Promotora cobra melhorias para hospital em Brasiléia, medicamentos e melhor condições de trabalho

Médicos aprovados em concurso não foram chamados deixando população desassistida

Alexandre Lima

A promotora de Justiça Diana Soraia Tabalipa Pimentel abriu inquérito civil para apurar uma série de denuncias no Hospital Raimundo Chaar da cidade de Brasileia.Em entrevista exclusiva ao jornal oaltoacre.com, na manhã desta quarta-feira, dia 22, em seu gabinete na sede do Ministério Público, falou dos problemas e pede providencias por parte do Estado.

Problemas antigos que vem se arrastando por anos, como atendimento por parte dos médicos que não possuem equipamentos básicos disponibilizados aos que procuram àquela unidade de saúde que é referencia numa regional composta por quatro cidades.

Fala ainda de pessoas que estão tendo de esperar por cerca de três meses para ser atendidas e a simples falta do aparelho de raio-x e remédios, além da falta de uma ambulância com equipamentos básicos como um respirador e desfribilizador, essenciais para salvar vidas.

Na ocasião, denuncia a falta de médicos que prestaram concurso, mas, nunca foram chamados, deixando a população desassistida. A falta de médicos anestesistas, pediatras, entre outras especialidades, faz com que muitos doentes realizem uma ‘via crucis’ até a Capital, para depois ficar sabendo que terão de esperar por meses.

Num dos casos, cita a de um colono que teve sua mão cortada quando quebrava castanha no mato, para que pudesse ter dinheiro e pagar o raio-x que seria feito na cidade de Cobija, lado boliviano, devido o aparelho do hospital não apresentar condições de uso. Sua esposa apresentava problemas de vesícula por cerca de nove meses.

A representante do Ministério Público do Acre em Brasiléia, fala ainda da omissão por parte do Estado, que vem desassistindo também, os moradores de Assis Brasil, Epitaciolândia e Xapuri, já que as unidades de saúde daquelas cidades não possuem equipamentos e condições de serem beneficiado pelo básico.

Por falta de condições de trabalho e melhores salários, médicos estão procurando outros estados para trabalhar. Assim, estão deixando os munícipes sem profissionais, piorando ainda mais as condições daqueles que não tem meios de se deslocar até a Capital.

“Nós aqui de Brasiléia, como de Xapuri, Epitaciolândia e Assis Brasil, existimos e o atendimento na cidade de Rio Branco, é longe…”, disse a Promotora. O ingresso da Ação Civil Pública, que é de conhecimento de todos, o Estado vem alegando que não tem condições de atender o básico exigido na Constituição Brasileira.

Citou o caso da construção do novo hospital que tem previsão de ser inaugurado em meados do ano que vem. “E neste período até a inauguração, como vai ser? O povo vai ficar como?”, indagou. Veja a vídeo-reportagem com a promotora abaixo que mostra a real situação em que se encontra o antigo Raimundo Chaar na fronteira.

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Alexandre Lima