Acre
“Por trás das fardas dos PMs estão pessoas com as mesmas necessidades”, afirmou Rocha
Deputado se posicionou fortemente contra a tentativa do governo do Espírito Santo em culpar os PMs pelo caos na segurança do Estado: “Culpado é o governador e o comandante”
O deputado federal Major Rocha (PSDB) realizou um forte discurso em defesa das Polícias Militares e demais membros da forças de segurança do país na tarde desta terça-feira (14) no plenário da Câmara Federal. O parlamentar atribuiu a grave crise do Estado do Espírito Santo a uma irresponsabilidade dos gestores, os quais deixaram os policiais em estado de penúria, sem equipamentos e há sete anos sem reposição salarial.
O deputado acreano disse apoiar a anistia aos PMs ser contra a demissão sumária e ressaltou: “Hoje no Espírito Santo é o mesmo descaso de todo o país: os agentes de segurança, sejam civis ou militares, convivendo com baixos salários. No Acre, no fim do ano passado, o governador Sebastião Viana cortou salários dos PMs por falta de gestão financeira”, afirmou o deputado.
Trabalhando sem equipamento
Rocha destacou a falta de condições de trabalho dos policiais pelo país, em quartéis decadentes, viaturas sem condições e até falta de munição e coletes balísticos: “Mesmo com tudo isso, ainda querem imputar aos PMs a culpa pela falta de gestão dos governantes incompetentes. Esquecem que por trás das fardas estão pessoas. São seres humanos com as mesmas necessidades dos demais”.
Os gestores estaduais tratam com descaso a segurança pública e o resultado dessa incompetência é uma sociedade doente: “Isso ficou evidente no Espírito Santo, pois quando a PM saiu das ruas, pessoas sem antecedentes se deixaram levar e cometeram crimes.”
Sociedade doente
Segundo o deputado, há uma crise de valores em uma sociedade doente, onde a PM tem cumprido um importante papel na contenção: “E ainda assim os gestores não concedem tratamento merecido para esta força. Vi o comandante da PM do Espírito Santo acusando os policiais, mas ele é responsável pelas demandas não atendidas dos Policiais, como os sete anos sem aumento”.
Rocha destacou o fato das recentes visitas dos parlamentares aos presídios e disse não estar vendo isso agora para os PMs e conclamou os demais deputados federais a irem ao Espírito Santo para averiguar: “A culpa não é deles, mas do governador, secretários de Estado e do comandante pela situação e precisamos nos posicionar”.
O deputado destacou que mesmo atuando sem condições, os policiais receberam apenas a demissão sumária por lutar por seus direitos, medida esta sem respaldo legal e só para esconder a incompetência do gestor: “A segurança precisa ser melhor discutida. Não podemos deixar os profissionais de segurança serem tratados como se não fossem seres humanos”.
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Acre
Morador em situação de rua é esfaqueado no pescoço em Rio Branco
Um homem de 50 anos, identificado como Edilmo Inácio Pereira, foi vítima de um ataque a faca na noite desta quinta-feira (25) no bairro 6 de Agosto, em Rio Branco. Ele caminhava pela Rua Seis de Agosto quando foi abordado por um homem armado com uma faca, que desferiu um golpe no pescoço da vítima.
Edilmo conseguiu caminhar até um posto de combustíveis próximo, onde desabou com intenso sangramento. O SAMU foi acionado e o levou ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde deu entrada em estado estável, mas com risco de agravamento.
A Polícia Militar esteve no local e iniciou as investigações, que agora seguem com a Polícia Civil, que busca identificar e prender o autor do crime.
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Acre
Acre deve arrecadar R$ 6,4 bilhões em impostos em 2025, aponta Impostômetro
Valor representa 0,16% da arrecadação nacional e supera em R$ 500 milhões o total de 2024; até 25 de dezembro, contribuintes já pagaram R$ 6,3 bilhões

Em comparação até o fim de novembro de 2025, os recursos recolhidos por prefeituras, governo estadual e União somavam R$5,8 bilhões no estado. Foto: captada
A arrecadação de impostos municipais, estaduais e federais no Acre deve alcançar cerca de R$ 6,4 bilhões em 2025, segundo estimativa do Impostômetro, ferramenta mantida pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O valor corresponde a aproximadamente 0,16% de toda a arrecadação nacional.
Comparativo anual:
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2025 (previsão): R$ 6,4 bilhões
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2024 (realizado): R$ 5,9 bilhões
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Até 25/12/2025: R$ 6,3 bilhões já arrecadados
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Até novembro/2025: R$ 5,8 bilhões acumulados
Principais tributos pagos pelos acreanos:
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Impostos sobre produção e circulação: ICMS e ISS
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Tributos sobre renda: Imposto de Renda (pessoa física e jurídica)
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Impostos sobre propriedade: IPTU e IPVA
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Taxas de comércio exterior e outros encargos
Destinação dos recursos:
Os valores arrecadados são utilizados para:
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Custeio da máquina pública (salários e manutenção)
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Financiamento de obras e infraestrutura
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Execução de programas governamentais
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Pagamento de servidores públicos
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Quitação de dívidas do estado e municípios
O crescimento da arrecadação reflete tanto a expansão da atividade econômica no estado quanto a melhoria na eficiência da cobrança tributária. Entretanto, especialistas alertam que o Acre continua com uma das menores participações na arrecadação nacional, refletindo suas limitações econômicas estruturais e baixa densidade populacional.
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Acre
Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

Foto: Cedida
Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.
A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.
Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.
“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.
A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.
Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.
A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.
“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.
Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.
Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.






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