Presidente da Associação Comercial do Vale do Juruá compara governo do Acre à ditadura cubana

Na manhã desta quinta, dia 15, o presidente da Associação Comercial do Alto Juruá, Assem Cameli, me ligou revoltado. Tudo porque, passada a crise de desabastecimento no Estado com a cheia do Rio Madeira, a BR 364 no trecho entre Sena Madureira e Cruzeiro do Sul, voltou a ter limites de tonelagem de cargas. “Quando foi para resolver o problema da Capital o Governo permitiu que os caminhões que saiam de Cruzeiro do Sul transportassem cargas sem limite de peso. Agora, querem que nos adaptemos as tonelagens determinadas pelo DERACRE. Isso aqui está parecendo com a ditadura de Cuba. Só vale a vontade deles. Para todos os efeitos parece que o Juruá não existe porque fica o tempo todo refém dessas pessoas. Se a estrada não se acabou com as carretas que abasteceram Rio Branco por que acabaria agora? O comércio de Cruzeiro do Sul não vai transportar em um ano nem metade da carga que saiu daqui para a Capital durante a crise do Madeira,” desabafou Assem Cameli.

Contraponto do Governo
Liguei para o presidente do DERACRE, Ocirodo Júnior, para saber a posição do Governo em relação ao impasse. Júnior também respondeu no mesmo tom: “O problema são os mal intencionados do Juruá que não querem a BR,” afirmou.

De volta ao normal
Júnior explicou que a tonelagem foi liberada de maneira emergencial durante a cheia do Madeira. “Agora, a BR voltará a ser o que era. Com balanças para determinar que só passe caminhões com até seis toneladas por eixo, como sempre foi,” ressaltou.

A solução
Segundo Ocirodo Júnior, o vice-governador César Messias (PSB) deverá se reunir com os empresários em Cruzeiro do Sul, nesta sexta, dia 16. “Ele vai fazer uma apresentação e mostrar os motivos da pesagem ser igual aos outros anos,” salientou.

Um dilema eterno
Já viajei pela BR fazendo reportagens mais de 30 vezes. E como morei anos no Juruá sei da importância da estrada. Mas o fato é que alguns empresários abandonaram suas balsas e concentraram o esforço no transporte de mercadorias pela BR. Investiram em grandes carretas para baratear os fretes.

O X da questão
A BR 364 em direção ao Juruá foi construída numa região não adequada para rodovias. O solo é arenoso, o regime de água dos rios e igarapés é complexo. É o tipo de obra que agrada a uns e desagrada a outros. Mas não tenho dúvida que se a BR fechar a gritaria vai ser grande.

Apoio luxuoso
O deputado estadual Lira Morais (PEN) já anunciou que não concorrerá à reeleição. Ele vai apoiar o deputado Jonas Lima (PT). Lira tem uma família numerosa e bases eleitorais em bairros da Capital.

Entre a cruz e a espada
O PP terá nos próximos dias uma reunião para decidir sobre as candidaturas a deputado federal. Uma parte do PP quer chapa própria. Mas os outros 10 partidos que compõe a Aliança de oposição não aceitam.

Entre a cruz e a espada 2 – A missão
O PP já tem 13 pré-candidatos à Câmara Federal. Se resolver seguir o caminho solo corre o risco dos outros partidos abandonarem a candidatura ao Senado de Gladson Cameli (PP). Se for para o chapão da Aliança terá que cortar 10 candidatos. O quê também vai gerar insatisfações.

A hora do comando
Vai haver debates nas reuniões do partido, mas o presidente acreano do PP, Gladson Cameli (PP) já decidiu que irão para o chapão. A verdade é que alguns pré-candidatos do PP poderão inviabilizar o projeto eleitoral da própria Aliança se baterem o pé por uma chapa própria.

O eterno problema dos proporcionais
Montar um chapa majoritária é mais fácil do que as diversas coligações proporcionais. Assim como existem divergências internas na FPA na questão dos federais, na oposição, não é diferente. A farinha é pouca meu pirão primeiro. E nesse momento de pré-campanha todos já se acham eleitos.

Lição de humildade
Coerente a posição do senador Anibal Diniz (PT) em relação a PEC dos Soldados da Borracha: “Tenho convicção de que o valor não foi o ideal, mas foi o possível,” declarou o senador a um jornal local.

Frustrações à vista
Anibal Diniz também já alertou que terá que haver muitas lutas para que o dinheiro dos Soldados da Borracha seja liberado ainda este ano. “Será outra batalha com a ministra do planejamento, Miriam Belchior, para que haja um adiantamento suplementar para resolver a questão ainda em 2014,” revelou.

Frustrações à vista 2
O fato é que a liberação dos R$ 25 mil para cada Soldado da Borracha não está previsto no Orçamento da União. Serão necessários mais de R$ 300 milhões. Isso pode gerar aos “velhinhos” mais uma vez a sensação de terem sido enganados.

Nem Cristo agradou a todo mundo
Na minha avaliação a experiente deputada federal Perpétua Almeida (PC do B) deveria ter seguido a linha de Anibal Diniz. Admitir que o abono de R$ 25 mil e mais os dois salários mínimos não agradaram a totalidade dos beneficiários. É natural que nem todos tenham ficados satisfeitos. Ainda mais que trata-se de uma categoria de pessoas que já estão no final da vida e que foram esquecidos pelo poder público por décadas. Afirmar que a revolta do Soldado da Borracha, Belizário Costa, de 92 anos, morador de Rondônia, que no Senado fez críticas a ela e a presidente Dilma (PT), foi uma armação política é algo temerário. Perpétua deveria conseguir primeiro as provas para depois acusar os seus adversários políticos. Quer dizer que elogiar pode, mas criticar não? Se nem Cristo agradou a todo mundo que dirá um político…

Comentários

Compartilhar
Publicado por
Alexandre Lima