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Prefeito de Assis Brasil diz que imigrantes sofrem discriminação ao tentar entrar no Peru
Prefeito Jerry Correia disse que a política adotada pelas autoridades peruanas que controlam a entrada no país pela Ponte da Integração é diferenciada. Segundo ele, há uma clara discriminação com alguns povos, como ocorre no caso dos haitianos.

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Com problemas recorrentes por conta da presença constante de imigrantes que chegam ao município tanto vindos de cidades brasileiras quanto de fora do país, a prefeitura de Assis Brasil volta a se preocupar com uma nova crise como a que ocorreu no mês de fevereiro passado, quando cerca de 400 estrangeiros se concentraram no município tentando sair do Brasil pelo Peru.
Depois de um grupo de cubanos chegar à cidade no último fim de semana e bloquear por algumas horas a Ponte da Integração, que liga Assis Brasil a Iñapari, no lado peruano, o prefeito Jerry Correia disse que o município acende um sinal de alerta, mas afirmou que até o momento a situação está sob controle, com os imigrantes que estão na cidade tendo sido levados para o abrigo municipal.
De acordo com o prefeito, está havendo, nos últimos dias, um fluxo maior de chegada e saída de imigrantes na cidade. Alguns estão entrando pela fronteira com o Peru, passando, em média, três dias no abrigo ou em hotéis e, depois disso, seguindo viagem rumo a Rio Branco e, de lá, para outras cidades brasileiras. Outros seguem chegando com a intenção de deixar o Brasil.
A reportagem o prefeito Jerry Correia disse que a política adotada pelas autoridades peruanas que controlam a entrada no país pela Ponte da Integração é diferenciada no que diz respeito à nacionalidade dos imigrantes que pedem passagem pelo país andino. Segundo ele, há uma clara discriminação com alguns povos, como ocorre no caso dos haitianos.
“O grande problema aqui é a discriminação que está havendo, pois muitos imigrantes que aqui chegam, dependendo da nacionalidade, rapidamente conseguem passar, mesmo com a ponte estando fechada, e outros, por motivos que a gente desconhece, eles não permitem o ingresso. Haitianos, se chegarem aqui, estes não passam, é muito difícil”, disse.

Ponte da Integração, que liga Assis Brasil ao Peru — Foto: Reprodução
O prefeito diz ainda que os estrangeiros que conseguem passar estimulam outros, que se encontram em vários estados do Brasil, a se dirigir a Assis Brasil na esperança de conseguir a permissão para ingressar no Peru e seguir viagem para outros países. A situação mantém o município sempre em atenção para a chegada de novos grupos.
Nesta terça-feira, 13, por volta das 15 horas, cerca de dez imigrantes, alguns cubanos e outros de nacionalidades africanas, foram vistos em um ponto de parada de taxistas no município de Capixaba. Parte deles tinha como destino Assis Brasil e outros retornavam da cidade fronteiriça para Rio Branco, onde o governo do estado voltou a disponibilizar a Chácara Aliança como abrigo.
Problema recorrente
Em março passado, os imigrantes, na maioria haitianos, que ocupavam a Ponte de Integração desde fevereiro, deixaram o local pacificamente em cumprimento a uma decisão judicial da 2ª Vara Federal Cível e Criminal de Rio Branco. Dias antes havia ocorrido confronto entre estrangeiros e a polícia peruana.
A reintegração de posse foi solicitada pelo governo federal brasileiro, por meio da Advocacia Geral da União (AGU), sob a alegação de que a ocupação da passagem entre os dois países causava prejuízos de desabastecimento de produtos e insumos na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Bolívia.
Naquela ocasião, o juiz federal Herley da Luz Brasil chegou a pedir explicação do governo de Jair Bolsonaro sobre as medidas de assistência que estavam sendo tomadas para a retirada pacífica dos estrangeiros, antes de decidir pela reintegração de posse da ponte binacional.
Há meses seguidos, o município de Assis Brasil recebe grandes contingentes de imigrantes estrangeiros radicados no Brasil que tentam deixar o país por essa rota que passa pelo Acre e pelo Peru, muitas vezes orientados por coiotes, num caminho contrário ao que já foi feito anos atrás na entrada para o país.
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Cortes no orçamento das universidades federais ameaçam funcionamento da UFAC em 2026; redução será de quase R$ 400 milhões
Por Dell Pinheiro
As universidades federais brasileiras enfrentarão um novo cenário de restrição financeira em 2026, com a redução de quase R$ 400 milhões no orçamento discricionário aprovada pelo Congresso Nacional. Entre as instituições impactadas está a Universidade Federal do Acre (UFAC), que já lida com limitações orçamentárias e vê agravadas as dificuldades para manter atividades essenciais.
O orçamento discricionário é responsável por custear despesas básicas do funcionamento universitário, como pagamento de água, energia elétrica, segurança patrimonial, limpeza, manutenção de prédios e apoio a atividades acadêmicas. Com o corte, a UFAC poderá ter comprometida a rotina dos campi de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, afetando diretamente o ensino, a pesquisa e as ações de extensão desenvolvidas junto à comunidade acreana.
Uma das áreas mais sensíveis é a assistência estudantil. Programas de auxílio permanência, moradia, alimentação e transporte, fundamentais para estudantes em situação de vulnerabilidade social, correm risco de sofrer redução. Na UFAC, esses auxílios são considerados estratégicos para garantir o acesso e a permanência de alunos do interior do estado, de comunidades indígenas, ribeirinhas e de baixa renda.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) manifestou preocupação com o cenário e alertou que o orçamento previsto para 2026 será inferior ao de 2025. Segundo a entidade, a queda ocorre em um contexto de inflação acumulada e de reajustes contratuais, o que reduz ainda mais a capacidade das universidades de manter seus compromissos financeiros.
Para a UFAC, os cortes representam um desafio adicional em um Estado onde a universidade federal desempenha papel central na formação de profissionais, na produção científica e no desenvolvimento regional. Gestores e a comunidade acadêmica alertam que a manutenção do ensino público, gratuito e de qualidade depende de um financiamento compatível com as demandas reais das instituições.
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VÍDEO: Segundo envolvido no assassinato de Moisés Alencastro é preso pela DHPP em Rio Branco
Nataniel Oliveira teve prisão preventiva decretada pela Justiça; outro suspeito já havia sido preso e confessado o crime
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu, no fim da tarde desta quinta-feira (25), Nataniel Oliveira de Lima, apontado como o segundo envolvido no assassinato do colunista Moisés Alencastro, ocorrido no último domingo (22), em Rio Branco.
A prisão aconteceu em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado, durante uma ação de investigadores da especializada. Contra Nataniel havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Estadual das Garantias, após representação feita pelo delegado Alcino Ferreira Júnior. No mesmo endereço, a polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão.
Ainda na madrugada desta quinta-feira, a DHPP já havia prendido Antônio de Souza Morães, de 22 anos, que confessou a autoria do crime. No entanto, os detalhes sobre a dinâmica e a motivação do homicídio não foram divulgados oficialmente.
Moisés Alencastro, que era servidor do Ministério Público do Acre e atuava como colunista, foi morto dentro do próprio apartamento, localizado no bairro Morada do Sol. O caso causou grande repercussão no meio jornalístico e institucional do estado.
Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação aponta para um crime de natureza passional. As investigações continuam para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação de cada envolvido.
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PAA: Nova portaria libera R$ 4 milhões para compra direta de alimentos de produtores acreanos
Por Wanglézio Braga
O Governo Federal destinou até R$ 4 milhões para o Acre executar a modalidade Compra com Doação Simultânea (CDS) do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), voltada à compra de produtos da agricultura familiar para doação a povos indígenas em situação de insegurança alimentar. A medida foi oficializada por portaria do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 23, e terá vigência inicial de 12 meses, com possibilidade de prorrogação.
Pela regra, o Estado deverá priorizar a compra direta de alimentos produzidos pelos próprios povos indígenas. Caso a oferta não seja suficiente, a aquisição poderá ocorrer junto a outras comunidades tradicionais e, em último caso, a agricultores familiares em geral. Os alimentos, in natura ou industrializados, deverão respeitar os hábitos alimentares locais e serão distribuídos diretamente nas aldeias ou em equipamentos públicos instalados nos territórios indígenas.
O pagamento aos fornecedores será feito diretamente pelo Governo Federal, por meio do MDS, garantindo mais segurança ao produtor e evitando atrasos. Para ter acesso aos recursos, o Acre precisa confirmar o interesse no programa em até 30 dias após a publicação da portaria, aceitando as metas no sistema do PAA. Caso o prazo não seja cumprido, o recurso poderá ser remanejado para outros estados.
O Estado terá até 90 dias para cadastrar a proposta no sistema e iniciar as operações, após aprovação do plano operacional e emissão dos cartões dos beneficiários fornecedores.









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