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Policial penal que matou mulher com tiro na cabeça alega ameaça e pede transferência de presídio
Policial penal foi preso por matar a companheira no dia 12 de março.

Policial penal é preso e indiciado por matar companheira com tiro na cabeça em Rio Branco — Foto: Arquivo pessoal
Por Alcinete Gadelha
Alegando risco a integridade física e ameaça de morte, o policial penal Quenison Silva de Souza indiciado por feminicídio por matar a companheira Erlane Cristina de Matos, de 35 anos, fez um pedido à Justiça para que fosse transferido de unidade. Atualmente, ele está preso no Complexo Francisco D’Oliveira Conde (FOC).
O policial penal foi preso por matar a companheira no dia 12 de março. O crime ocorreu no dia 11 de março, na casa do casal no bairro Estação Experimental, em Rio Branco. À polícia, Souza afirmou que o tiro foi acidental. Agora, a direção da unidade fez o pedido de transferência dele.
No relatório encaminhado à Justiça pela direção do presídio, o policial penal alega que presos de facções criminosas tentam intimidá-lo.
Após receber o pedido, a juíza Luana Campos enviou a solicitação para o Batalhão Ambiental da Polícia Militar, que informou que a unidade, neste momento, não tem condições de receber o preso.
O comandante do batalhão, major Kleisson Albuquerque informou que o problema da unidade é falta de espaço e também por falta de condições de atendimento médico para Souza.
“Hoje nós temos quatro presos lá que são três policiais militares e um policial penal. A gente só tem um compartimento, é só uma cela. E outro problema é que esse preso já deu entrada lá dopado e nós não temos meio para oferecer acompanhamento médico para ele”, disse.
O acompanhamento é porque o policial apresentou, segundo relatório, abalo psicológico logo após o crime. Ele, inclusive, chegou a ser internado o Hospital de Saúde Mental do Acre.
O comandante acrescentou que a situação foi informada ao Judiciário, mas que não se trata de negar o pedido e, caso a justiça determine a transferência, ele vai ser recebido na unidade.
“Fomos consultados pela Justiça e a gente expôs a nossa condição. Mas, se for determinado a gente não tem nada a fazer a não ser cumprir”, acrescentou, a reportagem não conseguiu contato com a direção do presídio.
Ameaças
O advogado de Souza, Maxsuel Maia, disse que o pedido não é da defesa, mas garantiu que Souza está sofrendo ameaças de morte por parte dos outros presos, o que justificou o pedido da direção.
“Durante 10 anos ele esteve do outro lado da grade, fazendo a segurança do presídio, então o FOC nunca foi o lugar adequado para a manutenção da custódia do Quenison. E isso não é dito pela defesa, é dito pela direção do presídio, que não pode garantir a integridade dele dentro daquele presídio”, afirmou.
Maia disse ainda que ele está em uma cela comum e que os outros presos passam na frente e fazem ameaças por ele ter atuado durante muitos anos dentro da unidade como policial penal.
“São pessoais a ele [as ameaças] pelo fato de ele ser policial penal. É muito preocupante. Manter o Quenison hoje no FOC é um ato temerário. A defesa está temendo, a família está temendo e a própria direção do presídio também”, reforçou.
O advogado disse que como se trata de um pedido da direção, aguarda a decisão da juíza para que possa se manifestar.
Resposta
A juíza Luna Campos afirmou que aguarda a devolução do processo à Justiça após parecer do Ministério Público, mas que ainda não pode afirmar se o pedido vai ser negado.
“O processo tem que vir concluso para eu analisar. O Ministério Público deve se manifestar sobre esse pleito e aí que vem pra mim dar a decisão final no processo sobre esse pedido”, informou a Juíza.
Luana Campos disse ainda que não tem outro lugar para que ele seja levado, já que Unidade Prisional 4 (UP-4), que era para esse tipo de prisão, foi desativada no passado. O local que tem é o FOC.
Relembre o caso
Após ser preso, o policial chegou ser internado no Hospital de Saúde Mental do Acre (Hosmac), segundo o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC), passou por avaliação psicológica no presídio e foi solicitada a internação dele.
Porém, o Ministério Público pediu a transferência dele para o FOC. Em abril, foi dado mais um passo no processo quando a Justiça recebeu a denúncia do MP do Acre contra ele.
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No Acre, campanha demonstra potencial cortante da linha com cerol

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Um vídeo educativo produzido pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), com apoio do 1° Batalhão da Polícia Militar e divulgado em parceria com o Governo do Estado e o Procon/AC, alerta a população sobre os perigos do uso de cerol e da linha chilena.
Na demonstração, a policial militar Iriana Freire utiliza objetos como melão, batatas, pele sintética e outros materiais para mostrar a facilidade com que as linhas cortantes conseguem perfurá-los e até partir objetos.
O objetivo da campanha é evidenciar o risco que essas linhas representam, já que, se conseguem cortar materiais densos, também podem causar ferimentos graves ou até mortes.
“Vocês acham que uma linha de pipa não pode matar? Então, olha só”, diz a soldado durante a demonstração. “Se ela faz isso com um vegetal, com plástico e papel, imagine o que pode fazer no pescoço de alguém passando de motocicleta ou bicicleta”, alerta.
A policial reforça que o uso de cerol ou de linhas cortantes, além de perigoso, é crime. “Cerol não é brincadeira. É muito perigoso e pode tirar vidas”, adverte.
O vídeo encerra com uma recomendação, “se for soltar pipas nestas férias, faça com responsabilidade. Não use cerol, linha chilena ou qualquer tipo de linha cortante. Proteja sua vida e a das outras pessoas. Cerol mata”.
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Giro apreende entorpecente no distrito industrial
Um homem foi preso em flagrante por tráfico de drogas, na terça-feira, 15, nas proximidades do campus universitário da UFAC, após denúncias indicarem a venda de entorpecentes no local.
Durante patrulhamento, a equipe policial identificou o suspeito, que tentou disfarçar ao perceber a aproximação da guarnição. Na abordagem, foi encontrada substância, aparentemente, maconha em suas roupas e mais 12 porções da droga no forro de seu capacete.
Ao receber voz de prisão, o homem confessou possuir mais drogas em sua residência. Com a autorização da mãe do suspeito, a polícia adentrou a casa no quarto do indivíduo, foram descobertos uma tábua de cortar e uma faca com resquícios de maconha, sementes da planta e uma prensa hidráulica, equipamento comumente utilizado para prensar entorpecentes.
Os militares encaminharam o envolvido, juntamente com o ilícito apreendido à delegacia especializada para as devidas providências legais.
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Homem acusado de tentativa de feminicídio é preso em comunidade rural de Porto Walter

Suspeito de tentar matar a companheira em abril é localizado e preso na comunidade Cruzeiro do Vale. Foto: cedida
Em mais uma ação conjunta entre as Polícias Civil e Militar, um homem de 42 anos foi preso na comunidade Cruzeiro do Vale, zona rural de Porto Walter, nesta quarta-feira, 16. Ele é acusado de tentativa de feminicídio contra sua própria companheira, crime ocorrido em abril de 2025.
Na época dos fatos, a vítima, que estava grávida, foi brutalmente agredida, mas conseguiu sobreviver. O acusado fugiu logo após o crime, o que levou a Polícia Civil do Acre (PCAC) a representar pela prisão preventiva do suspeito, prontamente acatada pela Justiça.
Após diligências coordenadas pelas forças de segurança, o foragido foi localizado e preso na comunidade rural. Ele foi conduzido à delegacia, onde será ouvido pela autoridade policial, e em seguida encaminhado ao presídio Manoel Neri, em Cruzeiro do Sul.
A ação demonstra o comprometimento das forças de segurança no combate à violência doméstica e ao feminicídio, reforçando que crimes dessa natureza não serão tolerados e que os responsáveis serão devidamente responsabilizados.
Por ordem do delegado-geral da Polícia Civil do Acre, Dr. Henrique Maciel, a equipe comandada pelo delegado José Obetânio permanecerá por tempo indeterminado na região, com o objetivo de cumprir outros mandados de prisão de suma importância, contribuindo diretamente para o restabelecimento da paz e da ordem pública em Porto Walter.
Fonte: PCAC
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