim, definir quem ocupará a cadeira da presidência pelos próximos dois anos.

Os partidos poderão formar blocos, caso pretendam aumentar sua representatividade e participação na distribuição das presidências de comissões e da Mesa Diretora. O mandato terá duração de quatro anos para as comissões; e de dois anos para a Mesa Diretora.

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Secretária de Educação de Xapuri participa do 1º Encontro da Undime/AC

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A secretária municipal de Educação de Xapuri, Aucelina Oliveira, participou, nesta quinta-feira, 30, do 1º Encontro de Dirigentes Municipais de Educação, promovido pela Undime/AC – União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação.

O evento reuniu gestores educacionais de diversos municípios para debater políticas públicas, compartilhar experiências e buscar soluções para os desafios da educação básica.

Antes do encontro da Undime/AC, Aucelina cumpriu, acompanhada gestora DGP/Núcleo de Lotação da Semed, Gilcinara Gondim Batista, algumas agendas em Rio Branco, nas secretarias municipal e estadual de Educação, todas elas com pautas importantes relacionadas à melhoria do ensino em Xapuri.

“ (…) Participei de reunião com o secretário municipal [adjunto] de Educação de Rio Branco, Paulo Machado, para fazermos parcerias na área de ações pedagógicas, permutas de servidores e outros”, relatou Aucelina.

Nas redes sociais, o secretário Paulo Machado mencionou o encontro com a secretária e enfatizou a importância da parceria entre os municípios na área da Educação. Ele teceu elogios ao empenho da gestora educacional xapuriense na melhoria da qualidade do ensino no município.

“Recebemos com grande satisfação a visita da secretária de educação de Xapuri, Aucelina da Silva. Sua presença fortalece a parceria para a melhoria da

Educação no município. Aucelina se destaca pelo trabalho dedicado e busca por soluções inovadoras para garantir um ensino de qualidade aos estudantes de Xapuri”, registrou.

Aucelina também destacou a visita que fez à Secretaria Estadual de Educação e Cultura (SEE), onde se reuniu com o professor José Rego, do Departamento de Gestão da pasta. Na pauta, eles discutiram sobre parcerias que já existem entre as esferas estadual e municipal na área educacional.

“Também estivemos na Secretaria Estadual de Educação, com o professor Rego, para uma visita de apresentação e fundamentar as parcerias já em andamento com o coordenador do Núcleo de Educação de Xapuri, Wágner Menezes”, acrescentou.

A participação da secretária xapuriense no encontro da Undime/AC reforça o compromisso do município com a melhoria da qualidade do ensino e a implementação de estratégias inovadoras para o desenvolvimento educacional.

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