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Acre

Portadores de vitiligo falam sobre preconceito: ‘achavam que eu estava com lepra’; debate sobre a doença ocorre no AC

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Fotógrafo que tem a doença está organizando encontro para tirar dúvidas sobre vitiligo. Portadores relatam abandono de tratamento.

 G1

Com vitiligo desde os 17 anos, Abraão Benicio de Oliveira disse que venceu o preconceito. (Foto: Arquivo pessoal)

Aos 17 anos, surgiu uma manchinha de tonalidade diferente na mão do médico Abraão Benicio de Oliveira. Era uma mancha clara, mais tarde diagnosticada como vitiligo. Oliveira ainda não sabia, mas a doença, conhecida por causar a perda de coloração da pele, o faria passar por situações constrangedoras.

O vitiligo, explica o próprio médico, não tem uma causa para acontecer, mas é uma doença autoimune. Nesse caso, é uma luta do corpo contra o próprio corpo.

“Os melanócitos são as células responsáveis pela pigmentação da pele, pela cor do cabelo e cor dos olhos. Acontece que meu organismo de defesa enxerga o melanócito como um problema, então a defesa vai lá e destrói essas células”, explica o médico.

Apesar de uma causa específica para a doença ser desconhecida, Oliveira sugere que os portadores da doença tenham atenção redobrada nos cuidados com a pele. Além disso, há a possibilidade de tratamentos com pomadas, injeções para conter o avanço das manchas.

Preconceito

Além dos tratamentos para combater a doença, o preconceito entra para a lista como uma das lutas diárias para os portadores de vitiligo. Morando em Brasileia por tempo indeterminado, Oliveira conta sobre como sofreu por causa da doença.

“Sofri uma situação constrangedora com a minha filha quando ela tinha 4 anos. Ela queria ir para a piscina em um clube de Rio Branco e eu ia acompanhar, mas a pessoa que fez a minha avaliação para entrar na piscina não me deixou entrar porque achava que eu estava com lepra”, relembra.

Portador de vitiligo há 22 anos, o fotógrafo Marcos Vicentti, 50, disse que também passou por dificuldade ao ser diagnosticado com o vitiligo. “Tomei vários remédios para controlar. Passei por um monte de situação”, recorda.

Sobre o preconceito, Vicentti disse que muitas pessoas deixam de fazer atividades diárias, como sair de casa e estudar, por causa do prejulgamento em torno da doença. “Tem muita gente sofrendo por conta disso”, lamenta Vicentti.

Há 22 anos com vitiligo, Marcos Vicentti luta para ajudar outras pessoas com a doença. (Foto: Evandro Derze / Assis Lima)

Superação

Vicentti diz ainda que procurou tratamento de todas as formas por um tempo, mas há cerca de 10 anos optou por aceitar a doença. “Tentei de todo jeito. Tomei até remédio de Cuba que mandaram para mim, mas decidi gostar de mim primeiro para depois me importar mais com as outras pessoas”, relembra.

Há anos sem tomar qualquer medicação, Vicentti diz ainda identificar situações preconceituosas, mas sempre responde: “Eu nem te ligo”, brinca ao fazer referência a doença. Atualmente, ele já tem quase 90% do corpo coberto pela doença.

Oliveira disse que chegou a usar base para cobrir as manchas, mas também deixou de fazer tratamento para combater o avanço da doença e confirma, está bem resolvido quanto a aparência. “Às vezes estou andando na rua e ficam me olhando estranho, mas hoje não me incomodo mais com isso”, conta o médico.

Iniciativa

Após aceitar a doença, Vicentti tomou a iniciativa de ajudar outras pessoas que sofrem preconceitos por ter o mesmo problema. O fotógrafo lançou uma campanha no Facebook para organizar um grupo para dicustir sobre o assunto.

Um dos objetivos do encontro é conscientização as pessoas sobre o preconceito contra portadores de vitiligo, tirar dúvidas sobre a doença e também conversar com os portadores para alertar aos outros que a doenção não é contagiosa.

“O próprio portador de vitiligo tem que conhecer a doença para falar para os outros que essa doença não pega”, ressalta.

Na reunião, o fotógrafo pretende contar com a ajuda de profissionais para auxiliar pessoas com a doença. “Vamos marcar a reunião, que é pra ter mais opção de conversa com especialistas, psicólogo, dermatologista, entre outros”, explica.

A roda de conversa, segundo Vicentti, deve ocorrer nos próximos meses. As informações estão na página do fotógrafo no Facebook.

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Presidente da Câmara de Rio Branco elogia estrutura do Carnaval e destaca aquecimento da economia local

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Joabe Lira prestigiou a festa no centro da capital e destacou a importância do evento para foliões e comerciantes; programação segue até terça-feira (4).

O presidente da Câmara Municipal de Rio Branco, Joabe Lira (PP), esteve presente no Carnaval 2025 realizado no centro da capital neste domingo (2), acompanhado de sua esposa e filhos. O vereador elogiou a iniciativa do Governo do Estado, Prefeitura e Acisa em trazer de volta o carnaval para o centro da cidade, proporcionando alegria aos foliões e aquecendo a economia local.

“Podemos ver que a estrutura está oferecendo alegria para todos os foliões e aquecendo a economia local com os comerciantes. Isso é importante para nossa cidade”, destacou Joabe Lira.

A festa, que começou às 16h ao som da banda Som dos Clarins, segue até terça-feira (4), garantindo mais momentos de alegria e integração para a população. O Carnaval da Família reforça o compromisso de oferecer uma programação acessível e inclusiva, celebrando a cultura e a tradição carnavalesca em Rio Branco.

O evento tem sido um sucesso, reunindo milhares de pessoas em um ambiente de diversão e celebração, enquanto impulsiona o comércio local e fortalece a economia da cidade.

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Mulheres que inspiram: A trajetória por trás da padaria Baronesa

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No mês da mulher, Sebrae conta histórias de sucesso do empreendedorismo feminino acreano

Transformar sonhos em realidade é a motivação de muitos empreendedores no Brasil ao iniciarem seu próprio negócio. Esse foi o caso das empreendedoras Catherine e Sônia, donas da padaria Baronesa (@abaronesapadaria) desde 2017, localizada em Rio Branco, no Acre.

A ideia surgiu da vontade compartilhada entre as duas amigas, que se concretizou quando decidiram comprar uma padaria local, enxergando nela a oportunidade de dar uma nova identidade ao estabelecimento. Desde então, Baronesa cresceu significativamente e se consolidou como um nome conhecido no setor de panificação do Acre, especialmente pela produção de coffee breaks e cestas de café da manhã.

As empreendedoras contam que grandes desafios surgiram logo no início da jornada, como a falta de experiência no setor e a chegada da pandemia nos anos seguintes. “Decidimos entrar no negócio e, ‘pasmem’, não tínhamos conhecimento nenhum sobre essa área, mas fomos em frente mesmo assim. Logo em seguida, veio a pandemia, um monstro que cresceu à nossa frente, mas não recuamos”, conta Catherine.

Com o empreendedorismo feminino ganhando cada vez mais força no Brasil ao longo dos anos, mesmo os problemas gerados pela pandemia não impediram as mulheres de se destacarem no setor empresarial. Um estudo conduzido pelo Sebrae, em 2023, revelou que as mulheres representavam 10,1 milhões (33,9%) dos empregadores ou trabalhadores por conta própria (formais e informais) brasileiros. Ou seja, a cada 10 empreendedores brasileiros, 3,4 são mulheres.

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Apoio do Sebrae

Catherine e Sônia souberam traçar estratégias claras, definir metas e tomar decisões assertivas com o apoio de sua equipe. Além disso, investiram em capacitação para manter o negócio em funcionamento e buscaram apoio de instituições como o Sebrae. “As parcerias nos ajudaram muito, aliás, foram fundamentais para consolidarmos nossa presença no ramo da panificação. O Sebrae sempre foi um dos nossos grandes clientes e parceiros, disponibilizando consultorias, elaborando diagnósticos de produção (manufatura), eficiência energética, entre outros serviços oferecidos pela instituição”, afirmam.

Após muitas pesquisas de mercado, organização da saúde financeira da empresa e o suporte de profissionais e instituições experientes, as empreendedoras conseguiram superar os obstáculos e seguem como referência no mercado de panificação do estado. “Houve dias em que pensamos em desistir, o desespero batia, mas nossa determinação foi maior que as dificuldades. Superamos tudo isso com a ajuda da família e dos colaboradores. Hoje, continuamos o processo de melhoria, valorizando cada vez mais os clientes e parceiros da Baronesa”, conclui Catherine.

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Acre

Acre registra três mortes por dengue e mais de 6 mil casos prováveis em 2025, aponta boletim epidemiológico

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Incidência da doença chega a 707,4 casos por 100 mil habitantes; 21 municípios já notificaram ocorrências, com 1.953 confirmações. Dados são monitorados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) divulgou, nesta quarta-feira (26 de fevereiro de 2025), o Boletim Epidemiológico Semanal das Arboviroses, que revela um cenário alarmante no estado. De acordo com o levantamento, referente às oito primeiras semanas do ano, o Acre já contabiliza três óbitos por dengue e 6.230 casos prováveis da doença, com 1.953 confirmações.

A incidência de dengue no estado atingiu 707,4 casos por 100 mil habitantes, com registros em 21 municípios. Os dados, coletados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Online e Sinan Net), reforçam a necessidade de intensificar ações de prevenção e controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. As autoridades de saúde alertam para a importância da participação da população no combate aos criadouros do inseto.

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