Brasil
Polícia investiga financiadores de Black Blocs
Delegado afirma que inquérito sobre morte de Santiago Andrade está concluído. Caio Silva de Souza não confessou à polícia, mas admitiu à TV Globo ter acionado o rojão que matou o cinegrafista. Outras investigações em curso têm como alvo quem sustenta ações criminosas
Daniel Haidar – Veja
A prisão e o indiciamento dos dois acusados de matar o cinegrafista Santiago Ilídio Andrade pode levar a Polícia Civil a identificar o mecanismo que sustenta e financia ações terroristas e ataques de mascarados em manifestações. Em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, o chefe de Polícia Civil, Fernando Veloso, e o delegado titular da 17ª DP (São Cristóvão), Maurício Luciano, afirmaram que a investigação da morte de Andrade está concluída, e que outros inquéritos, em seguida, tratarão das conexões do grupo e de quem financia e alicia jovens para esse tipo de ação. Os dois delegados revelaram detalhes da prisão de Caio Silva de Souza, identificado como o homem que acendeu o rojão que matou o cinegrafista.
“O inquérito está acabado. Vamos juntar peças técnicas e, na sexta-feira, os réus serão encaminhados ao judiciário”, disse Luciano. Também está preso e indiciado o tatuador Rafael Raposo Barbosa, que confessou ter passado o artefato explosivo para Souza. “Posteriormente vamos investigar outras questões, como financiamento, outros crimes ligados às manifestações e quem alicia”, afirmou o delegado.
Segundo Luciano, Souza não confessou. No entanto, em uma imagem exibida pela TV Globo, afirma que acendeu o rojão que vitimou Andrade. Oficialmente, Souza optou por só falar em juízo e não deu declarações sobre o crime. Ele não ofereceu resistência à prisão.
O advogado Jonas Tadeu Nunes afirmou, em entrevista à rádio Jovem Pan, pela manhã, que tem informações de que Souza, assim como outros jovens que atuam mascarados em protestos, são “aliciados”. “Esses jovens… Esse Caio, por exemplo, é miserável. Esses jovens são aliciados por grupos. Eles recebem até uma espécie de ajuda financeira, de mesada, para participar dessas manifestações, com o intuito de terrorismo social”, disse, sem dar detalhes sobre o aliciamento.
Leia trechos da entrevista à Jovem Pan.
“São jovens de preferência revoltados, que têm uma certa ideologia, pobres, são aliciados para participar das manifestações. São jovens que não têm dinheiro para comprar máscaras, não tem dinheiro para comprar fogos”, disse. Nunes cita “diretórios de partidos”, mas não revela quais são. “Sim, são agrupamentos, movimentos… Tem até diretórios [de partidos políticos], segundo informações que eu tenho. Eu não posso divulgar porque tenho que preservar vidas. É papel da imprensa, da Polícia Federal, investigar diretórios regionais de partidos, investigar esses movimentos sociais, que aliciam esses jovens, que patrocinam, que fomentam financeiramente essas manifestações”, afirmou.
Prisão – A captura foi possível, segundo os delegados, a partir da ação do advogado Jonas Tadeu Nunes, que também havia levado à Polícia Civil a identificação do acusado. Souza pretendia fugir para a casa dos avós paternos, no noroeste do Ceará, na cidade de Ipu. A partir de contatos telefônicos de Nunes e da namorada do rapaz, segundo contou o advogado, Souza foi convencido a interromper a viagem e se hospedar em Feira de Santana.
“O destino inicial dele era Ipu. Eu, o advogado e a namorada fomos até Feira de Santana, onde ele estava. A namorada o encontrou. Ele estava extremamente assustado, faminto, sem dormir. Depois de uma conversa dela com ele, me apresentei como delegado responsável pelo caso, disse que os direitos dele estavam garantidos. Chegaram as equipes da Polícia Civil do Rio e foi feita a transferência, com apoio logístico da Polícia Civil da Bahia”, contou Luciano.
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Pobreza – O delegado do caso afirmou que Souza mora em um local miserável em Nilópolis, na Baixada Fluminense. “(Souza) não falou em arrependimento, nem que praticou. Mostrou idealismo, falou muito de sua condição social. Atenuou dificuldades financeiras que enfrenta com a família. Ele está firme em dizer que não vai declarar absolutamente nada. Esta confissão, no entanto, não interfere no indiciamento, só serviria para corroborar. As provas que temos são contundentes e não deixam margens para dúvidas”, disse Luciano.
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Cristiano não viaja ao Irã por risco de receber 99 chibatadas
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Cristiano Ronaldo está na rota de seu 100º gol – Instagram/@alnassr
Astro português será desfalque do Al-Nassr em Teerã por possível punição por adultério, de acordo as leis locais, informou o diário espanhol ‘Marca’
Placar
Cristiano Ronaldo será desfalque do Al-Nassr no jogo de ida das oitavas de final da Liga dos Campeões da Ásia por um motivo inusitado. A equipe da Arábia Saudita encara nesta segunda-feira, dia 3, Esteghlal, do Irã, país onde o astro português pode ter problemas ao entrar.
De acordo com jornais estrangeiros como o Marca, da Espanha, Cristiano não viajou a Teerã, pois poderia ter de enfrentar uma punição de até 99 chibatadas por uma atitude que pode ser configurada como adultério nas leis locais.
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O denúncia se refere a um caso de 2023, quando Cristiano Ronaldo, na véspera de uma partida contra outro clube iraniano, o Persépolis, foi gravado dando um abraço e um beijo na testa de Fatemeh Hammami Nasrabadi, uma artista iraniana que sofre de uma deficiência e pinta com os pés.
De acordo com a lei iraniana, o gesto pode ser considerado adultério, pois apenas o marido pode beijar sua esposa. PLACAR procurou o Al-Nassr para confirmar a história, mas não teve retorno até o momento. Titular absoluto e na rota de seu milésimo gol, CR7 não consta na lista de relacionados divulgada pela equipe de Riade.
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