Cotidiano
Polícia Civil do Acre realiza emissão de Carteiras de Identificação Nacional em aldeia indígena
Nos dias 11 e 12 de julho, a Polícia Civil do Acre (PCAC), através de seu Instituto de Identificação, está realizando atendimento na aldeia Nukini, com os povos Nawas, em Mâncio Lima, para a emissão da primeira via da Carteira de Identificação Nacional (CIN). A iniciativa integra o “Projeto Cidadão”, uma parceria com o Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) que busca levar ações de cidadania a comunidades de difícil acesso.
A expectativa é de que cerca de 300 pessoas sejam atendidas durante a ação, proporcionando aos moradores da aldeia Nukini e das comunidades Nawas a oportunidade de obter um documento essencial para o exercício pleno de seus direitos.
O diretor do Instituto de Identificação, Júnior césar da Silva, destacou a importância do projeto. “Estamos muito orgulhosos somar junto ao ‘Projeto Cidadão’. Nosso objetivo é garantir que todos os cidadãos, independentemente de onde vivam, tenham acesso aos seus direitos básicos. A emissão da Carteira de Identificação Nacional é um passo para a inclusão social e o reconhecimento da cidadania dessas comunidades. Estamos comprometidos em continuar levando esses serviços a todas as regiões do Acre.”
O “Projeto Cidadão” tem se mostrado fundamental para aproximar os serviços públicos das populações mais remotas, promovendo a cidadania e garantindo o acesso a direitos fundamentais.
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Vice-governadora Mailza Assis entrega 1º centro diagnóstico municipal com 40 exames gratuitos em Porto Walter
Estiveram presentes o deputado federal Zezinho Barbary, o presidente da Assembleia Legislativa do Acre, Nicolau Júnior, o deputado Luiz Gonzaga, e a secretária municipal de Saúde, Ana Flávia Melo entre outros

Foram investidos R$390 mil reais, destinados pelo ex-deputado Flaviano Melo e pelo deputado Eduardo Veloso. Para a obra, foram investidos recursos próprios da saúde. Foto: internet
Em um marco inédito para a saúde pública de Porto Walter, o prefeito César Andrade e o vice Guarsônio Melo inauguraram neste sábado (12) o primeiro Centro de Diagnóstico da história do município, que passa a oferecer 40 tipos de exames gratuitos à população. O novo espaço promete ampliar o acesso a serviços de saúde e desafogar as demandas por atendimentos especializados.
A solenidade de inauguração contou com a presença de importantes autoridades do Estado, entre elas, a vice-governadora do Acre, Mailza Assis, que destacou a parceria do governo em fortalecer a saúde nos municípios do interior.
Para o prefeito, a inauguração representa um marco histórico. “Um sonho pessoal realizado. Em 33 anos de Porto Walter, estamos fazendo história. Quem ganha é a população. Estou feliz e realizado”, disse César Andrade.

O primeiro Centro de Diagnóstico da história do município, que passa a oferecer 40 tipos de exames gratuitos à população. Foto: cedida
Também estiveram presentes o deputado federal Zezinho Barbary, o Presidente da Câmara, Rosildo Cassiano, vereadores, o presidente da Assembleia Legislativa do Acre, Nicolau Júnior, o deputado Luiz Gonzaga, o vice-prefeito Guarsonio Melo, e a secretária municipal de Saúde, Ana Flávia Melo, que ressaltou que o centro é fruto de muito planejamento.
“Com esse centro, nossa população não precisará mais se deslocar até Cruzeiro do Sul ou Rio Branco para exames simples, ou especializados. Isso representa economia, agilidade e mais cuidado com as pessoas”, enfatizou a secretária.
Para a compra dos equipamentos, foram investidos R$390 mil reais, destinados pelo ex-deputado Flaviano Melo e pelo deputado Eduardo Veloso. Para a obra, foram investidos recursos próprios da saúde.

“Um sonho pessoal realizado. Em 33 anos de Porto Walter, estamos fazendo história. Quem ganha é a população. Estou feliz e realizado”. Foto: assessoria
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Cruzeiro do Sul realiza primeiro resgate aéreo do SAMU para salvar criança indígena em estado grave
Operação inédita na cidade transportou bebê de aldeia remota com complicações respiratórias; caso marca avanço no atendimento emergencial a comunidades isoladas

A situação da criança exigia transferência imediata para uma unidade hospitalar equipada, o que reforçou a importância do transporte aéreo no salvamento. Foto: cedida
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Cruzeiro do Sul realizou neste sábado (12) seu primeiro resgate aéreo, em uma operação que salvou a vida de uma criança indígena entre 1 ano e meio e 2 anos com graves complicações respiratórias. O atendimento ocorreu na Aldeia São Luís, região de difícil acesso no município, e destacou a importância do transporte aeromédico em emergências críticas.
O resgate aconteceu na Aldeia São Luís, em uma região de difícil acesso. Devido à urgência do caso e à localização remota, foi necessário o uso de um helicóptero para garantir rapidez e segurança no atendimento. A aeronave foi enviada assim que a equipe médica recebeu a informação da gravidade do quadro clínico.
A operação representa um marco para o sistema de saúde de Cruzeiro do Sul, ampliando o alcance do atendimento emergencial a comunidades indígenas e regiões isoladas.
Operação de resgate
Diante da gravidade do caso, a equipe médica acionou imediatamente um helicóptero para garantir o transporte rápido e seguro da criança até um hospital equipado. A decisão foi tomada devido:
- À localização remota da aldeia
- À urgência do quadro clínico (dificuldade respiratória aguda)
- À necessidade de atendimento especializado imediato
A aeronave decolou assim que os profissionais receberam o alerta, reduzindo significativamente o tempo de deslocamento que seria inviável por terra.
Marco para a saúde no Juruá
O resgate aéreo representa um avanço histórico para o SAMU na região, que passa a contar com essa modalidade de atendimento para:
- Comunidades indígenas
- Áreas de floresta de difícil acesso
- Emergências pediátricas críticas
“Essa operação salvou uma vida e demonstra nossa capacidade de levar saúde onde for necessário”, afirmou um representante do SAMU Acre.
Situação da criança
A equipe médica acompanhou a criança durante todo o transporte até a unidade hospitalar. Segundo informações preliminares, o estado de saúde do paciente permanece grave, mas estável.
Próximos passos:
- O SAMU deve divulgar um balanço oficial da operação
- A Secretaria de Saúde do Acre estuda expandir o serviço aeromédico para outras regiões isoladas
Dados do resgate
Local: Aldeia São Luís (Cruzeiro do Sul/Acre)
Tipo de atendimento: Primeiro resgate aéreo do SAMU no município
Paciente: Criança indígena (1a6m a 2 anos) com insuficiência respiratória
Tempo resposta: Imediato (decolagem após confirmação da emergência)
Fonte: SAMU/Secretaria de Saúde do Acre
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Acre tem 94% da população dependente do SUS, o segundo maior índice do Brasil
Dados da ANS revelam que apenas Roraima supera o estado em percentual de usuários do sistema público de saúde; São Paulo tem o menor índice (59%)
Um levantamento da Agência Nacional de Saúde Complementar (ANS) apontou que 94% da população acreana depende exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS) – o segundo maior percentual do país, atrás apenas de Roraima (95%). Os dados, vinculados ao Ministério da Saúde, destacam a desigualdade no acesso à saúde privada entre os estados: enquanto São Paulo registra apenas 59% de dependentes do SUS, a média nacional chega a 84% (180 milhões de brasileiros).
O SUS como rede essencial
Criado pela Constituição de 1988 e regulamentado em 1990, o SUS é um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo. No Acre, assim como em outros estados do Norte e Nordeste, a quase totalidade da população recorre ao sistema para atendimentos que vão desde vacinação e pré-natal até procedimentos complexos como transplantes, tratamentos de câncer e HIV.
Contexto histórico
O projeto Brasil em Mapas, que sintetizou os dados da ANS, ressaltou o contraste com o cenário pré-SUS: “Até a década de 1980, brasileiros sem carteira assinada não tinham acesso a hospitais públicos. Muitos dependiam de instituições filantrópicas ou morriam sem atendimento, inclusive em partos domiciliares”.
Desafios e desigualdades regionais
Os números refletem as disparidades econômicas entre os estados. Enquanto no Acre e em Roraima a adesão a planos de saúde é mínima, em São Paulo e no Distrito Federal (62%) quase 40% da população tem acesso à saúde suplementar. Especialistas alertam que a alta dependência do SUS em regiões mais pobres exige investimentos contínuos para garantir qualidade no atendimento.
Próximos passos:
A ANS deve divulgar em breve um detalhamento sobre a cobertura de planos de saúde por faixa de renda, ampliando o debate sobre equidade no acesso à saúde no país.
SUS em números (Brasil, 2025):
- 84% da população dependente (180 milhões)
- 100% cobertura em vacinação e vigilância sanitária
- 95% dos transplantes realizados pelo sistema público
- 70% dos tratamentos de câncer financiados pelo SUS/Fonte
O SUS oferta desde atendimentos básicos, como vacinas e exames de pré-natal, até procedimentos de alta complexidade, como transplantes de órgãos, tratamentos de HIV e câncer, entre outros.
“Na década de 1980 para trás, o brasileiro não podia usar um hospital público se não tivesse trabalhando com uma carteira assinada. O país era totalmente carente e a maioria da população desempregada era socorrida em hospitais filantrópicos. Muitos morriam ou nasciam mortos em casa”, informou o projeto Brasil em Mapas, que sintetizou as informações da ANS.

Em todo o Brasil, o percentual de usuários chega a 84% da população (ou 180 milhões de pessoas). Foto: captada
Fonte: ANS/MS
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